Alunas: Leuda e Geane Turma 1º N
Sumário
  Ciclo Celular - meiose e mitose
  Ciclo celular
  Controle do ciclo celular
  Fatores do crescimento e do ciclo celular
  Mitose
  Fases da Mitose
  Atividade da síntese no ciclo celular
  Meiose
  
  CICLO CELULAR - MEIOSE E MITOSE.
  
  Sabemos que a reprodução é uma propriedade fundamental 
  das células. As células se reproduzem através da duplicação 
  de seus conteúdos e posterior divisão em duas células filhas, 
  este processo é a garantia de uma sucessão contínua de 
  células identicamente dotadas.
  Em organismos unicelulares, existe uma pressão seletiva para que cada 
  célula cresça e se divida o mais rápido possível, 
  porque a reprodução celular é responsável pelo aumento 
  do número de indivíduos. Nos organismos multicelulares, a produção 
  de novas células através da duplicação permite a 
  divisão do trabalho, no qual grupos de células tornam-se especializados 
  em determinada função.
  Essa multiplicação celular porém, tem que ser regulada 
  porque a formação de novas células tem que compensar a 
  perda de células pelos tecidos adultos. Um indivíduo adulto possui 
  10 x1013 , todas derivadas de uma única célula, o óvulo 
  fecundado. Mesmo em um organismo adulto, a multiplicação celular 
  é um processo contínuo. O homem possui 2,5x1013 eritrócitos, 
  cujo tempo de vida médio e de 107 segundos ( 120 dias ) para manter esses 
  níveis constantes são necessárias 2, 5 milhões de 
  novas células pôr segundo. Apesar de inúmeras variações 
  existentes, os diferentes tipos celulares apresentam um nível de divisão 
  tal que é ótimo para o organismo como um todo, porque o que interessa 
  é a sobrevivência do organismo como um todo e não de uma 
  célula individual. Como resultado as células de um organismo dividem-se 
  em níveis diferentes. Algumas, como os neurônios nunca se dividem. 
  Outras, como as epiteliais, dividem-se rápida e continuamente.
  
  CICLO CELULAR OU CICLO DE DIVISÃO CELULAR
  
  O ciclo celular compreende os processos que ocorrem desde a formação 
  de uma célula até sua própria divisão em duas células 
  filhas. A principal característica é sua natureza cíclica. 
  O estudo clássico da divisão celular estabelece duas etapas no 
  ciclo celular; de um lado aquela em que a célula se divide originando 
  duas células descendentes e que é caracterizada pela divisão 
  do núcleo (mitose ) e a divisão do citoplasma (citocinese). A 
  etapa seguinte, em que a célula não apresenta mudanças 
  morfológicas, é compreendida no espaço entre duas divisões 
  celulares sucessivas e foi denominada de interfase.
  Pôr muito tempo os citologistas preocuparam-se com o período de 
  divisão, e a interfase era considerada como uma fase de repouso. Mais 
  tarde observou-se, no entanto, que a interfase era uma fase de atividade biossintetica 
  intensa, durante a qual a célula duplica seu DNA e dobra de tamanho. 
  O estudo do ciclo celular sofreu uma revolução nos últimos 
  anos. No passado o ciclo era monitorado através de M.O e o foco de atenção 
  era a segregação dos cromossomos que é a parte microscopicamente 
  visível.
  Técnicas especiais de estudo como a raudiautografia permitiram demostrar 
  que a duplicação do DNA ocorre em determinado período da 
  interfase o que permitiu a divisão da interfase em 3 estágios 
  sucessivos, G1, S e G2, o que compreende em geral cerca de 90% do tempo do ciclo 
  celular.
  Onde G1 compreende o tempo decorrido entre o final da mitose e inicio da síntese. 
  O período S corresponde ao período de duplicação 
  do DNA e o período G2, o período entre o final da síntese 
  e o inicio da mitose.
  Período G1: Este período se caracteriza por uma intensa síntese 
  de RNA e proteínas, ocorrendo um marcante aumento do citoplasma da célula 
  - filha recém formada. É nesta fase que se refaz o citoplasma, 
  dividido durante a mitose.
  No período G1 a cromatina esta esticada e não distinguível 
  como cromossomos individualizados ao MO. Este é o estágio mais 
  variável em termos de tempo. Pode durar horas, meses ou anos. Nos tecidos 
  de rápida renovação, cujas células estão 
  constantemente em divisão, o período G1 é curto; como exemplo 
  temos o epitélio que reveste o intestino delgado, que se renova a cada 
  3 dias. Outro tecido com proliferação intensa é a medula 
  óssea, onde se formam hemácias e certos glóbulos brancos 
  do sangue. Todos estes tecidos são extremamente sensíveis aos 
  tratamentos que afetam a replicação do DNA (drogas e radiações 
  ), razão pela qual são os primeiros a lesados nos tratamentos 
  pela quimioterapia do câncer ou na radioterapia em geral. Outros tecidos 
  não manifestam tão rapidamente lesões por apresentarem 
  proliferação mais lenta, tal como ocorre na epiderme ( 20 dias 
  ) e no testículo (64 dias ).
  Tecidos cujas células se reproduzem muito raramente, como a fibra muscular, 
  ou que nunca se dividem, como os neurônios do tecido nervoso, o ciclo 
  celular esta interrompido em G1 em um ponto específico denominado G0.
  
