Centro de Ensino Medio Setor Leste
Disciplina: Biologia
Porfessor: João Couto

TOXICOLOGIA

NOMES:Anne Caroline Vasconcelos, Deyse Araújo, Gabrielle Costa Antero,
Natalia Vieira da Silva.
SÉRIE/TURMA: 1ºF

INTRODUÇÃO

A toxicologia é um ramo da Medicina que estuda os efeitos das toxinas e
venenos vegetais, animais e minerais, bem como o tratamento de intoxicações.
Normalmente é considerada também um ramo da farmacologia.

Origem da palavra
A palavra "Toxikon" tem origem grega e significa veneno das flechas (usado
na caça na antiguidade). As pontas das flechas eram preparadas com material
bacterialmente contaminado, por exemplo pedaços de cadáveres ou venenos
vegetais, com o intuito de acelerar a morte dos animais. Como venenos
vegetais serviam plantas que provocavam inflamações, que levavam o coração à
paralisia ou paralisavam os músculos ou a respiração. A toxicologia é, pois,
o estudo dos efeitos nocivos causados por matérias químicas sobre organismos
vivos.

Concentração ou dosagem
Na questão de determinar a toxicidade de um determinado material, é
normalmente importante saber determinar a quantidade ou concentração desse
material. Algumas substâncias têm em pequenas quantidades um efeito positivo
sobre o corpo e tornam-se no, entanto, perigosas quando em grandes
concentrações.
"Todas as coisas são um veneno e nada existe sem veneno, apenas a dosagem é
razão para que uma coisa não seja um veneno" (Theophrastus Bombastus von
Hohenheim, conhecido como Paracelso (1493-1541). Uma excepção a esta regra
são as matérias geneticamente manipuladas, já que nelas teoricamente apenas
uma molécula é suficiente para degenerar uma célula e com isso provocar um
tumor. Por isso é controverso se para estas substâncias existe um limite de
dosagem.
Muitas substâncias consideradas venenosas são tóxicas apenas de forma
indirecta. Um exemplo é o "álcool de madeira" ou metanol, o qual não é
venenoso em si mesmo mas que é convertido em formaldeído tóxico no fígado.
Muitas moléculas de narcóticos tornam-se tóxicas no fígado, um bom exemplo
sendo o acetaminophen (paracetamol), especialmente na presença de álcool. A
variabilidade genética de certas enzimas do fígado tornam a toxicidade de
muitos compostos diferir de um indivíduo para o outro. Porque a actividade
de uma enzima do fígado pode induzir a actividade de outras, muitas
moléculas tornam-se tóxicas apenas em combinação com outras.
Uma actividade muito comum entre os toxicólogos é a de identificar quais as
enzimas do fígado é que convertem uma molécula num veneno, ou quais os
produtos tóxicos dessa conversão ou ainda em que condições e em que
indivíduos essa conversão toma lugar.
O termo LD50 refere-se à dosagem de uma substância tóxica que mata 50% de
uma população teste (normalmente ratos ou outros animais de testes que se
usam para testar a toxicidade).

DESENVOLVIMENTO

1) HISTÓRICO
"Toxicologia é a ciência que define os limites de segurança dos agentes
químicos, entendendo-se como segurança a probabilidade de uma substância não
produzir danos em condições específicas". (Casarett)
Uma fase inicial, primitiva, em que o homem descobre os tóxicos existentes
na natureza, representados pelos alimentos nocivos e animais venenosos.
Aprende a evitá-los e a utilizá-los para sua defesa e nas suas atividades de
caça.
A fase seguinte, em que o veneno é empregado para fins punitivos e
homicidas, é uma das mais prolongadas e marcantes na história da
toxicologia, encontrando sua época áurea na idade média. Tão marcantes os
vários aspectos dessa fase, tão divulgados os venenos e as técnicas de
envenenamento na literatura, na arte e no cinema, que criaram na sociedade
um errôneo conceito ou noção de veneno somente ligado a alguns produtos,
tais como arsênico, cianeto, ácido sulfúrico etc. Estes produtos eram sempre
correlacionados ao crime ou a punições.
Na terceira fase, que poderia ser chamada a toxicologia moderna, a
intoxicação é encarada sob diferentes prismas, permitindo uma subdivisão em
vários capítulos, tais como:
Intoxicações profissionais, cujo o estudo é objeto da medicina do trabalho.
Intoxicações alimentares, incluindo não só os alimentos tóxicos, vegetais ou
animais como também os aditivos químicos e os envoltórios (plásticos,
papéis, latas e etc.).
Poluição ambiental, neste aspecto vale citar o interesse atualmente
despertado pelo problema da contaminação não só do meio ambiente, como dos
alimentos animais ou vegetais, pelos resíduos dos inseticidas.
Doenças Iatrogênicas, Teratogênese, consequência direta do progresso da
indústria farmacêutica.
O número inicialmente pequeno de substâncias utilizadas para este fim
(morfina, cocaína, heroína, etc.) é agora muito grande, incluindo produtos
dos mais variados, desde a maconha e os medicamentos psicotrópicos, até a
ingestão de sementes de solanáceas e inalação de cola para plásticos.
Desde os primórdios da civilização humana que o homem tem conhecido e feito
uso de drogas psicotrópicas. As drogas são substâncias capazes de atuar no
psiquismo humano alterando seus processos cognitivos: emoções, pensamentos,
raciocínio, memória, vontades, etc. A história antiga revela que à milhares
de anos muitos povos já produziam e consumiam bebidas que continham o álcool
etílico. Relatos históricos também revelam que a maconha era conhecida na
China desde 2.737 a.C.. Hipócrates, o pai da medicina, recomendava o uso do
ópio como medicamento para várias afecções. Os índicos dos Alpes Andinos há
séculos mascam as folhas da coca, de onde se extrai a cocaína.
Estamos habituados a associar a palavra droga apenas a substâncias como
maconha e cocaína; há uma convenção sociocultural de que droga é algo
ilícito ou muito chato. Na verdade, droga é um conceito muito mais amplo.
Nas definições contidas no dicionário Aurélio, droga significa:
1 - Qualquer substância que se usa em farmácia, em tinturaria, etc.;
2 - Medicamento;
3 - Produto oficial, de origem animal ou vegetal, no estado em que se
encontra no comércio;
4 - Medicamente ou substância entorpecente, alucinógena, excitante, etc.;
5 - Figura coisa de pouco valor;
6 - Coisa enfadonha, desagradável.
Já segundo a OPAS, Oficina Pan-Americana de Saúde, droga psicotrópica é
aquela que age no cérebro, modificando o seu funcionamento, trazendo como
consequências alterações do comportamento e do psiquismo.
Para nossa melhor compreensão, consideramos apenas dois tipos de usuários: o
usuário recreativo ou ocasional e o usuário problema ou dependente. A
maioria das pessoas, por exemplo, usam as bebidas alcóolicas
recreacionalmente, sabendo quando parar e o que pode ou não fazer depois de
ter ingerido uma certa quantidade de álcool. Existe um controle sobre a
bebida. Nos dependentes, isto não acontece. A vontade de beber é tão intensa
que o usuário não consegue controlar-se, precisando dos efeitos do álcool
para sentir-se capaz de exercer as tarefas comuns ao dia a dia de todos nós.
É importante saber que nem todo usuário recreativo será um dia um
dependente, mas com certeza, todo dependente já foi um dia um usuário
recreativo.

