CIÊNCIAS NATURAIS - 7 - PROFESSOR JOÃO
O CORPO HUMANO
Unidade 1 - Nosso corpo: uma visão geral.
- Cabeça: faces (testa, olhos, nariz, boca, queixo),
orelhas.
- Tronco: pescoço, ombros, axilas, tórax (peito, mamas,
mamilos), abdome (umbigo), quadril (nádegas, pênis, escroto,
vagina).
- Membros: braços, cotovelos, antebraços, punhos, mãos,
dedos, coxas, joelhos, pernas (canelas), tornozelos, pés, dedos.
- parentesco com todas as outras formas de vida do planeta, resultado
de transformações ocorridas ao longo de milhões
de anos. Tem estrutura (constituição) bem definida, com
partes funcionando de maneira integrada e em harmonia umas com as outras.
1. O corpo humano:
1.1. Alimento, reação química e energia: milhares
de reações químicas acontecem dentro do nosso organismo.
São fenômenos de transformação de certas
substâncias em outras diferentes.
1.1.1. Obtenção de energia para a manutenção
da vida, à partir de certos nutrientes adquiridos através
da alimentação.
1.1.2. Movimentação dos músculos, o que determina
o batimento do coração, o fluxo do sangue no interior
dos vasos sanguíneos, o deslocamento do alimento no tubo digestivo,
etc.
1.1.3. Manutenção da temperatura adequada à vida.
1.1.4. Crescimento e recuperação de certos ferimentos
e de muitas doenças.
1.2. Aspectos gerais do corpo humano: animal (pluricelular) heterótrofo
(ou heterotrófico), dotado de tecidos especializados no desempenho
de funções.
1.2.1. Heterótrofo: obtém alimento através de outros
seres vidos.
1.2.2. Vertebrado: possui coluna vertebral, além de caixa craniana.
1.2.3. Mamífero: apresenta glândulas mamárias.
1.2.4. Primata: possui cinco dedos nas mãos e nos pés
com capacidade de preensão (polegar opositor); visão binocular
bem desenvolvida e em cores; cérebro bastante desenvolvido, e
postura ereta (muitos têm postura semi-ereta).
1.2.5. Homeotermo: mantém praticamente constante a temperatura
corporal.
1.2.6. Vivíparo: os filhotes se desenvolvem dentro do corpo materno,
recebendo da mãe os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento.
1.3. Definição da aparência externa:
1.3.1. Expressão do rosto (manifesta estados emocionais).
1.3.2. Forma corporal (estrutura do esqueleto, quantidade de células
musculares e adiposas).
1.3.3. Tipo de pele (variação de cor e textura).
1.3.4. Idade (cor do cabelo, lisura da pele).
1.3.5. Sexo (masculino e feminino).
1.4. Níveis de organização do corpo humano: o corpo
humano adulto é formado por cerca de 60 trilhões de células,
cada qual com seus componentes e características básicas.
São microscópicas. O microscópio foi inventado
por Hans Jansen e seu filho Zacharias, no final do século XVI
(o imperador Nero contribuiu com sua miopia e encomendas de lentes especiais).
Células com funções e formas definidas compõem
os tecidos. Estes os órgãos e, o conjunto desses, os aparelhos
(predomínio de um determinado órgão) e os sistemas.
1.4.1. Tecidos: quatro sã os principais: muscular, nervoso, epitelial
e conjuntivo.
1.4.2. Órgãos: o estômago, por exemplo, é
formado por tecidos como o epitelial e o muscular.
1.4.3. Sistemas: o digestivo, por exemplo, é formado pela boca,
faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso,
e glândulas anexas como as salivares (anexas à boca), pâncreas
e fígado (anexas ao intestino delgado). Todos os sistemas funcionam
de maneira integrada, contribuindo para manter a saúde do organismo
como um todo: reprodutor, digestivo, respiratório,circulatório,
imunológico, excretor, ósseo, muscular, nervoso e endócrino.
Raios-X, ultra-sonografia e tomografia são exemplos de técnicas
de análise sem cortes.
1.5. Funções do corpo humano: as células, os tecidos,
os órgãos e os sistemas trabalham sem interrupção,
mantendo as funções do nosso organismo, que podemos classificar
em quatro:
1.5.1. Nutrição: sobrevivência do indivíduo.
1.5.2. Relação: interação indivíduo/ambiente.
1.5.3. Reprodução: sobrevivência da espécie.
1.5.4. Coordenação: equilibra todas as anteriores.
1.6. Os seres humanos são da mesma raça (gatos persas
podem ter variadas cores: cinza, negra, malhada, branca, e são
da mesma raça). Luca Cavll-Sforza, professor da faculdade de
medicina de Stanford, na Califórnia (EUA), afirma que as cores
dos olhos, peles e cabelos, e as proporções corporais
(e estruturas) são apenas "vernizes". Segundo ele também
não há qualquer base científica na suposição
de que uma população seja intelectual ou fisicamente superior
a outra.
1.6.1. Em 1996 o Brasil foi considerado campeão em reciclagem,
seguido por: 35% Finlândia, 33% Alemanha, 28% Áustria,
23% EUA, 16% Bélgica, 13% Dinamarca, 10% França, 5% Reino
Unido, 3,9% Japão.
1.6.2 O ancestral comum dos primatas deve ter vivido há cerca
de 5 a 10 milhões de anos. Em 1968, Theodosius Dobzhanski propôs
classificação em que a família dos hominídeos
compreende basicamente os gêneros Australopithecus e Homo. Australopitecos
(macacos do sul) viveram há cerca de 3 ou 4 milhões de
anos na África. Tinham posição ereta e cérebro
um pouco maior que o de um chimpanzé. Mediam cerca de 1 a 1,5
metro de altura e pesavam de 30 a 60 quilos (A. africanus e A. robustus).
O gênero Homo compreendeu as espécies:
a. H. habilis (homem hábil) - fósseis provenientes da
África Oriental (Quênia, Etiópia, Tanzânia),
indicam que viveram há cerca de 2,5 milhões de anos. Teriam
sido os primeiros a manipular instrumentos de pedra e caçar em
grupo.
b. H. erectus - viveram há cerca de 2,33 milhões de anos
(descoberta de 1996). Prováveis primeiros a dominar o fogo e
ferramentas mais complexas como armas de pau e de pedra. Mediam entre
1,58 e 1,78 m de altura. Sobreviveram por mais de 1 milhão de
anos (cérebro se desenvolveu de 800 para 1.000 cm3. Acredita-se
tenham habitado inicialmente a África; Migraram para a Europa,
o Oriente Médio e a Ásia.
c. H. sapiens - dentre outras subespécies:
c.1. H. sapiens neanderthalensis - ossos fósseis achados no vale
de Neanderthal, Alemanha. Viveram na Europa e no Oriente Médio
há cerca de 70 a 100 mil anos. Eram dotados de corpo robusto,
queixo proeminente e grande volume craniano. Fabricavam instrumentos
mais elaborados, confeccionavam vestimentas, construíam abrigos,moravam
em cavernas e eram hábeis caçadores.
c.2. H. sapiens sapiens - é o ser humano atual, surgido há
mais ou menos 50 mil anos. O fóssil mais antigo, encontrado na
França, tornou-se conhecido como Homem de Cro-Magnon.
1.6.3. Os primeiros da espécie surgiram há 200 ou 300
mil anos. Eram caçadores hábeis e capazes de confeccionar
roupas de peles de animais; fabricavam ferramentas e construíam
cabanas. Compreendeu várias subespécies, das quais os
primeiros representantes tinham muita destreza na fabricação
de ferramentas: usavam faca, lança, arco e flechas - realizavam
pinturas em cavernas, revelando expressão artística.
