Secretaria de Educação do Distrito
Federal
Centro de Ensino do Setor Leste
Disciplina: Biologia
Professor: João Couto
Componentes:
Sthéfane Cecília da S. Costa Nº:29
Michelle Rodrigues Nº:21
Marilia Queiroz Nº:
Jéssica Nayane Alves Nº:16
"A
Origem da Vida" é uma das grandes questões científicas da Humanidade e tem
sido abordada pelos mais ilustres pensadores há milênios.
Os primeiros índices da existência de seres vivos em
eras geológicas passadas datam de 3,5 bilhões de anos. Um bilhão de anos teriam
se passado desde a origem do nosso planeta. Durante esse período, modificações
importantes teriam surgido nas condições ambientais, possibilitando o
florecimento da vida. Hoje em dia, a Terra é rica em seres vivos.
Desde a Antiguidade esse problema preoucupa o ser
humano. Vamos ver como os cientistas interpretaram e ainda até hoje procuram
interpretar a origem da vida.
ORIGEM DA VIDA
Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram
formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de explicar como teria
surgido a vida em nosso planeta. Até o século XIX, imaginava-se que os seres
vivos poderiam surgir não só a partir do cruzamento entre si, mas também a
partir da matéria bruta, de uma forma espontânea. Essa idéia, proposta há mais
de 2000 anos na Grécia Antiga por Aristóteles, era conhecida pôr geração espontânea ou abiogênese. Os
defensores dessa hipótese supunham que determinados materiais brutos conteriam
um "princípio ativo", isto é, uma "força" capaz de comandar
uma série de reações que culminariam com a súbita transformação do material
inanimado em seres vivos.
O grande poeta romano Virgílio (70 a.C.-19
a.C.), autor das Écoglas e da Eneida, garantia que moscas e abelhas
nasciam de cadáveres em putrefação. Já na Idade Média, Aldovandro afirmava que,
o lodo do fundo das lagoas, poderiam, nascer patos e
morcegos. O padre Anastásio Kircher (1627-1680), professor de Ciência do
Colégio Romano, explicava a seus alunos que do pó de cobra, espalhado pelo
chão, nasceriam muitas cobras.No século XVII, o naturalista Jan Baptiste van
Helmont (1577-1644), de origem belga, ensinava como produzir ratos e escorpiões
a partir de uma camisa suada, germe de trigo e queijo.
Nesse mesmo século, começaram a surgir
sábios com novas idéias, que não aceitavam a abiogênese e procuravam
desmascará-la, com suas experiências baseadas no método científico.
Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco
Redi (elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da
geração espontânea. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando
alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em
decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos
abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros
"vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento
disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à
carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam
. Redi, então, isolou alguns dos "vermes" que surgiram no
interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após
consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis,
assumindo um aspecto ovalado, terminando por desenvolver cascas externas duras
e resistentes. Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada
unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam
pousado sobre a carne em putrefação.
A experiência de Redi favoreceu a biogênese, teoria segundo a qual a vida se origina somente de outra vida preexistente.
Quando Anton van Leeuwenhoek (1632-1723), na Holanda,
construindo microscópios, observou pela primeira vez os micróbios, reavivou a
polêmica sobre a geração espontânea, abalando seriamente as afirmações de Redi.
Foi na Segunda metade do século passado que a
abiogênese sofreu seu golpe final. Louis Pasteur (1822-1895), grande cientista
francês, preparou um caldo de carne, que é excelente meio de cultura para
micróbios, e submeteu-o a uma cuidadosa técnica de esterilização, com
aquecimento e resfriamento. Hoje, essa técnica é conhecida como
"pasteurização".
Uma vez esterilizado, o caldo de carne era conservado
no interior de um balão "pescoço de cisne".
Devido ao longo gargalo do balão de vidro, o ar
penetrava no balão, mas as impurezas ficavam retidas na curva do gargalo.
Nenhum microrganismo poderia chegar ao caldo de carne. Assim, a despeito de
estar em contato com o ar, o caldo se mantinha estéril, provando a inexistência
da geração espontânea. Muitos meses depois, Pasteur exibiu seu material na
Academia de Ciências de Paris. O caldo de carne estava perfeitamente estéril.
Era o ano de 1864. A geração espontânea estava completamente desacreditada.
Pasteur resolveu uma questão, mas provocou outra: se
os organismos vivos são originados apenas a partir de outros organismos vivos, como surgiu, então, o primeiro deles?
Desmoralizada a teoria da abiogênese, confirmou-se a idéia de Prayer: Omne
vivium ex vivo, que se traduz por "todo ser vivo é proveniente de
outro ser vivo".
Tentou-se, então, explicar o aparecimento dos
primeiros seres vivos na Terra a partir dos cosmozoários, que
seriam microrganismos flutuantes no espaço cósmico. Mas existem provas
concretas de que isso jamais poderia ter acontecido. Tais seres seriam
destruidor pelos raios cósmicos e ultravioleta que varrem continuamente
o espaço sideral.
Em 1936, Alexander Oparin propõe uma nova explicação
para o origem da vida. Sua hipótese se resume nos
seguintes fatos:
Oparin não teve condições de provar sua hipótese. Mas,
em 1953, Stanley Miller, na Universidade de Chigago, realizou em laboratório
uma experiência. Colocou num balão de vidro: metano, amônia, hidrogênio e
vapor de água. Submeteu-os a aquecimento prolongado. Uma centelha elétrica
de alta tensão cortava continuamente o ambiente onde estavam contidos os gases.
Ao fim de certo tempo, Miller comprovou o aparecimento de moléculas de aminoácido
no interior do balão, que se acumulavam no tubo em U.
