S E T O R L E S T E
Alunos: DIEGO - DIENYSON
Turma: 1º N
Turno: VESPERTINO
Reprodução dos Seres Vivos
Uma das características que melhor distingue os seres vivos da matéria
bruta é sua capacidade de se reproduzir. É através da reprodução
que cada espécie garante sua sobrevivência, gerando novos indivíduos
que substituem aqueles mortos por predadores, por doenças, ou mesmo por
envelhecimento. Além disso, é através da reprodução
que o indivíduo transmite suas características para seus descendentes.
A grande diversidade de seres vivos reflete-se nas formas de reprodução
dos organismos, por isso pode-se encontrar inúmeros tipos de reprodução
que são agrupados em duas categorias principais: a reprodução
assexuada e a reprodução sexuada. A reprodução assexuada
é a forma mais simples de reprodução, envolvendo apenas
um indivíduo. No caso de organismos unicelulares, por exemplo, a reprodução
é feita a partir da fissão da célula que se divide em duas,
originando dois novos organismos. Em organismos pluricelulares também
há reprodução assexuada, apesar de não ser a única
forma de reprodução das espécies. Alguns vegetais como
as gramíneas, por exemplo, possuem raízes especiais, os rizomas,
que, à medida que crescem sob a terra, geram novos brotos. Dessa forma,
surgem novos indivíduos, interligados entre si. Mesmos que essa ligação
desapareça, os indivíduos podem continuar a viver independentemente.
Outro exemplo é a chamada planta Folha da Fortuna. Em suas folhas, surgem
pequenos brotos que podem dar origem a novos indivíduos. A reprodução
assexuada não está restrita às plantas, diversos grupos
animais podem se reproduzir desse modo. Algumas espécies de esponjas
lançam na água pequenos pedaços que geram novos organismos
completos. Certos Celenterados, como a Hydra, produzem pequenas expansões
que se destacam e originam novos organismos, em um processo conhecido como brotamento.
Plateomintes como a planária podem dividir-se transversalmente, regenerando
as porções perdidas e, assim gerando dois indivíduos a
partir de um. Em Echinodermas como a estrela-do-mar, a partir de um braço
do animal pode surgir um novo organismo. Em todos os casos citados ocorre um
tipo de clonagem natural, ou seja, na reprodução assexuada são
gerados indivíduos idênticos ao organismo que os gerou. Portanto,
nesse tipo de reprodução a única fonte de variabilidade
é a mutação, que por sinal ocorre em freqüências
bastante baixas. É interessante notar que, de modo geral, os organismos
que realizam exclusivamente reprodução assexuada apresentam taxas
de reprodução relativamente altas, como as bactérias por
exemplo. Assim, há maior probabilidade de surgirem organismos diferentes
por mutação, uma vez que o número de indivíduos
originados é imenso. A reprodução assexuada é muito
mais complexa do que a reprodução assexuada, demandando um gasto
maior de energia. Nesse tipo de reprodução estão envolvidos
dois indivíduos de cada espécie, um produz um gameta masculino
e o outro o gameta feminino. A união dos dois gametas dá origem
a uma célula ovo que, a partir de um processo de divisão celular
e diferenciação, origina um novo indivíduo. Temos uma maior
familiaridade com esse tipo de reprodução, mesmo porque é
a reprodução que ocorre em na espécie humana. A reprodução
sexuada está presente nos vários animais e vegetais, salvo algumas
exceções. Dentro dessa grande categoria de reprodução
podemos distinguir subtipos conforme alguns aspectos. Existem seres vivos com
fecundação interna ou fecundação externa, com desenvolvimento
direto ou indireto. Há espécies nas quais um mesmo indivíduo
produz os dois tipos de gametas, as chamadas espécies monóicas
ou hermafroditas; e espécies em que cada indivíduo produz apenas
um tipo de gametas, as chamadas espécies dióicas. Apesar dessa
diversidade de formas de reprodução, em todos os casos o organismo
originado a partir da fusão dos gametas é diferente de seus pais.
