3. PROTISTAS:
unicelulares eucariontes que apresentam, dentre outras organelas citoplasmáticas,
mitocôndrias, sistema golgiense, plastos ou cromatógoros - onde ficam
as clorofilas a, b e c, além de vários outros pigmentos fotossintetizantes,
como as ficoeritrinas, fucoxantinas e ficocianinas. As paredes celulares mais
conhecidas podem ser de pectina, celulose e sílica. A forma de reprodução
mais comum é a cissiparidade ou bipartição, portanto, assexuada.
A sexuada pode formar células gaméticas, flageladas, ciliadas ou
por pseudópodes. A maioria dos protistas estão amplamente distribuídos
nos mais variados meios aquáticos e terrestres, havendo espécies
que vivem em associações de mutualismo e outras de parasitismo.
3.1
AUTÓTROFOS: São algas na maioria plantônicas. Constituem parte
significativa da base da rede trófica e dos produtores de oxigênio.
3.1.1
EUGLENÓFITAS: a Euglena viridis apresenta-se como célula alongada
e bastante flexível, dotada de um longo flagelo (tátil, anterior),
vários cloroplastos e parede celular ou película sem celulose. Vive
no lago Paranoá, em charcos e terrenos lamacentos, ricos em matéria
orgânica. Na ausência de luz assume nutrição heterotrófica.
Através de uma pequena abertura na base do flagelo pode capturar partículas
orgânicas, digerindo-as. Nessa mesma região possui um corpúsculo
pigmentar chamado mancha ocelar ou estigma, de função fotorreceptora.
Assim, ela é capaz de perceber variações de intensidade luminosa
e ter reações de fototactismo positivo ou negativo, locomovendo-se
no sentido da luz ou não, respectivamente.
3.1.2 PIRRÓFITAS:
(piro = fogo) são marinhas, plantônicas e de formas variadas, podendo
ser encontradas abundantemente no lago Paranoá. Esse organismo celular
tem paredes rígidas, com placas bem definidas de celulose ou outras substâncias.
Se movimentam por meio do batimento de dois flagelos (antigamente conhecidas como
dinoflagelados dino = rotação), um deles terminal, o outro circular,
se encaixando em marcados sulcos nas placas, proporcionando à célula
movimentos de rotação. Nos plastos ou cromatóforos, além
das clorofilas, existem outros pigmentos responsáveis pela vivacidade da
cor vermelha. Algumas espécies podem atingir altos níveis de proliferação
em presença de matéria orgânica (esgotos), provocando fenômeno
conhecido como maré vermelha. Altas taxas de forte toxina são liberadas
na água, provocando mortandade, inclusive humana, através do acúmulo
da toxina na teia alimentar, nos litorais marinhos, lagos e lagoas. Existem espécies
bioluminescentes visíveis em cristas de ondas ao luar (luz fria, azul esverdeada,
provocada pela reação de uma proteína chamada luciferina
com outra, a luciferase, na presença do oxigênio).
3.1.3 CRISÓFITAS:
(criso = dourado) também chamadas diatomáceas, são abundantes
no plâncton e sedimentos aquáticos, com suas frústulas bem
encaixadas como saboneteiras de cristal (depois das campeãs de produtividade
de oxigênio e fixação de nitrogênio, as cianobactérias,
são as que mais fotossintetizam). Complexos desenhos com variadas formas
geométricas podem ser encontrados na parede de sílica. Pelo espaço
existente entre as metades que se encaixam pode ser expelida água o que
promove lento deslocamento da célula. Não há flagelos. No
citoplasma se encontram cromatóforos dourados e gotículas de óleo,
que funcionam como material de reserva e facilitam a flutuabilidade. Em algumas
regiões as frústulas depositadas no fundo de recursos hídricos
durante milênios, deram origem a um tipo especial de rocha sedimentar bem
leve e porosa, microgranulada, o diatomito, com largo emprego como material abrasivo
para polimentos finos, cremes dentais, lixas especiais, filtros de piscinas e
até como mistura para a fabricação de explosivos.