  PERÍODOS: Este é o período de síntese. Inicialmente 
  a célula aumenta a quantidade de DNA polimerase e RNA e duplica seu DNA. 
  As duas cadeias que constituem a dupla hélice separam-se e cada nucleotídeo 
  serve de molde para a síntese de uma nova molécula de DNA devido 
  a polimerização de desoxinucleotídeos sobre o molde da 
  cadeia inicial, graças a atividade da DNA polimerase. Esta duplicação 
  obedece o pareamento de bases onde A pareia com T e C com G e como resultado 
  teremos uma molécula filha que é a replica da molécula 
  original. A célula agora possui o dobro de quantidade de DNA.
  O estudo das alterações provocadas no DNA por radiações 
  ultravioletas ou raio X, demonstrou que nem sempre o efeito dessas radiações 
  era letal. A analise deste fenômeno levou ao conhecimento de vários 
  tipos de mecanismos de reparação do DNA das células.
  Nas células normais as alterações produzidas por radiações 
  são reparadas antes de terem tempo de se transmitirem as células 
  - filhas. Este sistema possui grande importância na seleção 
  evolutiva das espécies, pois teriam uma condição essencial 
  para o desenvolvimento de organismos com quantidades cada vez maiores de DNA 
  e com maior número de células.
  
  PERÍODO G2: O período G2 representa um tempo adicional para o 
  crescimento celular, de maneira que a célula possa assegurar uma completa 
  replicação do DNA antes da mitose. Neste período ocorre 
  uma discreta síntese de RNA e proteínas essenciais para o inicio 
  da mitose. É considerado o segundo período de crescimento. Apesar 
  desta divisão nos períodos de crescimento, atualmente sabe-se 
  que ele é um processo continuo, sendo interrompido apenas brevemente 
  no período de mitose. A célula agora esta preparada para a mitose, 
  que é a fase final e microscopicamente visível do ciclo celular.
  
  CONTROLE DO CICLO CELULAR
  
  O ciclo celular é regulado pela interação de proteínas. 
  Essas proteínas compõem o Sistema de Controle que conduz e coordena 
  o desenvolvimento do ciclo celular. Essas proteínas surgiram a bilhões 
  de anos e tem sido conservadas e transferidas de célula para célula 
  ao longo da evolução
  O ciclo celular em organismos multicelulares, é controlado por proteínas 
  altamente específicas, denominadas de fatores de crescimento. Os fatores 
  de crescimento regulam a proliferação celular através de 
  uma rede complexa de cascatas bioquímicas que por sua vez regulam a transcrição 
  gênica e a montagem e desmontagem de um sistema de controle. São 
  conhecidas cerca de 50 proteínas que atuam como fatores de crescimento, 
  liberados por várias tipos celulares. Para cada tipo de fator de crescimento, 
  há um receptor específico, os quais algumas células expressam 
  na sua superfície e outras não.
  Os fatores de crescimento podem ser divididos em duas grandes classes: 1) Os 
  fatores de crescimento de ampla especificidade, que afetam muitas classes de 
  células, como por exemplo o PDGF ( fator de crescimento derivado das 
  plaquetas) e o EGF ( fator de crescimento epidérmico ). A segunda classe 
  de fatores de crescimento são os Estreita especificidade, que afetam 
  células específicas.
  A proliferação celular depende, de uma combinação 
  específica de fatores de crescimento. Alguns FC estão presentes 
  na circulação, porém a maioria dos FC é originada 
  das células da vizinhança da célula afetada e agem como 
  mediadores locais. Os FC além de serem responsáveis pela regulação 
  do crescimento e da divisão celular estão também envolvidos 
  em outras funções como: sobrevivência, diferenciação 
  e migração celular.
  
