S E T O R L E S T E
Alunos: DIEGO - DIENYSON
Turma: 1º N
Turno: VESPERTINO

Reprodução

Reprodução dos Seres Vivos

Uma das características que melhor distingue os seres vivos da matéria bruta é sua capacidade de se reproduzir. É através da reprodução que cada espécie garante sua sobrevivência, gerando novos indivíduos que substituem aqueles mortos por predadores, por doenças, ou mesmo por envelhecimento. Além disso, é através da reprodução que o indivíduo transmite suas características para seus descendentes. A grande diversidade de seres vivos reflete-se nas formas de reprodução dos organismos, por isso pode-se encontrar inúmeros tipos de reprodução que são agrupados em duas categorias principais: a reprodução assexuada e a reprodução sexuada. A reprodução assexuada é a forma mais simples de reprodução, envolvendo apenas um indivíduo. No caso de organismos unicelulares, por exemplo, a reprodução é feita a partir da fissão da célula que se divide em duas, originando dois novos organismos. Em organismos pluricelulares também há reprodução assexuada, apesar de não ser a única forma de reprodução das espécies. Alguns vegetais como as gramíneas, por exemplo, possuem raízes especiais, os rizomas, que, à medida que crescem sob a terra, geram novos brotos. Dessa forma, surgem novos indivíduos, interligados entre si. Mesmos que essa ligação desapareça, os indivíduos podem continuar a viver independentemente. Outro exemplo é a chamada planta Folha da Fortuna. Em suas folhas, surgem pequenos brotos que podem dar origem a novos indivíduos. A reprodução assexuada não está restrita às plantas, diversos grupos animais podem se reproduzir desse modo. Algumas espécies de esponjas lançam na água pequenos pedaços que geram novos organismos completos. Certos Celenterados, como a Hydra, produzem pequenas expansões que se destacam e originam novos organismos, em um processo conhecido como brotamento. Plateomintes como a planária podem dividir-se transversalmente, regenerando as porções perdidas e, assim gerando dois indivíduos a partir de um. Em Echinodermas como a estrela-do-mar, a partir de um braço do animal pode surgir um novo organismo. Em todos os casos citados ocorre um tipo de clonagem natural, ou seja, na reprodução assexuada são gerados indivíduos idênticos ao organismo que os gerou. Portanto, nesse tipo de reprodução a única fonte de variabilidade é a mutação, que por sinal ocorre em freqüências bastante baixas. É interessante notar que, de modo geral, os organismos que realizam exclusivamente reprodução assexuada apresentam taxas de reprodução relativamente altas, como as bactérias por exemplo. Assim, há maior probabilidade de surgirem organismos diferentes por mutação, uma vez que o número de indivíduos originados é imenso. A reprodução assexuada é muito mais complexa do que a reprodução assexuada, demandando um gasto maior de energia. Nesse tipo de reprodução estão envolvidos dois indivíduos de cada espécie, um produz um gameta masculino e o outro o gameta feminino. A união dos dois gametas dá origem a uma célula ovo que, a partir de um processo de divisão celular e diferenciação, origina um novo indivíduo. Temos uma maior familiaridade com esse tipo de reprodução, mesmo porque é a reprodução que ocorre em na espécie humana. A reprodução sexuada está presente nos vários animais e vegetais, salvo algumas exceções. Dentro dessa grande categoria de reprodução podemos distinguir subtipos conforme alguns aspectos. Existem seres vivos com fecundação interna ou fecundação externa, com desenvolvimento direto ou indireto. Há espécies nas quais um mesmo indivíduo produz os dois tipos de gametas, as chamadas espécies monóicas ou hermafroditas; e espécies em que cada indivíduo produz apenas um tipo de gametas, as chamadas espécies dióicas. Apesar dessa diversidade de formas de reprodução, em todos os casos o organismo originado a partir da fusão dos gametas é diferente de seus pais. Portanto, a reprodução sexuada origina uma variabilidade maior nos indivíduos da espécie por simples combinação das características do pai e da mãe. Além disso, durante o processo de produção de gametas, mais especificamente durante a meiose ocorre o que conhecemos como crossing over. Os cromossomos homólogos trocam pedaços, gerando um cromossomo distinto daquele presente na célula-mãe. Se considerarmos apenas o aspecto da variabilidade, aparentemente, a reprodução sexuada parece trazer apenas vantagens. Todavia, é importante lembrar-se que este tipo de estratégia reprodutiva implica num gasto de energia muito maior, o que pode ser extremamente inconveniente para os indivíduos em determinadas condições.

