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Centro de Ensino Médio Setor Leste (Cemsl)
SGAS 611/12 - L2 Sul - Brasília - Distrito Federal - CEP 70200-710

Estudantes: Yuri Soares, Rodrigo Couto de Almeida e Mateus de Oliveira Soares
Orientador: Prof. João Couto Teixeira
Co-orientadora: Profa. Maria Izabel Melotti Xible
Observadores: Profs. Peter Faluhelyi e Salvador Dourado Filho.

A inquietação com a utilização descontrolada e depredatória dos recursos naturais fez com que a comunidade criasse, um projeto de estudos socioambientais na hidrobacia do Paranoá. Está demonstrado que o plantio de árvores em ambientes urbanos é vantajoso em todos os aspectos (Magalhães e Crispim, 2003). Além de preservar os ambientes naturais ainda intactos, temos que restaurar e recuperar os que foram degradados. Em razão disso, é fundamental que a escola cumpra seu papel de esclarecer e conscientizar alunos e comunidade para os problemas causados pelo desmatamento, principalmente os relacionados à água, recurso limitado na maior parte do mundo e também no Distrito Federal.
No projeto foram utilizadas as seguintes estratégias: recuperação de uma área degradada em terreno da escola por meio do plantio de mudas de espécies arbóreas.
Foi feita o acompanhamento e cuidados para com a área do plantio e suas espécies, tais como capinas, estaqueamentos, irrigação, etc. Também realizamos a campanha do cabo de vassoura (estacas) e a adoção de mudas por outros estudantes.
Das 280 mudas plantadas, 230 foram identificadas (mais de 90 espécies), representando cerca de 80% dos indivíduos.
A colocação de estacas e o trabalho de esclarecimento junto aos funcionários da conservação resultou na preservação de muitas espécies nativas que vinham sendo cortadas, juntamente com a grama, durante os últimos anos: Caquis-do-Cerrado, Cajuzinhos-do-Cerrado (com frutos), Jacarandás Cabiúna e Cascudo, Jatobás-do-Cerrado, Pau-Brasil, Pau-Formiga, Pau-Terra e outras ainda não identificadas.
Um aumento da biodiversidade está sendo observado na área em recuperação, com a presença de várias espécies de aves além de uma infinidade de insetos e outros invertebrados. Elementos da fauna são importantes na polinização e dispersão de sementes, o que leva a um aumento ainda maior da biodiversidade, em um processo cíclico.


Sumário

Resumo ................................................................................................................................. 3
Introdução ............................................................................................................................. 4
Objetivos ............................................................................................................................... 4
Desenvolvimento .................................................................................................................... 5
Conclusão .............................................................................................................................. 6
Bibliografia ............................................................................................................................. 6

Resumo

Os trabalhos realizados pelo Projeto Margem nas margens do Lago Paranoá, nas nascentes da 614 sul e em outros ambientes naturais do DF têm sido um campo de estudo para alunos, professores e parcerias do Projeto Margem há vários anos. Nessas oportunidades, devido à interação entre as diferentes áreas do conhecimento representadas dentro do grupo profissional da escola, têm sido desenvolvidos trabalhos interdisciplinares, onde se objetiva uma aprendizagem significativa por meio de aulas de campo, coleta de material, análise em aulas práticas de laboratório e discussões em sala de aula, fazendo a ligação dos conhecimentos abordados com o currículo escolar. O envolvimento dos alunos com o ambiente próximo à escola possibilita também a percepção da realidade social e política da sociedade em que vive. A participação dos alunos no Movimento pela Criação do Parque Asa Sul, com participação do Projeto Margem e CEMSL, constituiu-se em um momento de verdadeira prática de cidadania, onde a comunidade, organizadamente, assegurou a preservação de um patrimônio natural que estava seriamente ameaçado.
Nosso trabalho na recuperação das áreas verdes da escola, além de todas as vantagens da presença de árvores para a nossa qualidade de vida, tem facilitado o aprendizado de conceitos de ecologia, botânica, geografia, física, química, um maior conhecimento a respeito de espécies nativas do Cerrado, entre outros. O plantio e cuidado com as mudas nos tem auxiliado no desenvolvimento de novas habilidades, incluindo a divisão de tarefas e o trabalho em grupo.
Os relatórios realizados após todas as atividades têm sido fundamentais para a organização das nossas idéias. E a partir dos primeiros resultados que estamos observando após o plantio de mudas podemos constatar que a melhoria da qualidade dos ambientes onde são plantadas árvores são muitas e não tardam a acontecer, demonstrando que ainda temos uma chance de vivermos em equilíbrio no nosso planeta.

