Centro de Ensino Médio Setor Leste
Aluna: Mariana Rocha Siqueira - 1º “ A”
Número 37
Microbiologia não é só conteúdo de laboratório
ou um assunto relacionado apenas a doenças. No universo dos microrganismos,
apenas 2% são patogênicas. Os outros 98% estão espalhados
pelo ar, pela terra e pela água e são fundamentais para o equilíbrio
do meio ambiente. Mesmo assim, o tema aparece pouco na sala de aula. "Os
projetos de educação ambiental costumam estar desvinculados da
microbiologia. Quando trabalham o lixo ou a poluição, por exemplo,
os professores acabam não abordando os malefícios que esses problemas
podem causar para uma população de microorganismos responsáveis
pela fotossíntese", explica Maria Lígia Carvalhal, professora
do ICB e coordenadora do projeto.
“ O motivo desse desprezo por vírus, fungos, bactérias e
protozoários, explica Maria Lígia, chega a ser óbvio: trata-se
de um mundo invisível a olho nu. “É mais fácil ver
peixe boiando ou baleia encalhada do que convencer alguém de que a vida
desses microrganismos é importante para o equilíbrio da natureza”.
Organismos microscópios são responsáveis por atividades
essenciais à sobrevivência de todos os seres vivos. Micróbios
produzem oxigênio, além de fixarem e reciclarem nitrogênio
e carbono que, de outro modo, não estariam disponíveis para o
corpo humano. Nada mais justo então do que evocar o mundo microbiano
para tentar explicar questões fundamentais para a humanidade, ao invés
da recorrente ênfase nos seres 'grandes'.
Há muito, a Microbiologia deixou de ser tema restrito apenas às
salas de aula ou a laboratórios de pesquisa para ser tema relacionado
às questões básicas de cidadania, envolvendo o meio ambiente,
o cotidiano, a higiene, a maternidade, a empregada, o faxineiro, o engenheiro,
o político, etc.
Não são poucas as pessoas que mantêm a idéia errada
de que todos os micróbios são prejudiciais ao ser humano e que
uma grande vitória seria alcançada se pudéssemos eliminar
todos eles da face da Terra. Que enorme engano! Mesmo se fosse possível
tal façanha, que grande equívoco estaríamos cometendo!
Hoje sabemos que o número de micróbios do qual dependemos para
sobreviver é muito maior do que o pequeno número de micróbios
(menos que 2%) capazes de nos tornar doentes.
A microbiologia está diariamente presente nos nossos hábitos domésticos:
quando lavamos e preservamos os nossos alimentos, quando limpamos os nossos
banheiros, ao lavarmos as mãos, ao tratarmos um cachorro, ao escovarmos
os dentes, ao acondicionarmos o lixo doméstico e mesmo quando preparamos
um iogurte ou bebemos um bom vinho.
Alguns esclarecimentos sobre os microrganismos poderão tornar mais fácil
o entendimento sobre as questões relacionadas com o dia a dia. Os grupos
de microrganismos mais estudados são as bactérias, as algas, os
fungos, os protozoários e os vírus.
A palavra "micro" é originada da língua grega (mikrós,
á, ón) e quer dizer pequeno, curto, fraco. Como o próprio
nome sugere, os micróbios são seres extremamente pequenos, com
tamanho médio em torno de 1 µ ( um micron), que é a milésima
parte do milímetro. Por esta razão, os micróbios não
podem ser vistos sem o auxílio de um microscópio. Imagine que,
para preencher o pingo da letra "i" são necessárias
pelo menos 500 bactérias de 1mm de comprimento!
A maior parte dos microrganismos é formada por uma única célula.
As células constituem a unidade básica estrutural e funcional
de tudo o que é considerado vivo. Os Vírus, apesar de constituírem
entidades não celulares, são parasitas intracelulares obrigatórios.
Já que, apesar de acelulares, se comportam como seres vivos quando conseguem
penetrar em uma célula viva, os vírus também são
estudados na Microbiologia.