3.2
HETERÓTROFOS: PROTOZOÁRIOS. Habitam praticamente todos os ambientes
aquáticos e solos úmidos desse planeta. Nutrem-se pela ingestão
de alimentos e restos orgânicos. Há espécies predadoras e
outras que vivem em mutualismo com muitos animais, como os flagelados do intestino
de cupins, que digerem para eles a celulose. Há ainda espécies parasitas
que atacam milhões de pessoas por ano, mais por falta de higiene e sanitarismo
que pelas suas periculosidades.
3.2.1 ESTRUTURA: As membranas celulares
podem ser simples ou películas mais resistentes. Muitos apresentam carapaça
externa de quitina e calcário, com aspecto de concha de molusco. Outros
têm placas de calcário e silício, associadas a raios ou eixos
minerais de função esquelética. Nas espécies detritívoras
ou nas que se alimentam de diferentes microorganismos, a entrada de partículas
se faz por ingestão, através de pseudópodes, ou por uma pequena
abertura existente em uma parte específica da película, o citóstoma.
Formam-se ali vacúolos digestivos. Os restos não digeridos são
expelidos por algum ponto da membrana ou por região específica da
película. Há ainda grandes vacúolos pulsáteis (contráteis),
comuns nas espécies de água doce, que controlam a defecação
celular (clasmocitose) e a pressão osmótica, expulsando por contração
brusca o excedente de água incorporada por osmose e dejetos nela acumulados.
O Paramecium caudatum têm dois tipos de núcleos: um grande (macronúcleo),
que controla as funções vegetativas, e um pequeno (micronúcleo),
responsável pela transmissão de características genéticas.
A reprodução pode ser por bipartição simples (cissiparidade),
e esporulação (assexuadas). A sexuada consiste na conjugação,
e na união de gametas (células reprodutoras complexas), caso de
alguns parasitas.
3.2.2 RIZÓPODES: Locomoção por pseudópodes
de vários tipos e reprodução por cissiparidade. Exemplos:
amebas de vida livre e parasitas, foraminíferos (fósseis com até
15cm - Nummulites sp, presentes nas rochas usadas para a construção
de pirâmides) e radiolários (marinhos, cujos esqueletos e espículas
são formados de sílica e sulfato de estrôncio), além
dos heliozoários (dulcícolas). Eles apresentam-se com diferentes
tipos de pseudópodes, carapaças e esqueletos de composição
mineral.
3.2.3 FLAGELADOS: Locomoção por flagelos (movimentos
bruscos), que são filamentos longos, em pequeno número, com freqüência
apenas um. Reprodução por cissiparidade. Exemplos: Trypanossoma
Cruzi, T. gambiensis (causador da doença do sono, causa lesões meningoencefálicas,
através da picada da mosca tse-tsé - Glossina sp), Trichomonas vaginalis
(causam a tricomoníase: vaginite, uretrite e corrimento, através
de relação sexual ou toalha e objetos úmidos contaminados),
Leishmania brasiliensis (leishmaniose tegumentar americana - úlcera de
Baurú, que causa ulcerações no rosto, braços e pernas,
com necrose de tecidos conjuntivos, causadas pela picada do mosquito-palha ou
birigui: Lutzomya sp), L. donovani (leishmaniose visceral - calazar - hipertrofia
do baço e fígado, febre, enfraquecimento - picada do birigui), e
Giardia lamblia (causa a giardíase: colite, com dores intestinais e diarréia,
através da ingestão de cistos eliminados com as fezes humanas).
Os flagelos são semelhantes aos dos animais, com a mesma ultra-estrutura
filamentar (9 + 2) também presente nos cílios. Algums têm
pseudópodes.