Portanto, a reprodução sexuada origina uma variabilidade maior
nos indivíduos da espécie por simples combinação
das características do pai e da mãe. Além disso, durante
o processo de produção de gametas, mais especificamente durante
a meiose ocorre o que conhecemos como crossing over. Os cromossomos homólogos
trocam pedaços, gerando um cromossomo distinto daquele presente na célula-mãe.
Se considerarmos apenas o aspecto da variabilidade, aparentemente, a reprodução
sexuada parece trazer apenas vantagens. Todavia, é importante lembrar-se
que este tipo de estratégia reprodutiva implica num gasto de energia
muito maior, o que pode ser extremamente inconveniente para os indivíduos
em determinadas condições.
Tipos de Reprodução
Reprodução Sexuada
Consiste no mecanismo em que normalmente dois organismos originam um novo indivíduo,
com troca de material genético e geralmente com a participação
de células de reprodução denominadas gametas. Assim, após
a fecundação, isto é, depois da fusão dos gametas,
forma-se uma célula-ovo ou zigoto que, por mitoses sucessivas, origina
um novo organismo. Na reprodução sexuada destacam-se dois fenômenos,
que permitem a ocorrência de uma notável variabilidade genética
entre os descendentes. São eles:
Meiose -- por seu intermédio formam-se células haplóides
(n), com o número normal de cromossomos da espécie se reproduzindo
pela metade.
Fecundação -- através dela reconstitui-se o número
normal de cromossomos da espécie.
A grande variabilidade genética, entre os descendentes, na reprodução
sexuada, oferece a vantagem de aumentar a possibilidade de sobrevivência
da espécie num ambiente em processo de alteração. Por outro
lada a "diluição" das características parentais
entre os descendentes acarreta uma perda de homogeneidade, fato que pode ser
considerado, desvantajoso, por exemplo, numa cultura agrícola propaga
sexuadamente através de sementes.
Como vimos, uma cultura propagada assexuadamente pode ser exterminada caso sofra
o ataque de um parasita para o qual não está adaptada. Já
uma cultura propagada sexuadamente, com descendentes geneticamente diferentes
entre si, deverá abrigar alguns indivíduos capazes de resistir
à ação de um novo patógeno. Os indivíduos
que não serão atingidos sobreviverão e se reproduzindo,
constituindo os agentes perpetuadores da espécie
Reprodução Assexuada
O mecanismo em que um único indivíduo origina outros, sem que
haja troca de material genético ou a participação de gametas,
é denominada reprodução assexuada ou agâmica.
Essa forma de reprodução é muito freqüente no mundo
vivo e constitui a forma mais comum de reprodução em organismos
unicelulares, como as bactérias. Nesse caso, o tipo de divisão
celular que se verifica é a mitose. Assim, a reprodução
assexuada caracteriza-se, na ausência de mutações, por originar
descendentes geneticamente iguais entre si e as suas ancestrais.
Existem várias formas de reprodução assexuada. Destacaremos
a cissiparidade, a gemiparidade e a propagação vegetativa em plantas.
Cissiparidade ou fissão binária ou divisão simples ou bipartição
Na cissiparidade, um organismo simplesmente divide-se em duas partes geneticamente
iguais, que passarão a constituir novos indivíduos. Esta reprodução
é em geral verificada em bactérias, algas unicelulares e protozoários.
Gemiparidade ou brotamento -- Nesse tipo de reprodução assexuada
o organismo emite lentamente um "broto", que cresce, formando um novo
organismo. Esses indivíduos que "brotam" podem se manter agregados
ao organismo parental, constituindo uma colônia. A gemiparidade ocorre
em certas bactérias, em protozoários, fungos, poríferos
e celenterados.
Propagação vegetativa -- Consiste na reprodução
assexuada de plantas, através de partes de seu corpo vegetativo, principalmente
pedaços de caule, que são utilizados como "mudas".