1.6.4. Há cerca de 10 mil anos o ser humano começou a
cultivar plantas para seu próprio consumo. Podendo escolher seus
alimentos, com a agricultura se estabeleceu às margens de rios,
onde surgiram as primeiras civilizações.
1.6.5. Embora acredite-se que alguma forma de linguagem já fosse
apresentada pelo H. habilis, foi a partir das primeiras civilizações
que a cultura começou a se desenvolver, a ponto de a "evolução"
cultural ter se sobreposto à biológica, segundo cientistas.
1.7. Evolução cultural: a cultura é uma característica
exclusivamente humana. O sucesso do ser humano em seu meio se deve à
evolução cultural dos últimos 10 mil anos. O ser
humano não apenas adaptou-se ao ambiente como também o
conquistou; é a adaptação cultural (roupas de esquimós)
sobrepujando a biológica (gordura no corpo da foca).
O fim da última glaciação e o derretimento das
calotas polares, há 10 mil anos, aproximadamente, favoreceram
à mudança de hábitos alimentares (de carnívoros
à onívoros). Durante essa época os grupos humanos
povoaram toda a Terra (exceto a Antártida), mas seu estilo de
vida - baseado na caça, pesca, coleta de frutos e raízes
- vinha de milhares de anos. Há 8 mil anos começaram a
ser construídos os primeiros vilarejos. As cidades surgiram 2
mil anos depois. Em seguida os estudos, as bases políticas, morais,
científicas e tecnológicas do novo mundo. Na África
tropical, os australopitecos viviam nus, sem abrigo e sem fogo. Viviam
em média 20 anos, segundo os cientistas. Hoje, no Brasil, ela
é de 70 anos, podendo chegar aos 85 em alguns países.
A evolução natural do ser humano compõe-se da biológica
e da cultural, acompanhada do desenvolvimento ecológico do planeta.
Unidade 2 - Reproduzindo a vida e perpetuando a espécie.
1. A nossa vida começa a partir de uma única
célula-ovo (único momento de ser unicelular em nosso reino),
o zigoto. Esta se divide sucessivamente originando outras que vão
se especializando e compondo aos poucos um novo organismo, pronto para
nascem em, aproximadamente, nove meses.
Após transformações atinge-se a maturação
sexual, continuando o ciclo que perpetua a espécie.
2. O sistema reprodutor - o impulso sexual: estímulos
que aproximam duas pessoas (que se sintam atraídas uma pela outra).
É complementado pelo prazer que sentem de estar juntas, pelo
afeto, pelo amor.
3. Gametas, espermatozóides, oócitos:
3.1 Gametas: são as células reprodutoras masculinas (espermatozóides)
e femininas (oócitos). Através do ato sexual há
o encontro deles, chamado fecundação, que marca a formação
da célula-ovo ou zigoto.
Órgãos reprodutores masculinos: testículos, epidídimos,
canais deferentes, vesícula seminal, próstata e pênis
(por onde passa a uretra).
3.2. A viagem dos espermatozóides: produzidos nos testículos
(as "bolas" do escroto ou "saco"), são armazenados
nos epidídimos. Através da ejaculação (lançamento
do esperma, líquido esbranquiçado), seguem pelos canais
deferentes (labirinto de dutos ou canais). São banhados por secreções
da vesícula seminal e da próstata, o que ajuda na sua
mobilidade, dando ao esperma aspecto leitoso - Ao mesmo tempo são
lançadas secreções que fazem "faxina"
na uretra, para que a acidez deixada pela urina não seja prejudicial.
Algumas válvulas acionadas com a ereção do pênis
evitam a saída simultânea de urina.
3.3. Testículos: produtores de espermatozóides. São
duas glândulas de forma oval, situadas no saco escrotal, "saco",
ou escroto, que fica na parte inferior e externa do abdome. Dentro deles
há, em média, 700 finíssimos canais, chamados seminíferos,
onde são produzidos os gametas. A produção de espermatozóides
é contínua: começa na puberdade, entre 12 e 13
anos, e vai até o fim da vida, quando ter-se-há produzido
cerca de 15 trilhões deles, sendo 300 a 400 milhões liberados;
a cada ejaculação. Os espermatozóides são
formados por cabeça, colo e cauda ou flagelo. Movimenta-se no
líquido do esperma ou sêmem, vibrando o flagelo com rapidez.
Os testículos também produzem o hormônio sexual
masculino, testosterona, que provoca o desenvolvimento dos caracteres
sexuais secundários.
3.4. Epidídimos: onde os espermatozóides completam o amadurecimento,
em uma ou três semanas. São dois tubos enovelados sobre
os testículos que fabricam secreção que permite
a maturação dos espermatozóides.
3.5. Canais deferentes: dois tubos que se unem cada um a um ducto da
vesícula seminal, formando o canal ejaculatório antes
de atingir a uretra (servem para conduzir os espermatozóides).
3.6. Vesículas seminais: duas glândulas em forma de bolsa
que fabricam um líquido denso, destinado a nutrir os espermatozóides
e aumentar a sua mobilidade.
3.7. Próstata: produção de líquido prostático,
que dá ao esperma aspecto leitoso, sendo semelhante ao líquido
produzido pelas vesículas seminais.
3.8. Esperma ou sêmem: é o conjunto formado pelos espermatozóides
mais os líquidos produzidos pelo epidídimo, pelas vesículas
seminais, pelas glândulas bulbouretrais e pela próstata.
Cada centímetro cúbico contém cerca de 100 milhões
de espermatozóides.
3.9. Pênis, uretra e ejaculação: o pênis é
órgão de forma cilíndrica. No seu interior encontra-se
a uretra. Mediante certos estímulos, fica ereto (levantado) e
rígido. Com o aumento contínuo dos estímulos o
esperma é lançado em pequenos jatos, processo chamado
ejaculação. O aumento do seu volume se deve à maior
quantidade de sangue.
3.10. Uretra: tubo procedente da bexiga, é o responsável
pela eliminação tanto da urina quanto do sêmem.
4. Órgãos reprodutores femininos: produzem
oócitos (gametas), recebem os espermatozóides, e abrigam
o novo ser. São eles: ovários, trompas de Falópio
(tubas uterinas), útero, vagina e vulva (que contém o
clitóris). Externamente mostra fenda com dois pares de lábios:
os grandes e os pequenos. O clitóris se encontra na extremidade
superior dos lábios menores. Ele se enche de sangue quando a
mulher se excita, possibilitando o orgasmo.
4.1. Ovários - oócitos, ovulação, hormônios
e menopausa: são suas glândulas situadas no interior da
cavidade pélvica ("cadeiras"). Sua função
é produzir oócitos e certos hormônios. Um oócito
leva cerca de 28 dias para amadurecer. Quando está pronto, ele
é liberado para a trompa, um tipo de canal que se comunica com
o útero. Por não ter movimento próprio, o oócito
conta com pequenas contrações da parede das trompas, que
o empurram. Esse processo chama-se ovulação e ocorre,
via de regra, a cada 28 dias, no meio do ciclo menstrual (duas semanas
após o primeiro fluxo).
4.1.1. Uma mulher nasce com cerca de 200 mil a 400 mil oócitos
imaturos em seus ovários. A maturação e liberação
de oócitos começa na puberdade, ao redor dos 12 ou 13
anos de idade, terminando por volta dos 50 anos, quando a mulher atinge
a menopausa. É uma das maiores células do corpo humano
(0,1 mm). Só perde para algumas células nervosas (que
podem atingir 2 m de comprimento).
4.1.2. Produção de dois importantes hormônios -
o estrogênio e a progesterona: o primeiro é responsável
pela formação das características secundárias
- o desenvolvimento dos seios, o surgimento de pêlos pubianos,
etc. O segundo, entre outras funções, prepara o útero
para receber o zigoto (célula-ovo).