  FATORES DE CRESCIMENTO E CONTROLE DO CICLO CELULAR
  
  Os fatores de crescimento liberados ligam-se a receptores de membrana das células 
  alvo. A formação do complexo receptor - ligante, dispara a produção 
  de moléculas de sinalização intracelular. Essas moléculas 
  são responsáveis pela ativação de uma cascata de 
  fosforilação intracelular, que induz a expressão de genes.
  O produto da expressão destes genes são os componentes essenciais 
  do Sistema de Controle do Ciclo celular, que é composto principalmente 
  por duas famílias de proteínas:
  1. CdK ( cyclin - dependent protein Kinase ) que induz a continuidade do
  processo através da fosforilação de proteínas selecionadas
  2. Cyclins que são proteínas especializadas na ativação 
  de proteínas. Essas proteínas se ligam a CdK e controlam a fosforilação 
  de proteínas alvo. São reconhecidas duas famílias de Cyclins: 
  Cyclins G1 e Cyclins G2
  O ciclo de montagem, ativação e desmontagem do complexo Cyclin-CdK 
  são os eventos bases que dirigem o ciclo celular.
  O ciclo é regulado para parar em pontos específicos. Esses pontos 
  permitem que o sistema de controle sofra influência do meio.
  Nesses pontos de parada são realizados check up. São reconhecidos 
  dois pontos de Check point:
  - Em G1 - antes da célula entrar na fase S do ciclo
  - Em G2 antes da célula entrar em mitose. Nestes pontos são checados 
  as condições do meio extracelular e da própria célula.
  O controle do ciclo nesses pontos é realizado por duas famílias 
  de proteínas: No período G1 ocorre a montagem do complexo Cyclin-CdK 
  que fosforiliza proteínas especificas induzindo a célula a entrar 
  no período S. O complexo se desfaz com a desintegração 
  da cyclin.
  No período G2 as cyclins mitóticas ligam-se a proteínas 
  CdK formando um complexo denominado de MPF (M.phase Promiting Factor ) que é 
  ativado por enzimas e desencadeiam eventos que levam a célula a entrar 
  em mitose. O complexo é desfeito pela degradação da cyclin 
  mitótica quando a célula esta entre a metáfase e anáfase 
  induzindo a célula a sair da mitose. Assim cada passo da ativação 
  ou desativação marca uma transição no ciclo celular. 
  Essa transição por sua vez iniciam reações que servem 
  de gatilhos para a continuidade do processo.
  Existem duas preposições para explicar a atuação 
  do sistema de controle:
  Cada bloco indica um processo essencial no ciclo ( Replicação 
  do DNA, síntese de proteínas, formação do fuso..)
  Na hipótese A. cada processo ativa o processo seguinte, num efeito dominó. 
  A hipótese B ajusta-se melhor ao ciclo celular onde os sistemas de controle 
  do ciclo ativam a continuidade do processo.
  
  MITOSE
  
  A mitose ( do grego: mitos = filamento ) é um processo de divisão 
  celular, característico de todas as células somática vegetais 
  e animais. É um processo continuo que é dividido didaticamente 
  em 5 fases: Profáse, metáfase, anáfase, telófase, 
  nas quais ocorrem grande modificações no núcleo e no citoplasma. 
  O desenvolvimento das sucessivas fases da mitose são dependentes dos 
  componentes do aparelho mitótico.
  O aparelho mitótico é constituído pelos fusos, centríolos, 
  ásteres e cromossomos. O áster é um grupo de microtúbulos 
  irradiados que convergem em direção do centríolo.
  As fibras do fuso são constituídas por:
  1. microtúbulos polares que se originam no polo.
  2. Microtúbulos cinetecóricos, que se originam nos cinetecóro
  3. Microtúbulos livres.
  Cada cromossoma é composto por duas estruturas simétricas: as 
  cromátides, cada uma delas contém uma única molécula 
  de DNA. As cromátides estão ligadas entre si através do 
  centrômero, que é uma região do cromossoma que se liga ao 
  fuso mitótico, e se localiza num segmento mais fino denominado de constricção 
  primária.
  
  FASES DA MITOSE
  
  PROFÁSE: Nesta fase cada cromossoma é composto pôr 2 cromátides 
  resultantes da duplicação do DNA no período S. Estas cromátides 
  estão unidas pelos filamentos do centrômero. A Profáse caracteriza-se 
  pela contração dos cromossomas, que tornam-se mais curtos e grossos 
  devido ao processo de enrolamento ou helicoidização.
  Os nucléolos se desorganizam e os centríolos, que foram duplicados 
  durante a interfase, migram um par para cada polo celular.
  O citoesqueleto se desorganiza e seus elementos vão constituir -se no 
  principal componente do fuso mitótico que inicia sua formação 
  do lado de fora do núcleo. O fuso mitótico é uma estrutura 
  bipolar composta por microtúbulos e proteínas associadas. O final 
  da Profáse, também é denominada de pré-metáfase, 
  sendo a principal característica desta fase, o desmembramento do envoltório 
  nuclear em pequenas vesículas que se espalham pelo citoplasma.
  O fuso é formado por microtúbulos ancorados nos centrossomas e 
  que crescem em todas as direções. Quando os MT dos centrossomos 
  opostos interagem na Zona de sobreposição, proteínas especializadas 
  estabilizam o crescimento dos MT. Os cinetecoros ligam-se na extremidade de 
  crescimento dos MT.
  O fuso agora entra na região do nuclear e inicia-se o alinhamento dos 
  cromossomos para o plano equatorial.
  