Na agricultura, é muito freqüente a propagação vegetativa
em plantas como a cana-de-açúcar, a mandioca, a batata, a roseira
e a bananeira, entre outros exemplos. Os caules contêm gemas portadoras
de Tecidos meristemáticos, que possuem células com elevada capacidade
proliferativa. Essas células são capazes de originar uma nova
planta, em condições adequadas. Assim, cortando-se uma batata-inglesa
ou batata comum em vários pedaços, cada um desses pedaços
poderá dar origem a uma nova planta, desde que contenha uma gema, popularmente
conhecida como "olho" de batata. Da mesma maneira, cortando-se o caue
de uma cana-de-açúcar em vários pedaços portadores
de gemas, cada um desses pedaços de caule, conhecidos como "toletes",
poderá também formar um novo indivíduo
Reprodução dos vegetais
A primavera é um período de intensa atividade das plantas. Nesta
época, os botões das plantas herbáceas perenes brotam,
além de se reproduzirem. Raízes são criadas e as novas
plantas adquirem vida própria, o que demonstra a possibilidade das plantas
se reproduzirem sem a fecundação ou utilização de
pólen. Rizomas e Corredeiras são exemplos de plantas que conseguem
reproduzir a si mesmas. A reprodução das plantas por meios próprios
é conhecida por reprodução assexuada.
O sistema de reprodução das plantas está nas flores. Os
estames (órgãos reprodutores masculinos) possuem anteros e filamentos
responsáveis pela produção das células sexuais masculinas
(pólen). Já o pistilo (órgão sexual feminino) tem
o ovário. A produção de sementes ocorre quando as células
femininas e masculinas se unem. Este processo de reprodução é
conhecido como reprodução sexuada.
Outro fator que contribui para a disseminação das plantas é
o conjunto dos métodos que a natureza desenvolveu para espalhar as sementes
no final da floração. O vento, os pássaros e os animais
encarregam-se de espalhar as sementes que criam novas plantas.
Reprodução Celular
O núcleo das células contém cromossomos, que são
os elementos que abrigam o material genético dos seres vivos e são,
portanto, responsáveis pela transmissão das características
hereditárias. Os cromossomos consistem basicamente de proteína
e DNA . Para que as características das células sejam passadas
adiante através dos cromossomos, estas células precisam se reproduzir.
As células possuem dois meios de reprodução: a mitose e
a meiose. Na mitose, o cromossomo duplica-se a si mesmo, formando duas células
idênticas (esse processo, por exemplo, é utilizado na reprodução
das células da pele). A mitose é subdividida em sub-fases que
são: interfase, prófase, metáfase, anáfase e telófase.
Interfase
Os cromossomos ainda não são visíveis. O processo de divisão
ainda não começou. Ocorre a duplicação dos cromossomos.
Prófase
Começa a preparação para a divisão. Os cromossomos
são visíveis neste estágio. Metáfase
Surgimento do fuso. A membrana do núcleo desaparece. Anáfase
Movimento dos cromatídeos em direção aos pólos.
Os centrômeros se partem. Telófase
As metades migram para os pólos.
Já na meiose, os cromossomos subdividem-se em dois gametas, sendo que
cada um contém metade dos cromossomos da célula original. Os gametas
de diferentes células podem ser combinados em uma nova célula.
Casos Especiais de reprodução
Considerando os padrões básicos ou comuns de reprodução,
podemos destacar alguns casos especiais, que constituem variações
das modalidades reprodutivas normalmente conhecidas. Discorreremos, então,
sobre os casos de partenogênese e poliembrionia.
A partenogênese O termo partenogênese (do grego parthenos: virgem/
genesis: origem) designa o fenômeno biológico em que o gameta feminino
(óvulo) de certos animais se desenvolvem formando um novo indivíduo,
sem que tenha sido fecundado.
Trata-se de um caso atípico de reprodução sexuada, uma
vez que para se processar necessita da formação de um gameta.