4.2. Trompas uterinas (de Falópio): caminho para a fecundação
de oócitos. Aí o oócito é fecundado, recebendo
o nome de zigoto. Este passa por sucessivas divisões celulares,
originando um embrião que se aloja e se desenvolve na cavidade
uterina, formando o feto. Nesse estágio as ovulações
e a menstruação são interrompidas.
4.2.1. São dois tubos finos e longos (medem 7 a 14 cm). Elas
comunicam os ovários ao útero. Entre milhões de
espermatozóides lançados através da ejaculação,
geralmente apenas um penetra o oócito, fecundando-o. Os gêmeos
bivitelinos são exemplos da penetração (simultânea)
de dois gametas masculinos no oócito. Outros, que porventura
conseguirem entrar, degenerar-se-ão. Ademais, há a formação
da zona pelúcida do ovo, que lhes impede a entrada.
4.3. Útero: é um órgão que tem a forma de
uma pêra invertida. Sua função é alojar o
embrião, permitindo que ele se desenvolva até o nascimento.
Mede, normalmente, 7,5cm de comprimento, por 5cm de largura. Durante
a gravidez chega a atingir mais de 30cm. Seu interior é revestido
pela mucosa uterina. É nela que o embrião se aloja, fenômeno
chamado nidação.
4.4. Vagina: órgão por onde sai naturalmente o bebê.
É o canal que liga o útero à vulva, que é
a parte externa dos órgãos genitais femininos, ou seja,
é o conjunto formado pelo clitóris e pelos pequenos e
grandes lábios. É constituída de uma membrana mucosa
e de uma parede muscular. Ambas lubrificam e dão elasticidade
a ela, permitindo a relação sexual e a abertura adequada
à passagem do bebê na hora do parto ("chego").
4.5. Clitóris: tecidos eréteis. É um órgão
externo e pequeno. Como o pênis, é formado por tecidos
eréteis (se enchem de sangue quando a mulher está sexualmente
exicitada). Proporciona prazer sexual à mulher.
4.5.1. De aproximadamente 200 milhões de espermatozóides,
apenas um penetra o oócito, até três dias após
o ato sexual, se deslocando a uma velocidade de 2 milímetros
(mm) por minuto.
4.5.2. Infertilidade: a presença de anticorpos que matam os espermatozóides
pode ser uma das causas, tanto no corpo masculino quanto no feminino.
A má-formação dos mesmos pode causar-lhes deficiência
na locomoção, impedindo que atinjam ou penetrem oócitos.
A obstrução (bloqueio) das trompas também é
uma das causas da incapacidade de gerar filhos. Muitos desses problemas
podem ser resolvidos com intervenções médicas corretas.
4.5.3. Após a Segunda Guerra Mundial houve inchaço das
cidades (devido à migração da população
rural, melhoria da qualidade de vida, etc.). Nova York (EUA) elimina
24 mil toneladas de lixo diariamente (1,8kg/dia/pessoa). Na grande São
Paulo, 12 mil, sendo necessários 10 mil lixeiros e mil caminhões
para recolhê-lo. O seu destino é, geralmente, os aterros
sanitários (local onde é enterrado). Daí a formação
de gases combustíveis (que podem gerar explosões, mas
também ser usados por famílias no preparo de alimentos
em "fogões" improvisados com canos ali introduzidos).
Poluição dos lençóis freáticos (que
abastecem as populações locais); má utilização
dessas áreas, que poderiam ser parques para a recreação
e o lazer da coletividade.
4.5.4. Não há o que "nasça" lixo. Torna-se
isso o que é acomodado em local inadequado. Uma solução
é a separação do material para facilitar a reciclagem.
5. Como nascemos: hoje é possível haver
gravidez de várias formas, não apenas através de
relações sexuais. O cuidado com a higiene pode evitar
conseqüências inesperadas. A clonagem é uma das novidades
tecnológicas que chega aos seres humanos, além da "inseminação
artificial", ou o "bebê de proveta".
5.1. Quando ocorre a ovulação em um dos ovários,
dizemos que a mulher entrou em seu dia mais fértil (época
mais favorável à reprodução). Costuma ocorrer
do 10º ao 18º dia após o início da menstruação.
Considera-se período fértil aquele que compreende o dia
provável da ovulação, mais os quatro dias anteriores
a ela e os quatro posteriores. A probabilidade de fecundação
é menor nos outros dias.
5.2. Menstruação ou regras: menarca é o nome dado
à 1ª menstruação, que costuma acontecer entre
os 11 e os 13 anos de idade. Pode durar entre três e sete dias,
mormente cinco, se repetindo, via de regra, após 28 dias. Também
o volume de sangue e tecidos eliminados varia de mulher para mulher.
5.2.1. O que faz o organismo feminino menstruar: durante a preparação
(mensal) do útero para aninhar o zigoto, ele recebe do ovário
um hormônio que transforma a sua mucosa (epitélio de revestimento
interno dos órgãos), tornando-a esponjosa e cheia de vasos
sanguíneos. Quando não ocorre a fecundação,
o oócito degenera-se após 10 a 12 dias, a mucosa uterina
perde a consistência esponjosa e se desmancha, desfazendo-se o
"ninho" preparado para o zigoto (célula-ovo). A esse
material que se desmancha do útero é adicionado sangue
oriundo (originado) do rompimento dos vasos sanguíneos formados
na mucosa uterina, e é eliminado através da vagina (menstruação,
regras, "paquete", "chico", etc.). O término
dos ciclos acontece por volta dos 50 anos de idade (menopausa). Durante
a gravidez e amamentação não há menstruação.
5.3. A formação dos gametas masculinos e femininos - espermatogênese
e ovulogênese.
5.3.1. Espermiogênese: começa na puberdade (aos 12 ou 13
anos de idade, aproximadamente). Os espermatozóides se formam
a partir de células germinativas, localizadas nos canais seminíferos
dos testículos. No século XVII acreditava-se que nos oócitos
havia miniaturas dos pais. Após a descoberta dos espermatozóides,
estes passaram a ser os "portadores" das miniaturas. Hoje
sabe-se que ambos os gametas (gamos = juntos) contribuem com a mesma
quantidade de cromossomos (cromo = cora; somos = corpos), porções
de DNA (durante a divisão celular) para a formação
da célula-ovo.
5.3.2. Ovulogênese: os oócitos são formados por
células germinativas situadas no interior dos ovários.
Começa na puberdade (entre os 11 e os 13 anos de idade, via de
regra), com o amadurecimento dos oócitos.
5.4. Fecundação: ocorre normalmente na região de
2/3 de uma das tubas uterinas, caracterizando-se pela fusão dos
núcleos dos dois gametas.
5.5. Juventude: fator de risco. Existem métodos que podem evitar
a gravidez. Fatores são levados em conta, como: nível
educacional e social da família, exames pré-natais da
mãe, orientação sistemática por parte de
médico. Quanto mais nova a mãe, mais risco de nascimentos
de bebês abaixo do peso ideal e prematuros (que nascem antes do
tempo). Uma possível explicação para esse fato
pode ser o baixo suprimento de sangue no útero. A faixa de idade
ideal seria entre os 20 e os 24 anos de idade. Mulheres mais idosas
correm riscos maiores como o de ter filhos com trissomia do cromossomo
21, ou seja, Síndrome de Down (doença que afeta o desenvolvimento
mental e motor do bebê).
5.5.1. Depois de algumas divisões do zigoto, suas células
vão se diferenciando e formam o embrião (à partir
de 16 células). No útero, ao redor do embrião,
desenvolve-se bolsa cheia de líquido amniótico (proteção).
Passa-se a chamá-lo de feto à partir da 8ª semana.
5.6. Placenta: órgão responsável pelo suprimento
de gás oxigênio e alimentos para o feto, através
do cordão umbilical (ela os retira do sangue da mãe).
