2.
Recuperação de uma área degradada em terreno
da escola
2.1.
Preparo do solo
Colocamos
as mudas na história do projeto através de 144 covas
abertas por uma retroescavadeira de São Sebastião, que
foram cobertas por mais de quinhentos alunos. Cada cova recebeu um
carrinho-de-mão de adubo humano e duas ou três mudas
de árvores, a maioria nativa do Cerrado, além de diferentes
sementes de árvores locais. As mudas foram doadas pela Novacap,
Parque Olhos d'Água, UnB e Chácaras Geranium e Pau d'Óleo.
2.2.
Plantio e cuidados com as mudas
Foi
feito um trabalho de sensibilização de alunos em relação
ao Campo Avançado, por meio de visitas com informações
e identificação das futuras árvores, coleta de
sementes, e o trabalho de manutenção das mudas, como
capina e irrigação, junto com a comunidade escolar.
2.3.
Irrigação por gotejamento
MATERIAIS
Tubulação
Ramal principal, tubo flexível preto reciclado de diâmetro
1 ¼" e extensão 300 m
Ramal secundário, tubo flexível preto reciclado de diâmetro
¾" e extensão 980 m
Ramal terciário, tubo flexível preto e reciclado de
diâmetro ½" e extensão 904 m
Conexões
200 gotejadores PVC DAC Multifunção
5 registros de esfera PVC DAC rosca 1 ¼"
18 tes internos PVC de 1 ¼" para tubo flexível
113 tes internos PVC de ¾" para tubo flexível
18 buchas de redução c/ rosca PVC de 1 ½"
x ¾" para tubo flexível
113 buchas de redução c/rosca PVC de ¾"
x ½" para tubo flexível
4 joelhos internos PVC de ¾" para tubo flexível
19 torneiras PVC de ½"
2 joelhos internos PVC de 1 ¼" para tubo flexível
22 adaptadores internos PVC de ¾" para tubos flexíveis
113 adaptadores internos PVC de ½" para tubos flexíveis
54 abraçadeiras simples de 1 ¼"
226 abraçadeiras simples de ¾"
113 abraçadeiras simples de ½"
2 nipels c/rosca PVC de ½"
5 veda rosca
Ferramentas
2 picaretas; 1 enxada; 2 pás; 5 colheres de jardinagem; 3 baldes;
1 carrinho de mão; 2 chaves de fenda.
Material
didático
Mapa ambiental da área do projeto; Trena de 30 m; Bússola;
Computador Pentium II.
Recursos
Financeiros
Por meio de planejamento realizado pela direção, professores
e alunos com parceria da APAM Setor Leste referente às carteiras
estudantis do Setor Leste no início do ano de 2003. Metade
desses recursos foram destinados para o sistema de irrigação
por gotejamento. Esses recursos gastos até o momento, totalizaram
R$ 505,00 (quinhentos e cinco reais). Para término do projeto
precisa-se de cerca de R$ 800,00 (oitocentos reais) com orçamentos
realizados a três meses atrás.
Métodos
Foi elaborado um projeto desenhado em papel vegetal que está
sendo digitalizado para AUTOCAD 14, amplamente discutido entre professores
e na comunidade, com disposição linear das árvores,
em média de 12 m em 12m nessa área de fundos de 290
m x 90 m, que tem 26.100 m2. Essa disposição das árvores
favorece também, a prática da educação
física no local. Na preparação, piqueteamos as
covas que foram abertas com retroescavadeira, utilizamos lodo ativado
como adubo e mudas selecionadas pela comunidade. Portanto, a comunidade
participa dos objetivos gerais e específicos do projeto. Estamos
numa fase em que a comunidade escolar está sensibilizada para
as atividades que se desenvolve. Neste ano trabalha-se com muita ênfase
na execução do sistema de irrigação que
partiu da idéia de ser o mais sustentável possível,
do ponto de vista ambiental e econômico, chamado de irrigação
por gotejamento. A disposição das tubulações
é realizada com uma rede linear interligada com três
ramais a considerar: principal, secundário e terciário.
O ramal principal, que tem diâmetro de 1 ¼" e extensão,
do ponto de água geral, 220 m no sentido nordeste e 60 m no
sentido sudeste ambas com direção paralela a cerca dos
fundos da escola e 50 m perpendicular a essa direção
para distribuição dos ramais secundários. Os
ramais secundários têm diâmetro de ¾"
com extensão total de 980 m distribuída em três
linhas paralelas que acompanham a direção da cerca dos
fundos da escola. Dos ramais secundários se distribui para
o ramal terciário de diâmetro de ½", com
os trechos até cada pé de árvore totalizando
904 m. O sistema está preparado para fornecer uma vazão
de 10 L / hora para cada árvore, assim não sobrecarrega
o sistema de abastecimento de água da escola. Já foi
fixado a extensão de 290 m do ramal principal, de 150 m do
ramal secundário e 100 m do ramal terciário. O ramal
principal, provisoriamente para se irrigar manualmente, ainda nessa
fase, tem cinco torneiras distribuídas para colocação
de mangueira enquanto o resto do sistema não estiver interligado.