Tipos de Reprodução

Reprodução Sexuada

Consiste no mecanismo em que normalmente dois organismos originam um novo indivíduo, com troca de material genético e geralmente com a participação de células de reprodução denominadas gametas. Assim, após a fecundação, isto é, depois da fusão dos gametas, forma-se uma célula-ovo ou zigoto que, por mitoses sucessivas, origina um novo organismo. Na reprodução sexuada destacam-se dois fenômenos, que permitem a ocorrência de uma notável variabilidade genética entre os descendentes. São eles:

Meiose -- por seu intermédio formam-se células haplóides (n), com o número normal de cromossomos da espécie se reproduzindo pela metade.

Fecundação -- através dela reconstitui-se o número normal de cromossomos da espécie.

A grande variabilidade genética, entre os descendentes, na reprodução sexuada, oferece a vantagem de aumentar a possibilidade de sobrevivência da espécie num ambiente em processo de alteração. Por outro lada a "diluição" das características parentais entre os descendentes acarreta uma perda de homogeneidade, fato que pode ser considerado, desvantajoso, por exemplo, numa cultura agrícola propaga sexuadamente através de sementes.
Como vimos, uma cultura propagada assexuadamente pode ser exterminada caso sofra o ataque de um parasita para o qual não está adaptada. Já uma cultura propagada sexuadamente, com descendentes geneticamente diferentes entre si, deverá abrigar alguns indivíduos capazes de resistir à ação de um novo patógeno. Os indivíduos que não serão atingidos sobreviverão e se reproduzindo, constituindo os agentes perpetuadores da espécie


Reprodução Assexuada

O mecanismo em que um único indivíduo origina outros, sem que haja troca de material genético ou a participação de gametas, é denominada reprodução assexuada ou agâmica.
Essa forma de reprodução é muito freqüente no mundo vivo e constitui a forma mais comum de reprodução em organismos unicelulares, como as bactérias. Nesse caso, o tipo de divisão celular que se verifica é a mitose. Assim, a reprodução assexuada caracteriza-se, na ausência de mutações, por originar descendentes geneticamente iguais entre si e as suas ancestrais.
Existem várias formas de reprodução assexuada. Destacaremos a cissiparidade, a gemiparidade e a propagação vegetativa em plantas.

Cissiparidade ou fissão binária ou divisão simples ou bipartição
Na cissiparidade, um organismo simplesmente divide-se em duas partes geneticamente iguais, que passarão a constituir novos indivíduos. Esta reprodução é em geral verificada em bactérias, algas unicelulares e protozoários.

Gemiparidade ou brotamento -- Nesse tipo de reprodução assexuada o organismo emite lentamente um "broto", que cresce, formando um novo organismo. Esses indivíduos que "brotam" podem se manter agregados ao organismo parental, constituindo uma colônia. A gemiparidade ocorre em certas bactérias, em protozoários, fungos, poríferos e celenterados.

Propagação vegetativa -- Consiste na reprodução assexuada de plantas, através de partes de seu corpo vegetativo, principalmente pedaços de caule, que são utilizados como "mudas".
Na agricultura, é muito freqüente a propagação vegetativa em plantas como a cana-de-açúcar, a mandioca, a batata, a roseira e a bananeira, entre outros exemplos. Os caules contêm gemas portadoras de Tecidos meristemáticos, que possuem células com elevada capacidade proliferativa. Essas células são capazes de originar uma nova planta, em condições adequadas. Assim, cortando-se uma batata-inglesa ou batata comum em vários pedaços, cada um desses pedaços poderá dar origem a uma nova planta, desde que contenha uma gema, popularmente conhecida como "olho" de batata. Da mesma maneira, cortando-se o caue de uma cana-de-açúcar em vários pedaços portadores de gemas, cada um desses pedaços de caule, conhecidos como "toletes", poderá também formar um novo indivíduo