Da mesma forma, os gás carbônico e outros resíduos
do organismo do feto são por ela transportados ao sangue da mãe,
através do cordão umbilical. O organismo da mãe
elimina-os para o meio externo. Logo após o nascimento do bebê,
a placenta é eliminada do organismo materno.
5.7. Gravidez: o seu primeiro sinal é o atraso da menstruação
(embora isto possa ter outros motivos). A confirmação
pode vir de exame de laboratório (de urina ou de sangue). Não
ocorrendo fatos inesperados, a gravidez termina com o parto ("chego")
após cerca de nove meses d(40 semanas). Durante esse período
a alimentação da grávida deve ser equilibrada,
como a de qualquer outra pessoa.
5.7.1. Desde o início da gestação dever ser acompanhada
pelo obstetra (médico de gestantes), para que seja possível
a detecção de problemas de saúde no feto e/ou na
mãe. Não há motivos para temer os efeitos de pequenos
sustos, pesadelos ou tombos, pois o feto está bem protegido por
vários envoltórios, como a bolsa de líquido amniótico,
a parede do útero, os músculos do abdome e a pele da mãe.
5.7.2. Por volta da terceira semana forma-se no embrião um tubo
onde mais tarde aparecerá a espinha dorsal. Entre a terceira
e a quarta semana, o coração começa a bater. Na
oitava, os músculos do embrião já podem se contrair,
permitindo a realização de pequenos movimentos. A formação
dos órgãos internos se dá no começo da gravidez.
Na 16ª semana, o feto está completamente formado e se inicia
um período de crescimento. Quando atinge a 32ª semana, está
quase pronto para nascer.
5.7.3. Relações sexuais durante gravidez sem risco não
prejudicam nem ao feto, nem à mãe.
5.8. Parto: após o nascimento, o bebê está pronto
para levar uma vida semi-independente: respirar por seus próprios
órgãos respiratórios, digerir seus alimentos e
fazer parte de seu primeiro grupo social: a família.
5.8.1. Bebê prematuro é aquele que nasce antes de completar
pelo menos 38 semanas de gestação. Extremamente: menos
de 30; moderadamente: entre 31 e 36; e prematuros limítrofes:
entre 37 e 38. Em geral, permanece durante certo tempo em uma encubadora
(aparelho com temperatura constante e suprimento de oxigênio para
facilitar sua respiração). São providências
que minimizam sua chance de aquisição de infecções.
5.8.2. Sem medo de dar à luz: com assistência médica,
as possibilidades de complicações durante o parto são
mínimas. São indicativos dele: contrações
mais freqüentes dos músculos do útero ("dores
do parto") e rompimento da bolsa de líquido amniótico.
5.8.3. No momento do parto normal, o feto se encontra com a cabeça
voltada para baixo. É então expelido do útero,
pela vagina, por movimentos naturais daquele órgão, ajudado
pelos esforços da mãe. Após o bebê sai a
placenta. O cordão umbilical é cortado após o bebê
respirar e chorar. Depois do parto, o aparelho reprodutor da mulher,
aos poucos, volta ao seu estado anterior à gravidez.
5.8.4. Parto cesariano: consiste em opção cirúrgica
de corte no abdome, mediante anestesia, por onde a criança é
retirada, com duração aproximada de 60 minutos. É
necessário quando a criança se encontra em posição
inadequada (cabeça voltada para cima, por exemplo), ou quando
o médico observa que ela ou a mãe não apresentam
condições de suportar o trabalho de parto. Pode ainda
ocorrer por opção da mãe e concordância do
médico. Nesse caso, ela é programada com antecedência.
A recuperação da mãe com essa opção
é mais lenta.
5.8.5. Aliviando a dor do parto: Existem técnicas naturais, como
relaxamento e respiração, e anestesia peridural, aplicada
na medula espinhal. A gestante fica consciente, sentindo todos os membros
do corpo. Consegue realizar bem o trabalho de parto e até caminhar.
No caso de cesariana, a anestesia raquidiana é mais recomendada.
Também injetada na medula espinhal, deixa a gestante adormecida
da cintura para baixo. Pode não ser aplicada anestesia alguma
- apenas na hora em que a cabeça do bebê está "coroando"
(aparecendo), é que o médico aplica um pouco de anestesia,
em um nervo próximo à região, chamada períneo.
Isso é necessário porque o períneo receberá
um pequeno corte para facilitar a saída do bebê.
5.8.6. Parto com fórceps: aparelho utilizado quando o trabalho
de parto não está satisfatório para um parto normal
e também já não há mais tempo para realizar
uma cesariana.
5.8.7. Leite materno: uma receita incomparável: o colostro, o
primeiro leite produzido pela mãe, atua como um laxante (solta
o intestino) suave é portador de fatores (grande carga de anticorpos)
que estimulam o desenvolvimento da flora intestinal. É portanto
estimulador das atividades intestinal e imunológica (contra inúmeras
doenças contagiosas).
a. O excedente de caseína presente no leite de vaca provoca a
formação de coágulos protéicos, que a criança
normalmente tem dificuldade de digerir, o que pode comprometer sua função
intestinal. A maior concentração de minerais no leite
daquele animal pode acarretar uma sobrecarga nos rins do bebê.
b. A produção do leite materno constitui uma fonte de
benefícios também para a mãe: além de favorecer
o retorno do útero a seu tamanho normal e de contribuir para
a redução dos processos hemorrágicos após
o parto, também diminui a possibilidade de desenvolvimento de
cêncer nos seios. Do ponto de vista psicológico, cumpre
papel fundamental de aprofundar a relação entre mãe
e filho, estabelecendo um contato prazeroso entre eles e favorecendo
o desenvolvimento de um sentimento de proteção e de segurança
no bebê.
5.8.8. Como se formam gêmeos:
a. Univitelinos (ou idênticos): situação em que
a célula-ovo, em divisão, se separa em dois grupos (ou
mais). São clones - ambos compartilham a mesma placenta, embora
permaneçam em bolsas amnióticas separadas (tem membrana
separando-as). São idênticos no sexo, na aparência
física e até mesmo a personalidade costuma ser semelhante.
b. Bivitelinos (não-idênticos): se formam quando a mulher
ovula dois (ou mais) oócitos. Neste caso existe uma placenta
para cada feto (as bolsas amnióticas são separadas por
membrana). São tão diferentes uns dos outros como quaisquer
irmãos nascidos em partos diferentes (podem ser de sexos diferentes).
c. Siameses: são indivíduos que nascem ligados entre si,
dividindo certos órgãos, ou apenas ligados por uma tira
de pele.
5.8.9. A inseminação in vitro (em vidro) é uma
das técnicas mais utilizadas, hoje, por casais com problemas
de fertilidade. É capaz de substituir algumas funções
do aparelho reprodutor não-fértil. A fecundação
ocorre em laboratório, onde o embrião é formado,
e depois implantado no útero (bebê de "proveta").
5.8.10.Diante de entupimento nas trompas de Falópio, por exemplo,
um oócito é localizado, retirado com um tubo especial,
colocado em uma cuba com nutrientes, onde amadurece entre 4 e 6 horas.
Acrescenta-se esperma à cuba, onde começa sua divisão.
Cerca de dois dias depois, o ovo se torna embrião (de 8 a 16
células).
5.8.11."Pensar globalmente e agir localmente": prefira produtos
recicláveis e/ou de boa qualidade, mesmo que sejam mais caros.
Reduza o uso de pacotes durante compras. Contribua com a coleta seletiva.
6. Você e seu corpo na adolescência: entre
as mudanças mais profundas pelas quais passa o ser humano, está
o desenvolvimento do seu corpo. No recém-nascido, a cabeça
é proporcionalmente maior (de 1/4 chega a 1/8 do seu tamanho).