Um caso muito comum de partenogênese verifica-se entre as abelhas. nesses
animais, as abelhas-rainhas --- fêmeas férteis -- produzem óvulos
haplóides que podem ou não ser fecundados pelos espermatozóides
dos zangões -- machos férteis. Os óvulos fecundados normalmente
ao se desenvolver originam somente fêmeas, que são diplóides
(2n) e podem ser representadas por abelhas operárias ou rainha. Por sua
vez, os óvulos haplóides não fecundados tem a chance de
se desenvolver por partenogênese e originar somente zangões, que
são, portanto, igualmente haplóides
A poliembrionia -- Fenômeno em que se verifica a formação
de vários embriões a partir de um único zigoto. Nesse caso,
no início do desenvolvimento embrionário ocorre separação
de células em dois ou mais grupos; cada grupo poderá se desenvolver
e formar um novo indivíduo. como todos os indivíduos assim formados
são provenientes de um mesmo zigoto, conclui-se que todos eles terão
a mesma constituição genética; logo, serão necessariamente
do mesmo sexo. Esse é o caso dos chamados gêmeos univitelinos ou
monozigóticos, também conhecidos como gêmeos verdadeiros.
Mas a poliembrionia nem sempre é a responsável pela formação
de gêmeos. Na espécie humana, por exemplo, uma mulher pode liberar
dois ou mais óvulos durante uma única ovulação.
(Ovulação é o fenômeno em que o óvulo é
expelido do ovários; em seguida, ele passa para o interior da trompa
uteriana). Nesse caso, sendo esses óvulos fecundados, formam-se os gêmeos
bivitelinos ou dizigóticos, também conhecidos como gêmeos
falsos ou gêmeos fraternos. Assim, óvulos distintos são
fecundados por espermatozóides também distintos, originando zigotos
igualmente distintos. Por essa razão, esses gêmeos diferem geneticamente
um do outro, da mesma maneira que quaisquer irmãos nascidos em partos
diferentes. Logo não precisam ser necessariamente do mesmo sexo, já
que são portadores de patrimônios genéticos diferentes
Gametogênese
Na seção de Genética, obtemos conhecimentos a respeito
dos gametas e de sua participação no processo de formação
de nova vida começaram a ser devidamente esclarecidos, a partir da segunda
metade do século XIX. No século XX, os gametas e a sua diferenciação
tornaram-se objeto de investigações microscópicas eletrônicos.
Estes estudos permitiram conhecer a anatomia e a fisiologia dos gametas, bem
como os mecanismos envolvidos na fecundação do óvulo, sua
transformação em zigoto e posterior desenvolvimento.
Em 1963, os cientistas Heller e Clermont demonstraram que a gametogênese
humana apresenta profundas semelhanças com a de outros animais inferiores
e que difere, basicamente, apenas no tempo de duração de cada
um de seus períodos ou etapas. Por isso, nesta unidade, vamos estudar
a gametogênese humana. Ela é um processo que, geralmente, ocorre
nas gônadas. Estas são estruturas especializadas dos sistemas reprodutores
de vários seres vivos, que têm por função a formação
dos gametas e de hormônios. Os gametas são células especializadas
destinadas à reprodução sexuada. Portanto, antes de iniciarmos
um estudo mais profundo, precisamos conhecer um pouco sobre a anatomia e a fisiologia
dos sistemas reprodutores masculino e feminino.
Sistema Reprodutor Masculino
O sistema reprodutor masculino é especialmente adaptado para produzir
os espermatozóides e inoculá-los no interior do corpo da mulher.
É formado por um conjunto de órgãos, que pode ser dividido
nas seguintes partes principais: testículos, vias espermáticas,
glândulas anexas e o pênis.
Testículos: Correspondem a duas glândulas mistas, de aspecto ovóide,
medindo cerca de 3 a 8 cm de comprimento por aproximadamente 2,5 cm de largura.