  METÁFASE: Nesta fase os cromossomas duplos ocupam o plano equatorial 
  do aparelho mitótico.
  Os cromossomas adotam uma orientação radial, formando a placa 
  equatorial. Os cinetecoros das duas cromátides estão voltados 
  para os pólos opostos.
  Ocorre um equilíbrio de forças.
  
  ANÁFASE: Inicia-se quando os centrômeros tornam-se funcionalmente 
  duplos. Com a separação dos centrômeros, as cromátides 
  separam-se e iniciam sua migração em direção aos 
  pólos. O centrômero precede o resto da cromátide. Os cromossomas 
  são puxados pelas fibras do fuso e assumem um formato característico 
  em V ou L dependendo do tipo de cromossoma. A anáfase caracteriza-se 
  pela migração polar dos cromossomas. Os cromossomos movem-se na 
  mesma velocidade cerca de 1 micrômetro por minuto.
  
  TELÔFASE: A telófase inicia-se quando os cromosomas-filhos alcançam 
  os pólos. Os MT cinetocóricos desaparecem e os MT polares alongam-se. 
  Os cromossomas começam a se desenrolar, num processo inverso a Profáse. 
  Estes cromossomas agrupam-se em massas de cromatina que são circundadas 
  pôr cisternas de RE, os quais se fundem para formar um novo envoltório 
  nuclear.
  
  CITOCINESE: Ë o processo de clivagem e separação do citoplasma. 
  A citocinese tem inicio na anáfase e termina após a tolófase 
  com a formação das células filhas.
  Em células animais forma-se uma constricção, ao nível 
  da zona equatorial da célula mãe, que progride e estrangula o 
  citoplasma. Esta constrição é devida a interação 
  molecular de atina e miosina e microtúbulos. Como resultado de uma divisão 
  mitótica teremos 2 células filhas com numero de cromossomas iguais 
  a da célula mãe.
  
  ATIVIDADE DE SÍNTESE NO CICLO CELULAR
  
  O conteúdo de proteínas total de uma célula típica 
  aumenta mais ou menos continuamente durante o ciclo. Da mesma maneira a síntese 
  de RNA continua constante, com exceção da Fase M, a maioria das 
  proteínas são sintetizadas durante as diferentes fases do ciclo, 
  portanto o crescimento é um processo contínuo e constante, interrompido 
  brevemente na fase M, quando o núcleo e a célula se dividem.
  O período mitótico caracteriza-se pela baixa atividade bioquímica; 
  durante este período a maior parte da atividades metabólicas, 
  e em especial a síntese de macromoléculas, esta deprimida. Neste 
  sentido não se observou nenhuma síntese de DNA durante o período 
  mitótico, enquanto que a intensidade da síntese de RNA e proteínas 
  se reduz de maneira marcante na prófase, mantendo-se em níveis 
  mínimos durante a metáfase e anáfase; com a telófase 
  reinicia-se a síntese de RNA e no final desta etapa, com o começo 
  de G1, se restaura a intensidade de síntese de proteínas. É 
  fácil compreender a queda de síntese de RNA que caracteriza a 
  mitose, pois a condensação da cromatina para formar cromossomas 
  deve bloquear a possibilidade de transcrição.
  