2) FARMACODEPENDÊNCIA
O estado psíquico e às vezes físico produzido pela interação entre um
organismo vivo e uma substância (fármaco) é denominado farmacodependência;
caracteriza-se a farmacodependência por modificações do comportamento e por
outras reações que compreendem sempre um impulso irreprimível a tomar um
medicamento em forma contínua ou periódica, a fim de experimentar seus
efeitos psíquicos e, muitas vezes,para evitar o mal-estar produzido pela
falta do medicamento. A dependência pode ou não ser acompanhada de
tolerância, que é a necessidade do indivíduo usar doses cada vez maiores da
droga para obter os mesmo efeitos que sentia no início. Existem três tipos
de tolerância: a comportamental, a farmacodinâmica e a farmacocinética. A
tolerância comportamental é uma adaptação aos efeitos psicológicos da droga;
a farmacodinâmica é uma adaptação no lugar específico do cérebro onde as
drogas atuam, de forma que a resposta se torna reduzida; e a farmacocinética
consiste na destruição mais rápida no sangue, principalmente por causa da
ativação de enzimas do fígado. Os três tipos de tolerância cooperam juntos
para que as drogas diminuam seus efeitos, e por isso mesmo os usuários
recorrem a doses cada vez mais elevadas às vezes até letais. Todas as
drogas, em maior ou menor grau, sofrem certa tolerância no organismo humano.
A OMS subdividiu ainda dependência em psíquica e física:
Psíquica: estado no qual o medicamento ou droga produz "uma sensação de
satisfação e um impulso psíquico que leva o indivíduo a tomar periódica ou
continuamente o medicamento ou a droga para conseguir o prazer ou evitar o
mal-estar".
Física: "estado de adaptação que se manifesta pelo aparecimento de profundas
modificações físicas quando se interrompe a administração do medicamento ou
droga. Essas alterações, isto é, as síndromes de abstinência manifestam-se
por sintomas e sinais de natureza psíquica e física e variam de acordo com o
medicamento ou droga.
O caráter de recompensa dos efeitos farmacológicos das drogas pode explicar
alguns aspectos importantes da dependência psicológica. O primeiro é o da
importância da administração da droga pelo próprio sujeito. De acordo com as
teorias da aprendizagem é necessário que a cadeia de comportamento que leva
à auto administração seja reforçada pelos efeitos prazerosos da droga para
que o comportamento se repita no futuro e seja assim mantido. De tal
princípio decorre que, para se prevenir a dependência causada por receitas
médicas (dependência iatrogênica), deve-se evitar que um opióide ou outra
droga que possas determinar dependência seja ministrada pelo próprio
paciente. Por outro lado, a possibilidade de auto administração, aliada a
disponibilidade dessas drogas, explica porque os médicos e enfermeiros se
tornam dependentes de drogas em maior proporção que outros profissionais.
Os princípios gerais da aprendizagem postulam ainda que recompensas
imediatas são mais eficazes para reforçar o comportamento do que recompensas
e punições que demoram a acontecer após o ato que as produziu. Pode-se,
então, compreender porque as drogas que chegam rapidamente ao cérebro logo
após a auto administração são mais capazes de induzir dependência do que as
que demoram mais tempo para produzir efeitos centrais. Num extremo temo, por
exemplo a cocaína, quando injetada na veia ou fumada ("crack" ou base livre)
e a heroína por via endovenosa, e no outro a metodona e fenobarbital,
ingeridos pela boca.

3) SISTEMA NERVOSO
As drogas psicoativas e medicamentos de que trataremos neste trabalho atuam
basicamente modificando a função de sistemas de células nercosas que
constituem estruturas cerebrais definidas. Por esse motivo ao discutirmos
seu modo de ação, seremos forçados a nos referir a algumas partes
constituintes do sistema nervoso assim como o de suas funções principais.
O sistema nervoso (SN) é o conjunto de estruturas nervosas, formado por
células especiais capazes de exercerem funções primordiais à vida humana. Do
ponto de vista anatômico, o SN se divide em sistema nervoso central (SNC) e
sistema nervoso periférico (SNP). Funcionalmente, o SN se divide em
simpático e parasimpático.
Basicamente o SNC é um órgão processador de informações. Os detectores ou
receptores fisiológicos pertencentes aos diferentes órgãos dos sentidos
captam determinadas alterações de energia (ondas luminosas e acústicas,
variações de pressão ou calor) ou detectam certas substâncias químicas
(susbstâncias odoríferas ou palatáveis) no meio ambiente que vive o animal,
codificando esses sinais sob a forma de impulsos nervosos que caminham pelos
nervos sensitivos até o SNC. Neste último, uma imensa rede de células
nervosas filtra, analisa, armazena, recupera e elabora essas informação,
programando reações motoras que são comunicadas pelos nervos eferentes aos
órgãos executores, tais como a musculatura esquelética e visceral e as
glândulas exócrinas e endócrinas. Assim sendo, o SNC é o órgão responsável
pela manutenção da constância do meio interno e pelo comportamento dos
animais.
Os elementos constituintes mais importantes do SNC são as células nervosas
ou neurônios.

