Vamos
Cuidar do Brasil: Bioma Cerrado
O Ministério do Meio Ambiente, por meio das Diretorias de Educação
Ambiental (DEA), de Conservação da Biodiversidade (DCBIO)
e o Núcleo dos Biomas Cerrado e Pantanal (NCP) lançou
o programa “Vamos Cuidar do Brasil: Bioma Cerrado”, com
a presença de várias autoridades.
O programa “Vamos Cuidar do Brasil: Bioma Cerrado” visa
subsidiar, envolver, articular e potencializar indivíduos,
grupos e instituições que atuam no Cerrado, em uma gama
de projetos e ações sinérgicas. Tal iniciativa
está sendo executada por meio de aproximações
entre ações bem sucedidas em curso, e outras a serem
incentivadas, tanto em áreas urbanas quanto rurais, revegetando,
recuperando, reabilitando e cultivando a flora do Cerrado e seu potencial
de manutenção da vida.
O local escolhido para o lançamento do programa foi o Centro
de Ensino Médio Setor Leste (CEMSL). Uma das maiores
escolas do Distrito Federal, com boa estrutura para o evento e com
projetos importantes como o “Exodus” em sua terceira edição
e o “Margem”,
premiado no ano passado como o 3º melhor projeto de Práticas
Pedagógicas Empreendedoras do Brasil pelo MEC, entre outros
projetos. O trabalho desenvolvido pela escola é reconhecido
pela Escola da Natureza da Secretaria da Educação do
Distrito Federal, MMA e comunidade. A atuação da Escola,
em conjunto com a comunidade foi importante na criação
do Parque da Asa Sul no ano passado, sendo outro motivo para a escolha.
Associado ao lançamento do Programa, estão sendo propostas
algumas atividades e estratégias, na integração
do esforço de conservação e educação
ambiental no Distrito Federal e entorno:
a.
implantação em áreas urbanas e rurais do Distrito
Federal e entorno de nove módulos dos Módulos Demonstrativos
de Recuperação do Cerrado, em parceria com a Embrapa
e UnB. Estes módulos possuem um ha e neste momento estarão
disponíveis até 20 espécies nativas de uso
múltiplo. O lançamento deste módulo inovador
está previsto para ocorrer na área verde contígua
e atrás do CEMSL, no dia do lançamento do Programa,
com o plantio de espécies nativas pelas autoridades presentes,
professores, alunos e comunidade.
b. implantação de até 100
pequenos bosques como ilhas de passagem para a flora e fauna, iniciando
a interligação dos fragmentos de vegetação
na orla do lago Paranoá com o Corredor Ecológico Paraná-Pirineus.
c. estas atividades visam estimular envolvimento
da sociedade brasiliense no esforço de conservação
e talvez no futuro, viabilizar politica e economicamente, a implantação
de corredores ecológicos urbanos contínuos. Entre
os coletivos em envolvimento estão os clubes, associações,
empresas, órgãos públicos, escolas, universidades
e outros. Na área rural, os agricultores das chácaras
e sítios do DF.
d. com auxílio do Ministério das
Relações Exteriores, pretende-se conseguir o envolvimento
de embaixadas, isto irá acrescentar uma dimensão internacional
de união dos países no coração do bioma
Cerrado, em prol da conservação, com as embaixadas
dos países adotando as pequenas ilhas de passagem.
e. ação cooperativa com o governo
do Distrito Federal para levar o Programa para as Unidades de Conservação
e Parques e para a Rede de Ensino, com o envolvimento das escolas
em atividades de plantio, produção de mudas de árvores
e adoção da proposta em projetos pedagógicos
das unidades de ensino.
Todas estas pequenas ações de forma continuada, na
grande maioria das vezes de cunho simbólico e educativo, em
conjunto têm sentido ecológico, político e econômico.
O agir local com repercussão para o município, região
e bioma.
Marcos Sorrentino
Diretor de Educação Ambiental
Programa Nacional de Educação Ambiental
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