Reprodução dos vegetais
A primavera é um período de intensa atividade das plantas. Nesta época, os botões das plantas herbáceas perenes brotam, além de se reproduzirem. Raízes são criadas e as novas plantas adquirem vida própria, o que demonstra a possibilidade das plantas se reproduzirem sem a fecundação ou utilização de pólen. Rizomas e Corredeiras são exemplos de plantas que conseguem reproduzir a si mesmas. A reprodução das plantas por meios próprios é conhecida por reprodução assexuada.
O sistema de reprodução das plantas está nas flores. Os estames (órgãos reprodutores masculinos) possuem anteros e filamentos responsáveis pela produção das células sexuais masculinas (pólen). Já o pistilo (órgão sexual feminino) tem o ovário. A produção de sementes ocorre quando as células femininas e masculinas se unem. Este processo de reprodução é conhecido como reprodução sexuada.
Outro fator que contribui para a disseminação das plantas é o conjunto dos métodos que a natureza desenvolveu para espalhar as sementes no final da floração. O vento, os pássaros e os animais encarregam-se de espalhar as sementes que criam novas plantas.

Reprodução Celular
O núcleo das células contém cromossomos, que são os elementos que abrigam o material genético dos seres vivos e são, portanto, responsáveis pela transmissão das características hereditárias. Os cromossomos consistem basicamente de proteína e DNA . Para que as características das células sejam passadas adiante através dos cromossomos, estas células precisam se reproduzir. As células possuem dois meios de reprodução: a mitose e a meiose. Na mitose, o cromossomo duplica-se a si mesmo, formando duas células idênticas (esse processo, por exemplo, é utilizado na reprodução das células da pele). A mitose é subdividida em sub-fases que são: interfase, prófase, metáfase, anáfase e telófase. Interfase
Os cromossomos ainda não são visíveis. O processo de divisão ainda não começou. Ocorre a duplicação dos cromossomos. Prófase
Começa a preparação para a divisão. Os cromossomos são visíveis neste estágio. Metáfase
Surgimento do fuso. A membrana do núcleo desaparece. Anáfase
Movimento dos cromatídeos em direção aos pólos. Os centrômeros se partem. Telófase
As metades migram para os pólos.
Já na meiose, os cromossomos subdividem-se em dois gametas, sendo que cada um contém metade dos cromossomos da célula original. Os gametas de diferentes células podem ser combinados em uma nova célula.

Casos Especiais de reprodução
Considerando os padrões básicos ou comuns de reprodução, podemos destacar alguns casos especiais, que constituem variações das modalidades reprodutivas normalmente conhecidas. Discorreremos, então, sobre os casos de partenogênese e poliembrionia.
A partenogênese O termo partenogênese (do grego parthenos: virgem/ genesis: origem) designa o fenômeno biológico em que o gameta feminino (óvulo) de certos animais se desenvolvem formando um novo indivíduo, sem que tenha sido fecundado.
Trata-se de um caso atípico de reprodução sexuada, uma vez que para se processar necessita da formação de um gameta.
Um caso muito comum de partenogênese verifica-se entre as abelhas. nesses animais, as abelhas-rainhas --- fêmeas férteis -- produzem óvulos haplóides que podem ou não ser fecundados pelos espermatozóides dos zangões -- machos férteis. Os óvulos fecundados normalmente ao se desenvolver originam somente fêmeas, que são diplóides (2n) e podem ser representadas por abelhas operárias ou rainha. Por sua vez, os óvulos haplóides não fecundados tem a chance de se desenvolver por partenogênese e originar somente zangões, que são, portanto, igualmente haplóides

