Apostilas Virtuais | Campo Avançado | Micróbios | Projetos | Prêmio | |
Canto dos alunos | História | Atividades | Parcerias | Participe | |
Plantio de mudas no Centro de Ensino Médio Setor Leste - Brasília/DFCOORDENADORES
|
Hionar,
Samantha, Nathione, Erika - 1º S
Abacateiro 17/12/2002 |
Leandro
Lelis, Jonas de Oliveira, Weslley Carvalho, Bruno Rodriguez, Raphael
Batista e Fellipe Tomas - 1º L / 2002
|
Angela
Santos, Marineusa, Polyanna e Sabrina Santos
1º U / 2002 |
Cerca
feita por Henrique, Mateus e Gustavo
1º T / 2002 |
Geovana
Carla, Juliana, Rhaná, Hellen e Karina
1º T / 2002 |
Jhonathan,
Marcelo, Raphael, Suzana e Fabrício
1º O / 2002 |
Israil,
Mayra, Leticia e Nathália - 1º P / 2002
|
Raphael,
Nayara, Camilo, Mônica e Bruno
1º T / 2002 |
Fotos tiradas pelos alunos
|
. Irrigação por gotejamento Foi
elaborado um projeto desenhado em papel vegetal que está sendo
digitalizado para AUTOCAD 14, amplamente discutido entre professores
e na comunidade, com disposição linear das árvores,
em média de 12 m em 12m nessa área de fundos de 290
m x 90 m, que tem 26.100 m2. Essa disposição das árvores
favorece também, a prática da educação
física no local. Na preparação, piqueteamos as
covas que foram abertas com retroescavadeira, utilizamos lodo ativado
como adubo e mudas selecionadas pela comunidade. Portanto, a comunidade
participa dos objetivos gerais e específicos do projeto. Estamos
numa fase em que a comunidade escolar está sensibilizada para
as atividades que se desenvolve. Neste ano trabalha-se com muita ênfase
na execução do sistema de irrigação que
partiu da idéia de ser o mais sustentável possível,
do ponto de vista ambiental e econômico, chamado de irrigação
por gotejamento. A disposição das tubulações
é realizada com uma rede linear interligada com três
ramais a considerar: principal, secundário e terciário.
O ramal principal, que tem diâmetro de 1 ¼" e extensão,
do ponto de água geral, 220 m no sentido nordeste e 60 m no
sentido sudeste ambas com direção paralela a cerca dos
fundos da escola e 50 m perpendicular a essa direção
para distribuição dos ramais secundários. Os
ramais secundários têm diâmetro de ¾"
com extensão total de 980 m distribuída em três
linhas paralelas que acompanham a direção da cerca dos
fundos da escola. Dos ramais secundários se distribui para
o ramal terciário de diâmetro de ½", com
os trechos até cada pé de árvore totalizando
904 m. O sistema está preparado para fornecer uma vazão
de 10 L / hora para cada árvore, assim não sobrecarrega
o sistema de abastecimento de água da escola. Já foi
fixado a extensão de 290 m do ramal principal, de 150 m do
ramal secundário e 100 m do ramal terciário. O ramal
principal, provisoriamente para se irrigar manualmente, ainda nessa
fase, tem cinco torneiras distribuídas para colocação
de mangueira enquanto o resto do sistema não estiver interligado.
No momento, 8 árvores já estão irrigadas por
gotejamento. O resto das árvores ainda estão sendo irrigadas
manualmente. Em julho, para finalizar o cronograma de desenvolvimento
foi feito a capina de toda área. |
A implantação do sistema de irrigação
por gotejamento foi iniciada em agosto de 2003.
