Escola de Ensino Setor Leste

TRABALHO DE BIOLOGIA

Escola de Ensino Setor Leste
Alunas: Cristiana Meira Mota, Débora Stefani de Lima, Paola Lopes Lima.
Série:1º Turma: C

REPRODUÇÃO

Introdução

Trata-se de reprodução o processo pelo qual um organismo da origem a novos indivíduos. É interessante ressaltar que sexo e reprodução são dois processos diferentes que podem ou não ocorrer simultaneamente. Sexo deve ser conceituado como uma troca de material genético realizando novas combinações. As formas de reprodução são agrupadas em duas categorias: reprodução assexuada, onde ocorre a formação de um novo indivíduo sem a recombinação do material genético e a reprodução sexuada onde ocorre reprodução com troca de material genético.

Reprodução Assexuada

Ocorre com a participação de um único indivíduo, que dá origem à outros que são geneticamente idênticos, já que não há troca de material genético. Essa forma reprodutiva, é considerada evolutivamente pior, por diminuir as probabilidades de variações nos descendentes.

Divisão simples ou cissiparidade: Ocorre em organismos unicelulares, onde um divisão simples pode dar origem a dois novos indivíduos com composição genética idênticas à célula mãe. São considerados organismos imortais.

Esporulação: Ocorre múltipla divisão nuclear (cariocinese), com posterior divisão citoplasmática (citocinese), onde cada núcleo será envolvido por uma porção citoplasmática. Neste tipo de reprodução as células filhas também são consideradas imortais e semelhantes entre si.

Brotamento ou gemiparidade: Nesta forma de reprodução um indivíduo adulto emite de seu corpo um "broto" que cresce e forma um novo organismo. Este novo indivíduo formado ode ou não desprender-se do indivíduo que lhe deu origem. Este tipo de reprodução ocorre em organismos que formam colônias, como p.e. em espongiários, e cnidários.

Gemulação: No interior do animal aparece um conjunto celular de células indiferenciadas (embrionárias) envolvidas por uma capa dotada de uma abertura - micrópila. A esse conjunto denominamos gêmula. Numa determinada época as células são liberadas pela micrópila e originarão, se as condições permitirem um ser completo.

Reprodução Sexuada

Ocorre com a participação de gametas, o que proporciona maior variabilidade genética, o que é considerado um mecanismo mais interessante do ponto de vista biológico. O gameta masculino (n) - espermatozóide funde seu núcleo celular com o gameta feminino- óvulo (n). Desta fusão forma-se o ovo ou zigoto (2n), que por sucesivas divisões mitóticas formará um novo organismo. Os gametas são produzidos em órgãos especiais denominados de gônadas: testículos (masculino) e ovários (feminino).

Isogâmicos: grupos animais que produzem gametas femininos e masculinos idênticos.

Heterogâmicos: grupos onde ocorre uma diferenciação morfológica entre os gametas.

Monóicos: quando as gônadas femininas e masculinas estão presentes no mesmo indivíduo. (unissexuados ou hermafroditas)

Dióicos: quando são encontrados indíviduos femininos e masculinos. (bissexuados)

Fecundação interna: quando a fecundação ocorre dentro de um organismo. Envolve menor número de gametas. O desenvolvimento embrionário pode ser interno ou externo.

Fecundação externa: a fecundação ocorre no ambiente - água. Há necessidade de um grande número de gametas para assegurar a fecundação eo desenvolvimento é externo.

Fecundação cruzada: nesta fecundação os gametas que se unem são provenientes obrigatoriamente de invíduos diferentes. Do ponto de vista evolutivo, é um processo vantajoso, pois proporciona a recombinação gênica.

Autofecundação: ocorre quando um organismo apresenta capacidade de fecundar a si mesmo. Só é possível em seres monóicos. (Taenia sp)

Desenvolvimento direto: A forma jovem é bastante semelhante ao adulto. Não ocorre metamorfose.

Desenvolvimento indireto: o indivíduo nasce e passa por um estágio larval antes de tornar-se adulto e com capacidade reprodutiva. Essas alterações durante o ciclo vital são intensas e o processo é denominado metamorfose.

Casos Particulares

São formas reprodutivas diferenciadas, algumas vezes utilizadas como formas alternativas de manutenção da espécie.

Metagênese: Ocorre uma alternância de gerações sexuadas e assexuadas. Os exemplos são cnidários das classes cifozoários e hidrozoários, que alternam uma fase poliplóide, que se reproduz assexuadamente com uma fase medusóide com reprodução sexuada.

Partenogênese: Neste caso o óvulo desenvolve-se sem ter sido fecundado, dando origem a um novo organismo, que será haplóide (n). Pode ser ARRENÓTICA - origina apenas machos, TELIÓTICA - origina apenas fêmeas, ou DEUTERÓTICA - que pode originar um ou outro.

Pedogênese: Consiste no desenvolvimento do óvulo sem ter sido fecundado ainda no estágio larval. O ex. clássico é a mosca do gênero MIastor sp.

Neotenia: Trata-se de uma reprodução sexuada durante a fase de larva, que chegam a amadureces suas gônadas sem terem ainda passado pela metamorfose. É o caso do Axolotle - Ambystoma tigrinum, um anfibio centro-americano.