A poliembrionia -- Fenômeno em que se verifica a formação de vários embriões a partir de um único zigoto. Nesse caso, no início do desenvolvimento embrionário ocorre separação de células em dois ou mais grupos; cada grupo poderá se desenvolver e formar um novo indivíduo. como todos os indivíduos assim formados são provenientes de um mesmo zigoto, conclui-se que todos eles terão a mesma constituição genética; logo, serão necessariamente do mesmo sexo. Esse é o caso dos chamados gêmeos univitelinos ou monozigóticos, também conhecidos como gêmeos verdadeiros.
Mas a poliembrionia nem sempre é a responsável pela formação de gêmeos. Na espécie humana, por exemplo, uma mulher pode liberar dois ou mais óvulos durante uma única ovulação. (Ovulação é o fenômeno em que o óvulo é expelido do ovários; em seguida, ele passa para o interior da trompa uteriana). Nesse caso, sendo esses óvulos fecundados, formam-se os gêmeos bivitelinos ou dizigóticos, também conhecidos como gêmeos falsos ou gêmeos fraternos. Assim, óvulos distintos são fecundados por espermatozóides também distintos, originando zigotos igualmente distintos. Por essa razão, esses gêmeos diferem geneticamente um do outro, da mesma maneira que quaisquer irmãos nascidos em partos diferentes. Logo não precisam ser necessariamente do mesmo sexo, já que são portadores de patrimônios genéticos diferentes
Gametogênese
Na seção de Genética, obtemos conhecimentos a respeito dos gametas e de sua participação no processo de formação de nova vida começaram a ser devidamente esclarecidos, a partir da segunda metade do século XIX. No século XX, os gametas e a sua diferenciação tornaram-se objeto de investigações microscópicas eletrônicos. Estes estudos permitiram conhecer a anatomia e a fisiologia dos gametas, bem como os mecanismos envolvidos na fecundação do óvulo, sua transformação em zigoto e posterior desenvolvimento.
Em 1963, os cientistas Heller e Clermont demonstraram que a gametogênese humana apresenta profundas semelhanças com a de outros animais inferiores e que difere, basicamente, apenas no tempo de duração de cada um de seus períodos ou etapas. Por isso, nesta unidade, vamos estudar a gametogênese humana. Ela é um processo que, geralmente, ocorre nas gônadas. Estas são estruturas especializadas dos sistemas reprodutores de vários seres vivos, que têm por função a formação dos gametas e de hormônios. Os gametas são células especializadas destinadas à reprodução sexuada. Portanto, antes de iniciarmos um estudo mais profundo, precisamos conhecer um pouco sobre a anatomia e a fisiologia dos sistemas reprodutores masculino e feminino.

Sistema Reprodutor Masculino
O sistema reprodutor masculino é especialmente adaptado para produzir os espermatozóides e inoculá-los no interior do corpo da mulher. É formado por um conjunto de órgãos, que pode ser dividido nas seguintes partes principais: testículos, vias espermáticas, glândulas anexas e o pênis.
Testículos: Correspondem a duas glândulas mistas, de aspecto ovóide, medindo cerca de 3 a 8 cm de comprimento por aproximadamente 2,5 cm de largura. São responsáveis pela produção dos espermatozóides e pela secreção do hormônio testosterona. Cada um dos testículos é envolvido por duas membranas: a mais externa é a túnica vaginal, e a mais interna denomina-se túnica albugínea, com um aspecto fibroso e bastante resistente. Esta membrana envia septos para o interior dos testículos, dividindo o seu interior em vários compartimentos ou lóbulos, onde se localizam os túbulos seminíferos. No feto, estas duas glândulas permanecem dentro da cavidade abdominal; entretanto, pouco antes do nascimento, tendem a migrar e a alojar-se dentro da bolsa escrotal ou escroto. Esta bolsa é representada por uma prega de pele e músculos que regulam a proximidade dos testículos, em relação ao corpo do homem. Quando a temperatura do ambiente é baixa, a bolsa escrotal se contrai, aproximando os testículos do corpo; quando a temperatura é elevada, a bolsa relaxa, afastando os testículos do corpo. Isso ocorre devido à necessidade de os testículos, para funcionarem normalmente, permanecerem a uma temperatura com aproximadamente 1ºC inferior à do corpo masculino. Em alguns casos, o fenômeno da migração testicular pode não ocorrer, ficando um ou os dois testículos retidos na cavidade abdominal, provocando uma anomalia conhecida como criptorquidia (quando os dois testículos ficam retidos), ou a monorquidia (quando ocorre com apenas um). Este problema deve ser corrigido cirurgicamente, ainda na infância, de modo a não compromenter posteriormente a fertilidade do indivíduo.
Vias Espermáticas: Representam uma extensa e complexa rede de ductos ou canais com diâmetros variados, iniciando-se nos lobos testiculares e terminando na uretra. As vias espermáticas correspondem ao trajeto percorrido pelos espermatozóides, desde a sua produção, o seu armazenamento até a sua eliminação.