São responsáveis pela produção dos espermatozóides
e pela secreção do hormônio testosterona. Cada um dos testículos
é envolvido por duas membranas: a mais externa é a túnica
vaginal, e a mais interna denomina-se túnica albugínea, com um
aspecto fibroso e bastante resistente. Esta membrana envia septos para o interior
dos testículos, dividindo o seu interior em vários compartimentos
ou lóbulos, onde se localizam os túbulos seminíferos. No
feto, estas duas glândulas permanecem dentro da cavidade abdominal; entretanto,
pouco antes do nascimento, tendem a migrar e a alojar-se dentro da bolsa escrotal
ou escroto. Esta bolsa é representada por uma prega de pele e músculos
que regulam a proximidade dos testículos, em relação ao
corpo do homem. Quando a temperatura do ambiente é baixa, a bolsa escrotal
se contrai, aproximando os testículos do corpo; quando a temperatura
é elevada, a bolsa relaxa, afastando os testículos do corpo. Isso
ocorre devido à necessidade de os testículos, para funcionarem
normalmente, permanecerem a uma temperatura com aproximadamente 1ºC inferior
à do corpo masculino. Em alguns casos, o fenômeno da migração
testicular pode não ocorrer, ficando um ou os dois testículos
retidos na cavidade abdominal, provocando uma anomalia conhecida como criptorquidia
(quando os dois testículos ficam retidos), ou a monorquidia (quando ocorre
com apenas um). Este problema deve ser corrigido cirurgicamente, ainda na infância,
de modo a não compromenter posteriormente a fertilidade do indivíduo.
Vias Espermáticas: Representam uma extensa e complexa rede de ductos
ou canais com diâmetros variados, iniciando-se nos lobos testiculares
e terminando na uretra. As vias espermáticas correspondem ao trajeto
percorrido pelos espermatozóides, desde a sua produção,
o seu armazenamento até a sua eliminação.
Os lóbulos testiculares abrigam no seu interior uma grande quantidade
de túbulos seminíferos, representados por finíssimos e
tortuosos canais. Os espermatozóides são produzidos nos túbulos
seminíferos. Nas paredes internas destes túbulos, estão
presentes também as células de Leydig, responsáveis pela
produção do hormônio masculino testosterona, que é
lançado diretamente no sangue. Os espermatozóides, oriundos dos
túbulos seminíferos, são encaminhados ao epidídimo,
o qual constitui uma pequena formação alongada, localizada na
parte superior de cada testículo. O epidídimo é muito importante,
pois é no seu interior que os espermatozóides ficam armazenados
e onde desenvolvem seu flagelo, adquirindo motilidade própria. Antes
disso, os espermatozóides são estruturas imóveis. No interior
do epidídimo, encontram as células de Sertoli, com função
de nutrir e dar sustentação as espermatozóides. Da porção
superior do epidídimo, parte o canal deferente, com paredes grossas e
musculosas. Este canal penetra na cavidade abdominal, contorna a parte de trás
da bexiga, liga-se com o ducto da vesícula seminal, formando o canal
ejaculador, que é bem curto e vai até a uretra, no interior da
próstata. O canal ejaculador, finalmente, desemboca na uretra, a qual
percorre toda a extensão do interior do pênis e se abre no meio
externo.
Glândulas anexas: São representadas pelas vesículas seminais,
próstata e glândulas de Cowper, responsáveis pela produção
dos líquidos que veiculam e protegem os espermatozóides e que
entram na composição do esperma ou sêmen.
As vesículas seminais são duas glândulas alongadas, com
aproximadamente, 6 cm cada, localizadas ao lado da próstata. Produzem
e secretam um líquido de cor amarelada, consistência viscosa e
pH alcalino, representando a maior parte do volume do sêmen.
A próstata é uma glândula única, com o tamanho aproximadamente
de uma castanha. Localiza-se na saída da bexiga, envolvendo a uretra.
Produz e secreta um líquido de aspecto leitoso e ligeiramente ácido,
fornecendo o odor característico do sêmen.
As glândulas de Cowper ou bulbouretrais são duas glândulas
com aproximadamente 1 cm cada. Localizam-se na extremidade do bulbo e da uretra.