É a fase em que o organismo atinge a maturidade sexual. Não
há ser biológico que viva para sempre. Em um ciclo de
vida normal as pessoas nascem, crescem, amadurecem, envelhecem e morrem.
Ao nascermos,a maioria dos órgãos está pronta,
só precisando aumentar de tamanho. À medida que crescemos
também envelhecemos. Paramos de crescer quando todo o processo
de ossificação termina.
6.1. Geralmente, o tempo de vida de uma pessoa está relacionado
com a qualidade de seu padrão de vida. As pessoas vivem, em média,
85 anos nos países ricos, industrializados, devido ao conforto,
condições de higiene e de saneamento básico adequadas,
boa alimentação, segurança e fácil acesso
a tratamentos médicos. No Brasil a expectativa de vida, na média,
dos homens, é de 65 anos, e das mulheres, de 71.
6.2. Com o passar dos anos, o organismo humano vai perdendo o seu vigor.
Os músculos, os ossos, as articulações, as glândulas,
os órgãos em geral vão diminuindo seu rendimento.
Receita para manter a saúde e prolongar a vida:
6.2.1. Seguir alimentação equilibrada (evitar açúcares
e produtos com substâncias artificiais em excesso).
6.2.2. Fazer exercícios regularmente (caminhar, nadar, jogar
capoeira).
6.2.3. Não fumar (o cigarro afeta vários órgãos
do corpo).
6.2.4. Não consumir bebidas alcoólicas e qualquer tipo
de droga (são produtos que deterioram muitos órgãos
do corpo, causando sérios prejuízos ao cérebro).
6.3. Em 1995, era brasileira a mulher mais antiga no mundo. A mineira
Maria do Carmo Jerônimo, com 124 anos, só perdia para outro
mineiro: João Soares de Almeida (9 meses e 13 dias mais velho).
Falando como uma criança de 4 anos, Maria nasceu em 5 de março
de 1871, tendo sido escrava até aos 17 anos de idade. Foi responsável
pela criação de 13 bisnetos do escritor Bernardo Guimarães.
Medindo 1,24 m de altura e pesando 41 Kg, não sabia ler, escrever,
ou lidar com dinheiro. A ex-escrava não gostava de música,
nem de TV; nunca teve namorado. "Casamento é abacaxi",
gostava de repetir. Segundo Bernadete Bernardo Guimarães, 35
anos, uma de suas filhas por adoção, "o negócio
dela é ir à missa". Também não fizeram
parte da longa vida de Maria resfriado, infecção e estresse.
José Geraldo Vilela Reis, seu médico há 13 anos,
disse: "sua longevidade se deve à estrutura genética
e imunológica e à resistência ao estresse. Ela não
se preocupa com coisa alguma. Maria que viver muito mais. O tempo parou
para ela".
6.4. Passo a passo - de bebê a criança, de criança
a adolescente: quando nasce, o bebê depende dos adultos. Não
é capaz de viver sozinho. Seu meio de comunicação
mais eficiente é o choro (sono, molhado, com frio, calor, carência
de companhia). Para que se tornem adultos saudáveis precisam
de amor e estímulos. Vai se tornando capaz de observar suas mãos,
seus pés, balbuciar, ocupar-se com brinquedos. Aprende a brincar
e enquanto brinca, vai aprendendo a coisas sobre o mundo. Ele explora
e conquista os ambientes mais próximos.
6.5. Ele explora e conquista os ambientes mais próximos. Geralmente,
por volta dos sete meses o bebê já consegue sentar. Mais
ou menos aos dez meses ele fica em pé por si só. Começa
a se locomover por volta de 13 ou 14 meses. Aos poucos aprende a falar.
Vai ampliando seus contatos sociais. Já reconhece maior quantidade
de pessoas da sua família, animais de estimação,
outras pessoas além dos familiares. Na escola, passa a conviver
com outras crianças e com outros adultos, aprende a ler, desenvolve
seus conhecimentos e suas habilidades. Torna-se cada vez mais independente.
6.6. Conviver com pessoas é extremamente importante. É
assim que a criança se torna capaz de fazer amizades duradouras,
aprende a respeitar os limites de sua liberdade e a reconhecer suas
falhas. O adolescente tem modificada a forma do corpo, a voz dos meninos
torna-se mais grave, se destacam os seios nas meninas. Não é
mais uma criança. Há grandes alterações
em sua mente, na maneira de viver e de se relacionar com os outros.
Agora ele começa a atuar no mundo com sua própria personalidade,
com seus próprios interesses.
6.6.1. A adolescência e as mudanças no corpo. Do latim
púbis = penugem ou pêlos (região dos órgãos
sexuais e axilas). É desencadeada pelo aumento na produção
dos hormônios sexuais. Termina ao atingir a idade adulta (entre
os 18 e os 20 anos).
6.6.2. Feminina: por volta dos 12 anos ela começa a perceber
que nascem pelos debaixo dos braços e ao redor dos órgãos
genitais. Os seios crescem, a cintura fica mais fina, os quadris e as
coxas tornam-se mais arredondados.
6.6.3. Masculino: por volta dos 13 anos percebem que crescem mais depressa.
O pênis e os testículos adquirem o tamanho adulto. Os pelos
pubianos (da região genital) aumentam e ficam encaracolados.
Os ombros tornam-se mais largos que os quadris e os músculos
se desenvolvem. No rosto aparece uma "penugem" que se transforma
em barba. A voz fica mais grossa (grave). Param de crescer por volta
dos 20 anos de idade (a cabeça, aos 16).
6.6.4. Mudança nas proporções, ritmos e preocupações:
a criança cresce muito nos primeiros anos de vida, menos na infância,
e "espicha" na adolescência, chegando a ficar desproporcional.
Os membros costumam ficar mais longos em relação ao tronco.
A situação se equilibra mais tarde. As mudanças
físicas não acontecem ao mesmo tempo para todos os jovens.
As meninas não devem se preocupar com o desenvolvimento inicialmente
desigual dos seios. Cravos e espinhas são reflexo da maior atividade
das glândulas sebáceas.. O dermatologista, especialista
em pele, deve ser consultado em caso de muitos aparecimentos (não
os espremer para não marcar o rosto). O grande desenvolvimento
de glândulas sudoríparas aumenta a quantidade de transpiração
(ou suor); o banho diário minimiza o problema. Devem ser lavados
os órgãos sexuais externos diariamente, com água
e sabão (a glande ou "cabeça" do pênis,
recoberta por membrana chamada prepúcio. Se a pele é muito
apertada, caracteriza problema chamado fimose, que pode ser resolvido
através de pequena cirurgia).
6.6.5. Na mente, essa fase é marcada por alterações
psicológicas. É período de muitas indagações,
em que a pessoa inicia caminhada no "mundo dos adultos". Mudanças
de pensamentos trazem mudanças de atitude. "O que é
sexo?"; "qual o sentido da vida?"; "por que estou
neste mundo?". É importante descobrir coisas novas sobre
a vida e sobre nós mesmos. Conhecer, perguntar, experimentar,
discutir, são atitudes construtivas.
6.6.6. Preocupações dos pais de adolescentes: o anseio
dos adolescentes por independência e auto-suficiência demonstrada
por eles assustam alguns pais. Há preocupações
com os "amigos" dos filhos (más companhias, mau caminho):
envolvimento com drogas; gravidez; violência; doenças (principalmente
DST´s); aquisição de hábitos e comportamentos
que prejudiquem a saúde física e mental.
6.6.7. Adolescência para todos: virar adulto exige muitas decisões.
A "ponte" para essa situação é a adolescência.
Este precisa aprender a escolher seu modo de vida, suas crenças,
namorados (as); precisa começar a pensar na profissão
que irá seguir. Aos poucos, vai se tornando um ser independente.