Os lóbulos testiculares abrigam no seu interior uma grande quantidade de túbulos seminíferos, representados por finíssimos e tortuosos canais. Os espermatozóides são produzidos nos túbulos seminíferos. Nas paredes internas destes túbulos, estão presentes também as células de Leydig, responsáveis pela produção do hormônio masculino testosterona, que é lançado diretamente no sangue. Os espermatozóides, oriundos dos túbulos seminíferos, são encaminhados ao epidídimo, o qual constitui uma pequena formação alongada, localizada na parte superior de cada testículo. O epidídimo é muito importante, pois é no seu interior que os espermatozóides ficam armazenados e onde desenvolvem seu flagelo, adquirindo motilidade própria. Antes disso, os espermatozóides são estruturas imóveis. No interior do epidídimo, encontram as células de Sertoli, com função de nutrir e dar sustentação as espermatozóides. Da porção superior do epidídimo, parte o canal deferente, com paredes grossas e musculosas. Este canal penetra na cavidade abdominal, contorna a parte de trás da bexiga, liga-se com o ducto da vesícula seminal, formando o canal ejaculador, que é bem curto e vai até a uretra, no interior da próstata. O canal ejaculador, finalmente, desemboca na uretra, a qual percorre toda a extensão do interior do pênis e se abre no meio externo.
Glândulas anexas: São representadas pelas vesículas seminais, próstata e glândulas de Cowper, responsáveis pela produção dos líquidos que veiculam e protegem os espermatozóides e que entram na composição do esperma ou sêmen.
As vesículas seminais são duas glândulas alongadas, com aproximadamente, 6 cm cada, localizadas ao lado da próstata. Produzem e secretam um líquido de cor amarelada, consistência viscosa e pH alcalino, representando a maior parte do volume do sêmen.
A próstata é uma glândula única, com o tamanho aproximadamente de uma castanha. Localiza-se na saída da bexiga, envolvendo a uretra. Produz e secreta um líquido de aspecto leitoso e ligeiramente ácido, fornecendo o odor característico do sêmen.
As glândulas de Cowper ou bulbouretrais são duas glândulas com aproximadamente 1 cm cada. Localizam-se na extremidade do bulbo e da uretra. Quando ocorre estimulação erótica o pênis se torne ereto, estas glândulas secretam pequena quantidade de uma substância de aspecto mucoso, destinada provavelmente à lubrificação da uretra.
Pênis: Representa o órgão copulador e inoculador do sêmen. Tem o aspecto cilíndrico, sendo formado por tecidos bastante elásticos que permitem o fenômeno da ereção. Internamente, em torno da uretra, o pênis apresenta os corpos cavernosos e esponjosos, formados por novelos de vasos sangüíneos dilatáveis. O mecanismo de ereção peniana está diretamente relacionado com o preenchimento destas estruturas com sangue. Na extremidade do pênis, localiza-se a glande, que é uma região de elevada sensibilidade erógena. A glande está recoberta por uma prega de pele retrátil, denominada prepúcio, que se desloca para trás quando ocorre a ereção. No interior do prepúcio, localizam-se as glândulas produtoras de uma secreção caseosa, o esmegma. Esta secreção deve ser eliminada com a higiene do pênis, pois determina a proliferação de bactérias, favorecendo o surgimento de diversas infecções.
Fisiologia do Sistema Reprodutor Masculino
A maturação e o início das atividades do sistema reprodutor masculino dependem inicialmente da secreção do hormônio ICSH, produzido pela glândula hipófise. A produção desse hormônio inicia-se aproximadamente aos doze ou treze anos, quando começa a puberdade (este fenômeno depende de uma série de fatores individuais e também ambientais, podendo o seu início variar, sendo mais precoce ou mais tardia).
O ICSH secretado pela hipófise na corrente sangüínea atuará sobre as células de Leydig nos testículos, fazendo com que elas passem a produzir o hormônio masculino testosterona. Este hormônio testicular é responsável pelo desencadeamento e pela manutenção dos caracteres sexuais, secundários masculinos (barba, voz grave, massa muscular, crescimento ósseo, metabolismo, comportamento e outros), além de estimular a produção dos espermatozóides.