4) NEURÔNIOS
O componente mais importante do neurônio é sua membrana celular,
especializada em gerar e propagar impulsos elétricos. Estes são produzidos
pelo deslocamento seletivo de átomos eletricamente carregados ou íons de
sódio, potássio, cloro ou cálcio para dentro e para fora da célula, através
de canais ou poros existentes na membrana.

5) O IMPULSO NERVOSO
Um impulso nervoso nada mais é do que uma onda propagada de despolarização,
causada pela abertura súbita de diversos canais de Na+ do exterior para o
interior da célula, com consequente diminuição da negatividade elétrica em
face externa. Estes eventos duram alguns milésimos de segundos, sendo logo
inativados os canais de Na+ e a membrana repolarizada pela saída de uma
quantidade de K+ .

6) NEUROTRANSMISSÃO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Neurotransmissores são substâncias químicas responsáveis pela transmissão de
sinais eletroquímicos entre os neurônios. Para que o estímulo seja
transmitido entre neurônios, os neurotransmissores são liberados com a
função de transmitir os sinais de uma célula a outra. Isso é a
neurotransmissão.
Os neurotransmissores mais importantes são: serotonia, dopamina,
noradenalina, acetilcolina, endorfina, GABA e ácido glutânico.

7) AÇÕES FARMACOLÓGICAS
Em primeiro lugar, uma droga pode interferir na síntese do neurotransmissor,
inibindo uma ou mais enzimas que provocam a conversão da molécula do
precursor na do transmissor. Como resultado de tal inibição, a concentração
do neurotransmissor nos terminais nervosos fica diminuída, sendo menor a
quantidade liberada pelo impulso nervoso. Deste modo, as funções mediadas
pela neurotrasmissão são em geral deprimidas pelos inibidores de síntese.
Resultados semelhantes é causado por drogas que bloqueiam a captação do
neurotransmissor pelas vesículas sinápticas. Em consequência, estas são
total ou parcialmente esvaziadas, liberando menos neurotransmissor à chegada
do impulso nervoso.
Nos dois exemplos acima, os efeitos do neurotransmissor, estão diminuídos,
porque declina sua concentração na fenda sináptica, ou seja, no meio
ambiente em contato com os receptores. Por outro lado, existem drogas que
são quimicamente tão semelhantes ao neurotransmissor, que não só se combinam
como seu receptor, mas também o ativam. Imitam, assim, o neurotransmissor
natural e podem ser usadas para intensificar funções por ele mediadas. São
as chamadas drogas miméticas ou organistas diretos. Esta última denominação
é usada para contrastá-las com os organistas indiretos, que também facilitam
a neurotransmissão por que promovem a liberação do neurotransmissor
armazenado no terminal nervoso, seja diretamente, seja facilitando o impulso
nervoso. Em contra partida, existem outros agentes farmacológicos que
bloqueiam a liberação do neurotransmissor pelo impulso impedindo, assim, o
funcionamento da neurotransmissão.

8) CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS
De acordo com a PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) existem cinco
grandes grupos das drogas ou tóxicos psicotrópicos:
· Alucinógenos: maconha, LSD, mescalina (cacto), psilocibina (cogumelo);
· Narcóticos: derivados do ópio;
· Hipnóticos: barbitúricos;
· Estimulantes: anfetaminas, cocaína;
· Tranquilizantes: valium, librium, sedacom, equanil;
Há muitas classificações para as drogas, mas neste trabalho citaremos apenas
duas:
Classificação legal brasileira
· Entorpecentes:
o Naturais: ópio, morfina, heroína, cocaína, maconha;
o Sintéticos: dilaudid, dolatina, petidina, demerl;
o Psicotrópicos: barbitúricos, anfetaminas, LSD, mescalina, psilocibina,

DMT, STP.
Classificação inglesa
· Narcóticos: ópio, morfina, cocaína;
· Depressores: barbitúricos, benzodiazepínicos, solventes;
· Estimulantes: cocaína, anfetaminas, efedrina;
· Alucinógenos: LSD, mescalina, cannabis (THC).

9) ESTIMULANTES Os estimulantes são compostos que afetam o Sistema Nervoso
Central acelerando sua atividade. Podem ser substâncias naturais como a
epinefrina ou sintéticos como a anfetamina.
Os dois estimulantes mais frequentes são a nicotina, no tabaco e a cafeína,
ingrediente do café, do chá e de alguns refrigerantes engarrafados como a
coca cola. Consumidos com moderação estes estimulantes tendem a aliviar a
fadiga e a afastar o sono tendo sido aceitos como parte da nossa cultura.
O 1° estimulante sintético foi elaborado por um químico japonês em 1919.
Esta substância foi identificada mais tarde como a metil anfetamina. Em 1927
Gordon Alhes descreveu pela 1a. vez uma substância chamada 1 fenil 2 amino
propano e sua atividade. Os laboratórios Smith, Klinne e Frenche estudaram
esta substância e desenvolveram a bencedrina. Durante o processo, o composto
foi denominado com o seu verdadeiro nome químico: alfa-metil amina ou
anfetamina.