Quando ocorre estimulação erótica o pênis se torne
ereto, estas glândulas secretam pequena quantidade de uma substância
de aspecto mucoso, destinada provavelmente à lubrificação
da uretra.
Pênis: Representa o órgão copulador e inoculador do sêmen.
Tem o aspecto cilíndrico, sendo formado por tecidos bastante elásticos
que permitem o fenômeno da ereção. Internamente, em torno
da uretra, o pênis apresenta os corpos cavernosos e esponjosos, formados
por novelos de vasos sangüíneos dilatáveis. O mecanismo de
ereção peniana está diretamente relacionado com o preenchimento
destas estruturas com sangue. Na extremidade do pênis, localiza-se a glande,
que é uma região de elevada sensibilidade erógena. A glande
está recoberta por uma prega de pele retrátil, denominada prepúcio,
que se desloca para trás quando ocorre a ereção. No interior
do prepúcio, localizam-se as glândulas produtoras de uma secreção
caseosa, o esmegma. Esta secreção deve ser eliminada com a higiene
do pênis, pois determina a proliferação de bactérias,
favorecendo o surgimento de diversas infecções.
Fisiologia do Sistema Reprodutor Masculino
A maturação e o início das atividades do sistema reprodutor
masculino dependem inicialmente da secreção do hormônio
ICSH, produzido pela glândula hipófise. A produção
desse hormônio inicia-se aproximadamente aos doze ou treze anos, quando
começa a puberdade (este fenômeno depende de uma série de
fatores individuais e também ambientais, podendo o seu início
variar, sendo mais precoce ou mais tardia).
O ICSH secretado pela hipófise na corrente sangüínea atuará
sobre as células de Leydig nos testículos, fazendo com que elas
passem a produzir o hormônio masculino testosterona. Este hormônio
testicular é responsável pelo desencadeamento e pela manutenção
dos caracteres sexuais, secundários masculinos (barba, voz grave, massa
muscular, crescimento ósseo, metabolismo, comportamento e outros), além
de estimular a produção dos espermatozóides.
Sistema Reprodutor Feminino
O sistema reprodutor feminino é responsável pela produção
de óvulos e hormônios, pela criação de condições
propícias à fecundação e, quando esta ocorrer, pela
proteção ao desenvolvimento do embrião. Está constituído
basicamente pelos ovários, trompas de Falópio, útero, vagina
e pela vulva. Vamos conhecer melhor cada um destes constituintes:
Ovários - representam as gônadas femininas. Correspondem a duas
glândulas mistas com um formato semelhante ao das amêndoas, medindo
aproximadamente 4 cm de comprimento por 2 cm de largura. Localizam-se no interior
da cavidade abdominal, nos lados direito e esquerdo do útero.
São responsáveis pela produção de óvulos
e secreção dos hormônios estrógeno e progesterona.
Cada ovário apresenta duas regiões distintas, sendo a mais externa
denominada de cortical, e a mais interna denominada de medular. A região
cortical é coberta pelo epitélio germinativo. Nas crianças,
ele apresenta um aspecto liso de cor esbranquiçada. Na mulher adulta,
assume um tom acinzentado com uma série de cicatrizes que correspondem
às ovulações ocorridas. Após a menopausa, os ovários
apresentam superfície enrugada, devido às inúmeras ovulações
ocorridas ao longo da vida reprodutiva da mulher. No córtex, estão
presentes pequenas formações, os folículos ovarianos, que
sofrem a ação de hormônios hipofisários, originando
os óvulos. a região medular interna está completamente
envolvida pela região cortical, exceto o hilo que dá passagem
a nervos e vasos sangüíneos. Quando uma menina nasce, apresenta
no córtex de cada ovário cerca de 200 000 folículos, totalizando
aproximadamente 400 000 folículos ovarianos. Este número cai para
10 000 na puberdade e nenhuma na menopausa.
Tubas Uterinas - as tubas uterinas ou trompas de Falópio têm por
função encaminhar o óvulo em direção ao útero.
