Conteúdo
do 1º ano do Ensino Médio
1.
Ecologia
1.1.Desmatamento
1.2. Efeito estufa
1.3. Lixiviação
1.4. Erosão
1.5. Assoreamento
1.6. Eutrofização
1.7. Maré Vermelha
1.8. Equilíbrio ambiental
1.9. Rede trófica
1.10. Camada de ozônio
1.11. Chuva ácida
1.12. Poluições
1.13. Relações entre os seres vivos
1.1.
Desmatamento
As árvores são bombas hidráulicas naturais, sendo
responsáveis pela amenização da temperatura e
filtragem do ar. Segundo Magalhães e Crispim (1), uma árvore
com um bom suprimento de água, libera na atmosfera até
400 litros por dia. Calculou-se na Europa, que uma árvore de
porte médio transpira o equivalente a 60 litros dágua
por dia (2). Isso representa 160 toneladas por ano em áreas
tropicais e 22 toneladas de água em ambientes temperados para
cada árvore.
As raízes formam uma rede que garante a fixação
do solo e a retenção de nutrientes, e torna o solo mais
permeável para a penetração de água. As
árvores também são fundamentais para o estabelecimento
do equilíbrio ambiental, funcionando como base da rede trófica
e produzindo alimentos através da fotossíntese. São
produtoras, como todo o reino vegetal, juntamente com as algas e alguns
protistas. Além disso, moléculas aerossóis são
liberadas pelas árvores e responsáveis pela formação
dos núcleos de condensação das nuvens, necessários
para que a água da atmosfera caia em forma de chuva e complete
o ciclo.
1.2.
Efeito estufa
O Brasil é o 4º maior emissor de CO2 na atmosfera, principalmente
devido às queimadas. Os EUA, que se recusam a assinar o protocolo
de Kyoto, não querendo se comprometer com a diminuição
das suas emissões de moléculas de CO2 no ar atmosférico,
contribui com 21% de toda a emissão mundial. Essas moléculas
retêm a energia da radiação solar (ondas infravermelhas),
contribuindo para o aumento da temperatura; esse aumento é
percebido ela sensação de calor, derretimento do gelo
e conseqüente aumento do nível dos mares. Esse efeito
pode ser minimizado pelo rematamento, principalmente das matas ciliares.
Algumas regiões que não têm mais nascentes podem
ser recuperadas com o plantio de árvores e antigas nascentes
voltarem ou novas nascentes surgirem, migrarem para lá. Também
as emissões industriais podem ser minimizadas através
de filtros e catalisadores.
1.3.
Lixiviação
Percolação (passagem) de nutrientes pelos horizontes
da litosfera, camada mais superficial do globo terrestre (vide quadro
1)
Solos arenosos permitem a percolação, enquanto que em
solos argilosos, mais compactos, ocorre menor lixiviação
e os nutrientes são levados pela superfície do solo.
Esse processo acontece quando a vegetação é retirada
e a camada de húmus, sem proteção, é perdida
pela ação das chuvas.
Quadro
1
Qual a estrutura interna do globo terrestre?
. Núcleo constituído de ferro e
níquel no estado sólido (núcleo interno)
e líquido (núcleo externo), com raio de 3700 km.
. Manto 2900 km de espessura constituído
de material em estado pastoso, com composição
predominante de silício e magnésio.
. Litosfera (litbos (grego) rocha) fina
camada de rochas, com 7 km de espessura debaixo dos oceanos
e de composição semelhante ao manto. Nos continentes
a espessura da crosta é de 30-35 km, composta por rochas
formadas principalmente de silício e alumínio.
(3)
As
rochas podem ser:
Ígneas ou magmáticas: originadas
da consolidação do magma - origem primária.
Basalto, rocha eruptiva de granulação fina. A
Bacia do Paraná advém de uma derrame basáltico.
Granito, rocha de grãos grosseiros, formado principalmente
por qualrtzo e feldspato.