  MEIOSE 
  
  Organismos simples podem reproduzir-se através de divisões simples. 
  Este tipo de reprodução assexuada é simples e direta e 
  produz organismos geneticamente iguais. A reprodução sexual por 
  sua vez, envolve uma mistura de genomas de 2 indivíduos, para produzir 
  um indivíduo que diferem geneticamente de seus parentais.
  O ciclo reprodutivo sexual envolve a alternância de gerações 
  de células haplóides, com gerações de células 
  diplóides. A mistura de genomas é realizada pela fusão 
  de células haplóides que formam células diplóides. 
  Posteriormente novas células diplóides são geradas quando 
  os descendentes de células diplóides se dividem pelo processo 
  de meiose.
  Com exceção dos cromossomos que determinam o sexo, um núcleo 
  de célula diplóide contém 2 versões similares de 
  cada cromossomo autossomo, um cromossomo paterno e 1 cromossoma materno. Essas 
  duas versões são chamadas de homologas, e na maioria das células 
  possuem existência como cromossomos independentes. Essas duas versões 
  são denominadas de homólogos. Quando o DNA é duplicado 
  pelo processo de replicação, cada um desses cromossomos é 
  replicado dando origem as cromátides que são então separadas 
  durante a anáfase e migram para os pólos celulares. Desta maneira 
  cada célula filha recebe uma cópia do cromossomo paterno e uma 
  cópia do cromossoma materno.
  Vimos que a mitose resulta em células com o mesmo número de cromossomas, 
  se ocorre - se a fusão dessas células, teríamos como resultado 
  células com o dobro de cromossomas e isso ocorreria em progressão. 
  Exemplificando: O homem possui 46 cromossomas, a fusão resultaria em 
  uma célula com 92 cromossomas. A meiose desenvolveu-se para evitar essa 
  progressão.
  A meiose ( meioum = diminuir ) ocorre nas células produtoras de gametas. 
  Os gametas masculinos e femininos ( espermatozóides e óvulos ) 
  que são produzidos nos testículos e ovários respectivamente 
  as gônadas femininas e masculinas. Os gametas se originam de células 
  denominadas espermatogonias e ovogonias.
  A meiose é precedida por um período de interfase ( G1, S, G2 ) 
  com eventos semelhantes aos observados na mitose.
  As espermatogônias e ovogônias, que são células diplóides, 
  sofrem sucessivas divisões mitóticas. As células filhas 
  dessas células desenvolvem ciclo celular, e num determinado momento da 
  fase G2 do ciclo celular ocorrem alterações que levam as células 
  a entrar em meiose e darem origem a células háploides ou seja 
  células que possuem a metade do número ( n) de cromossomas da 
  espécie. A regulação do processo meiótico inicia-se 
  durante a fase mitótica, onde observam-se: 1) Período S longo; 
  2) aumento do volume nuclear. Experimentalmente demonstra-se que eventos decisivos 
  ocorrem em G2, devido a ativação de sítios únicos 
  para a meiose. Podemos definir meiose como sendo o processo pelo qual número 
  de cromossomos é reduzido a metade.
  Na meiose o cromossomo produzido possui apenas a metade do número de 
  cromossomos, ou seja somente um cromossomo no lugar de um par de homólogos. 
  O gameta é dotado de uma cópia do cromossoma materno ou paterno. 
  A meiose é um processo que envolve 2 divisões celulares com somente 
  uma duplicação de cromossomas.
Fonte:
  http://orbita.starmedia.com/~achouhp/biologia/divisao_celular.htm
Existem basicamente dois tipos de divisão celular: a mitose e a meiose. 
  
  Uma célula, dividindo-se por mitose, dá origem a duas novas células 
  com o mesmo número de cromossomos da célula inicial. A mitose 
  é importante no crescimento dos organismos multicelulares e nos processos 
  de regeneração de tecidos do corpo.
  Na meiose, uma célula dá origem a quatro novas células 
  com a metade do numero de cromossomos da célula inicial. A meiose é 
  importante para a variabilidade gênica, sendo um tipo de divisão 
  que ocorre no processo de formação do gametas nos indivíduos 
  que apresentam reprodução sexual.
  Sabemos que a reprodução é uma propriedade fundamental 
  das células. As células se reproduzem através da duplicação 
  de seus conteúdos e posterior divisão em duas células filhas, 
  este processo é a garantia de uma sucessão contínua de 
  células identicamente dotadas. Em organismos unicelulares, existe uma 
  pressão seletiva para que cada célula cresça e se divida 
  o mais rápido possível, porque a reprodução celular 
  é responsável pelo aumento do número de indivíduos. 
  Nos organismos multicelulares, a produção de novas células 
  através da duplicação permite a divisão do trabalho, 
  no qual grupos de células tornam-se especializados em determinada função. 
  Essa multiplicação celular porém, tem que ser regulada 
  porque a formação de novas células tem que compensar a 
  perda de células pelos tecidos adultos. Um indivíduo adulto possui 
  10 x10 13 , todas derivadas de uma única célula, o óvulo 
  fecundado. Mesmo em um organismo adulto, a multiplicação celular 
  é um processo contínuo. O homem possui 2,5x10 13 eritrócitos, 
  cujo tempo de vida médio e de 10 7 segundos ( 120 dias ) para manter 
  esses níveis constantes são necessárias 2, 5 milhões 
  de novas células pôr segundo. Apesar de inúmeras variações 
  existentes, os diferentes tipos celulares apresentam um nível de divisão 
  tal que é ótimo para o organismo como um todo, porque o que interessa 
  é a sobrevivência do organismo como um todo e não de uma 
  célula individual. Como resultado as células de um organismo dividem 
  -se em níveis diferentes. Algumas, como os neurônios nunca se dividem. 
  Outras, como as epiteliais, dividem-se rápida e continuamente.
  