ANFETAMINA

A anfetamina é chamada de rebite principalmente entre os motoristas que
precisam dirigir durante várias horas sem descanso a fim de cumprir prazos
pré-determinados. Também é conhecida como bolinha por estudantes que passam
noites inteiras estudando ou por pessoas que costumam fazer regimes de
emagrecimento sem o acompanhamento médico.
As anfetaminas agem de uma maneira ampla afetando vários comportamentos do
ser humano. A pessoa sob sua ação tem insônia, inapetência, sente-se cheia
de energia e fala mais rápido ficando "ligada". A pessoa que toma anfetamina
é capaz de executar uma atividade qualquer por mais tempo sentindo menos
cansaço.
Normalmente os consumidores de altas doses apresentam relevante perda de
peso, múltiplas deficiências vitamínicas e cáries dentárias. Há também a
possibilidade de danos no cérebro, já que o coma e seu consequente dano
cerebral podem aparecer ao consumir uma dose alta de anfetaminas.

TABACO
Nicotina

O tabaco é uma planta cujo nome científico é Nicotina Tabacum da qual é
extraída uma substância chamada nicotina. Seu uso surgiu aproximadamente no
ano 1000 a.C. nas sociedades indígenas da América Central em rituais mágicos
religiosos com objetivo de purificar, contemplar, proteger e fortalecer os
ímpetos guerreiros, além de acreditar que a mesma tinha o poder de predizer
o futuro. A planta chegou ao Brasil provavelmente pela migração das tribos
tupis-guaranis.
A nicotina é uma das drogas mais utilizadas no mundo. Ao dar uma tragada ela
é absorvida pelos pulmões do fumante e chega ao cérebro em 9 segundos.
Os principais efeitos no SNC são elevação leve de humor (estimulação) e
diminuição do apetite. A nicotina é um estimulante leve, mas, muitos não
acreditam nisto por causar um relaxamento do tônus muscular. Utilizado a
longo tempo causa tolerância.
Alguns fumantes quando suspendem repentinamente seu uso, podem sentir
fissura (desejo incontrolado por cigarro), irritabilidade, agitação, prisão
de ventre, dificuldade de concentração, sudorese, tontura, insônia e dor de
cabeça, estes são sintomas da Síndrome de Abstinência que desaparece em 2
semanas.
A nicotina também provoca um pequeno aumento no batimento cardíaco, na
pressão arterial, a frequência respiratória e na atividade motora. O uso
intensivo e constante de cigarros aumenta a probabilidade da ocorrência de
algumas doenças, como por exemplo a pneumonia, câncer (pulmão, laringe,
esôfago, boca, estômago, entre outros), infarto de miocárdio, bronquite
crônica, efisema pulmonar, derrame cerebral, úlcera digestiva e etc.

CAFEÍNA

Derivada do trimetilado de xantina, a cafeína é encontrada em plantas
amplamente distribuídas por diferentes regiões geográficas.
Se usada regularmente, na quantidade de 350mg ao dia, a cafeína pode induzir
a uma forma de dependência física: dor de cabeça que desaparece com a sua
ingestão.
A dose fatal de cafeína para o ser humano é de 3,2g, se administrada por via
indovenosa. Cada xícara de café contém em média entre 70mg e 80mg de
cafeína. Aparentemente, mesmo a longo prazo, não foi evidenciada toxicidade
orgânica no uso diário de 600mg, o que equivale a aproximadamente oito
xícaras médias de café.
A cafeína causa insônia, estimula o metabolismo dos músculos, podendo adiar
a fadiga muscular, melhorando o desempenho intelectual.

COCAÍNA

Em 1806, foi levada para a Europa e Albert Niemann conseguiu isolar seu
princípio ativo existente nas folhas de coca, chamando-o de cocaína. Foi
considerada na época uma droga de grandes poderes, o que fez com que fosse
introduzida em muitos medicamentos. Sigmund Freud, por exemplo, realizou
alguns experimentos com a cocaína, recomendando-a para desordens digestivas,
esgotamento físico, asma, anestesias locais, entre outros. No auge de sua
recomendação como medicamento, a cocaína foi incluída na fórmula de uma
bebida que se tornou famosa: a coca-cola. Em 1888, a empresa Coca-Cola
afirmava em suas propagandas que o tônico aliviava a dor de cabeça e a
fadiga. Mais tarde, com o aparecimento de trabalhos científicos que
mostraram a ineficácia da droga para tais fins e provaram a dependência
psicológica que poderia provocar, a fórmula da bebida foi mudada e a cocaína
foi substituída pela cafeína.
Até 1914, a cocaína era usada sob variadas formas terapêuticas, mas
principalmente em anestesia local, visto que a droga possui qualidades
vasoconstritivas (restringe e retém o fluxo de sangue). Daí por diante,
começaram as restrições e finalmente a proibição de seu uso em quase todos
os países do mundo, devido ao grande potencial que apresenta de originar
dependência. Atualmente não possui mais indicação terapêutica e sua
importância é exclusivamente devida ao abuso, que tem aumentado muito nos
últimos anos.
O consumo de cocaína produz efeitos imediatos no aparelho cardiovascular, no
sistema nervoso central, e efeitos imediatos que levam à dependência
psíquica e física. os efeitos físicos são muitos e os mais comuns são:
aceleração do pulso; aumento da pressão arterial, do ritmo da respiração e
dos reflexos; dilatação das pupilas; diminuição do apetite e do sono; secura
da língua e dos lábios; irritação da garganta; lesões abertas ao redor do
nariz e posterior apodrecimento da membrana que separa as duas fossas
nasais; náuseas, vômitos e torcimento do estômago e anemia.
Os efeitos psicológicos também são os mais variados. Os usuários apresentam:
sensações de estimulação mental e física; euforia; falta de memória;
sensação de aumento das capacidades; aumento da capacidade de audição;
diminuição da inibição; sensação de estimulação sexual; aparecimento de
paranóia; incapacidade de concentração; depressão profunda e cansaço.