I. Introdução

A inquietação com a utilização descontrolada e depredatória dos recursos naturais fez com que a comunidade criasse, um projeto de estudos socioambientais na hidrobacia do Paranoá. Desde então, o Projeto Margem tem possibilitado aos diferentes segmentos da comunidade escolar e parceiros, observar, registrar, discutir e divulgar situações encontradas na área de influência da escola ou em outras áreas de interesse, sempre com a preocupação de interligar os estudos ao currículo escolar, horizontal e verticalmente. As aulas às margens do Lago Paranoá e em outras regiões do Cerrado, proporcionam estudos de temas do currículo escolar com a integração de diferentes áreas do conhecimento.
Em 2001, iniciou-se um trabalho de arborização com a participação dos alunos na área próxima aos primeiros blocos da escola, que resultou em sobrevida de 97% das mudas plantadas. Em 2002, prosseguiu-se com a recuperação de uma área degradada de Cerrado, localizada dentro dos limites da escola. Foram plantadas aproximadamente 300 mudas em 144 covas, em um trabalho de três meses com alunos e professores. Dando continuidade a esse trabalho, em 2003, além da manutenção das mudas, por meio de capina e irrigação, mobiliza-se a comunidade para angariar recursos a serem utilizados na compra de material para a construção e manutenção de um viveiro de mudas de espécies nativas do Cerrado, sistema de irrigação e horta.
Está demonstrado que o plantio de árvores em ambientes urbanos é vantajoso em todos os aspectos (Magalhães e Crispim, 2003). Além de preservar os ambientes naturais ainda intactos, temos que restaurar e recuperar os que foram degradados, muitas vezes por ignorância. Em razão disso, é fundamental que a escola cumpra seu papel de esclarecer e conscientizar alunos e comunidade para os problemas causados pelo desmatamento, principalmente os relacionados à água, recurso limitado na maior parte do mundo e também no Distrito Federal. Os problemas provocados pelo aumento insustentável da densidade demográfica e, em especial, a ação do homem face à sua necessidade de sobrevivência, segundo o modelo econômico vigente, exige a busca de soluções em prol de uma melhor qualidade de vida.

II. Objetivo

Verificar em que aspectos ocorre a melhoria da qualidade de vida do ambiente onde são plantadas árvores.

III. Resultados

1. Recuperação da área posterior do CEMSL com o plantio de mudas de espécies arbóreas.

a) Estatística:
Das 280 mudas plantadas, 230 foram identificadas (mais de 90 espécies), representando cerca de 80% dos indivíduos (tabela 1). Entre elas não estão contabilizadas as mudas e árvores já existentes. Exóticas adultas são três Mangueiras (Mangifera indica), dois Abacateiros (Persea americana) e uma Jaqueira (Artocarpus heterophyllus); e nativas adultas: uma Goiabeira (Psidium sp.), dois Pequizeiros (Caryocar brasiliense) e um Jacarandá-cascudo (Machaerium opacum).
A colocação de estacas e o trabalho de esclarecimento junto aos funcionários da conservação resultou na preservação de muitas espécies nativas que vinham sendo cortadas, juntamente com a grama, durante os últimos anos: Caquis-do-Cerrado, Cajuzinhos-do-Cerrado (com frutos), Jacarandás Cabiúna e Cascudo, Jatobás-do-Cerrado, Pau-Brasil, Pau-Formiga, Pau-Terra e outras ainda não identificadas.

Dados estatísticos relacionados às mudas plantadas em 2002:
Número de covas 144
Mudas plantadas 280
Mudas não sobreviventes 49
Taxa de mortalidade 17%
Indivíduos identificados 230
Porcentagem de identificação 82,5%
Número de espécies identificadas 91

b) Aumento da biodiversidade: estão sendo observadas na área em recuperação várias espécies de aves como o Quero-quero (Vanellus chilensis), Pomba-do-Cerrado (Columba sp.), Tesourinha (Tyrannus savana), Fogo-apagou (Scardafella squammata), Maria-Faceira (Syrigma sibilatrix), Corujas-buraqueira (Speotyto cunicularia) além de uma infinidade de insetos e outros invertebrados. Elementos da fauna são importantes na polinização e dispersão de sementes, o que leva a um aumento ainda maior da biodiversidade, em um processo cíclico.

IV. Conclusão

Os cuidados com a terra, a adoção das mudas por grupos de alunos, confecção de placas de identificação e de cercas de proteção, além de todas as vantagens da presença de árvores para a nossa qualidade de vida, tem facilitado o aprendizado de conceitos de ecologia, botânica, geografia, física, química, um maior conhecimento a respeito de espécies nativas do Cerrado, entre outros. O plantio e cuidado com as mudas nos auxiliam a desenvolver novas habilidades, incluindo a divisão de tarefas e o trabalho em grupo. Além disso, o trabalho de esclarecimento junto aos funcionários da conservação resultou na preservação de muitas espécies nativas que vinham sendo cortadas, juntamente com a grama, durante os últimos anos (vide foto do Cajuzinho-do-Cerrado), representando uma interação muito positiva com a comunidade, que também vai tomando consciência da importância da preservação do meio ambiente.