  Ciclo Celular
  
  O ciclo é dividido em duas etapas básicas: a intérfase 
  e a mitose. Tanto a intérfase como a mitose apresentam-se subdivididas 
  em períodos ou fases. Os períodos da interfase são: G1, 
  S e G2. As Fases da mitose são: prófase, metáfase, anáfase 
  e telófase. A intérfase é sempre a fase mais demorada do 
  que a mitose, correspondendo a 90% a 95% do tempo total gasto por uma célula 
  durante o seu ciclo.
O ciclo celular compreende os processos que ocorrem desde a formação 
  de uma célula até sua própria divisão em duas células 
  filhas. A principal característica é sua natureza cíclica. 
  O estudo clássico da divisão celular estabelece duas etapas no 
  ciclo celular; de um lado aquela em que a célula se divide originando 
  duas células descendentes e que é caracterizada pela divisão 
  do núcleo ( mitose ) e a divisão do citoplasma ( citocinese ). 
  A etapa seguinte, em que a célula não apresenta mudanças 
  morfológicas, é compreendida no espaço entre duas divisões 
  celulares sucessivas e foi denominada de intérfase. Pôr muito tempo 
  os citologistas preocuparam-se com o período de divisão, e a interfase 
  era considerada como uma fase de repouso. Mais tarde observou-se, no entanto, 
  que a interfase era uma fase de atividade biossintética intensa, durante 
  a qual a célula duplica seu DNA e dobra de tamanho. O estudo do ciclo 
  celular sofreu uma revolução nos últimos anos. No passado 
  o ciclo era monitorado através de M.O e o foco de atenção 
  era a segregação dos cromossomos que é a parte microscopicamente 
  visível. Técnicas especiais de estudo como a radiautografia permitiram 
  demonstrar que a duplicação do DNA ocorre em determinado período 
  da interfase o que permitiu a divisão da interfase em 3 estágios 
  sucessivos, G1, S e G2, o que compreende em geral cerca de 90% do tempo do ciclo 
  celular. Onde G1 compreende o tempo decorrido entre o final da mitose e inicio 
  da síntese. O período S corresponde ao período de duplicação 
  do DNA e o período G2, o período entre o final da síntese 
  e o inicio da mitose.
  
  Período G1: Este período se caracteriza por uma intensa síntese 
  de RNA e proteínas, ocorrendo um marcante aumento do citoplasma da célula 
  - filha recém formada. É nesta fase que se refaz o citoplasma, 
  dividido durante a mitose. No período G1 a cromatina esta esticada e 
  não distinguível como cromossomos individualizados ao MO. Este 
  é o estágio mais variável em termos de tempo. Pode durar 
  horas, meses ou anos. Nos tecidos de rápida renovação, 
  cujas células estão constantemente em divisão, o período 
  G1 é curto; como exemplo temos o epitélio que reveste o intestino 
  delgado, que se renova a cada 3 dias. Outro tecido com proliferação 
  intensa é a medula óssea, onde se formam hemácias e certos 
  glóbulos brancos do sangue. Todos estes tecidos são extremamente 
  sensíveis aos tratamentos que afetam a replicação do DNA 
  (drogas e radiações ), razão pela qual são os primeiros 
  a lesados nos tratamentos pela quimioterapia do câncer ou na radioterapia 
  em geral. Outros tecidos não manifestam tão rapidamente lesões 
  por apresentarem proliferação mais lenta, tal como ocorre na epiderme 
  ( 20 dias ) e no testículo (64 dias ). Tecidos cujas células se 
  reproduzem muito raramente, como a fibra muscular, ou que nunca se dividem, 
  como os neurônios do tecido nervoso, o ciclo celular esta interrompido 
  em G1 em um ponto específico denominado G0.
  
  Período S: Este é o período de síntese. Inicialmente 
  a célula aumenta a quantidade de DNA polimerase e RNA e duplica seu DNA. 
  As duas cadeias que constituem a dupla hélice separam-se e cada nucleotídeo 
  serve de molde para a síntese de uma nova molécula de DNA devido 
  a polimerização de desoxinucleotídeos sobre o molde da 
  cadeia inicial, graças a atividade da DNA polimerase. Esta duplicação 
  obedece o pareamento de bases onde A pareia com T e C com G e como resultado 
  teremos uma molécula filha que é a replica da molécula 
  original. A célula agora possui o dobro de quantidade de DNA. O estudo 
  das alterações provocadas no DNA por radiações ultravioletas 
  ou raio X, demonstrou que nem sempre o efeito dessas radiações 
  era letal. A analise deste fenômeno levou ao conhecimento de vários 
  tipos de mecanismos de reparação do DNA das células. Nas 
  células normais as alterações produzidas por radiações 
  são reparadas antes de terem tempo de se transmitirem as células 
  - filhas. Este sistema possui grande importância na seleção 
  evolutiva das espécies, pois teriam uma condição essencial 
  para o desenvolvimento de organismos com quantidades cada vez maiores de DNA 
  e com maior número de células.
  