Poliovulação: É a situação em que encontramos mais de uma cria em cada ninhada, cada uma originada por múltiplos óvulos fecundados por diferentes espermatozóides. A maioria dos mamíferos que gestam mais de um filhote apresentam-se com esse quadro, inclusive na espécie humana, quando nascem os gêmeos fraternos ou bivitelínicos.

Poliembrionia: a fecundação ocorre em um único óvulo que parte-se posteriormente após as clivagens iniciais originando dois ou mais novos indivíduos. Ocorre sempre com o tatu e muito mais raramente na espécie humana, originando os gêmeos univitelínicos ou identicos. Estes apresentarão sempre o mesmo sexo e o mesmo material genético (DNA).

Ovos e crias

São formas reprodutivas diferenciadas, algumas vezes utilizadas como formas alternativas de manutenção da espécie.

Ovíparos: A fêmea bota ovos já fecundados e o desenvolvimento do embrião ocorre totalmente fora do corpo materno. Para os vertebrados, o proceso iniciou-se com os répteis e representou um importante avanço evolutivo já que não dependeriam mais da água para a reprodução. -ovo amniota-

Ovulíparos: Ocorre fecundação externa e desenvolvimento externo, em ambiente aquático. A necessidade da água, um grande número de gametas e alta taxa de mortalidade antes da fase adulta indicam tratar-se de mecanismo que evolutivamente apresenta desvantagem.

Ovovíviparos: A fêmea retém os ovos no interior do organismo e coloca-os apenas quando o desenvolvimento embrionário está praticamente completo e encontra-se próximo ao fim.

Vivíparos: São seres dotados de placenta que em que o desenvolvimento acontece internamente, via de regra dentro de uma estrutura denominada útero. Entre os mamíferos as únicas excessões ocorrem entre os monotremos (ornitorrinco). Nos demais o feto é nutrido com os alimentos encontrados na circulação materna, ao invés de um vitelo

Oligolécitos: Ovos com pequena quantidade de vitelo - lécito - com um núcleo quase central e presente em mamíferos.

Telolécitos: Apresentam média quantidade de lécito, concentrados no polo vegetativo (incomplet) ou graande quantidade de vitelo nesses polos (completo).

Centrolécitos: apresentam uma grande quantidade de lécito na região central, onde também localiza-se o núcleo. É verificado em artropodos.

Organogênese

Anexos Embrionários

Vesícula Vitelínica: Anexo presente em embriões de todos os vertebrados, sendo especialmente desenvolvido nos peixes, répteis e aves. Corresponde a uma estrutura em forma de saco ligada a região ventral do embrião. Sua principal função é armazenar reservas nutritivas. Nos mamíferos placentários é reduzuda, visto que a nutrição ocorre via placentária. Nesses, é responsável pela produção das hemácias.

Âmnio: É uma fina membrana que delimita uma bolsa repleta de líquido - o líquido amniótico que tem a responsabilidade de evitar o ressecamento do embrião e proteger contra choques mecânicos. O âmnio representa uma importante adaptação dos répteis. Esse anexo permitiu aos répteis avançar em terras secas, e independência da água para a reprodução.

Alantóide: Surge de uma evaginação da parte posterior do intestino do embrião. Nos répteis e aves funciona como órgão da respiração e da excreção. Absorve os minerais presente nas cascas dos ovos, promovendo a partir daí a formação do esqueleto. Esse processo facilita o rompimento da casca por ocasião do nascimento. Nos mamíferos associa-se ao córion para formar a placenta e o cordão umbilical.

Córion: Película delgada que envolve os outros anexos embrionários. Tem função respiratória em aves e répteis. Nos mamíferos vai formar as vilosidades coriônicas, que formará mucosa uterina, participando junto com o alantóide para a formação da placenta.

Placenta: É uma estrutura de origem mista, exclusiva dos mamíferos. Permite a troca de substâncias entre o organismo materno e o fetal. Nos primeiros meses de gestação, a placenta trabalha produzindo hormônios, além de substâncias de defesa, nutrição, respiração e excreção. Na espécie humana é eliminada durante o parto.

Cordão Umbilical: Também é uma exclusividade dos mamíferos. É o elemento de ligação entre o feto e a placenta materna. Apresenta duas artérias e uma única veia, estruturas que garantem a nutrição e respiração do embrião.

SEGMENTAÇÃO OU CLIVAGEM

Depois de formado, o zigoto sofre uma série sucessiva de divisões celulares por mitose. Cada uma das células resultantes dessas divisões recebe a denominação de blastômero. Forma-se então um aglomerado celular que apresenta o aspecto externo semelhante a uma amora, passando a denominar-se mórula, que se constitui num estágio da segmentação correspondente a uma pequena esfera maciça de blastômeros. Posteriormente, os blastômeros do centro da mórula migram para a periferia, abrindo nela uma cavidade e transformando-a em blástula. Esta figura embrionária corresponde a uma esfera oca de células preenchida por um líquido. O espaço interno ou cavidade passa a denominar-se blastocele, e a coroa externa de blastômeros, blastoderme. Com a formação da blástula, encerra-se a etapa da segmentação. O processo de segmentação depende das características próprias de cada tipo de ovo. Assim, ela pode ser holoblástica ou total, holoblástica igual, holoblástica desigual, meroblástica ou parcial, meroblástica discoidal e meroblástica superficial.