V. Bibliografia


Carolyn Proença, Rafael S. Oliveira e Ana Palmira Silva. Flores e Frutos do Cerrado, Ed. UnB.

Magalhães, L.M.S. e Crispim, A.A. Vale a pena plantar e manter árvores e florestas na cidade? Ciência Hoje, Vol. 33, nº 193, 64-85, 2003.

Ribeiro J.F., Felfili J.M., Fagg C.W. e Borges Machado J.W. Recuperação de matas de galeria, Embrapa.

Páginas da Internet


Plano de Pesquisa

Título: Projeto Margem

Questão: No terreno da escola existia uma área erosada e desgastada, quase desértica, que servia como depósito de lixo. Para melhorar a qualidade de vida e do ambiente escolar foi iniciado o plantio de mudas de árvores nativas e frutíferas. A questão é em que aspectos ocorre a melhoria da qualidade de vida com o plantio de árvores.

Materiais e Métodos:

1. Preparo do solo

Foram abertas 144 covas por uma retroescavadeira de São Sebastião, que foram cobertas por mais de quinhentos alunos. Cada cova recebeu um carrinho-de-mão de adubo humano e duas ou três mudas de árvores, a maioria nativa do Cerrado, além de diferentes sementes de árvores locais. As mudas foram doadas pela Novacap, Parque Olhos d'Água, UnB e Chácaras Geranium e Pau d'Óleo.

2. Plantio e cuidados com as mudas

O trabalho de manutenção das mudas, como capina e irrigação, está sendo feito junto com a comunidade escolar.

3. Irrigação por gotejamento

Materiais
Tubulação
Ramal principal, tubo flexível preto reciclado de diâmetro 1 ¼" e extensão 300 m
Ramal secundário, tubo flexível preto reciclado de diâmetro ¾" e extensão 980 m
Ramal terciário, tubo flexível preto e reciclado de diâmetro ½" e extensão 904 m

Conexões
200 gotejadores PVC DAC Multifunção
5 registros de esfera PVC DAC rosca 1 ¼"
18 tes internos PVC de 1 ¼" para tubo flexível
113 tes internos PVC de ¾" para tubo flexível
18 buchas de redução c/ rosca PVC de 1 ½" x ¾" para tubo flexível
113 buchas de redução c/rosca PVC de ¾" x ½" para tubo flexível
4 joelhos internos PVC de ¾" para tubo flexível
19 torneiras PVC de ½"
2 joelhos internos PVC de 1 ¼" para tubo flexível
22 adaptadores internos PVC de ¾" para tubos flexíveis
113 adaptadores internos PVC de ½" para tubos flexíveis
54 abraçadeiras simples de 1 ¼"
226 abraçadeiras simples de ¾"
113 abraçadeiras simples de ½"
2 nipels c/rosca PVC de ½"
5 veda rosca

Ferramentas
2 picaretas; 1 enxada; 2 pás; 5 colheres de jardinagem; 3 baldes; 1 carrinho de mão; 2 chaves de fenda.

Material didático
Mapa ambiental da área do projeto; Trena de 30 m; Bússola; Computador Pentium II.

4. Identificação das espécies arbóreas

A identificação das espécies está sendo feita com o auxílio dos Profs. João Couto Teixeira (orientador), Maria Izabel Melotti Xible (co-orientadora).

5. Confecção das placas de identificação

Material
. régua
. lápis
. chapa de alumínio
. tesoura para metal
. martelos (4)
. conjunto de letras para marcação em metal
. tabela com a lista das espécies

Métodos
Na sombra de uma Goiabeira (Psidium sp), a chapa foi medida e as placas marcadas e cortadas no tamanho de 15 x 8 cm. Foram escritos os nomes vulgar, científico e a família de 28 espécies. Infelizmente uma das espécies, Coração-de-Negro, foi cortada, confundida com a grama.

6. Colocação das placas de identificação

Material
. prego
. martelo
. arame de alumínio
. caneta

Métodos
O arame foi enrolado em espiral ao redor de uma caneta. Foram feitos 2 furos em cada placa, presas ao tronco principal (fuste) da muda com o arame.

7. Pesquisa sobre a utilidade das espécies

A pesquisa sobre a utilidade das espécies plantadas está sendo feita na internet e nos livros Flores e Frutos do Cerrado - Ed. UnB e Guia de Plantas do Cerrado - WWF.

Bibliografia:

Carolyn Proença, Rafael S. Oliveira e Ana Palmira Silva. Flores e Frutos do Cerrado, Ed. UnB.

Magalhães, L.M.S. e Crispim, A.A. Vale a pena plantar e manter árvores e florestas na cidade? Ciência Hoje, Vol. 33, nº 193, 64-85, 2003.

Ribeiro J.F., Felfili J.M., Fagg C.W. e Borges Machado J.W. Recuperação de matas de galeria, Embrapa.

FEBRACE- Feira Brasileira de Ciências e Engenharia
Criatividade e Inovação