10) DEPRESSIVOS, BARBITÚRICOS E TRANQUILIZANTES
Os depressivos são compostos que afetam o SNC diminuindo sua atividade.
Podem ser naturais ou sintéticos. Os depressivos também podem ser
classificados como hipnóticos (provocam sono) ou tranquilizantes
(proporcionam alívio do cansaço, relaxam os músculos e acalmam sem provocar
sono ou sonolência.
Este tipo de droga foi descoberto em 1864 pelo químico alemão Adolf Von
Bayer, que sintetizou o Ácido Barbitúrico. Em 1903, as investigações
conduziram à descoberta do primeiro derivado hipnótico do Ac. Barbitúrico, o
Barbital. Depois deste, descobriram-se mais de 2.500 derivados. Os
depressivos também têm outros usos médicos legais, como anestésicos em
operações pouco importantes, tratamento com calmantes em situações de pré e
pós operatório e como anticonvulsionantes. Desde que a dependência física
resulte do abuso dos depressivos, também aparece a síndrome de abstinência.
Esta pode ser fatal porque necessita de supervisão médica.

BARBITÚRICOS

Os barbitúricos foram sintetizados ainda no Séc. XVIII e, atualmente existem
cerca de quinze derivados dessa droga. Em 1903 foi lançado no mercado
farmacêutico o primeiro medicamento à base de barbitúricos, o Veronal
indicado por induzir ao sono (como hipnótico) e como sedativo. Seu uso
tornou-se muito difundido. Na década de 60 apareceram as famosas
benzodiazepinas ("calmantes") que passaram a substituir os barbitúricos.
A indicação destas drogas varia de acordo com o tempo de ação e podemos
dividí-las em quatro grupos:
1. Ação ultracurta (como Pentotal), cujos efeitos são imediatos e têm
duração de alguns minutos. São usadas para indução de anestesias, cirurgias
e administradas por via endovenosa;
2. Ação curta (como Nembuta), cujos efeitos começam a ser sentidos de 15 a
20 min. após a ingestão permanecendo de 1 a 3 horas. Induzem ao sono;
3. Ação intermediária (como Vacotany e Amital), cujos efeitos se iniciam em
30 minutos e duram 4 a 8 horas de ação hipnótica para manutenção do sono;
4. Ação prolongada (como Gardenal e Luminal), cujos efeitos podem permanecer
de 8 a 16 horas e são geralmente usadas como anticonvulsivos.
Durante o tratamento pode ocorrer a síndrome da abstinência (delírios,
fortes convulsões, inquietação), caso seja retirado abruptamente.

TRANQUILIZANTES

Os tranquilizantes classificam-se geralmente como maiores e menores. Os
tranquilizantes maiores ou drogas psicotrópicas têm largo e importante
emprego na medicina psiquiátrica, sendo indicados nas doenças mentais mais
graves, as psicoses. Também recebem o nome de neuroléticos ou antipsicóticos
e, como sugere o nome, atuam ao nível do cérebro, produzindo forte
tranquilização. Uma de suas funções foi a de substituir as camisas-de-força
físicas, aliviando o número de crises psicóticas.
Tabela: Alguns dos tranquilizantes maiores.
NOME GENÉRICO
Clorpromazina
Promazina
Perfenzina
Prodorperazina
Tioridazina
Trifluoperazina
Triflupromazina
Mesoridazina
Reserpina

Estas drogas acalmam pacientes violentes, excitados ou aterrorizados sem
provocar sono como os barbitúricos. Entretanto, pode-se produzir morte se
consumido em excesso. Não há síndrome de abstinência com os tranquilizantes
maiores. Estas drogas só são adquiridas mediante receita médica.
Os tranquilizantes menores pertencem ao terceiro tipo de droga depressora do
SNC. São ansiolíticos (que combatem a ansiedade) ou calmantes (nome
popular).
Os traquilizantes menores, ainda que não sejam tão potentes quanto os
maiores, podem produzir dependência em tratamentos de larga duração.
Ademais, observa-se a síndrome da abstinência quando se deixa de tomar a
droga.
O álcool e os tranquilizantes menores, quando ingeridos juntos, têm seus
efeitos potencializados, pondo em risco a saúde e, em alguns casos, há perda
de consciência e alterações no ritmo cardíaco e respiratório.

DROGAS ÁCIDAS NÃO BARBITÚRICAS
As outras drogas que não derivam do Ac. Barbitúrico são denominados sedentes
hipnóticos ou Ac. não barbitúricos. Essas drogas provocam o sono e relaxam o
paciente hierático. Todas podem causar dependência psicológica em
determinados usuários e a maioria, se não todas, pode causar dependência
física quando consumida em excesso. todas as drogas ácidas não barbitúricas
mencionadas têm efeito sedente e hipnótico em determinadas doses.

11) ÓPIO
O ópio é um suco espesso, leitoso, recolhido através de uma incisão feita no
fruto ainda verde de uma planta chamada Papoula (Papayer, papoula no grego)
Semniferum (do latim = induzir ao sono). O suco leitoso contém cerca de 15
substâncias alcalóides naturais. As mais conhecidas são a morfina e a
codeína.
Um dos descobrimentos mais significativos da história teve lugar no
princípio do Séc. XIX (1803-1805) quando um cientista alemão conseguiu
isolar a morfina do ópio. A morfina foi introduzida no mercado mais tarde
como a maravilha curativa para a dependência do ópio. Este descobrimento
marca o princípio do uso e abuso dos narcóticos tal qual existe hoje em dia.

MORFINA

O ópio cru contém aproximadamente 10% de Morfina, 0,5% de Codeína, 1,5%
Tebaína e 1% de Papa Verima e mais outros 35 alcalóides em pequenas
quantidades. A palavra morfina provém da palavra morfo, o deus grego dos
sonhos. O processo de extração da morfina do ópio requer esquentar a água à
temperatura apropriada e mesclar o ópio com água. A gama do ópio é produzida
quando se mescla 5 a 6 vezes o ópio e a água, até que a mistura se condense.
Nesta etapa se agrega adubo químico e a morfina aprece em estado coloidal ou
de suspensão em substância cretácea que cerca a superfície da água. O
químico põe esta solução em outro recipiente, filtrando com um pano de gase.
Esta base morfina é secada e embalada para transporte. A morfina é, então,
transportada pra laboratórios mais complexos onde se inicia a conversão da
morfina em heroína.
A morfina e a codeína produzidas legalmente são drogas necessárias
disponíveis e usadas amplamente no campo médico. São usadas para reduzir
fortes dores, para acalmar pessoas nervosas, controlar vômitos e para a
resistência à doenças cardíacas e outros.

