Centro de Ensino Médio Setor Leste
Disciplina: Biologia
Prof: João Couto
Alunos: Diego Henrique, Rômulo Siqueira, Ricardo
Serie: 1º ano “A”
Introdução
Nesse trabalho iremos abordar a história da Ecologia dês de o inicio até os tempos modernos destacando os fatos mais historicamente importantes.
Ecologia
Durante muito tempo desconhecida do grande público e relegada à
segundo plano por muitos cientistas, a ecologia surgiu no século XX como
um dos mais populares aspectos da biologia. Isto porque tornou-se evidente que
a maioria dos problemas que o homem vem enfrentando, como crescimento populacional,
poluição ambiental, fome e todos os problemas sociológicos
e políticos atuais, são em grande parte ecológicos.
A palavra ecologia do grego oikos, "casa" foi cunhada no século
XIX pelo zoólogo alemão Ernst Haeckel, para designar a "relação
dos animais com seu meio ambiente orgânico e inorgânico". A
expressão meio ambiente inclui tanto outros organismos quanto o meio
físico circundante. Envolve relações entre indivíduos
de uma mesma população e entre indivíduos de diferentes
populações. Essas interações entre os indivíduos,
as populações e os organismos e seu ambiente formam sistemas ecológicos,
ou ecossistemas. A ecologia também já foi definida como "o
estudo das inter-relações dos organismos e seu ambiente, e vice-versa",
como "a economia da natureza", e como "a biologia dos ecossistemas".
Histórico. A ecologia não tem um início muito bem delineado.
Encontra seus primeiros antecedentes na história natural dos gregos,
particularmente em um discípulo de Aristóteles, Teofrasto, que
foi o primeiro a descrever as relações dos organismos entre si
e com o meio. As bases posteriores para a ecologia moderna foram lançadas
nos primeiros trabalhos dos fisiologistas sobre plantas e animais.
O aumento do interesse pela dinâmica das populações recebeu
impulso especial no início do século XIX e depois que Thomas Malthus
chamou atenção para o conflito entre as populações
em expansão e a capacidade da Terra de fornecer alimento. Raymond Pearl,
A. J. Lotka, e Vito Volterra desenvolveram as bases matemáticas para
o estudo das populações, o que levou a experiências sobre
a interação de predadores e presas, as relações
competitivas entre espécies e o controle populacional. O estudo da influência
do comportamento sobre as populações foi incentivado pelo reconhecimento,
em 1920, da territorialidade dos pássaros. Os conceitos de comportamento
instintivo e agressivo foram lançados por Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen,
enquanto V. C. Wynne-Edwards estudava o papel do comportamento social no controle
das populações.
No início e em meados do século XX, dois grupos de botânicos,
um na Europa e outro nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de dois
diferentes pontos de vista. Os botânicos europeus se preocuparam em estudar
a composição, a estrutura e a distribuição das comunidades
vegetais, enquanto os americanos estudaram o desenvolvimento dessas comunidades,
ou sua sucessão. As ecologias animal e vegetal se desenvolveram separadamente
até que os biólogos americanos deram ênfase à inter-relação
de comunidades vegetais e animais como um todo biótico.
Alguns ecologistas se detiveram na dinâmica das comunidades e populações,
enquanto outros se preocuparam com as reservas de energia. Em 1920, o biólogo
alemão August Thienemann introduziu o conceito de níveis tróficos,
ou de alimentação, pelos quais a energia dos alimentos é
transferida, por uma série de organismos, das plantas verdes (produtoras)
aos vários níveis de animais (consumidores). Em 1927, C. S. Elton,
ecologista inglês especializado em animais, avançou nessa abordagem
com o conceito de nichos ecológicos e pirâmides de números.
Dois biólogos americanos, E. Birge e C. Juday, na década de 1930,
ao medir a reserva energética de lagos, desenvolveram a idéia
da produção primária, isto é, a proporção
na qual a energia é gerada, ou fixada, pela fotossíntese.
A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o desenvolvimento, pelo
americano R. L. Lindeman, do conceito trófico-dinâmico de ecologia,
que detalha o fluxo da energia através do ecossistema. Esses estudos
quantitativos foram aprofundados pelos americanos Eugene e Howard Odum. Um trabalho
semelhante sobre o ciclo dos nutrientes foi realizado pelo australiano J. D.