Pouco tempo depois, em 1957, Sidney Fox submeteu uma
mistura de aminoácidos secos a aquecimento prolongado e demonstrou que eles
reagiam entre si, formando cadeias peptídicas, com o aparecimento de moléculas
protéicas pequenas.
As experiências de Miller e Fox comprovaram a
veracidade da hipótese de Oparin.
Atualmente a teoria da Panspermia Cósmica vem sendo reavivada
pelos estudos que mostram a possibilidade da condução de estruturas vivas em
meteoros congelados e por questionamentos a respeito da teoria Heterotrófica
(veja abaixo).
Essa teoria nos leva a pensar que se verdadeira, então
provavelmente a vida foi semeada também em muitos outros planetas. Resolve o questionamento
sobre o surgimento da vida na Terra, mas ainda não resolve a pergunta inicial:
como originou-se o primeiro ser vivo? nossa
dificuldade no entendimento de certas questões básicas relativas à
Panspermia (Como a vida poderia sobreviver à radiação emitida pelas estrelas e
presente por toda Galáxia?; Como a vida poderia ter "viajado" até
nosso planeta?; etc.) No século passado a idéia "panspermica"
resurgiu com força. Algumas teorias espetaculosas, tal como a "Panspermia
Dirigida" de Francas Circo e Lesei Orle, foram
muito discutidas, principalmente por seu forte apelo entre os amantes da ficção
científica. Segundo esses autores, seres inteligentes pertencentes a outros
sistemas planetários, teriam colonizado a Terra e provávelmente outros planetas.
O grande argumento a favor dessa teoria estaria no fato do molibdênio, elemento
raro no nosso planeta, ser essencial para o funcionamento de muitos
enzimas chave do metabolismo dos seres vivos.
A
Nova Panspermia
Fred Hoyle foi um dos maiores defensores da
Panspermia. Juntamente com Chandra Wickramasinghe, formulou a "Nova
Panspermia", teoria segundo a qual vida se encontra espalhada por todo o
universo. "Esporos de vida" fazem parte das nuvens interestelares e
chegam a planetas próximos às estrelas, abrigados no núcleo de cometas. Esses
"esporos" já conteriam códigos que regeriam seus desenvolvimentos
futuros.
Uma
teoria para ser científica, deve, pelo menos em princípio, poder ser verificada
na prática.
Hoyle e Wickramasinghe, e agora apenas Wickramasinghe,
têm procurado identificar os componentes presentes na poeira interestelar,
através de "traços" que esses componentes possam ter deixado na
radiação infravermelha emitida por essa poeira ou na absorção da luz visível
que atravessa essas nuvens.
Através dessas análises, na década de 70, constataram
a presença de "polímeros" complexos, especialmente moléculas de
"poliformaldeídos" no espaço. (Essas moléculas estão fortemente
relacionadas à celulose.) Hoyle e Wickramasinghe se convenceram que polímeros
orgânicos representam uma fração significativa da poeira interestelar.
E seriam os cometas os semeadores desses esporos de
vida através do universo?
A análise de meteoritos procurando a identificação de
"vida fossilizada", tal como foi amplamente divulgada na década
passada através dos estudos realizados sobre o meteorito de nome EETA79001 (de
origem provável de Marte), está ainda longe de nos dar resultados conclusivos.
Mas essa questão pode estar próxima de ser
definitavamente respondida. A "Agência Espacial Norte Americana"
(NASA), através do programa "Stardust", pretende, ainda na década
atual, colher e analisar amostras de núcleos cometários. Será a constatação
"in loco" da existência ou não de vida nos cometas.
A primeira possível identificação de vida microscópica
extraterrestre, entretanto, foi divulgada em julho passado. Falando em um
congresso de especialistas em San Diego (EUA), Wickramasinghe apresentou
resultados da análise de amostras de ar da estratosfera, colhidas por balões da
"Organização de Pesquisas Espaciais Indiana" (ISRO).
Segundo Wickramasinghe, foram
encontradas evidências muito fortes da presença de vida microscópica à altura
de 41 km do solo; bem acima do limite máximo (16 km) onde é admitido o alcance
natural de ar e outros materiais das camadas mais baixas da atmosfera.
Esses resultados atendem à Nova Panspermia. Vida na
Terra não apenas teria chegado "a bordo" de cometas e material
cometário, há bilhões de anos atrás, mas continua ainda hoje nos alcançando em grande
quantidade.
Até hoje não existe uma resposta científica definitiva
sobre a origem da vida no planeta. A primeira idéia foi a de que a vida teria
vindo do espaço, fruto de uma "semente" de outro planeta. Hoje a
hipótese mais difundida é a da origem terrestre. A vida surge há cerca de 3,5
bilhões de anos quando o planeta tem uma composição e atmosfera
bem diferentes das atuais. As primeiras formas surgem em uma espécie de
caldo de cultura resultante de complexas reações químicas e de radiação
cósmica.
Assim como explicar "o que é a vida" é ainda
mais obscuro para a Biologia explicar "como surgiu a vida".
Existem várias teorias que buscam esclarecer como isso
ocorreu. Algumas delas convivem atualmente e não há como comprová-las ou
refutá-las. Outras teorias, como a da Geração Espontânea
tiveram grande valor e impacto na época em que foram divulgadas, mas
hoje já foi provado que partem de premissas equivocadas.
http://www.vestibular1.com.br acessado em 10/03/05
http://www.almedauniversity.org acessado em 10/03/05
Lopes ,Saraiva.
Bio.- Vol. Único. São Paulo: Editora Saraiva