Obsidiana, vidro natural produzido por lava esfriada rapidamente,
formada por 70% ou mais de sílica.
Metamórficas:
rochas que sofreramtransformações na composição
mineralógica, na estrutura ou textura, causadas por temperatura,
pressão, etc..
Ardósias, grãos finos e homogêneos, cinzas
vulcânicas metamorfizadas em camadas.
Mármore, originada de calcáreo exposto a alta
temperatura
Sedimentares:
formadas por material originado da erosão de qualquer
tipo de rocha - presença de fósseis.
Arenitos, resultado da compactação e litificação
de material granular com 0,063 a 2 mm.
Argilitos, sedimentação de material com granulação
menor que 0,004 mm
Calcáreo, contém minerais com quantidade superiores
a 30% de carbonato de cálcio (4)
|
1.4. Erosão
Desgaste do próprio solo pela falta de vegetação
capaz de segurar, proteger o solo contra a ação da força
das chuvas, ventos e outros fenômenos climáticos e antropomórficos,
formando voçorocas, compactação e outras degradações
do solo.
1.5.
Assoreamento
Quando as partículas erodidas do solo são carregadas
para os cursos de água, diminuindo sua profundidade e, consequentemente,
sua capacidade de suporte. Esse processo causa inundações
nas épocas de chuva com as cheias dos rios.
1.6.
Eutrofização (trofos alimento; eu
verdadeiro)
Excesso de nutrientes nos curso de água. No caso do Lago Paranoá,
as estações de tratamento, após filtrarem as
partículas sólidas e combaterem microrganismos, lançam
a água no lago, porém sem retirar as moléculas
orgânicas dissolvidas, causando sua eutrofização.
Os córregos do DF são ambientes oligotróficos,
com poucos nutrientes e de águas límpidas, onde já
foram identificadas mais de 50 espécies de peixes. No Lago
Paranoá, a maioria das espécies são introduzidas
porque os peixes nativos não se adaptaram ao ambiente diferente
do original.
1.7.
Maré vermelha
Ocorre pelo desequilíbrio ambiental causado pela eutrofização
do ambiente. O excesso de nutrientes leva ao aumento da população
de cianobactérias, que consomem o oxigênio da água
e causam a mortandade dos organismos aeróbicos, neles incluídos
os peixes. Na falta dele, utilizam o enxofre no processo de respiração,
produzindo ácido sulfídrico (H2S), o que piora a situação.
A Caesb monitora o nível de oxigênio na água do
lago Paranoá e, antes de chegar a um nível crítico,
jogam um bactericida na água para evitar a explosão
populacional das cianobactérias.
1.8.
Equilíbrio ambiental
Ocorre em ecossistemas em clímax, que consome o que produz,
sustentando-se, auto-suficiente, com as condições necessárias
para que haja harmonia entre os diferentes níveis da rede trófica.
1.9.
Rede trófica
Emaranhado de ligações entre os diferentes níveis
de seres vivos que compõe as cadeias/teias alimentares dos
ecossistemas.
Produtores
(fabricam seu próprio alimento de fontes não vivas)
bactérias, principalmente as cianobactérias,
protistas (eucariotos) fotossintetizantes e quimiossintetizantes,
vegetais.
Consumidores
primários (se alimentam somente de produtores); secundários
(alimentam-se de consumidores primários); onívoros (alimentam-se
de produtores e consumidores);
Decompositores
(alimentam-se de consumidores, produtores e decompositores mortos,
reciclando os nutrientes, tornando-os novamente acessíveis
aos produtores fungos e bactérias.
1.10.
Camada de ozônio
O ozônio é uma molécula formada por três
átomos de oxigênio, enquanto a molécula de oxigênio
é formada por dois átomos. Formam um escudo protetor
contra os raios ultra violetas do sol, que são cancerígenas,
pois provocam mutações nas cadeias de DNA dos seres
vivos. Certos produtos químicos destroem as moléculas
de ozônio, tais como os clorofluorcabonados encontrados nos
motores de geladeira, aerosóis,...
