O
Brasil tem tudo para criar uma malha ferroviária rápida,
abrangente e eficiente: ferro, energia e grandes distâncias
a serem percorridas.
Porque a reativação das linhas de trens não é
feita?
Porque não há planos de ampliação da rede
e fabricação/aquisição de trens mais rápidos?
O transporte ferroviário é mais barato e menos poluente
do que o rodoviário e aéreo e poderia ajudar a resolver
o grave problema do setor que enfrenta uma demanda maior do que sua
capacidade, principalmente no transporte aéreo.
Os últimos trens de passageiros que faziam viagens entre Rio-São
Paulo-Brasília só possuíam vagões dormitórios,
mais caros que as passagens de ônibus, e por isso não
tinham a preferência da população e foram desativados.
É possível não só colocar vagões
econômicos, mas também vagões que carreguem carros,
facilitando a viagem para quem não quer enfrentar as estradas,
sem falar no transporte de carga que poderia diminuir o custo de muitos
produtos, ajudando no controle inflacionário.
Talvez por ser um transporte mais barato não interesse a muitas
empresas que ele seja reativado, mas já está na hora
de colocar o interesse da coletividade na frente de interesses econômicos
de poucos.
Essa é a filosofia que tem que nortear nossas decisões
se quisermos realmente vencer o grande desafio de mantermos o nosso
planeta em equilíbrio e melhorar nossa qualidade de vida: olhar
além do próprio umbigo, e agir não só
pelas sociedades humanas, mas por todos os seres vivos e o ambiente
físico-químico que nos mantém.