Centro de Ensino Setor Leste
Disciplina: Biologia
Educandos: Ísis
Grezihara
Felipe
Série / Turma: 1º K
Introdução
Para a ciência, nenhuma teoria é considerada absolutamente verdadeira,
mas todas as teorias, cientificamente aceitas, passaram por exaustivos testes
e experimentações a procura de falhas e se mantiveram como uma
das melhores explicações para cada fenômeno estudado.
O conhecimento científico não é determinado por nenhuma
autoridade, não depende de habilidades extraordinárias de nenhum
dos cientistas, mas ele depende sim da interação e cooperação
de indivíduos que tem independência de julgamento e liberdade de
pensar e que não estão subordinados a pareceres religiosos ou
idéias metafísicas quaisquer.
Método Científico
O Método Científico é um conjunto de regras básicas
para um cientista desenvolver uma experiência controlada para o bem da
ciência.
No método científico, a hipótese é o caminho que
deve levar à formulação de uma teoria. O cientista, na
sua hipótese, tem dois objetivos: explicar um fato e prever outros acontecimentos
dele decorrentes. A hipótese deverá ser testada em experiências
laboratoriais controladas e, se os resultados obtidos pelos pesquisadores comprovarem
perfeitamente a hipótese, então ela será aceita como uma
teoria.
Método, entre outras coisas, significa caminho para chegar a um fim ou
pelo qual se atinge um objetivo. Pode-se afirmar que é o caminho trilhado
pelo cientista quando em busca de "verdades" científicas.
Afirma-se, com grande freqüência, que o cientista é aquele
que se utiliza o método científico. Os que aceitam esta verdade,
e há muitos que o fazem, devem procurar uma conceituação
para método científico diferente da exposta no parágrafo
anterior, sob pena de andarem em círculo. Sendo assim, adotou-se a idéia
de método científico como caminho trilhado pelo cientista.
Fases do Método Científico
1. Observação do Fenômeno: O fenômeno é observado
e desenvolve-se a curiosidade em relação a ele.
2. Experimentação e Medição: Provoca-se o mesmo
fenômeno várias vezes, registrando-se todas as possíveis
variações e valores relacionados a ele. Nessa fase são
feitas cuidadosas medições.
3. Estabelecimento de Leis Científicas: Depois da análise dos
dados da experimentação, conclui-se uma Lei Científica,que
é uma generalização que relaciona os dados que foram estudados.
É importante notar que a Lei Científica não é a
explicação do porquê daquilo, mas apenas uma descrição
(de preferência matemática) do fenômeno.
4. Criação de Hipóteses: Imagina-se explicações
para o fenômeno e sua lei. A procura da explicação (do porquê)
leva, muitas vezes à criação de um Modelo. A hipótese
ou modelo mais simples e elegante é escolhido como provável explicação
para o fenômeno estudado.
Um modelo é uma descrição formal de um fenômeno,
uma maneira de entender o fenômeno, que é capaz de fazer predições.
5. Teste das Hipóteses: A hipótese escolhida deve explicar novas
observações e novos fenômenos. O modelo relacionado à
esta hipótese deve ser capaz de fazer previsões sobre fenômenos
que ainda vão ocorrer.
Se a hipótese estiver errada, dependendo do grau de erro, ela deve ser
melhorada, parcialmente corrigida ou abandonada (trocada por outra hipótese).
6. Estabelecimento de uma Tese: Se a hipótese é comprovada pelos
testes, ela se torna uma tese. Uma tese é uma hipótese comprovada.
A partir de teses também se cria modelos.
7. Criação de uma Teoria: Uma teoria é um conjunto de teses
que explicam um mesmo fenômeno ou alguns fenômenos relacionados
entre si e que já foi testada e comprovada em um grande número
de experiências.
Os cientistas criam, então, um conjunto de teorias baseadas nesses estudos
e observações, e essas teorias são sujeitadas a uma seleção
natural, até que se chegue a uma explicação satisfatória
para os fatos observados. Essa teoria deve ser consistente com os fatos. Deve
poder prever que, em condições e situações idênticas,
os resultados esperados devem se repetir. Qualquer pessoa, tendo acesso aos
experimentos, deve poder obter os mesmos resultados independentemente.
Conclusão
Teorias baseadas em misticismo, que subsistem através de dogmas de fé,
crivadas de superstições, não podem fornecer resultados
nem aplicações. É o caso de toda Teoria Criacionista, onde
um ser sobrenatural criou o Universo e a vida. Em contrapartida, temos duas
teorias científicas: O Big Bang, a teoria mais aceita no meio científico
para explicar o surgimento do Universo; e a Teoria da Evolução,
que nos convida a entender como, através de passos simples e bem compreendidos,
a vida surgiu na Terra há mais de 3,5 bilhões de anos e vem evoluindo
através da seleção natural cumulativa.
Os métodos científicos são impessoais e objetivos. Desta
forma, são inadmissíveis explicações metafísica
subjetivas, baseadas em experiências pessoais e em paixões.
Um cientista não deve assumir saber a verdade sobre o que tenta explicar
a priori. Quem assume que já possui a verdade sobre alguma coisa antes
de investigar, tem seu poder de avaliação dos fatos comprometido
com idéias pré-estabelecidas, o que acaba prejudicando seu julgamento.
Preconceitos nunca são bem vindos quando se buscam explicações.
Quando estão ainda em desenvolvimento, teorias científicas não
passam muitas vezes de palpites. As informações são geralmente
limitadas e escassas. Mas com o passar do tempo, através de testes de
cada hipótese, reformulações e analises, a teoria vai tomando
forma, até que seja confirmada. Então, a teoria leva a uma concordância
com as experiências, pode ser repetida por outros, e pode fazer predições
úteis. Se não se demonstrar verdadeira, o cientista não
deve se apegar a sua teoria.
Diferentemente do que querem os que atacam os métodos científicos,
teorias científicas não são meros palpites ou especulações.
Como analisamos no caso da Teoria da Evolução, uma teoria deve
se prestar a explicar as observações e deve poder fazer predições,
tendo como conseqüência de sua legitimidade a sua aplicação
e aceitação.
Referências Bibliográficas
CISCATO, Carlos Alberto Mattoso e outros. Vivendo Ciências. 1ª Edição.
São Paulo. FTD, 2002.
LIMA, M. E., AGUIAR, O. G. e BRAGA., S. A. Aprender Ciências –
Um
mundo de materiais. Belo Horizonte, Editora UFMG, 1999.