|
|
Fotos:
Laura Cavalieri
|
Professores e alunos prepararam a terra para o plantio em ago/set de 2002. As mudas utilizadas na recuperação foram doadas pela Novacap, Parque Olhos d'Água, UnB e Chácaras Geranium e Pau d'Óleo. | |
Fotos:
Bella Xible
|
|
Âncora encontrada pelo professor João e seus alunos em aula nas margens do Lago Paranoá, Brasília/DF, 2003. | |
Foto
Laura Cavalieri
|
Foto: Yuri Soares
|
. Identificação das espécies arbóreas
a) Esquema com a localização e lista das mudas
Para
uma melhor análise taxonômica e estatística das espécies
plantadas, foi feita uma tabela
com todas as espécies identificadas e mapa dendrológico de
toda a área em recuperação. A identificação
das espécies está sendo feita pelos Profs. João Couto
Teixeira (CEMSL), Bella Xible (CEMSL) e Laura Cavalieri Bisio (Iesambi),
que iniciaram a confecção da tabela e mapa dendrológico
dentro da disciplina de Dendrologia, ministrada pelo Prof. Manoel Cláudio
(UnB), que auxiliou na identificação das espécies.
Esse trabalho proporciona aos alunos a oportunidade de
conhecerem de perto diferentes espécies de árvores, suas características,
exigências e utilidades, e principalmente seu papel fundamental na manutenção
do equilíbrio climático e no ciclo das águas do nosso planeta.
Clique no título
para mais detalhes e fotos da Identificação
das espécies arbóreas
O mapa
dendrológico dos jardins frontais e internos da escola foi feito, nessa
mesma disciplina, por um ex-aluno da escola que ingressou no curso de Eng. Florestal
da UnB. Esse trabalho representa para nós um dos frutos do Projeto Margem.
IV. Resultados
. Recuperação da área posterior do CEMSL com o plantio de mudas de espécies arbóreas.
a)
Estatística:
Das 280 mudas plantadas, 230 foram identificadas (mais
de 90 espécies), representando cerca de 80% dos indivíduos. Entre
elas não estão contabilizadas as mudas e árvores já
existentes. Exóticas adultas são três Mangueiras (Mangifera
indica), dois Abacateiros (Persea americana) e uma Jaqueira (Artocarpus heterophyllus);
e nativas adultas: uma Goiabeira (Psidium sp.), dois Pequizeiros (Caryocar brasiliense)
e um Jacarandá-cascudo (Machaerium opacum).
A colocação
de estacas e o trabalho de esclarecimento junto aos funcionários da conservação
resultou na preservação de muitas espécies nativas que vinham
sendo cortadas, juntamente com a grama, durante os últimos anos: Caquis-do-Cerrado,
Cajuzinhos-do-Cerrado (com flores), Jacarandá-cabiúna, Jacarandá-cascudo,
Jatobás-do-Cerrado, Pau-Brasil, Pau-formiga, Pau-terra e outras ainda não
identificadas.
b) Aumento da biodiversidade: estão sendo observadas na área em recuperação várias espécies de aves como o Quero-quero (Vanellus chilensis), Pomba-do-Cerrado (Columba sp.), Tesourinha (Tyrannus savana), Fogo-apagou (Scardafella squammata), Maria-faceira (Syrigma sibilatrix), Coruja-buraqueira (Speotyto cunicularia) além de uma infinidade de insetos e outros invertebrados. Elementos da fauna são importantes na polinização e dispersão de sementes, o que leva a um aumento ainda maior da biodiversidade, em um processo cíclico.
V. Perspectivas
. Instalação de um viveiro de mudas de
árvores nativas e frutíferas e sua manutenção pela
comunidade escolar e parcerias;
. Horta comunitária;
. Criação
de um corredor ecológico ligando a escola ao Parque Asa Sul e às
margens do Lago Paranoá (mudas do viveiro serão usadas para recuperar
a região do corredor);
. Construção de um cais no local
de contato entre o corredor e o lago e
. Aquisição de um barco-escola.
VI. Bibliografia
Currie CR. A community of ants, fungi, and bacteria: a multilateral approach to studying symbiosis. Annu. Rev. Microbiol. 55:357-80, 2001.
Fonseca,
O.F. Olhares sobre o Lago Paranoá. Secretaria do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos - Semarh, Brasília/DF, 2001.
Margulis & Schwartz.
Five Kingdoms, 3rd Edition, 1998. W.H. Freeman and Comp, New York.
Magalhães, L.M.S. e Crispim, A.A. Vale a pena plantar e manter árvores e florestas na cidade? Ciência Hoje, Vol. 33, nº 193, 64-85, 2003.