3.2.4 CILIADOS: Locomovem-se através de cílios,
numerosos, curtos e com batimentos mais freqüentes. Cirros e membranelas
são formações oriundas da fusão deles. Reprodução
por cissiparidade (assexuada) e conjugação (sexuada). Exemplo: Paramecium
caudatum. São os mais especializados, alguns tendo até neurofilamentos
e centro coordenador do batimento ciliar. Outros têm cirros, que funcionam
como pés; filamentos contráteis; ou tricocistos, microscópicos
estiletes para a proteção, disparados quando atacados.
3.2.5
ESPOROZOÁRIOS: Ausência de organelas de locomoção.
São todos parasitas. Reprodução por esporulação
e sexuada, havendo células que se diferenciam em gametas no corpo do hospedeiro.
Exemplo: Plasmodium ovale e Toxoplasma gondii (provoca cegueira, aborto e problemas
neurológicos. Ë ingerido na forma de cistos expelidos com as fezes
de gatos, que ficam em tanques de areia e no lixo).
3.2.6 PARASITAS: a
Entamoeba histolytica causa a amebíase ou disenteria amebiana, que se caracteriza
por cólicas, forte diarréia com sangue e anemia. A infestação
ocorre por via oral, pela ingestão de cistos (formas de resistência),
presentes nas águas e alimentos contaminados com fezes de doentes. No intestino
humano cada cisto se rompe pela ação de enzimas digestivas e, por
reprodução assexuada, libera quatro amebas que atacam as células
da mucosa do trato digestivo, se alimentando de hemácias e causando ulcerações.
Formas maiores e mais ativas chamadas trofozoítos são aí
encontradas. Esses se reproduzem por bipartição e, no intestino
grosso (cólon), alguns se transformam em cistos, sendo expelidos com as
fezes, recomeçando o ciclo de infestação. Trypanossoma cruzi
(cruzi em homenagem ao Dr. Oswaldo Cruz) é o agente etiológico (causador)
da doença de Chagas ou tripanossomíase. Encontrado no sangue de
animais como tatus, tamanduás, gambás, raposas e cutias, considerados
seus reservatórios naturais. O cientista brasileiro Carlos Chagas iniciou,
em 1909, estudos que o levam a descobrir os principais fatos relacionados com
o ciclo biológico do parasita, como o inseto transmissor e os reservatórios
naturais, descrevendo os sintomas da doença no ser humano. Trata-se de
inseto hematófago, hemíptero, do gênero Triatoma, conhecido
como barbeiro ou chupança. Esconde-se em buracos no chão, nas paredes
e entre a palha da cobertura de casas de pau-a-pique. Durante a noite ele pica
o rosto e defeca formas infestantes que podem adentrar o sistema circulatório
através da coceira provocada pelo fim da ação anestésica
da picada. Na região infectada surge edema característico chamado
chagona. Instalando-se no tecido muscular, após circular pelo corpo contaminado,
especialmente no coração, provoca miocardite, levando à morte
por insuficiência cardíaca. No interior das fibras musculares se
apresenta com forma esférica, sem flagelo e ativa reprodução
assexuada por cissiparidade. Depois dessa fase, já com a forma flagelada,
passa para a circulação periférica do doente, de onde chega
ao intestino do inseto onde se divide longitudinalmente. A forma infestante passa
às fezes do chupança em alguns dias, recomeçando o ciclo
infeccioso. Plasmodium ovale afeta a mais de 200 milhões de pessoas no
mundo, especialmente em regiões tropicais. Ataca células do sangue
(hemácias) e de órgãos como o fígado, o baço
e a medula vermelha dos ossos. A transmissão ocorre através da picada
da fêmea do Anopheles sp, conhecido como mosquito-prego. Ficam nas glândulas
salivares do inseto, de onde são inoculados na circulação
do hospedeiro (neste caso intermediário, já que a fase sexuada da
vida do parasita ocorre no artrópode). Uma vez inoculados, os parasitas
penetram inicialmente nas células do fígado e do baço, órgãos