  Período G2: O período G2 representa um tempo adicional para o 
  crescimento celular, de maneira que a célula possa assegurar uma completa 
  replicação do DNA antes da mitose. Neste período ocorre 
  uma discreta síntese de RNA e proteínas essenciais para o inicio 
  da mitose. É considerado o segundo período de crescimento. Apesar 
  desta divisão nos períodos de crescimento, atualmente sabe-se 
  que ele é um processo continuo, sendo interrompido apenas brevemente 
  no período de mitose. A célula agora esta preparada para a mitose, 
  que é a fase final e microscopicamente visível do ciclo celular.
  
  CONTROLE DO CICLO CELULAR
  
  O ciclo celular é regulado pela interação de proteínas. 
  Essas proteínas compõem o Sistema de Controle que conduz e coordena 
  o desenvolvimento do ciclo celular. Essas proteínas surgiram a bilhões 
  de anos e tem sido conservadas e transferidas de célula para célula 
  ao longo da evolução O ciclo celular em organismos multicelulares, 
  é controlado por proteínas altamente específicas, denominadas 
  de fatores de crescimento. Os fatores de crescimento regulam a proliferação 
  celular através de uma rede complexa de cascatas bioquímicas que 
  por sua vez regulam a transcrição gênica e a montagem e 
  desmontagem de um sistema de controle. São conhecidas cerca de 50 proteínas 
  que atuam como fatores de crescimento, liberados por várias tipos celulares. 
  Para cada tipo de fator de crescimento, há um receptor específico, 
  os quais algumas células expressam na sua superfície e outras 
  não. Os fatores de crescimento podem ser divididos em duas grandes classes: 
  1) Os fatores de crescimento de ampla especificidade, que afetam muitas classes 
  de células, como por exemplo o PDGF ( fator de crescimento derivado das 
  plaquetas) e o EGF ( fator de crescimento epidérmico ). A segunda classe 
  de fatores de crescimento são os Estreita especificidade, que afetam 
  células específicas. A proliferação celular depende, 
  de uma combinação específica de fatores de crescimento. 
  Alguns FC estão presentes na circulação, porém a 
  maioria dos FC é originada das células da vizinhança da 
  célula afetada e agem como mediadores locais. Os FC além de serem 
  responsáveis pela regulação do crescimento e da divisão 
  celular estão também envolvidos em outras funções 
  como: sobrevivência, diferenciação e migração 
  celular.
  
  FATORES DE CRESCIMENTO E CONTROLE DO CICLO CELULAR
  
  Os fatores de crescimento liberados ligam-se a receptores de membrana das células 
  alvo. A formação do complexo receptor - ligante, dispara a produção 
  de moléculas de sinalização intracelular. Essas moléculas 
  são responsáveis pela ativação de uma cascata de 
  fosforilação intracelular, que induz a expressão de genes. 
  O produto da expressão destes genes são os componentes essenciais 
  do Sistema de Controle do Ciclo celular, que é composto pricipalmente 
  por duas famílias de proteínas: 1. CdK ( cyclin - dependent protein 
  Kinase ) que induz a continuidade do processo através da fosforilação 
  de proteinas selecionadas 2. Cyclins que são proteínas especializadas 
  na ativação de proteínas. Essas proteínas se ligam 
  a CdK e controlam a fosforilação de proteínas alvo. São 
  reconhecidas duas familias de Cyclins: Cyclins G1 e Cyclins G2 O ciclo de montagem, 
  ativação e desmontagem do complexo cyclin-CdK são os eventos 
  bases que dirigem o ciclo celular. O ciclo é regulado para parar em pontos 
  específicos. Esses pontos permitem que o sistema de controle sofra influência 
  do meio. Nesses pontos de parada são realizados check up. São 
  reconhecidos dois pontos de Check point:
  - Em G1 - antes da célula entrar na fase S do ciclo
  - Em G2 antes da célula entrar em mitose. Nestes pontos são checados 
  as condições do meio extracelular e da própria célula.
  O controle do ciclo nesses pontos é realizado por duas famílias 
  de proteínas: No período G1 ocorre a montagem do complexo Cyclin-CdK 
  que fosforiliza proteínas especificas induzindo a célula a entrar 
  no período S. O complexo se desfaz com a desintegração 
  da cyclin. No período G2 as cyclins mitóticas ligam-se a proteínas 
  CdK formando um complexo denominado de MPF (M.phase Promiting Factor ) que é 
  ativado por enzimas e desencadeiam eventos que levam a célula a entrar 
  em mitose. O complexo é desfeito pela degradação da cyclin 
  mitótica quando a célula esta entre a metáfase e anáfase 
  induzindo a célula a sair da mitose. Assim cada passo da ativação 
  ou desativação marca uma transição no ciclo celular. 
  Essa transição por sua vez iniciam reações que servem 
  de gatilhos para a continuidade do processo. Existem duas preposições 
  para explicar a atuação do sistema de controle: Cada bloco indica 
  um processo essencial no ciclo ( Replicação do DNA, síntese 
  de proteínas, formação do fuso..) Na hipótese A. 
  cada processo ativa o processo seguinte, num efeito dominó. A hipótese 
  B ajusta-se melhor ao ciclo celular onde os sistemas de controle do ciclo ativam 
  a continuidade do processo.
  MITOSE
  A mitose ( do grego: mitos = filamento ) é um processo de divisão 
  celular, característico de todas as células somática vegetais 
  e animais. É um processo continuo que é dividido didaticamente 
  em 5 fases: Profáse, metáfase, anáfase, telófase, 
  nas quais ocorrem grande modificações no núcleo e no citoplasma. 
  O desenvolvimento das sucessivas fases da mitose são dependentes dos 
  componentes do aparelho mitótico.
  Aparelho Mitótico
  O aparelho mitótico é constituído pelos fusos, centríolos, 
  ásteres e cromossomos. O áster é um grupo de microtúbulos 
  irradiados que convergem em direção do centríolo. As fibras 
  do fuso são constituídas por: 
  1. Microtúbulos polares que se originam no polo. 
  2. Microtúbulos cinetecóricos, que se originam nos cinetecóro 
  