Sistema Reprodutor Feminino
O sistema reprodutor feminino é responsável pela produção de óvulos e hormônios, pela criação de condições propícias à fecundação e, quando esta ocorrer, pela proteção ao desenvolvimento do embrião. Está constituído basicamente pelos ovários, trompas de Falópio, útero, vagina e pela vulva. Vamos conhecer melhor cada um destes constituintes:
Ovários - representam as gônadas femininas. Correspondem a duas glândulas mistas com um formato semelhante ao das amêndoas, medindo aproximadamente 4 cm de comprimento por 2 cm de largura. Localizam-se no interior da cavidade abdominal, nos lados direito e esquerdo do útero.
São responsáveis pela produção de óvulos e secreção dos hormônios estrógeno e progesterona. Cada ovário apresenta duas regiões distintas, sendo a mais externa denominada de cortical, e a mais interna denominada de medular. A região cortical é coberta pelo epitélio germinativo. Nas crianças, ele apresenta um aspecto liso de cor esbranquiçada. Na mulher adulta, assume um tom acinzentado com uma série de cicatrizes que correspondem às ovulações ocorridas. Após a menopausa, os ovários apresentam superfície enrugada, devido às inúmeras ovulações ocorridas ao longo da vida reprodutiva da mulher. No córtex, estão presentes pequenas formações, os folículos ovarianos, que sofrem a ação de hormônios hipofisários, originando os óvulos. a região medular interna está completamente envolvida pela região cortical, exceto o hilo que dá passagem a nervos e vasos sangüíneos. Quando uma menina nasce, apresenta no córtex de cada ovário cerca de 200 000 folículos, totalizando aproximadamente 400 000 folículos ovarianos. Este número cai para 10 000 na puberdade e nenhuma na menopausa.
Tubas Uterinas - as tubas uterinas ou trompas de Falópio têm por função encaminhar o óvulo em direção ao útero. Elas são formadas por dois condutos com aproximadamente 12 cm de comprimento, localizados na cavidade abdominal. Podemos distinguir três regiões diferentes em cada uma das trompas: a intramural, a ístmica e a infundibular. A primeira localiza-se no interior da parede uterina, atravessando-a e abrindo-se no interior do útero, através de um pequeníssimo orifício. A porção intermediária ou ístmica representa maior pare da trompa e também a mais estreita. Na extremidade oposta à porção intramural, encontra-se a porção infundibular que é mais dilatada. Possui as bordas franjeadas (fímbrias) que ficam em contato com os ovários e são responsáveis pela captura do óvulo quando ele eclode na superfície dos ovários. É no interior da região infundibular das trompas que ocorrem o processo de fecundação e a formação do zigoto, o qual é conduzido ao útero para a nidação.
Internamente, ao longo das trompas de Falópio, encontra-se um epitélio ciliado que auxilia no deslocamento do óvulo em direção ao útero. As paredes possuem musculatura lisa e realizam movimentos peristálticos (semelhantes àqueles realizados pelos órgãos do tubo digestivo) que também auxiliam no deslocamento do óvulo.
Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino
folículo é uma unidade formada por muitas células, presentes nos ovários. É dentro dos folículos que se desenvolve o óvulo e ocorre a produção de hormônios sexuais femininos.
A mulher nasce com aproximadamente 200 000 folículos primários em cada ovário, os quais amadurecem formando os folículos secundários. A partir da puberdade, uma vez por mês, um folículo secundário amadurece mais ainda, por estímulo do hormônio hipofisário FSH (Hormônio Folículo Estimulante), e forma o folículo maduro ou folículo de Graaf, que contém o óvulo e produz grande quantidade de estrógeno, que prepara o útero para a gravidez.
Por volta do 14º dia após o primeiro dia da menstruação, o folículo está totalmente maduro. Recebe então a influência de outro hormônio hipofisário, o LH (Hormônio Luteinizante), que estimula a ovulação. Após a ovulação, o folículo transforma-se no corpo-lúteo ou amarelo, que inicia a produção de hormônio progesterona, que age sobre o útero, mantendo-o propício para a gravidez.
Caso ocorra a fecundação, o corpo-lúteo, por estímulo da gonadotrofina coriônica, produzida pela placenta, permanece produzindo a progesterona, o que mantém o endométrio proliferado, capaz de nutrir o embrião em desenvolvimento.
Caso não se verifique a gravidez, o corpo-lúteo regride, transformando-se no corpo albicans. Após 14 dias da ovulação, pela falta de progesterona, o endométrio descama, constituindo a menstruação, quanto tem início um novo ciclo hormonal.
Nas mulheres, a ovulação se encerra entre 45 e 50 anos de idade, fenômeno denominado menopausa. Num ciclo de 28 dias, o período de maior fertilidade fica entre o 10º e o 18º dia do ciclo.
As pílulas anticoncepcionais são constituídas de estrógenos e progesterona, que assim impedem o amadurecimento dos folículos e, conseqüentemente, a ovulação. Não ocorrendo a ovulação, não há chance de fecundação. Os ciclos ovulatórios são, geralmente, alternados. Um ciclo ocorre no ovário direito, e o outro, no ovário esquerdo.
A suspensão da menstruação é um dos sintomas da gravidez. Durante ela, não ocorrerão novas ovulações e nem menstruações.