nos quais ocorre sua reprodução assexuada (esquizogonia) durante
alguns dias. Em grande número, migram para o sangue circulante e penetram
nas hemácias, onde também sofrem esquizogonia (esta fase dura 48
horas no ciclo de vida do P. vivax). As hemácias se rompem, liberando na
corrente sanguínea merozoítos, que penetram outras hemácias,
recomeçando o ciclo. Também são liberadas toxinas no plasma,
provocando tremores, suor, prostração e febre. Sendo a cada três
dias, justifica o nome febre terçã podendo, dependendo do parasita,
ser quartã. No interior de algumas hemácias originam-se formas sexuadas
que se diferenciam em gametas se atingem o estômago do inseto, após
a picada. Na luz do estômago do mosquito os gametas do protozoário
se unem. O ovo formado se encista na parede do órgão originando,
por reprodução assexuada (esporogonia) esporozoítos, alguns
dos quais podem chegar às glândulas salivares do vetor e, daí,
à corrente sanguínea do paciente. Também chamada impaludismo,
febre terçã, maleita, febre impalustre, terçã maligna,
terçã benigna, febre quartã, causa anemia, enfraquecimento
geral, graves lesões no fígado, baço e medula óssea,
além de estado de prostração durante e depois das crises.
A profilaxia abrange medidas de saneamento para a erradicação das
larvas do mosquito em recursos hídricos, além do uso preventivo
de quinino e derivados, por via oral.
4. FUNGOS:
4.1 INTRODUÇÃO:
Esse reino agrupa cerca de 10 mil espécies estudadas pela micologia. Como
decompositores atacam toda a matéria orgânica, repondo os minerais
no solo e nas águas. Micorrizas vivem associadas em mutualismo com raízes
de plantas superiores, fixando nitrogênio do ar atmosférico (N2).
A dispersão dos esporos dos fungos ocorre pelo ar, facilitando a sua queda
nos mais variados substratos orgânicos. Germinam e formam longos filamentos,
as hifas, que passam a se alimentar da matéria disponível. São
heterótrofos por absorção (e não por ingestão
como ocorre com os animais). Preferem ambientes úmidos e sem luz. Alguns
atuam como fermentos, como o Saccharomyces cerevisae, transformando a maltose
em cerveja e, posteriormente, em whysky.
4.2 ESTRUTURA: pode ter parede
celular de quitina ou de celulose. Ao invés do amido, há grânulos
de glicogênio dispersos no citoplasma. Em cada célula há um
núcleo ou dois, pareados, além de ribossomos e mitocôndrias
(não há plastos). Cenocíticas são as hifas dos fungos
mais simples, ou bolores comuns. Não têm septos transversais separando
células. Muitos núcleos compartilham a massa citoplasmática.
São septadas hifas de fungos superiores (os cogumelos e as orelhas-de-pau).
Podem ter um núcleo haplóide por célula ou dois núcleos
pareados - dicarióticas (di = dois, cario = núcleo). O conjunto
de hifas de um fungo, que crescem e se ramificam em extensas massas de finos filamentos,
constitui o chamado micélio, que não é um verdadeiro tecido,
pois células de hifas vizinhas não têm paredes comuns. Nos
fungos superiores, o micélio se organiza em alguns pontos e aparece na
superfície do solo ou no tronco podre como um talo ou corpo de frutificação,
com a forma característica de cada espécie.
4.3 REPRODUÇÃO:
Os mais simples se reproduzem apenas por esporos. Em Saccharomyces cerevisae há
gemiparidade (pequenos brotos se formam na extremidade das células, e depois
se soltam). Praticamente todos os fungos produzem esporos mitóticos ou
assexuados (endósporos dos bolores comuns - Rhizopus sp e Mucor sp, conidiósporos
- Aspergillus sp e Penicillium sp, e zoósporos - Saprolegnia sp), ou meióticos,
dependendo do processo que os originou. Os meióticos são chamados
sexuados, pois na sua formação ocorreu recombinação
genética, caso dos ascósporos e basidiósporos.