HEROÍNA

A heroína (morfina diacelítica) é o narcótico mais comumente utilizado para
produzir a Heroína. O químico combina partes iguais de morfina e de anidrido
acético e as aquece por aproximadamente 6 horas a uma temperatura de 185° C.
A morfina e o ácido se unem quimicamente e o químico elimina as impurezas do
composto utilizando água e clorofórmio. Desta maneira produz-se uma morfina
diacelítica de pureza ligeiramente maior. A solução coloca-se em outro
frasco, mistura-se carbonato de sódio e as partículas de heroína que
resultem se filtram por um método à pressão. Estas partículas se purificam,
ainda mais, com uma solução de álcool e carbono ativado. A mescla é logo
aquecida até que o álcool comece a evaporar, deixando no fundo uma forma
relativamente pura de heroína.
A heroína que provém do extremo oriente é de cor branca ou creme, tem
variações de tons desde uma cor canela claro. A heroína do sudoeste da Ásia,
é geralmente de cor cinza, mas, ocasionalmente, pode ser completamente
branca. A heroína café ou marrom do México varia de cor, desde o tom
esbranquiçado até o café escuro ou negro. Sua consistência varia de pó fino
até grãos ou pedaços. A cor ou textura não são necessariamente indicadores
de qualidade.
A heroína é um depressor do SNC e um dos maiores depressores. Quase
imediatamente o corpo começa a reagir à heroína e todas as funções do
organismo entram em depressão. O viciado sente uma sensação intensa de
prazer ou de euforia que dura vários minutos e que se localiza no abdômen. O
viciado com o consumo da heroína sempre experimenta para alívio de dor e
escape de problemas pessoais e das responsabilidades.

CODEÍNA

A Codeína é um opiáceo natural que é encontrado entre os remédios mais
ativos para combater a tosse: é por isto chamada antitussígena ou béquica.
Existe um número muito grande de produtos comerciais a base de codeína.
Assim, Belacodid, Belpar, Codelasa, Gotas Binelli, Pambenyl, Setux,
Tussaveto, etc. são remédios contra tosse que contêm esta substância como
principal de suas fórmulas.
O cérebro humano possui uma certa área - a chamada Centro da Tosse - que
comanda os nossos acessos de tosse. Existem drogas (uma delas codeína) que
são capazes de inibir ou bloquear este centro da tosse; assim, mesmo que
haja um estímulo para ativá-lo, o centro estando bloqueado pela droga e não
reage. A codeína é também utilizada como analgésico, em consequência a
pessoa pode ficar sonolenta e a pressão sanguínea, o número de batimentos
cardíacos e a respiração podem ficar diminuídos.
A codeína possui vários efeitos das drogas do tipo opiáceas. Assim, é capaz
de dilatar a pupila, dar sensação de má digestão e produzir prisão de
ventre. Quando tomada em doses maiores do que a terapêutica,produz uma
acentuada depressão das funções cerebrais.

12) ALUCINÓGENOS
O termo alucinógenos (também chamados psicodélicos) se refere a um grupo de
drogas que afetam o SNC, produzindo alterações na percepção, mudanças
emocionais variadas, distorções de personalidade e interrupção de idéias. A
a maioria dessas drogas não tem qualquer valor medicinal e são consumidas
simplesmente pelos efeitos que proporcionam. Podem provocar alterações na
percepção de tempo e espaço, ilusões, alucinações e delírios, variando de
pessoa para pessoa. Acredita-se que não causem dependência física, porém
podem causar dependência psicológica. A maioria desse tipo de droga é
fabricada em laboratórios clandestinos, mas existem laboratórios legais de
produtos químicos que as produzem com fins químicos ou de pesquisa.
Tecnicamente, essas drogas incluem a maconha, LSD, feciclidina, peyote,
mescalina, psilocibina, DOM/STP, DET, DMT, ibogaina, bufotenina e as
sementes de "dondiego de dia".
Esse tipo de droga vem sendo usada pelo homem desde a antiguidade, porém, só
no início do século XX a ciência tomou conhecimento destas, quando se notou
o uso de plantas alucinógenas por tribos indígenas da Amazônia e por
populações nativas no nordeste dos Estados Unidos, México e América Central.

LSD

O LSD(dietilamina do acido lisergico) é considerado uma substância alcalóide
semi-sintética extraída de um fungo que cresce no centeio, no trigo e em
outros tipos de grãos. É uma substância alucinógena extremamente potente que
requer pequena quantidade para provocar efeitos desagradáveis (cerca de 100
microgramas duram de 6 a 12 horas). Encontra-se sob a forma líquida
(incolor) ou em pó (branco). É inodoro, insípido, muito solúvel em água e é
usado em injeções, comprimidos e em doses colocadas sob forma de gotas, em
papel especial, que, depois de secar, são colocadas em torrões de açúcar,
palitos de dente, aspirinas, selos de correio ou no pão, para depois serem
retiradas e utilizadas pelo usuário.
Os efeitos físicos provocados pelo LSD incluem pupilas dilatadas,
taquicardia, aumento da pressão arterial, salivação resultante de uma
descarga do sistema nervoso simpático. Também são verificados aumentos da
temperatura, sudorização abundante e náuseas. Apesar de provocar estes
efeitos, não é considerada uma droga que causa dependência física, porque o
corpo não desenvolve uma necessidade a ela, nem experimenta qualquer
enfermidade física, porém é possível desenvolver dependência psicológica.