Elas são formadas por dois condutos com aproximadamente 12 cm de comprimento,
localizados na cavidade abdominal. Podemos distinguir três regiões
diferentes em cada uma das trompas: a intramural, a ístmica e a infundibular.
A primeira localiza-se no interior da parede uterina, atravessando-a e abrindo-se
no interior do útero, através de um pequeníssimo orifício.
A porção intermediária ou ístmica representa maior
pare da trompa e também a mais estreita. Na extremidade oposta à
porção intramural, encontra-se a porção infundibular
que é mais dilatada. Possui as bordas franjeadas (fímbrias) que
ficam em contato com os ovários e são responsáveis pela
captura do óvulo quando ele eclode na superfície dos ovários.
É no interior da região infundibular das trompas que ocorrem o
processo de fecundação e a formação do zigoto, o
qual é conduzido ao útero para a nidação.
Internamente, ao longo das trompas de Falópio, encontra-se um epitélio
ciliado que auxilia no deslocamento do óvulo em direção
ao útero. As paredes possuem musculatura lisa e realizam movimentos peristálticos
(semelhantes àqueles realizados pelos órgãos do tubo digestivo)
que também auxiliam no deslocamento do óvulo.
Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino
folículo é uma unidade formada por muitas células, presentes
nos ovários. É dentro dos folículos que se desenvolve o
óvulo e ocorre a produção de hormônios sexuais femininos.
A mulher nasce com aproximadamente 200 000 folículos primários
em cada ovário, os quais amadurecem formando os folículos secundários.
A partir da puberdade, uma vez por mês, um folículo secundário
amadurece mais ainda, por estímulo do hormônio hipofisário
FSH (Hormônio Folículo Estimulante), e forma o folículo
maduro ou folículo de Graaf, que contém o óvulo e produz
grande quantidade de estrógeno, que prepara o útero para a gravidez.
Por volta do 14º dia após o primeiro dia da menstruação,
o folículo está totalmente maduro. Recebe então a influência
de outro hormônio hipofisário, o LH (Hormônio Luteinizante),
que estimula a ovulação. Após a ovulação,
o folículo transforma-se no corpo-lúteo ou amarelo, que inicia
a produção de hormônio progesterona, que age sobre o útero,
mantendo-o propício para a gravidez.
Caso ocorra a fecundação, o corpo-lúteo, por estímulo
da gonadotrofina coriônica, produzida pela placenta, permanece produzindo
a progesterona, o que mantém o endométrio proliferado, capaz de
nutrir o embrião em desenvolvimento.
Caso não se verifique a gravidez, o corpo-lúteo regride, transformando-se
no corpo albicans. Após 14 dias da ovulação, pela falta
de progesterona, o endométrio descama, constituindo a menstruação,
quanto tem início um novo ciclo hormonal.
Nas mulheres, a ovulação se encerra entre 45 e 50 anos de idade,
fenômeno denominado menopausa. Num ciclo de 28 dias, o período
de maior fertilidade fica entre o 10º e o 18º dia do ciclo.
As pílulas anticoncepcionais são constituídas de estrógenos
e progesterona, que assim impedem o amadurecimento dos folículos e, conseqüentemente,
a ovulação. Não ocorrendo a ovulação, não
há chance de fecundação. Os ciclos ovulatórios são,
geralmente, alternados. Um ciclo ocorre no ovário direito, e o outro,
no ovário esquerdo.
A suspensão da menstruação é um dos sintomas da
gravidez. Durante ela, não ocorrerão novas ovulações
e nem menstruações.
Ovulogênese
A ovulogênese é a gametogênese feminina. Visa à formação
do óvulo e realiza-se a partir do epitélio germinativo do ovário,
com células diplóides, denominadas ovogônias ou ovulogônias.
Na fase de multiplicação, a ovogônia se divide por mitoses
sucessivas e dá origem a numerosas células. Ao contrário
da espermatogênese, na ovogênese, todas as células seguem
o processo sem conservação da ovogônia. As células
restantes da multiplicação sofrem o processo de crescimento (fase
de crescimento) e se transformam nos ovócitos I (primários).