Converse com idosos para conhecer as realidades de quando estavam naquela
idade, suas contestações e críticas. Em uma placa
de pedra encontrada na Mesopotâmia (região onde nasceu
a escrita e hoje pertence ao Iraque), há 4 mil anos (!), encontra-se
a seguinte inscrição anônima: "O adolescente
considera tudo o que é mais antigo do que ele como arcaico e
obsoleto. Ao passo que tudo seu é novo, criativo, algo que sem
dúvida dará certo. Essa praga só pensa em sexo
e contestação".
6.6.8. Ficar adulto é demorado. Não se pode ter pressa,
pois cada pessoa tem seu próprio tempo de maturação,
tanto física quanto emocional. Que bom quando esse tempo pode
ser lembrado como os "anos dourados" de vida.
6.6.9. A circulação de substâncias e de elementos
químicos na natureza - como o ciclo da água, oxigênio
e nitrogênio - é denominada ciclo biogeoquímico.
Na biosfera, esses ingredientes essenciais aos seres vivos tendem a
circular do ambiente para os organismos, e destes de volta ao meio externo:
a. Gasosos: o reservatório natural é a atmosfera; é
o caso dos ciclos do oxigênio e nitrogênio.
b. Sedimentares: o reservatório natural é a crosta terrestre;
é o caso do ciclo do cálcio.
6.7. Falando de sexo: antigamente era assunto proibido. A vergonha e
o medo impediam qualquer manifestação de dúvidas
e emoções. Às vezes, nem o próprio corpo
eram bem conhecido. Os jovens precisam entender as dificuldades que
esse tipo de educação recebida pelos adultos pode trazer
na hora de orientar os próprios filhos.
6.7.1. Para que serve o sexo: para garantir a perpetuação
(continuidade) das espécies. Na maioria dos animais, o macho
só cruza com a fêmea quando ela está fértil,
quando seu organismo está pronto para gerar filhotes. Para o
ser humano a reprodução é apenas uma das funções
da atividade sexual. As mulheres (e os homens) têm vontade de
praticar atos sexuais mesmo quando estão grávidas ou menstruadas.
Para o ser humano a relação sexual é uma maneira
de obter prazer e alegria, de dar e receber carinho, afeto ("fazer
amor").
6.7.2. Como acontece a ejaculação? Quando um homem (rapaz)
fica excitado, seu pênis fica ereto e rígido. Em um certo
momento o esperma jorra pela uretra, em uma série de jatos: é
a ejaculação. Cada uma delas libera um pouco mais que
uma colher pequena de esperma. Quando ocorre durante o sono, recebe
a denominação de polução noturna. Pode ocorrer
independentemente do tipo de sonho, é natural e não faz
mal algum.
6.7.3. O que é menstruação? Em um determinado dia,
por volta dos 12 anos de idade, a menina pode ter sua calcinha manchada
de sangue pela primeira vez. É a menarca, que pode durar de três
a cinco dias. Durante essa fase é preciso usar absorvente para
impedir que o sangue manche a roupa. A alternativa é usar pequenas
toalhas, sempre bem lavadas. O tampão, um chumaço de algodão,
é geralmente usado por mulheres (que já tiveram relações
sexuais, ou seja, cujo hímem já tenha sido rompido), já
que é introduzido na vagina.
6.7.4. Durante a menstruação pode-se fazer o que se faz
no resto do mês: lavar a cabeça, nadar (se já puder
usar tampão), fazer ginástica, comer comida normal, tomar
sorvete, andar de bicicleta, andar descalça. Tomar banho, além
de não fazer mal algum, é absolutamente necessário
para manter a higiene. Caminhadas podem aliviar as cólicas (dores
na "barriga"). Mas se estas forem prolongadas ou fortes demais,
é necessário procurar o médico.
6.7.5. É errado se masturbar? Mexer nos órgãos
sexuais ou acariciá-los para sentir prazer é hábito
que começa na infância e pode acontecer durante toda a
vida (é comum na adolescência). Antigamente dizia-se que
fazia mal, deixava a pessoa fraca, com dor de cabeça, fazia crescer
pêlos nas mãos, viciava, incapacitava a pessoa de ter relações
sexuais. A masturbação não faz mal, não
é doença nem vício. É um modo de satisfazer
a vontade sexual, conhecer o corpo, experimentar suas sensações.
6.7.6. O que é homossexualidade? É atração
sexual por pessoa (s) do mesmo sexo. Trata-se de pessoa igual às
outras em termos de características hormonais, glandulares e
sanguíneas. O que a diferencia é o objeto de sua atração
sexual, o que o realiza. Não é vício nem doença
e deve ser respeitada. Na adolescência é comum surgirem
amizades íntimas entre menino ou entre meninas, o que é
próprio da idade e não significa que a pessoa vá
fazer essa opção para o resto da vida.
6.7.7. O que é ser virgem? Considera-se assim quem não
teve relações sexuais. Nas mulheres nessa condição
pode existir o hímem (fina pele que recobre a entrada do canal
vaginal). Essa membrana tem um orifício pelo qual escoam sangue
menstrual e as secreções vaginais. Nem sempre dói
quando se rompe (geralmente durante a 1ª relação
sexual). Durante muito tempo acreditou-se que as moças deviam
permanecer virgens até o casamento; já os rapazes eram
incentivados a ter relações sexuais desde o início
da puberdade. Em alguns grupos de jovens as virgens são chamadas
de atrasadas e "caretas". Para enfrentar todas as superstições,
há que se desenvolver maturidade física e mental.
6.7.8. Quando ter a primeira relação sexual? Inicia-se
com afeto, abraços, beijos, trocas de carícias. Isso faz
com que haja excitação: o pênis fica ereto e a vagina
mais úmida. Em geral a mulher excita-se mais vagarosamente que
o homem. Quando a mulher demonstra que está pronta, o homem introduz
o pênis na sua vagina. A sensação é boa para
ambos. No momento de máxima excitação ocorre o
orgasmo: o homem ejacula e a mulher sente contrair-se o útero
e toda a região genital. Nem sempre ocorre simultaneamente para
os parceiros. Com o tempo vai se descobrindo como realizar a relação
de maneira mais satisfatória. Nem sempre dá tudo certo
(nas primeiras vezes).
6.8. Métodos anticoncepcionais: ter filhos é decisão
séria. Exige cuidados constantes, carinho, orientação
de responsáveis, tempo disponível e condição
financeira. "Fazer" uma pessoa é enorme responsabilidade.
Como evitar a gravidez? A mulher não fica grávida por
si só. A responsabilidade é dos cônjuges (parceiros).
Se não for possível conversar sobre o assunto, talvez
ainda não seja boa hora para a relação sexual.
6.8.1. Camisinha, camisa-de-vênus ou preservativo: é o
método mais simples e um dos mais eficazes. Vendida em farmácias
e supermercados, pode ser usada por qualquer homem. Trata-se de saco
de látex (borracha) que deve "vestir" o pênis
ereto. O esperma ejaculado fica no espaço reservado à
ele na extremidade do preservativo. Deve ser retirado ao fim da relação,
com o pênis ereto. Como impede o contato direto entre o pênis
e a mucosa da vagina, também serve para prevenir a transmissão
de doenças como a sífilis, gonorréia (blenorragia)
e AIDS.
6.8.2. Pílula: comprimido feito com hormônios sintéticos
(não naturais) que impede o amadurecimento do oócito e
a ovulação. É quase 100% seguro, mas pode causar
efeitos colaterais. Deve ser tomado todos os dias, no mesmo horário.
Cada cartela tem 21 comprimidos. O primeiro deve ser tomado no quinto
dia a partir da chegada da menstruação. Não é
aconselhável para adolescentes pois pode haver interferência
hormonal no crescimento. Para algumas mulheres pode provocar maiores
problemas de saúde. Por isso tudo, só pode ser receitado
por médico, que avaliará a saúde da mulher antes
de indicá-lo, e durante o seu consumo (pelo menos uma vez por
ano). No primeiro mês de uso é aconselhável a associação
de outro método como o preservativo, já que nesse estágio
pode ocorrer ovulação.