No momento, 8 árvores já estão irrigadas por
gotejamento. O resto das árvores ainda estão sendo irrigadas
manualmente. Em julho, para finalizar o cronograma de desenvolvimento
foi feito a capina de toda área.
É importante lembrar que todos os trabalhos realizados são
feitos com parcerias com ong's, empresa de limpeza e conservação,
órgãos públicos e APAM Setor Leste. Os trabalhos
manuais como preparação das covas, plantio das árvores,
escavações para as tubulações, conexão
e fixação dos ramais, cercas de proteção
e identificação com placas foi realizada por alunos
e professores.
2.4.
Identificação das espécies arbóreas
a)
Esquema com a localização e lista das mudas
Para
uma melhor análise taxonômica e estatística das
espécies plantadas, as covas foram agrupadas em nove linhas
numeradas, no sentido do comprimento do terreno, e cada uma, além
do número, recebeu uma letra, em ordem alfabética. Baseada
nessa classificação, foi feita uma lista com o nome
vulgar de cada espécie, quando identificada. Essa lista constitui-se
em um esquema temporário, pois o objetivo é confeccionar
uma tabela com todas as espécies e mapa dendrológico
de toda a área em recuperação. A identificação
das espécies está sendo feita pelos Profs. João
Couto Teixeira (CEMSL), Bella Xible (CEMSL) e Laura Cavalieri Bisio
(Iesambi), que confeccionaram tabela e mapa dendrológico de
uma área parcial, dentro da disciplina de Dendrologia, ministrada
pelo Prof. Manoel Cláudio (UnB), que auxiliou na identificação
das espécies.
Esse trabalho proporciona aos alunos a oportunidade de conhecerem
de perto diferentes espécies de árvores, suas características,
exigências e utilidades, e principalmente seu papel fundamental
na manutenção do equilíbrio climático
e no ciclo das águas do nosso planeta.
Clique no
título para mais detalhes e fotos da
Identificação
das espécies arbóreas
O mapa dendrológico dos jardins frontais e internos da escola
foi feito, nessa mesma disciplina, por um ex-aluno da escola que ingressou
no curso de Eng. Florestal da UnB. Esse trabalho representa para nós
um dos frutos do Projeto Margem.
b)
Confecção das placas de identificação
Material
. régua
. lápis
. chapa de alumínio
. tesoura para metal
. martelos (4)
. conjunto de letras para marcação em metal
. tabela com a lista das espécies
Métodos
Inicialmente, foi feita uma introdução teórica
sobre as vantagens do plantio de árvores em ambientes urbanos
e uma caminhada entre as mudas, com a identificação
das espécies e observações a respeito das adaptações
dessas árvores ao solo e clima do Cerrado.
Na sombra de uma Goiabeira (Psidium guajava), a chapa foi medida e
as placas marcadas e cortadas no tamanho de 15 x 8 cm. Foram escritos
os nomes vulgar, científico e a família de 28 espécies.
Infelizmente uma das espécies, Coração-de-Negro,
foi cortada confundida com a grama.
c)
Colocação das placas de identificação
Material
. prego
. martelo
. arame de alumínio
. caneta
Métodos
O arame foi enrolado em espiral ao redor de uma caneta. Foram feitos
2 furos em cada placa, presas ao tronco principal (fuste) da muda
com o arame.
3.
Trilha socioambiental até a nascente da Quadra 614 sul
Professores
e alunos caminharam por uma trilha até a lagoa formada pelas
águas da nascente com informações sobre a importância
desses ambientes naturais, Áreas de Preservação
Permanente (APP), no ciclo das águas, biodiversidade, qualidade
do ar e estabilização da temperatura, entre outros.
Foi discutida a legislação ambiental pois constatamos
a infringência de artigos da Lei 9.605 (Lei dos Crimes Ambientais),
como o corte de árvores e a retirada do solo de extensa área
ao redor da nascente e da lagoa, além da poluição
com lixo depositado no local.
A proposta do Projeto Margem é a criação de um
Corredor Ecológico acompanhando a trilha já existente,
ou em outro local a ser definido, ligando a área em recuperação
da escola até a nascente e as margens do Lago Paranoá.
Isso possibilitará o trânsito de seres vivos entre estes
ambientes, aumentando sua biodiversidade, e garantirá o fluxo
de alunos e professores nas aulas de educação socioambiental.
Clique no título para fotos e detalhes do
Parque Asa Sul
4.