MESCALINA

A mescalina é o ingrediente ativo primário do cactus peyote. Durante a
conquista espanhola, o peyote havia sido adotado por algumas tribos que
habitavam zona entre a América Central. Os índios ingeriam os botões de
peyote, que contêm mescalina, para aliviar a fadiga e a fome e para tratar
de enfermidades. As partes superiores depois de secas eram utilizadas como
amuletos para proteger contra o perigo. Nos ritos tribais, a mescalina era
utilizada em grupos para facilitar a consecução do estado de transe
necessário para suas danças.
Os botões de peyote têm dimensões médias entre dois a quatro centímetros de
diâmetro, possuem cor parda e se parecem com a parte inferior de um
cogumelo. Devido ao intenso sabor amargo do peyote, os botões são geralmente
moídos até formar um pó de cor parda escura, sendo depois colocados em
cápsulas de gelatina clara e vendidos no mercado ilegal.

PSILOCIBINA

A psilocibina é naturalmente encontrada em algumas espécies de cogumelos,
especialmente a Psilocybe mexicana. Foi Albert Hoffmann, o descobridor do
LSD, juntamente com colegas de laboratório, quem isolou duas substâncias da
Psilocybe mexicana. A psilocibina foi isolada como componente principal e a
psilocina foi encontrada em quantidades menores, porém igualmente ativa.
Desde então, esses alcalóides têm sido encontrados em muitas variedades de
cogumelos.
A psilocibina é instável e se converte facilmente a psilocina por ação da
enzima fosfatasa alcalina, o que leva a aparecer que a verdadeira
responsável pelos efeitos narcóticos seja a psilocina. A psilocibina produz
uma série de efeitos similares aos produzidos pelo LSD e a mescalina, porém
com potência menor. Os efeitos psicológicos produzidos são geralmente
mínimos e tendem a ser transmitidos pelo sistema nervoso autônomo. O mais
comum são as alucinações. Já entre os efeitos físicos, os mais comuns são
dilatação da pupila, aumento do reflexo dos tendões, ligeiro aumento da
pulsação, aumento da pressão sanguínea e aumento da temperatura corporal.

PRODUÇÃO DE CRACK, MERLA E FREE BASE
PASTA BASE DE COCAÍNA
CLORIDRATO DE COCAÍNA
COCAÍNA EM QUEROSENE
SULFATO DE COCAÍNA (em solução acida)
CLORIDRATO DE COCAÍNA(em solução aquosa)
Ácido Sulfúrico (H2SO4) diluído.Filtração.
Água (H2O)Filtração
"COCAÍNA"BASE
"CRACK"(cocaína base em pedras)
Carbonato de sódio (Na2CO3) em excesso. Decantação.
"SOLUÇÃO DE COCAÍNA(em Éter)
"FREE-BASE"(Cristais)
MERLA(Cocaína Pastosa)
Hidróxidode Amônio(NH4OH)
Bicarbonato de sódio (NaHCO3)Carbonato de sódio (Na2CO3)Aquecimento à
ebulição.Resfriamento.
Extração com éter
Dissolução em querosene.Filtração
Evaporação

14) TESTES DE IDENTIFICAÇÃO DAS DROGAS
Quando um químico precisa identificar um composto, sua tarefa pode ser
difícil e vagarosa. Assim, é de suma importância que ele saiba que
ferramentas estão disponíveis para ajudá-lo na identificação, assim como
quando e de que modo aplicá-las e, também, como interpretar as informações
que fornecem.
Assim, para se confirmar a presença de determinada droga em uma amostra,
faz-se necessário passar por uma sistemática que envolve uma série de testes
de identificação que será mostrada na seqüência.

TESTE DE COR
É somente um teste de orientação, onde devem ser utilizadas substâncias
químicas de qualidade reagente. É baseado no fato de que muitas substâncias,
quando em contato com alguns reagentes químicos, fornecem cores
características.
Tabela :Reagente químico e modo de preparo.

REAGENTE MODO DE PREPARO
A.1. Tiocianato de Cobalto (II) Dissolver 2,0g de tiocianato de Co II em
100ml de água destilada.
A.2. Basil Travnikoff Adicionar 1ml da solução de sulfato cúprico
pentahidratado 2% juntamente com o HCl 0,1N. Em seguida, adicionar 1ml de
tiocianato de cobalto a 2%. Adicionar 2ml de clorofórmio. O teste será
positivo se a cor designada puder ser extraída na fase clorofórmica.
A.3. Duquenois - Levine, modificado Solução A: Adicionar 2,5ml de
acetaldeído de 2,0g de vanilina a 100ml de etanol a 95%.Solução B: HCl
concentrado.Solução C: Clorofórmio.Procedimento: adicionar 1 volume da
solução A à droga e agitar durante 1 minuto. Depois de adicionar a solução
B, agitar suavemente e determinar a cor obtida. Adicionar 3 volumes da
solução C e agitar. O teste é positivo se a cor designada puder ser extraída
na solução C.
A.4. Mandelin Dissolver 1,0g de vanadato de amônio em 100mol de ácido
sulfúrico concentrado.
A.5. Marques Adicionar cuidadosamente 100ml de ácido sulfúrico concentrado a
5ml de formaldeído a 40%.
A.6. Ácido Nítrico concentrado
A.7. Para-dimetilaminobenzaldeído Adicionar 2,0g de p.DMAB a 50ml de etanol
a 95% e 50ml de ácido clorídrico concentrado.
A.8. Cloreto Férrico Dissolver 2,0g de cloreto férrico anidro ou 3,3g de
hexahidratado de cloreto férrico em 100ml de água destilada.
A.9. Froehde Dissolver 2,0g de ácido molibdênico ou molibdato sódico em
100ml de ácido sulfúrico concentrado a quente.
A.10. Mecke Dissolver 1,0g de ácido selênico em 100ml de ácido sulfúrico
concentrado.
A.11. Zwikker Solução A: Dissolver 0,5g de pentahidratado de sulfato de
cobre II em 100ml de água destilada.Solução B: Adicionar 5ml de piridina a
95ml de clorofórmio.Procedimento: adicionar 1 volume de solução A à droga;
seguidamente, adicionar 1 volume da solução B.
Tabela: Coloração final produzida por reagentes A.1 até A.11.