Quanta bobagem: "É a primeira vez. Não vou ter esse
azar!". "Em pé, não engravida". "Se
lavar bem depois, na fica grávida". "Uma boa lavagem
com vinagre ou coca-cola, depois da relação, mata os espermatozóides".
Ginecologista é o médico indicado para estas consultas.
6.8.3. Diu, dispositivo intra-uterino: é peça de cobre
ou silicone colocada, pelo médico, dentro do útero. Impede
que o espermatozóide encontre o oócito, ou que o ovo se
implante no útero e se desenvolva. Pode permanecer de 2 a 5 anos.
Depois disso, pode ser substituído. Um tipo de silicone pode
permanecer por tempo indeterminado. Pode sair do lugar, daí a
importância de visitas periódicas ao médico (pode
sair do lugar e causar sangramentos, problemas de saúde ou permitir
a gravidez).
6.8.4. Diafragma: proteção de borracha colocada na parte
mais profunda da vagina, que veda a entrada do útero e impede
a penetração dos espermatozóides. Deve ser instalado
antes da relação e retirado oito horas após. O
ginecologista indica o tamanho adequado para cada vagina e ensina como
usá-lo (há necessidade de treino). Não prejudica
a saúde nem é sentido pelos parceiros.
6.8.5. Tabelinha: método chamado "Billings", natural,
na utiliza material ou remédio. Consiste em não ter relações
no período fértil. Dá certo se a mulher tem regras
regulares (a cada 27 ou 30 dias). Os dias mais apropriados são
sete antes, três depois e os durante a menstruação.
6.8.6. Coito interrompido: consiste em retirar o pênis da vagina
antes da ejaculação. Não é seguro por às
vezes saírem gotas de esperma antes da ejaculação,
contendo milhões de espermatozóides. Além da dificuldade
de interrupção no momento adequado, também interfere
no prazer dos parceiros.
6.9. Doenças sexualmente transmissíveis - As mais comuns
são: gonorréia (blenorragia), sífilis, AIDS (esta
última, embora chamada de doença, trata-se de síndrome,
palavra que caracteriza conjunto de sinais e sintomas que podem ser
produzidos por mais de uma causa.
6.9.1. Como evitar: limitar o número de parceiros e usar preservativos.
6.9.2. Essas doenças são curáveis? A gonorréia
e a sífilis, sim. Seu tratamento é feito com antibióticos,
remédios que impedem a divisão celular de bactérias
(a formação da parede de glicoproteínas). A AIDS
ainda não tem cura (é mortal). A solução
é evitar o contágio.
6.9.3. Sintomas da gonorréia: o homem com blenorragia sente dor
e ardência ao urinar, eliminando gotas de pus pela uretra. Pode
aparecer dor no abdome. Ela pode ficar estéril se a doença
não for tratada.
6.9.4. O que fazer? Quando aparecem sintomas há que se comunicar
ao(s) parceiro (s), suspender relações e procurar médico.
O tratamento é simples. Remédio caseiro não costuma
ser recomendado. Como os sintomas nas mulheres não são
claros, torna-se importante consulta anual a ginecologista.
6.9.5. Sífilis - É uma doença grave? Se não
for tratada corretamente, pode causar cegueira, paralisia, distúrbios
mentais (loucura), e morte. A gestante passa a doença ao bebê;
que nestes casos geralmente nasce com deficiências físicas
e mentais.
6.9.6. Quais os sintomas da sífilis? Ela manifesta-se inicialmente
por uma ferida nos órgãos sexuais (às vezes imperceptível)
que sara por si só, mesmo sem tratamento adequado (mas o seu
micróbio - agente etiológico - continua no organismo).
Em seguida aparecem manchas avermelhadas no corpo, que também
desaparecem por si só. A fase mais grave ocorre quando o micróbio
(espirilo) atinge o sistema nervoso e os órgãos internos,
levando o parasitado a ter febre alta, perda de cabelo, rachaduras nos
pés e mãos e gânglios inchados.
6.9.7. AIDS: o que é? A síndrome da imunodeficiência
adquirida é causada por um grupo de vírus chamados HIV,
que invadem células sanguíneas chamadas linfócitos
(tipo B, auxiliares). O organismo do aidético fica incapaz de
se defender contra infecções como pneumonia, meningite,
infecções intestinais, vindo a falecer por conta de uma
delas. Os primeiros registros dão conta do seu surgimento nos
EUA em 1979, e no Brasil, em 1982. Hoje também estão entre
os países mais afetados a Uganda e a França.
6.9.8. Como é transmitida a AIDS? Através do contato com
o esperma, sangue e secreção vaginal de pessoas contaminadas.
Há que se ter "ferida" para que o vírus passe
à circulação do (a) parceiro (a). Até o
alicate de manicuro pode ser o veículo da transmissão,
como transfusão de sangue. Mães aidéticas podem
passar a doença para o feto (durante a gravidez), na hora do
parto (se houver rompimento de vasos ou capilares), ou através
da amamentação.
6.9.9. Como evitar a AIDS? Usando preservativos, controlando o sangue
usado em transfusões (através de testes feitos nos bancos
de sangue), utilizando seringas e agulhas descartáveis novas,
ou esterilizadas (drogas injetáveis), evitar agulhas de acupuntura,
de furar orelhas, ou de fazer tatuagens, de procedência duvidosa.
Da mesma forma as lâminas, as tesouras e alicates, de barbeiros,
manicuros e pedicuros (aconselha-se, na medida do possível, levar
seu próprio material de uso).
a. Picadas de insetos transmitem AIDS? Não existe estudo algum
que possa comprovar isso; da mesma forma o aperto de mãos, abraços,
beijos no rosto, espirros, piscinas, vasos sanitários, toalhas,
copos ou outros objetos, bastando que sejam normalmente limpos.
b. Conviver com doentes de AIDS é perigoso? A convivência
social ou familiar com aidéticos não apresenta perigo
algum, desde que tomados normais cuidados com a higiene. As pessoas
que tratam dos doentes precisam usar luvas. Pessoa alguma se contamina
por visitar, conversar e ser carinhoso com um paciente.
c. Como uma pessoa sabe que está com AIDS? Pode haver contaminação
sem sintomas. O HIV pode permanecer no organismo e se manifestar por
período de seis meses a dez anos (ou mais). Nesse período
a pessoa também pode transmitir a doença. Os principais
sintomas são: febre, diarréia constante, emagrecimento,
herpes, "sapinho" (candidíase), gânglios inflamados
pelo corpo, manchas roxas na pele que não desaparecem com o tempo,
cansaço, falta de ar, tosse. O diagnóstico definitivo
é feito apenas pelo médico, através de testes de
laboratório e exame clínico do paciente.
d. Existe remédio contra a AIDS? Até o momento não
há medicamento que destrua o vírus da AIDS. Os usados
prolongam a vida do doente, melhorando o seu estado geral.
e. AIDS: uma nova esperança de cura. Ainda não existe
vacina contra a AIDS, mas novas drogas já matam 98,9% dos vírus
HIV no corpo humano. Com apenas três meses de tratamento, pacientes
terminais ganham peso, controlam as infecções típicas
da doença e voltam a caminhar; pessoas que se infectaram recentemente
livram-se de maneira quase total dos vírus, mas ainda não
se pode falar em cura. Pesquisadores admitem que está próximo
o dia da cura daquela que, em quinze anos de misteriosa e selvagem proliferação,
matou quatro milhões de pessoas. Ela sairá da lista dos
fatais e passará a das graves.
f. Existem mais de 21 milhões de pessoas infectadas (700 mil
no Brasil - dados de 1999). A nova terapia, chamada de tríplice,
baseia-se em descobertas recentes sobre a origem, a evolução
e a natureza dos HIV´s, e em avanços farmacêuticos.