Coleta e análise dos seres planctônicos do Lago Paranoá
e da lagoa da 614 sul
Um
dos objetivos do Projeto Margem é chamar a atenção
para o papel físico-químico e biológico dos micróbios
(micro - pequena, bio - vida), que não se restringe a causar
doenças. Os seres unicelulares são a base da vida na
terra. Participam de todos os ciclos bioquímicos tais como
o do Nitrogênio (fixadores de nitrogênio), Oxigênio
(fotossintetizantes), Carbono (decompositores), como principais integrantes.
Dentro de um ambiente aquático encontramos diversos organismos
microscópicos, uni e multicelulares, que influenciam as condições
do local onde vivem. O despejo de nutrientes no lago
através dos esgotos leva a explosões populacionais de
determinadas espécies de algas, cianobactérias, que
consomem o oxigênio e causam a morte dos peixes. Ao mesmo tempo
bactérias desse mesmo grupo são responsáveis
pela produção de boa parte do oxigênio do planeta:
70% do que é produzido pelos seres vivos vem dos mares.
Outro aspecto que salientamos é a variedade de associações
mutualísticas que encontramos entre os microrganismos, e entre
micróbios e seres multicelulares. Temos o exemplo de certas
espécies de formigas que cultivam fungos e se alimentam da
secreção desses organismos, e ainda estão associadas
a bactérias que protegem esses fungos, numa simbiose tripla
(Currie CR, 2001). Nossa flora intestinal, onde a levedura Saccharomyces
cereviseae nos fornece as vitaminas do complexo B, é outro
dos muitos exemplos de associações entre os seres vivos
que conhecemos.
Materiais
. Rede de plâncton, vidros limpos com tampa, pipetas, lâminas,
lamínulas, álcool, papel toalha, máquina fotográfica,
câmera de vídeo, microscópios
Métodos
Fomos ao Paranoá, rinsamos os frascos de coleta cinco vezes
com água do lago, jogamos cinco vezes a rede de plâncton,
e coletamos diversas espécies de invisíveis seres vivos.
Este material foi analisado, fotografado e filmado em microscópio
ótico no Laboratório de Biologia do Cemsl, juntamente
com os alunos, e no Laboratório de Microscopia Eletrônica
da UnB. A identificação foi feita pelos Professores
João Couto Teixeira (Cemsl), Maria do Socorro Rodrigues (UnB)
e Laura Cavalieri Bisio (Iesambi). Tivemos o apoio das Professoras
Marlene Teixeira de Souza (Microbiologia /UnB) e Sonia Bao (Microscopia
Eletrônica/UnB) e do Artista Plástico Paulo Couto Teixeira.
Clique no
título para fotos e detalhes dos Micróbios
do Lago Paranoá
IV.
Resultados
1.
Recuperação da área posterior do CEMSL com o
plantio de mudas de espécies arbóreas.
a)
Estatística:
Das 280 mudas plantadas, 230 foram identificadas (mais de 90 espécies),
representando cerca de 80% dos indivíduos. Entre elas não
estão contabilizadas as mudas e árvores já existentes.
Exóticas adultas são três Mangueiras (Mangifera
indica), dois Abacateiros (Persea americana) e uma Jaqueira (Artocarpus
heterophyllus); e nativas adultas: uma Goiabeira (Psidium sp.), dois
Pequizeiros (Caryocar brasiliense) e um Jacarandá-cascudo (Machaerium
opacum).
A colocação de estacas e o trabalho de esclarecimento
junto aos funcionários da conservação resultou
na preservação de muitas espécies nativas que
vinham sendo cortadas, juntamente com a grama, durante os últimos
anos: Caquis-do-Cerrado, Cajuzinhos-do-Cerrado (com flores), Jacarandá-cabiúna,
Jacarandá-cascudo, Jatobás-do-Cerrado, Pau-Brasil, Pau-formiga,
Pau-terra e outras ainda não identificadas.
b) Aumento da biodiversidade: estão sendo observadas na área
em recuperação várias espécies de aves
como o Quero-quero (Vanellus chilensis), Pomba-do-Cerrado (Columba
sp.), Tesourinha (Tyrannus savana), Fogo-apagou (Scardafella squammata),
Maria-faceira
(Syrigma sibilatrix), Coruja-buraqueira (Speotyto
cunicularia) além de uma infinidade de insetos e outros invertebrados.
Elementos da fauna são importantes na polinização
e dispersão de sementes, o que leva a um aumento ainda maior
da biodiversidade, em um processo cíclico.
2.
Trilha socioambiental até as nascentes e a lagoa da quadra
614 sul.