Ovington.
O estudo do fluxo de energia e do ciclo de nutrientes foi estimulado pelo desenvolvimento
de novas técnicas -- radioisótopos, microcalorimetria, computação
e matemática aplicada -- que permitiram aos ecologistas rotular, rastrear
e medir o movimento de nutrientes e energias específicas através
dos ecossistemas. Esses métodos modernos deram início a um novo
estágio no desenvolvimento dessa ciência -- a ecologia dos sistemas,
que estuda a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas.
Conceito unificador. Até o fim do século XX, faltava à
ecologia uma base conceitual. A ecologia moderna, porém, passou a se
concentrar no conceito de ecossistema, uma unidade funcional composta de organismos
integrados, e em todos os aspectos do meio ambiente em qualquer área
específica. Envolve tanto os componentes sem vida quanto os vivos através
dos quais ocorrem o ciclo dos nutrientes e os fluxos de energia. Para realizá-los,
os ecossistemas precisam conter algumas inter-relações estruturadas
entre solo, água e nutrientes, de um lado, e entre produtores, consumidores
e decomponentes, de outro.
Os ecossistemas funcionam graças à manutenção do
fluxo de energia e do ciclo de materiais, desdobrado numa série de processos
e relações energéticas, chamada cadeia alimentar, que agrupa
os membros de uma comunidade natural. Existem cadeias alimentares em todos os
habitats, por menores que sejam esses conjuntos específicos de condições
físicas que cercam um grupo de espécies. As cadeias alimentares
costumam ser complexas, e várias cadeias se entrecruzam de diversas maneiras,
formando uma teia alimentar que reproduz o equilíbrio natural entre plantas,
herbívoros e carnívoros.
Os ecossistemas tendem à maturidade, ou estabilidade, e ao atingi-la
passam de um estado menos complexo para um mais complexo. Essa mudança
direcional é chamada sucessão. Sempre que um ecossistema é
utilizado, e que a exploração se mantém, sua maturidade
é adiada.
A principal unidade funcional de um ecossistema é sua população.
Ela ocupa um certo nicho funcional, relacionado a seu papel no fluxo de energia
e ciclo de nutrientes. Tanto o meio ambiente quanto a quantidade de energia
fixada em qualquer ecossistema são limitados. Quando uma população
atinge os limites impostos pelo ecossistema, seus números precisam estabilizar-se
e, caso isso não ocorra, devem declinar em conseqüência de
doença, fome, competição, baixa reprodução
e outras reações comportamentais e psicológicas. Mudanças
e flutuações no meio ambiente representam uma pressão seletiva
sobre a população, que deve se ajustar. O ecossistema tem aspectos
históricos: o presente está relacionado com o passado, e o futuro
com o presente. Assim, o ecossistema é o conceito que unifica a ecologia
vegetal e animal, a dinâmica, o comportamento e a evolução
das populações.
Áreas de estudo. A ecologia é uma ciência multidisciplinar,
que envolve biologia vegetal e animal, taxonomia, fisiologia, genética,
comportamento, meteorologia, pedologia, geologia, sociologia, antropologia,
física, química, matemática e eletrônica. Quase sempre
se torna difícil delinear a fronteira entre a ecologia e qualquer dessas
ciências, pois todas têm influência sobre ela. A mesma situação
existe dentro da própria ecologia. Na compreensão das interações
entre o organismo e o meio ambiente ou entre organismos, é quase sempre
difícil separar comportamento de dinâmica populacional, comportamento
de fisiologia, adaptação de evolução e genética,
e ecologia animal de ecologia vegetal.
A ecologia se desenvolveu ao longo de duas vertentes: o estudo das plantas e
o estudo dos animais. A ecologia vegetal aborda as relações das
plantas entre si e com seu meio ambiente. A abordagem é altamente descritiva
da composição vegetal e florística de uma área e
normalmente ignora a influência dos animais sobre as plantas. A ecologia
animal envolve o estudo da dinâmica, distribuição e comportamento
das populações, e das inter-relações de animais
com seu meio ambiente. Como os animais dependem das plantas para sua alimentação
e abrigo, a ecologia animal não pode ser totalmente compreendida sem
um conhecimento considerável de ecologia vegetal. Isso é verdade
especialmente nas áreas aplicadas da ecologia, como manejo da vida selvagem.