4.4
ALTERNÂNCIA DE GERAÇOES: METAGÊNESE. Em Agaricus sp, um basidiomiceto
conhecido como champignon, há fases haplóides e diplóides
de vida. Nas lâminas da parte dilatada do basidiocarpo ou corpo de frutificação
ocorre a meiose espórica, dela se originando esporos haplóides.
A germinação dos esporos dá origem a extensos micélios
subterrâneos, formados por hifas haplóides. Quando hifas de diferentes
micélios se encontram (heterotalismo), ocorre a plasmogamia, reprodução
sexuada que consiste na fusão de células inteiras. A partir delas
surgem hifas diplóides, com dois núcleos pareados em cada célula
(dicarióticas). Esse novo micélio continua crescendo e, em pouco
tempo, as hifas se organizam para formar os corpos de frutificação,
os basidiocarpos. Já fora da terra, o cogumelo adulto produz milhares de
basídios, que são grandes células localizadas na superfície
de lamelas radiais existentes na sua região superior. Somente no interior
de cada basídio é que ocorre a fusão dos dois núcleos
haplóides, seguida de meiose, formando-se assim quatro basidiósporos
haplóides. A fase diplóide do ciclo de vida é representada
pelo corpo de frutificação, ou basidiocarpo, e a fase haplóide,
pelo micélio de hifas haplóides, mononucleadas.
4.5 ASCOMICETOS:
São fungos superiores que têm hifas septadas. Ascocarpos são
seus corpos de frutificação, podendo ter diferentes formas, predominando
as arredondadas. Em todos há ciclo de alternância de gerações,
mas as hifas produtoras dos ascos encontran-se na região central do fungo.
Em cada asco ocorre inicialmente a fusão dos núcleos haplóides
e, em seguida, a meiose. Os quatro núcleos resultantes sofrem mitoses e
dão origem a oito ascósporos haplóides, liberados por ruptura
do asco. Em algumas espécies, o corpo de frutificação, grande
e esférico, rompe-se bruscamente, liberando no ar uma verdadeira nuvem
de ascósporos, uma espécie de poeira clara. Os ascomicetos são
também heterotálicos (suas hifas fecundantes provêm de micélios
diferentes). A esse grupo pertencem as trufas, além do Aspergillus sp e
Penicillium sp. Nesse último, Alexander Fleming (1929) descobriu a penicilina,
o primeiro antibiótico.
4.6 LÍQUENS: Não é
um ser vivo; são dois, resultantes da associação simbiótica
do tipo mutualismo entre ascomicetos (geralmente) e algas unicelulares verdes
ou cianobactérias. Absorvem vapor d'água e íons dissolvidos
na água das chuvas, sendo por isso sensíveis à presença
de poluentes no ar (bioindicadores). Sua presença em cascas de árvores
ou pedras, indica pouca ou nenhuma poluição atmosférica.
O talo ou corpo do líquen pode ter forma foliácea, incrustante ou
filamentar ramificada. Nele podem ser vistas ao microscópio quatro camadas,
ficando as algas apenas sob a camada externa, mais exposta à luz. Na camada
inferior há hifas rizóides para fixação do talo no
substrato. A reprodução dos liquens é feita pelos microscópicos
sorédios, grupos de algas envolvidas por algumas hifas do fungo.Eles se
destacam em vários pontos da superfície dos talos e se dispersam
no ambiente, crescendo e se organizando em novos liquens. Usnea barbata, a barba-de-velho,
é comum nas matas, crescendo pendente de ramos de árvores, como
longos filamentos ramificados de cor branco-acinzentada. Nas tundras canadenses
vários liquens constituem a principal dieta das renas durante os meses
de inverno.