O descobridor, Dr. David Ho, explica que o coquetel de drogas tem a
capacidade de interromper a multiplicação do vírus
no organismo. Ele recomenda que o mesmo seja combatido desde o primeiro
dia em que se instala no organismo. A técnica consiste na combinação
dos medicamentos AZT, 3CT e ritonavir. Os dois primeiros podem bloquear
os estágios iniciais do ciclo reprodutivo dos vírus nas
células humanas. O terceiro é capaz de interferir no estágio
final do ciclo reprodutivo do vírus. A indagação
dos cientistas é: até quando se conseguirá dominar
os vírus comesse método? Outra preocupação
é o custo do tratamento com o coquetel de drogas: em média
mil dólares por pessoa, por mês, o que é inacessível
a 94% dos portadores no mundo. Os hospitais da rede pública do
Brasil que tratam aidéticos (309) receberam em dezembro de 1996
e janeiro de 1997 dez mil kits com remédios que compõem
a terapia tríplice. Foram gastos 48,8 milhões de reais
naquela primeira compra dos novos coquetéis.
Unidade III - Constituição de nosso organismo: as células
e os tecidos.
Com exceção dos vírus, os seres
vivos são formados por célula (s). Nós animais,
surgimos como uma única célula-ovo ou zigoto. À
partir dela, formam-se todas as outras. Primeiro ela se divide em duas;
cada uma delas se divide em duas outras, e assim sucessivamente. Todas
essas células têm os mesmos genes (estruturas formadas
por ácidos nucléicos). Comandam todas as atividades celulares
e regulam o mecanismo de reprodução. Alguns podem se manter
ativos em umas células e inativos em outras. Em certo instante,
as células começam a se diferenciar, ou seja, vão
se especializando no desempenho de determinadas funções.
Assim vão se formando as epiteliais, musculares, ósseas,
sanguíneas.
Os tecidos surgem do agrupamento de células semelhantes em forma
e função. O corpo humano é formado por trilhões
dessas unidades vivas.
5. Visão geral sobre a célula: as pesquisas
científicas no campo do estudo das células devem muito
ao microscópio, que permite ampliá-las milhares de vezes.
Os vírus somente podem ser observados ao microscópio eletrônico
(que funciona com feixes de elétrons, no vácuo, eliminando
a possibilidade da observação in vivo, ao contrário
do que ocorre com o óptico, que funciona com a luz).
5.1. A palavra célula foi usada pela primeira vez em 1665, pelo
cientista inglês Robert Hooke (o mesmo que dificultou a entrada
na Academia Real Britânica de personalidades como o físico
Isaac Newton e Leewenhöeck, o descobridor das bactérias).
Com um microscópio simples, porém mais aperfeiçoado
que os da família Hans e Zacarias Jansen, seus inventores no
século XVI (lembra-se a importância da miopia do imperador
romano Nero para o avanço das pesquisas com lentes de aumento),
observou pedaços da casca de uma corticeira, percebendo a sua
constituição em inúmeros compartimentos (naquele
tecido morto, vazios). Chamou-os células (diminutivo latínico
de cela).
5.2. A "sociedade" celular: Cada célula em nosso corpo
tem função específica.
QUESTÕES PARA AVALIAR O APRENDIZADO
1. Comente a importância dos milhares de reações
químicas que ocorrem dentro dos organismos.
2. Distinga heterótrofos, vertebrados, mamíferos, primatas,
homeotermos, e vivíparos.
3. Explique por que o animal humano pode ser considerado social?
4. A partir de que estrutura se se organiza o corpo humano?
5. Defina e exemplifique um tecido.
6. Explique por que o nosso estômago é considerado um órgão.
7. Exemplifique um sistema e explique como se formam os sistemas do
corpo humano.
8. Como são mantidas as funções do nosso organismo?
9. Classifique as funções do corpo humano.
10. Defina impulso sexual.
11. Defina gameta.
12. Nomeie os gametas masculino e feminino.
13. Defina zigoto ou célula-ovo.
14. Enumere os órgãos do sistema reprodutor masculino.
15. Esquematize um espermatozóide, indicando as suas partes.
16. Indique a parte do espermatozóide responsável pela
sua locomoção.
17. Cite o nome do hormônio sexual masculino, o local onde ele
é produzido e a sua função.
18. Descreva o trajeto dos espermatozóides desde que são
produzidos até o momento da ejaculação.
19. Explique de que maneira as vesículas seminais contribuem
para a viagem dos espermatozóides.
20. Cite qual é a produção da próstata.
21. Defina esperma.
22. Defina ejaculação e cite o órgão envolvido
nesta função.
23. Enumere os órgãos do sistema reprodutor feminino.
24. Nomeie a célula reprodutora feminina e indique o órgão
que a produz.
25. Caracterize a ovulação.
26. Defina menopausa.
27. Cite os nomes dos hormônios sexuais femininos, suas funções
e os locais de sua produção.
28. Indique o órgão onde, via de regra, ocorre a fecundação.
29. Explique a função do útero.
30. Defina vulva e cite o nome do canal que a liga ao útero.
31. Caracterize o clitóris.
32. Descreva o trajeto do espermatozóide no aparelho sexual feminino.
33. Indique a relação entre a ovulação e
o período fértil.
34. Indique o fator necessário para a ocorrência da gravidez.
35. Identifique o período considerado fértil para a mulher.
36. Defina menarca.
37. Explique o ciclo menstrual.
38. Explique a razão da ocorrência da menstruação.
39. Indique o período considerado como idade fértil da
mulher.
40. Indique o período em que começa a formação
do gameta masculino.
41. Indique os locais onde se encontram as células germinativas
que formam os espermatozóides.
42. Defina espermatogênese.
43. Defina oogênese ou ovulogênese.
44. Nomeie o fenômeno que ocorre com a fusão dos gametas
masculino e feminino.
45. Diferencie oócito de célula-ovo.
46. Indique como o zigoto se torna embrião.
47. Explique quando o embrião passa a ser considerado feto.
48. Indique a função da placenta.
49. Explique como o oxigênio e o alimento da mãe passam
para o feto.
50. Cite o que acontece com a placenta após o nascimento da criança.
51. Cite o tempo de duração de uma gravidez normal.
52. Explique a razão, se concordar com a afirmação
de que os órgãos internos se formam ao final da gestação.
53. Diferencie bebês extremamente, moderadamente e limítrofes,
em termos de prematuridade.
54. Caracterize os sintomas de início do trabalho de parto.
55. Diferencie os partos normal e cesariano.
56. Justifique a opção por parto cesariano.
57. Explique a razão do uso de fórceps em partos.
58. Indique a diferença entre os gêmeos uni e bivitelinos
quanto à formação.
59. Identifique, em um ciclo de vida normal, o que vai ocorrendo com
o corpo humano.
60. Cite alternativas para prolongar a vida, mantendo a saúde.
61. Indique o que um bebê precisa para se tornar um adulto saudável,
além de cuidados físicos.
62. Defina puberdade, indicando o que a desencadeia.
63. Indique as transformações que ocorrem no corpo da
adolescente e quais os hormônios responsáveis por elas.
64. Indique que transformações ocorrem no corpo do adolescente
e que hormônio é responsável por aqueles fenômenos.
65. Explique como o surgimento dos caracteres sexuais secundários
se manifesta em diferentes pessoas.
66. Defina alterações psicológicas.
67. Identifique o que muda na relação familiar do adolescente.
68. Cite alguns dos mais comuns conflitos e questionamentos dos jovens.
69. Indique a importância da adolescência e as preocupações
dos pais.