Centro de ensino médio setor leste
Nome: Rejane oliveira de Araújo turma: 1º “D”
Professor: João Couto
Sobre o método científico
Segundo Karl Popper, uma teoria científica é um modelo matemático
que
descreve e codifica as observações que fazemos. Assim, uma boa
teoria deverá
descrever uma vasta série de fenômenos com base em alguns postulados
simples
como também deverá ser capaz de fazer previsões claras
as quais poderão ser
testadas.
Se as observações concordarem com as previsões, a teoria
se mantém apesar de
ainda poder está errada por causa da descoberta de novos fatos. Se, no
entanto, as observações não concordarem com as previsões
é necessário
modificar a teoria ou descartá-la de uma vez.
A ciência tem regras que garantem certa confiabilidade a suas idéias,
tal
como a que segue:
"Se um determinado fenômeno se repetiu, sempre que pesquisado em
dadas
condições, é de se supor que em futuras verificações
o mesmo suceda se as
condições forem reproduzidas."
De acordo com Francis Bacon (1561-1626):
Não existe conhecimento científico sem experimentos que não
possam ser
repetidos
Outra regra muito importante do método científico é a
denominada Navalha de
Ockham ou Lei da Parcimônia proposta pelo filósofo inglês
William de Ockham
(1285-1349), a qual afirma que, quando existem várias formas de explicar
algo, é intuitivamente mais lógico escolher a forma mais simples
como a
melhor forma de explicar.
Esta proposta foi publicada em seu trabalho tal como segue abaixo:
É desnecessário fazer com mais o que se pode fazer com menos.
O essencial não deve ser multiplicado sem necessidade.
Outra regra do método científico, segundo Descartes:
Jamais aceitar alguma coisa como verdadeira, se isto não for evidente.
Caso a coisa não se apresente clara sem deixar margem a qualquer sombra
dúvida, ela não pode ser considerada como verdadeira. Esta é
uma regra
exclusiva, caso a proposição não atenda a condição
de verdade evidente, deve
ser imediatamente excluída.
O método científico consiste de sistemáticas criticas
para localizar erros,
dificuldades e contradições de uma teoria. Para a ciência
nenhuma teoria é
considerada absolutamente verdadeira, mas todas as teorias cientificamente
aceitas passaram por exaustivos testes e experimentações a procura
de falhas
e se mantiveram como uma das melhores explicações para cada fenômeno
estudado. O conhecimento científico não é determinado por
nenhuma
autoridade, não depende de habilidades extraordinárias de nenhum
dos
cientistas, mas ele depende sim da interação e cooperação
de indivíduos que
tem independência de julgamento e liberdade de pensar e que não
estão
subordinados a pareceres religiosos ou idéias metafísicas quaisquer.
De acordo com Carl Sagan em seu livro O Mundo Assombrado pelo Demônio
os
seguintes passos pode servir como uma ferramenta importante para reconhecer
argumentos falaciosos ou fraudulentos:
Sempre que possível, deve haver confirmação independente dos "fatos"
Devemos estimular um debate substantivo sobre as evidências, do qual
participarão notórios partidários de todos os pontos de
vista.
Os argumentos de autoridade têm pouca importância - as "autoridades"
cometeram erros no passado. Voltarão a cometer no futuro (na ciência
não
existem autoridades, quando muito, há especialistas)
Devemos considerar mais de uma hipótese. Se alguma coisa deve ser
explicada, é preciso pensar em todas as maneiras diferentes pelas quais
poderia ser explicada. A hipótese que sobreviver a todas as refutações
tem
uma chance melhor de ser a resposta correta do que se tivéssemos adotado
a
primeira idéia que veio a cabeça
Devemos tentar não ficar demasiado ligados a uma hipótese, só
por ser a
nossa. Devemos compará-la imparcialmente com as alternativas. Devemos
verificar se é possível encontrar razões para rejeitá-la
Devemos quantificar. Se o que estiver sendo explicado é passível
de
medição, de ser relacionado a alguma quantidade numérica,
assim seremos
muito mais capazes de discriminar entre as hipóteses concorrentes. O
que é
vago e qualitativo é suscetível de muitas explicações
Se há uma cadeia de argumentos, todos os elos na cadeia devem funcionar
(inclusive a premissa) - e não apenas a maioria deles.
A Navalha de Occam. Essa maneira prática e conveniente de proceder
nos
incita a escolher a mais simples dentre duas hipóteses que explicam os
dados
com igual eficiência
Devemos sempre perguntar se a hipótese pode ser, pelo menos em princípio,
falseada. As proposições que não podem ser testadas ou
falseadas não valem
grande coisa. Devemos poder verificar as afirmativas
A confiança em experimentos cuidadosamente planejados e controlados
é de
suma importância. Os experimentos de controle são essenciais. Por
exemplo,
se alegam que um novo remédio cura uma doença em 20% dos casos,
temos de nos
assegurar se uma população de controle, ao tomar um placebo pensando
que
ingere a nova droga, também não experimenta cura espontânea
da doença em 20
% das vezes
As variáveis devem ser separadas (cada droga deve ser ministrada
isoladamente para poder ser avaliada sua contribuição real na
cura)
Freqüentemente os experimentos devem ser realizados pelo método
"duplo
cego" (nem os cientistas nem as cobaias sabem quem está tomando
a droga ou o
placebo), para que aqueles que aguardam uma certa descoberta não fiquem
na
posição potencialmente comprometedora de avaliar os resultados,
pois este
conhecimento poderia influenciar sua decisão, ainda que inconscientemente