A ecologia vegetal e a animal podem ser vistas como o estudo das inter-relações
de um organismo individual com seu ambiente, ou como o estudo de comunidades
de organismos.
A auto-ecologia, ou estudo clássico da ecologia, é experimental
e indutiva. Por estar normalmente interessada no relacionamento de um organismo
com uma ou mais variáveis, é facilmente quantificável e
útil nas pesquisas de campo e de laboratório. Algumas de suas
técnicas são tomadas de empréstimo da química, da
física e da fisiologia. A auto-ecologia contribuiu com pelo menos dois
importantes conceitos: a constância da interação entre um
organismo e seu ambiente, e a adaptabilidade genética de populações
às condições ambientais do local onde vivem.
A sinecologia é filosófica e dedutiva. Largamente descritiva,
não é facilmente quantificável e contém uma terminologia
muito vasta. Apenas recentemente, com o advento da era eletrônica e atômica,
a sinecologia desenvolveu os instrumentos para estudar sistemas complexos e
dar início a sua fase experimental. Os conceitos importantes desenvolvidos
pela sinecologia são aqueles ligados ao ciclo de nutrientes, reservas
energéticas, e desenvolvimento dos ecossistemas. A sinecologia tem ligações
estreitas com a pedologia, a geologia, a meteorologia e a antropologia cultural.
A sinecologia pode ser subdividida de acordo com os tipos de ambiente, como
terrestre ou aquático. A ecologia terrestre, que contém subdivisões
para o estudo de florestas e desertos, por exemplo, abrange aspectos dos ecossistemas
terrestres como microclimas, química dos solos, fauna dos solos, ciclos
hidrológicos, ecogenética e produtividade.
Os ecossistemas terrestres são mais influenciados por organismos e sujeitos
a flutuações ambientais muito mais amplas do que os ecossistemas
aquáticos. Esses últimos são mais afetados pelas condições
da água e possuem resistência a variáveis ambientais como
temperatura. Por ser o ambiente físico tão importante no controle
dos ecossistemas aquáticos, dá-se muita atenção
às características físicas do ecossistema como as correntes
e a composição química da água. Por convenção,
a ecologia aquática, denominada limnologia, limita-se à ecologia
de cursos d'água, que estuda a vida em águas correntes, e à
ecologia dos lagos, que se detém sobre a vida em águas relativamente
estáveis. A vida em mar aberto e estuários é objeto da
ecologia marinha.
Outras abordagens ecológicas se concentram em áreas especializadas.
O estudo da distribuição geográfica das plantas e animais
denomina-se geografia ecológica animal e vegetal. Crescimento populacional,
mortalidade, natalidade, competição e relação predador-presa
são abordados na ecologia populacional. O estudo da genética e
a ecologia das raças locais e espécies distintas é a ecologia
genética. As reações comportamentais dos animais a seu
ambiente, e as interações sociais que afetam a dinâmica
das populações são estudadas pela ecologia comportamental.
As investigações de interações entre o meio ambiente
físico e o organismo se incluem na ecoclimatologia e na ecologia fisiológica.
A parte da ecologia que analisa e estuda a estrutura e a função
dos ecossistemas pelo uso da matemática aplicada, modelos matemáticos
e análise de sistemas é a ecologia dos sistemas. A análise
de dados e resultados, feita pela ecologia dos sistemas, incentivou o rápido
desenvolvimento da ecologia aplicada, que se ocupa da aplicação
de princípios ecológicos ao manejo dos recursos naturais, produção
agrícola, e problemas de poluição ambiental.
Movimento ecológico. A intervenção do homem no meio ambiente
ao longo da história, principalmente após a revolução
industrial, foi sempre no sentido de agredir e destruir o equilíbrio
ecológico, não raro com conseqüências desastrosas.
A ação das queimadas, por exemplo, provoca o desequilíbrio
da fauna e da flora e modifica o clima. Várias espécies de animais
foram extintas ou se encontram em risco de extinção em decorrência
das atividades do homem.
Já no século XIX se podia detectar a existência de graves
problemas ambientais, como mostram os relatos sobre poluição e
insalubridade nas fábricas e bairros operários. Encontram-se raciocínios
claros da vertente que mais tarde se definiria como ecologia social na obra
de economistas como Thomas Malthus, Karl Marx e John Stuart Mill, e de geógrafos
como Friedrich Ratzel e George P. Marsh. Mesmo entre os socialistas, porém,
predominava a crença nas possibilidades do industrialismo e a ausência
de preocupação com os limites naturais. Também contribuiu
o fato de a economia industrial não ter ainda revelado as contradições
ecológicas inerentes a seu funcionamento, evidenciadas no século
XX.