Na fase de maturação, cada ovócito I (diplóide)
dá, por meiose I (reducional) duas células haplóides: o
ovócito II (secundário), relativamente grande, e o 1º glóbulo
polar, de tamanho reduzido. Logo a seguir, o ovócito II se divide por
meiose II (equacional), dando duas células também diferentes em
tamanho: ovótide, bem desenvolvida, e o 2º glóbulo polar,
muito menor. Algumas vezes, o 1º glóbulo polar também se
divide por meiose II. A ovótide se transforma em óvulo. Portanto,
cada ovócito I dará origem a um óvulo e a três glóbulos
polares, geralmente estéreis.
Na espécie humana, a ovulogênese inicia-se nos primeiros meses
de vida intra-uterina do feto, sendo paralisada quando o ovócito I inicia
a maturação, estágio que é chamado de dictióteno.
Desta forma, ao nascer, a menina apresenta um "estoque" de folículos
contendo ovócitos I em dictióteno. À medida que ela vai
crescendo, muitos folículos sofrem degeneração, transformando-se
em folículos atrésicos. Todos os ovócitos permanecerão
em dictióteno até a época da ovulação, que
terá início por volta dos 12 ou 13 anos de idade, encerrando-se
a partir da menopausa, por volta dos 45 aos 50 anos.
Óvulo Humano
No ser humano, o gameta feminino (óvulo) apresenta estrutura muito simples,
sendo geralmente esférico, constituído por membrana plasmática,
citoplasma e núcleo. O óvulo maduro, na maioria dos animais, é
uma célula grande, geralmente esférica e que pode ser vista a
olho nu. Em alguns casos, alcança tamanhos consideráveis, como
é o caso dos répteis e das aves.
Basicamente, um óvulo humano apresenta a seguinte estrutura:
o Membrana primária ou vitelínica que é a membrana plasmática,
sempre a mais interna; há também a membrana secundária,
formada pelas secreções das células foliculares (membrana
pelúcida no óvulo humano), e membranas terciárias, que
se depositam ao redor do óvulo, após ele ter saído do ovário.
Podem ser bainhas quitinosas, calcárias ou de outra natureza (coroa radiata
formada pelas células foliculares, nos mamíferos).
o Citoplasma - dividido em duas partes, o citoplasma formativo ou bioplasma,
que fica ao redor do núcleo e citoplasma nutritivo ou deutoplasma, que
armazena substâncias nutritivas, o vitelo ou lécito.
o Núcleo, chamado vesícula germinativa, às vezes central,
outras vezes polarizado. Tem forma oval, grande.
Geralmente, as regiões onde estão o núcleo com o bioplasma
e o citoplasma nutritivo estão polarizadas. O pólo onde se encontra
o núcleo com o bioplasma é chamado pólo animal, uma vez
que dará origem a um novo indivíduo; e o pólo onde se encontra
o deutoplasma é chamado de pólo vegetativo, uma vez que tem função
nutritiva.
Tipos de Óvulos Animais
De acordo com a quantidade e a distribuição de vitelo e de bioplasma,
identificaremos os seguintes tipos de óvulos e, conseqüentemente,
de ovos:
Oligolécito - É também chamado de isolécito ou homolécito.
Apresenta pouco vitelo, o qual se encontra distribuído homogeneamente
com o bioplasma.
Ex.: mamíferos e anfioxo.
Telolécito incompleto ou Mediolécito - Apresenta um pólo
animal, com predomínio de bioplasma; e um pólo vegetativo, com
predomínio de vitelo. É médio quanto ao vitelo.
Ex.: os anfíbios
Telolécito completo ou Megalécito - Apresentam um pólo
animal exclusivamente com bioplasma e um pólo vegetativo apenas com vitelo.
é rico em vitelo.
Ex.: aves
Centrolécito - Dispõe de uma região central com vitelo,
enquanto o bioplasma se dispõe na periferia. É rico em vitelo.
Ex.: artrópodes