Durante
uma aula de campo na quadra 614 sul, em agosto deste ano, constatamos
a devastação da região ao redor das nascentes
e da lagoa, com fins de construção imobiliária,
pois inclusive alguns buracos para as fundações de uma
faculdade já tinham sido abertos. A comunidade de Brasília
vinha reivindicando a criação de um parque na região
das nascentes e lagoa, Áreas de Preservação Permanente
(APP), desde 2001. Moradores, estudantes, professores uniram forças
e conseguiram que o Parque da Asa Sul fosse criado:
Decreto
n. 24.036, de 10 de setembro de 2003, publicado
em 11 de setembro, Dia do Cerrado.
Clique no título para fotos e detalhes do
Parque Asa Sul
3. Coleta e registros dos organismos planctônicos do Lago
Paranoá
Além
da análise em microscópio de amostras frescas da água
do lago, orientando os alunos nas aulas práticas de laboratório,
as fitas de vídeo e fotografias nas quais registramos os organismos
planctônicos do Lago Paranoá são utilizadas como
material didático após a identificação
taxonômica.
V.
Acompanhamento, controle e avaliação
Desejamos que as atividades pedagógicas sejam dinâmicas
e participativas, presentes nas aulas. A observação
sistemática do desenvolvimento das operações
do projeto, como fora citado anteriormente, completa-se pelo registro
de informações relativas ao seu andamento, o que também
é feito ordinariamente a cada semestre, com a divulgação
do material selecionado para ser utilizado como material didático-pedagógico
de educação socioambiental.
Aspectos físicos, financeiros e temporais são levados
em consideração nas reuniões de avaliação
dos registros e seleção do material a ser editado, uma
vez por bimestre.
Desvios que ocorrem em relação ao planejamento estabelecido
são corrigidos com decisões tomadas em reuniões
previstas ao longo do andamento do projeto.
Os participantes do projeto realizam relatórios, após
as aulas de campo, que são entregues para avaliação
interdisciplinar ao longo dos bimestres, principalmente pelos professores
da área interdisciplinar e utilizados pela coordenação
do projeto para medir os resultados.
VI. Conclusão
Os trabalhos realizados pelo Projeto Margem nas margens do Lago Paranoá,
nas nascentes da 614 sul e em outros ambientes naturais do DF têm
sido um campo de estudo para alunos, professores e parcerias do Projeto
Margem há 10 anos. Nessas oportunidades, devido à interação
entre as diferentes áreas do conhecimento representadas dentro
do grupo profissional da escola, tem sido desenvolvido um trabalho
interdisciplinar, onde se objetiva uma aprendizagem significativa
por meio de aulas de campo, coleta de material, análise em
aulas práticas de laboratório e discussões em
sala de aula, fazendo a ligação dos conhecimentos abordados
com o currículo escolar. Além disso, o envolvimento
dos alunos com o ambiente próximo à escola possibilita
também a percepção da realidade social e política
da sociedade em que vive. A participação dos alunos
no Movimento pela Criação do Parque Asa Sul, com participação
do Projeto Margem e CEMSL, constituiu-se em um momento de verdadeira
prática de cidadania, onde a comunidade, organizadamente, assegurou
a preservação de um patrimônio natural que estava
seriamente ameaçado.
O trabalho junto com os alunos na recuperação das áreas
verdes da escola, além de todas as vantagens da presença
de árvores para a nossa qualidade de vida, tem facilitado o
aprendizado de conceitos de ecologia, botânica, geografia, física,
química, um maior conhecimento a respeito de espécies
nativas do Cerrado, entre outros. O plantio e cuidado com as mudas
auxiliam os alunos a desenvolverem novas habilidades, incluindo a
divisão de tarefas e o trabalho em grupo.
Os relatórios realizados após todas as atividades são
fundamentais tanto para a organização das idéias
dos próprios alunos, como têm nos possibilitado fazer
uma avaliação do alcance que o trabalho está
tendo, com resultados muito positivos.
VII. Perspectivas
Os planos para o futuro são muitos. A instalação
de um viveiro de mudas de árvores nativas e frutíferas
e sua manutenção pela comunidade escolar e parcerias,
horta comunitária, pista de atletismo entre as mudas, criação
de um corredor ecológico ligando a escola ao Parque Asa Sul
e às margens do Lago Paranoá (mudas do viveiro serão
usadas para recuperar a região do corredor), construção
de um cais no local de contato entre o corredor e o lago e aquisição
do Barco-escola.
VIII. Bibliografia
Currie CR. A community of ants, fungi, and bacteria: a multilateral
approach to studying symbiosis. Annu. Rev. Microbiol. 55:357-80, 2001.
Fonseca,
O.F. Olhares sobre o Lago Paranoá. Secretaria do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos - Semarh, Brasília/DF, 2001.
Margulis & Schwartz. Five Kingdoms, 3rd Edition, 1998. W.H. Freeman
and Comp, New York.
Magalhães,
L.M.S. e Crispim, A.A. Vale
a pena plantar e manter árvores e florestas na cidade?
Ciência Hoje, Vol. 33, nº 193, 64-85, 2003.
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