Ovulogênese
A ovulogênese é a gametogênese feminina. Visa à formação do óvulo e realiza-se a partir do epitélio germinativo do ovário, com células diplóides, denominadas ovogônias ou ovulogônias.
Na fase de multiplicação, a ovogônia se divide por mitoses sucessivas e dá origem a numerosas células. Ao contrário da espermatogênese, na ovogênese, todas as células seguem o processo sem conservação da ovogônia. As células restantes da multiplicação sofrem o processo de crescimento (fase de crescimento) e se transformam nos ovócitos I (primários).
Na fase de maturação, cada ovócito I (diplóide) dá, por meiose I (reducional) duas células haplóides: o ovócito II (secundário), relativamente grande, e o 1º glóbulo polar, de tamanho reduzido. Logo a seguir, o ovócito II se divide por meiose II (equacional), dando duas células também diferentes em tamanho: ovótide, bem desenvolvida, e o 2º glóbulo polar, muito menor. Algumas vezes, o 1º glóbulo polar também se divide por meiose II. A ovótide se transforma em óvulo. Portanto, cada ovócito I dará origem a um óvulo e a três glóbulos polares, geralmente estéreis.
Na espécie humana, a ovulogênese inicia-se nos primeiros meses de vida intra-uterina do feto, sendo paralisada quando o ovócito I inicia a maturação, estágio que é chamado de dictióteno. Desta forma, ao nascer, a menina apresenta um "estoque" de folículos contendo ovócitos I em dictióteno. À medida que ela vai crescendo, muitos folículos sofrem degeneração, transformando-se em folículos atrésicos. Todos os ovócitos permanecerão em dictióteno até a época da ovulação, que terá início por volta dos 12 ou 13 anos de idade, encerrando-se a partir da menopausa, por volta dos 45 aos 50 anos.

Óvulo Humano
No ser humano, o gameta feminino (óvulo) apresenta estrutura muito simples, sendo geralmente esférico, constituído por membrana plasmática, citoplasma e núcleo. O óvulo maduro, na maioria dos animais, é uma célula grande, geralmente esférica e que pode ser vista a olho nu. Em alguns casos, alcança tamanhos consideráveis, como é o caso dos répteis e das aves.

Basicamente, um óvulo humano apresenta a seguinte estrutura:
o Membrana primária ou vitelínica que é a membrana plasmática, sempre a mais interna; há também a membrana secundária, formada pelas secreções das células foliculares (membrana pelúcida no óvulo humano), e membranas terciárias, que se depositam ao redor do óvulo, após ele ter saído do ovário. Podem ser bainhas quitinosas, calcárias ou de outra natureza (coroa radiata formada pelas células foliculares, nos mamíferos).
o Citoplasma - dividido em duas partes, o citoplasma formativo ou bioplasma, que fica ao redor do núcleo e citoplasma nutritivo ou deutoplasma, que armazena substâncias nutritivas, o vitelo ou lécito.
o Núcleo, chamado vesícula germinativa, às vezes central, outras vezes polarizado. Tem forma oval, grande.
Geralmente, as regiões onde estão o núcleo com o bioplasma e o citoplasma nutritivo estão polarizadas. O pólo onde se encontra o núcleo com o bioplasma é chamado pólo animal, uma vez que dará origem a um novo indivíduo; e o pólo onde se encontra o deutoplasma é chamado de pólo vegetativo, uma vez que tem função nutritiva.

Tipos de Óvulos Animais

De acordo com a quantidade e a distribuição de vitelo e de bioplasma, identificaremos os seguintes tipos de óvulos e, conseqüentemente, de ovos:
Oligolécito - É também chamado de isolécito ou homolécito. Apresenta pouco vitelo, o qual se encontra distribuído homogeneamente com o bioplasma.
Ex.: mamíferos e anfioxo.
Telolécito incompleto ou Mediolécito - Apresenta um pólo animal, com predomínio de bioplasma; e um pólo vegetativo, com predomínio de vitelo. É médio quanto ao vitelo.
Ex.: os anfíbios
Telolécito completo ou Megalécito - Apresentam um pólo animal exclusivamente com bioplasma e um pólo vegetativo apenas com vitelo. é rico em vitelo.
Ex.: aves
Centrolécito - Dispõe de uma região central com vitelo, enquanto o bioplasma se dispõe na periferia. É rico em vitelo.
Ex.: artrópodes