De fato, a maioria das teorias econômicas recentes traduz essa atitude
e raciocina como se a economia estivesse acima da natureza. A economia, no entanto,
pode até mesmo ser considerada apenas um capítulo da ecologia,
uma vez que se refere somente à ação material e à
demanda de uma espécie, o homem, enquanto a ecologia examina a ação
de todas as espécies, seus relacionamentos e interdependências.
A radicalização do impacto destrutivo do homem sobre a natureza,
provocada pelo desenvolvimento do industrialismo, inspirou, especialmente ao
longo do século XX, uma série de iniciativas. A mais antiga delas
é o conservacionismo, que é a luta pela conservação
do ambiente natural ou de partes e aspectos dele, contra as pressões
destrutivas das sociedades humanas. Denúncias feitas em congressos internacionais
geraram uma campanha em favor da criação de reservas de vida selvagem,
que ajudaram a garantir a sobrevivência de muitas espécies ameaçadas.
Existem basicamente três tipos de recursos naturais: os renováveis,
como os animais e vegetais; os não-renováveis, como os minerais
e fósseis; e os recursos livres, como o ar, a água, a luz solar
e outros elementos que existem em grande abundância. O movimento ecológico
reconhece os recursos naturais como a base da sobrevivência das espécies
e defende garantias de reprodução dos recursos renováveis
e de preservação das reservas de recursos não-renováveis.
No Brasil, o movimento conservacionista está razoavelmente estabelecido.
Em 1934, foi realizada no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, a I Conferência
Brasileira de Proteção à Natureza. Três anos mais
tarde criou-se o primeiro parque nacional brasileiro, na região de Itatiaia
RJ.
Além dos grupos conservacionistas, surgiu no movimento ecológico
um novo tipo de grupo, o dos chamados ecologistas. A linha divisória
entre eles nem sempre está bem demarcada, pois muitas vezes os dois tipos
de grupos se confundem em alguma luta específica comum. Os ecologistas,
porém, apesar de mais recentes, têm peso político cada vez
maior. Vertente do movimento ecológico que propõe mudanças
globais nas estruturas sociais, econômicas e culturais, esse grupo nasceu
da percepção de que a atual crise ecológica é conseqüência
direta de um modelo de civilização insustentável. Embora
seja também conservacionista, o ecologismo caracteriza-se por defender
não só a sobrevivência da espécie humana, como também
a construção de formas sociais e culturais que garantam essa sobrevivência.
Um marco nessa tendência foi a realização, em Estocolmo,
da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano,
em 1972, que oficializou o surgimento da preocupação ecológica
internacional. Seguiram-se relatórios sobre esgotamento das reservas
minerais, aumento da população etc., que tiveram grande impacto
na opinião pública, nos meios acadêmicos e nas agências
governamentais.
Em 1992, 178 países participaram da Conferência das Nações
Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro.
Embora com resultados muito aquém das expectativas dos ecologistas, foi
mais um passo para a ampliação da consciência ecológica
mundial. Aprovou documentos importantes para a conservação da
natureza, como a Convenção da Biodiversidade e a do Clima, a Declaração
de Princípios das Florestas e a Agenda 21.
A Agenda 21 é talvez o mais polêmico desses documentos. Tenta unir
ecologia e progresso num ambicioso modelo de desenvolvimento sustentável,
ou seja, compatível com a capacidade de sustentação do
crescimento econômico, sem exaustão dos recursos naturais. Prega
a união de todos os países com vistas à melhoria global
da qualidade de vida.
Conclusão
Podemos ver nesse trabalho que durante muito tempo à ecologia foi desconhecida pelo grande publico e deixada para segundo plano por alguns cientistas, mais com sua grande importância ela não poderia passar desconhecida nas nossas vidas. Esse trabalho enfatizou bastante a história da ecologia e ensina ao leitor um pouco sobre a mesma.
Bibliografia
Sites:
www.google.com
www.cade.com.br
Enciclopédias:
Enciclopédia Barsa
Almanaque Abril