1.11.
Chuva ácida
A chuva é naturalmente ácida, devido à reação
do gás carbônico com as moléculas de água
da atmosfera, que forma o ácido carbônico.
CO2
+ H2O H2CO3 (ácido carbônico)
Esse ácido, no entanto, é fraco e não destrói
a vegetação. Algumas sementes só germinam em
solos com pH ácido.
A chuva ácida é produzida pela reação
de gases tóxicos oriundos da queima de combustíveis
fósseis, como a gasolina, o carvão mineral e o óleo
diesel:
SH
+ H2O = H2 + SO2 (dióxido de enxofre)
SO2 + H2O = H2 + SO3 (trióxido de enxofre)
SO3 + H2O = HSO4 (ácido sulfúrico)
Esses gases combinam-se com o vapor dágua da atmosfera
e caem na forma de chuva ácida, destruindo monumentos históricos
e vegetação. Na Alemanha e Holanda, 50% das florestas
naturais foram destruídas pelas chuvas ácidas.
1.12.
Poluição
Existem diferentes tipos de poluição: sonora, visual,
do solo, da água, do ar, magnética, química,
orgânica (eutrofização).
1.13.
Relações entre os seres vivos
Podem ser dentro da mesma espécie (intraespecíficas)
ou entre indivíduos de espécies diferentes (interespecíficas).
- Intraespecíficas:
. sociedade indivíduos unidos comportamentalmente
com divisão de trabalho.: formigas, abelhas, cupins, babuínos.
. colônia indivíduos unidos fisicamente,
onde pode ou não haver divisão de trabalho: algas clorofíceas,
caravelas, esponjas, bactérias.
. competição - indivíduos de grupos diferentes
ou do mesmo grupo competem por alimento, território: aves,
primatas.
-Interespecíficas:
.
. Harmônicas (positivas)
Cooperação benefício para ambos,
mas não obrigatória: pássaros que comem parasitas
do gado.
Mutualismo benefício para ambos e obrigatória:
liquens (fungos + algas), micorrizas (vegetais + fungos).
Comensalismo benefício para apenas um, o comensal:
epifitismo (orquídeas + árvores).
. Desarmônicas (negativas)
Parasitismo benefício para o parasita e prejuízo
para o hospedeiro, sem que haja sua morte: microrganismos patogênicos,
pulgas, erva-de-passarinho.
Predatismo prejuízo para a presa, que é
morta pelo predador na obtenção do alimento. Animais
que comem sementes também são considerados predadores.
Herbivoria prejuízo para o vegetal. O herbívoro
utiliza parte da planta (com exceção das sementes),
mas não a mata.
Animais que comem frutos podem ajudar na dispersão das sementes,
formando uma relação de cooperação.
Competição prejuízo para ambas
as espécies na disputa por alimento, espaço, luz, etc,
sem a morte de nenhum deles.
Esclavagismo prejuízo para a espécie escravizada:
pássaros que colocam ovos no ninho de outra espécie,
formigas que roubam ovos de outras espécies e as fazem trabalhar
para elas.
Amensalismo ou antibiose inibição do desenvolvimento
de uma espécie através da liberação de
substâncias antigerminativas ou antibióticas por outra
espécie, com prejuízo para a espécie inibida.
Bibliografia
(1)
Magalhães LMS e Crispim AA. Vale a pena plantar e manter árvores
na cidade? Ciência Hoje, vol. 33, nº 193, p. 64-68, 2003.
(2)
Cia eco Educação Ambiental. Responsável: Carlos
Cunha http://www.ciaeco.org/Telas/Cia_Eco/
(3)
Litosfera: http://domingos.home.sapo.pt/estruterra_4.html
(4)
Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Tipos_de_rochas