MATERIAL REAGENTE COLORAÇÃO FINAL
Cocaína A.1 Azul esverdeado intenso
Heroína A.1 Azul esverdeado intenso
Cocaína A.2 Marrom
Maconha A.3 Azul acinzentado
Cocaína A.4 Alaranjado intenso
Heroína A.4 Pardo-roxo médio
Morfina A.4 Verde escuro
Ópio A.4 Verde claro
Mescalina A.5 Alaranjado escuro
Morfina A.5 Vermelho muito escuro
Ópio A.5 Pardo-roxo escuro
Heroína A.6 Amarelo claro
Morfina A.6 Alaranjado brilhante
LSD A.7 Vermelho escuro
Morfina A.8 Alaranjado brilhante
Codeína A.9 Amarelo intenso
Mescalina A.9 Amarelo intenso
Codeína A.10 Azul esverdeado escuro
Heroína A.10 Verde azulado intenso
Pentabarbital A.11 Vermelho claro
Fenobarbital A.11 Vermelho claro

TESTE DE SOLUBILIDADE
Também é somente um teste de orientação, preliminar, baseado na solubilidade
das substâncias.
Ex.: LSD - muito solúvel em água; Cocaína - muito solúvel em éter e
clorofórmio; Morfina - solúvel em etanol.

DETERMINAÇÃO DO PONTO DE FUSÃO
É baseado no fato de que cada substância apresenta um ponto de fusão
característico. Porém, nem sempre é possível determinar o ponto de fusão da
amostra, principalmente devido ao grande grau de impureza da mesma.

CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA
É uma técnica rápida e prática. Neste teste são usadas placas de vidro
recobertas com sílica gel. Cada placa é dividida em quatro partes de igual
tamanho (marcação feita à lápis).
A aplicação da amostra é feita mediante uso de micropipeta (cerca de 1µl de
solução) distando 2cm da extremidade da placa. Feito isto a placa é colocada
para secar. Depois de seca a placa é imersa num sistema de solventes
(geralmente amônia), contido num recipiente de vidro com tampa, até o
desenvolvimento alcançar a marca de 10cm. Após, retira-se a placa e põe-se
para secar.
Posteriormente é realizada a revelação das placas sob incidência de radiação
ultravioleta, seguida de revelação em Iodo-platinado.

TESTE DE CRISTALIZAÇÃO
Consiste em colocar uma pequena dose da droga questionada em meio ácido,
sobre uma plaqueta de vidro. Feito isto, adiciona-se solução de cloreto
áurico a 2%. Em seguida a plaqueta de vidro é levada para observação em
microscópio com ampliação de cem vezes. Este teste só é aplicado quando a
droga forma cristais característicos.

ESPECTROSCOPIA NO ULTRAVIOLETA
Os espectros no ultravioleta, registrados para as moléculas, são de
absorção. São obtidos colocando-se as substâncias em um espectrômetro que
analisa a energia transmitida e a compara com a energia incidente, a cada
comprimento de onda. Espectros no ultravioleta, resultantes de excitações
eletrônicas, são obtidos de compostos que contêm ligações insaturadas.

ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO
Nos espectros no infravermelho a diferença entre a intensidade do feixe de
referência e do feixe transmitido mede a quantidade de radiação absorvida. A
frequência da radiação sob exame é variada automaticamente. No fotômetro as
frequências de radiação são comparadas às intensidades relativas dos feixes
transmitidos e de referência, e a percentagem obtida é lançada em gráfico
como função do número de ondas.
Os espectros de infravermelho são regularmente usados para facilitar a
identificação de grupos funcionais. A presença e a ausência de absorções
específicas podem ser usadas para reconhecer-se a presença ou a ausência de
determinado grupo funcional em uma molécula.

CROMATOGRAFIA GASOSA COM DETECÇÃO NO ESPECTRÔMETRO DE MASSA
O procedimento utilizado na cromatografia gasosa é semelhante à
cromatografia em camada delgada, exceto pelo fato de que a fase móvel e a
amostra estarão em estado de vapor.
Um espectro de massas é o registro do que acontece com as moléculas quando
estas são bombardeadas em fase gasosa por um feixe de elétrons. As moléculas
são destruídas em pedaços. Usualmente é possível deduzir do estudo dos
fragmentos a estrutura da molécula original.
O teste de cromatografia gasosa com detecção no espectrômetro de massa usa
os dois em conjunto.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR
Para obter-se um espectro de ressonância magnética nuclear de uma amostra,
esta é colocada no campo magnético no espectrômetro, e um campo de
radiofrequência é aplicado, passando-se uma corrente por uma serpentina que
envolve a amostra. O campo magnético é aumentado aos poucos e a excitação
dos núcleos de uma orientação para a outra é detectado como uma voltagem
induzida, resultando da absorção de energia do campo de radiofrequência. Um
espectro de ressonância magnética nuclear é um gráfico de voltagem induzida
contra a varredura do campo magnético.
A partir do espectro de ressonância magnética nuclear, o número, a natureza
e o ambiente dos hidrogênios em uma molécula podem ser determinados. Assim,
o espectro no infravermelho juntamente com o espectro de ressonância
magnética nuclear fornecem a estrutura do esqueleto molecular.

CONCLUSÃO

Nós concluimos que este trabalho foi muito bem elaborado,pois, nos
empenhamos bastante para faze-lo.Também nos ajudou a entedermos um pouco
mais sobre as drogas,mas não foi só sobre as drogoas,também foi sobre todo
tipo de tóxico.Existem varios tipos de intoxicação, como: intoxicações
profissionais, intoxicações alimentares, poluição ambiental, doenças
iatrogênica,teratogênese.Enfim, esse trabalho foi muito nos foi muito
proveitoso.

BIBLIOGRAFIA

· Frederico G. Graeff. Drogas psicotrópicas e seu modo de ação. Segunda
edição. São Paulo. EPU, 1989.
· Lauro Sollero. Farmacodependência. Livraria Agir. Editora Rio de Janeiro,
1979.
· Norman L. Allinger, Michael P. Cava, Don C. De Jongh, Norman A. Lebel.
Calvin L. Stevens. Química Orgânica. Segunda edição. Editora Guanabara
Koogan S.A., 1978.