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Relatório das Atividades Práticas
Agentes Ambientais Voluntários
Cabra/Ibama 2002

A parte teórica do Curso de Formação de Agentes Ambientais Voluntários ocorreu no período de 9 a 13 e dezembro. Durante essa etapa, o grupo programou atividades com vistas a treinar, na prática, ações conjuntas de fiscalização em áreas onde já tinham sido verificadas irregularidades.

A primeira visita foi em uma nascente próxima ao Lago Paranoá, na área do futuro Parque Asa Sul, em 12 de janeiro de 2003. Os Agentes reuniram-se no Centro de Ensino Médio Setor Leste, 611/612 sul, e foi feita uma caminhada até a nascente. Durante o percurso, foi possível observar uma grande quantidade de lixo e entulho das construções próximas, depositado nas vias de acesso ao local e na própria nascente. Ensaiamos o preenchimento de autos de constatação fictícios e conversamos com catadores de lixo que trabalham no local. Infelizmente, não pudemos contar com a orientação de fiscais do Ibama e tivemos dúvidas em relação à identificação das infrações ambientais.

A segunda atividade prática aconteceu no Rancho Aguilhada, BR 251, km 33/35, dia 19 de janeiro de 2003, onde têm sido constatados problemas de desmatamento de nascentes e margens dos córregos da região, presença de olarias e corte de pinheiros. Foi feita uma caminhada até uma nascente parcialmente degradada e depois nos encaminhamos a uma olaria para verificar se estava ocorrendo a retirada de argila da margem de um córrego próximo. Durante as visitas, simulamos o preenchimento de autos de constatação, com base na Lei de Crimes Ambientais e Código Florestal. A presença dos fiscais do Ibama Roberto Petterle e Costa foi muito importante para a identificação das infrações ambientais e o correto preenchimento dos autos de constatação fictícios.

No dia 2 de fevereiro de 2003, visitamos o Lago Oeste, vizinho ao Parque Nacional de Brasília. Esta região está passando por um processo observado em muitos locais de Brasília: o parcelamento ilegal da terra, levando ao aumento da população em uma região sem estudos de suporte e impacto ambiental. Assim surgem muitos problemas, como o esgotamento dos lençóis freáticos mais superficiais, acúmulo de lixo devido à precariedade do recolhimento e uma grande quantidade de fossas negras, que podem poluir e contaminar a água de todos. A retirada de areia sem a recuperação da área degradada também foi observada. Nesse dia, contamos, novamente, com o apoio dos fiscais do Ibama Roberto Petterle e Costa para a orientação de como agir após a identificação dessas infrações.

No dia 9 de fevereiro de 2003 o grupo realizou uma caminhada nas margens do Córrego Capoeira do Bálsamo, próximo ao Setor de Mansões do Lago Norte, partindo de uma de suas nascentes, totalmente desmatada para o plantio de bananas e outras culturas. O referido córrego e suas nascentes estão sendo ameaçados pela especulação imobiliária do local. Praticamos o preenchimento de autos de constatação e discutimos qual a melhor maneira de abordar os infratores, com o auxílio do fiscal do Ibama Roberto Petterle que, voluntariamente, nos acompanhou.

A quinta atividade ocorreu no Rio Paranoazinho, próximo ao Posto Colorado. Visitamos um local, Aldeia das Águas, onde o proprietário pretende desenvolver atividades de turismo ecológico/educativo, mas encontramos nascentes degradadas e encostas desmatadas. Também conversamos com o dono da Retiradora de Areia ..., que nos disse ter a licença para essa atividade e que tinha interesse em transformar o local em área de lazer como forma de recuperar a área. Foi feito um trabalho de educação ambiental com ambos os proprietários.

Por último, fomos à ARIE JK, em Taguatinga, dia 23/02/03. Infelizmente, pudemos constatar o descaso das autoridades com relação ao Núcleo das Chácaras de Taguatinga, pois em muitas delas está havendo a invasão por grileiros, com o loteamento e a construção irregular em uma unidade de conservação (ARIE -Área de Relevância e Interesse Ecológico). Conhecemos também o Parque do Cortado, um verdadeiro Santuário no centro de Taguatinga que, infelizmente, está cheio de lixo e com suas nascentes degradadas.

As visitas realizadas foram muito proveitosas, pois pudemos constatar "in loco" uma série de infrações ambientais, vivenciar as dificuldades para resolvê-las e aprender algumas estratégias de aproximação e conscientização de infratores. Com certeza essas experiências serão muito úteis para as futuras ações do grupo.


1ª Atividade - Parque Asa Sul