  3. Microtúbulos livres. 
  Cada cromossomo é composto por duas estruturas simétricas: as 
  cromátides, cada uma delas contém uma única molécula 
  de DNA. As cromátides estão ligadas entre si através do 
  centrômero, que é uma região do cromossomo que se liga ao 
  fuso mitótico, e se localiza num segmento mais fino denominado de constrição 
  primária.
  Intérfase:
  Na intérfase o núcleo das células apresenta: Carioteca, 
  nucleoplasma, nucléolo e cromatina, característicos. Nesse período 
  há intensa atividade celular e síntese de RNA. Quando a célula 
  inicia divisão, observa-se alterações no núcleo 
  que vão caracterizar as fases da mitose.
  É na intérfase que ocorre a duplicação dos cromossomos, 
  antes de iniciar a divisão. A intérfase é caracterizada 
  pelos períodos: G1 (quantidade de DNA constante), S (duplicação 
  do DNA) e G2 (inicia-se a mitose, quantidade de DNA retorna à quantidade 
  inicial).
  Mitose
  Processo pelo qual as células de animais se dividem, produzindo, cada 
  uma, duas células idênticas à original. A reprodução 
  de células-filhas iguais à original tem como finalidade repor 
  as células mortas no organismo, ou possibilitar o aumento do número 
  delas nos processos de crescimento. Outro processo de divisão celular 
  é a meiose, que produz quatro células com metade dos cromossomos 
  da célula-mãe. No período que antecede a mitose, ocorre 
  a duplicação dos cromossomos, numa fase denominada de interfase. 
  Então, os filamentos simples de cromossomos passam a ser duplos, recebendo 
  o nome de cromátides. Nas células humanas, os 23 cromossomos passam 
  a ser 23 pares, unidos por um ponto denominado centrômero. A divisão 
  da célula realiza-se em quatro diferentes fases: prófase, metáfase, 
  anáfase e telófase.
  - Prófase: Fase inicial da mitose, nota-se alterações no 
  núcleo e no citoplasma, os cromossomos já duplicados começam 
  a se condensar, tornando-se visíveis. Enquanto os cromossomos estão 
  se condensando, o nucléolo começa a se tornar menos evidente, 
  desaparecendo ao final da prófase. No citoplasma ocorre modificações 
  no centro celular e nos microtúbulos do citoesqueleto. No início 
  da prófase, os microtúbulos do citoesqueleto se desorganizam e 
  as moléculas de tubulina que os compõem ficam livres no citosol, 
  que irão compor o fuso mitótico. As fibras do áster dispõem-se 
  radialmente apartir de cada centro celular. Essas fibras mais longas, agora 
  formadas, partem de cada áster em direção à região 
  equatorial da célula e recebe o nome de fibras polares. Ao final da prófase, 
  surgem no centrômero de cada cromossomo duplicado duas estruturas especializadas, 
  denominadas cinetócoros.
- Metáfase: Os cromossomos encontram-se alinhados em um mesmo plano 
  na região equatorial da célula, denominado placa metafásica 
  ou equatorial. Enquanto os cromossomos permanecem estacionários, verifica-se 
  no citoplasma intensa movimentação de partículas e organelas, 
  que se dirigem eqüitativamente para pólos opostos da célula.
  - Anáfase: Inicia-se no momento em que o centrômero de cada cromossomo 
  duplicado divide-se longitudinalmente, separando as cromátides-filhas. 
  Assim que se separam, passam a ser chamados cromossomos-filhos e são 
  puxados para os pólos opostos da célula, orientados pela fibra 
  do fuso. Quando os cromossomos-filhos atingem os pólos das células, 
  termina a anáfase. Assim, cada pólo recebe o mesmo material cromossômico, 
  uma vez que cada cromossomo-filho possui a mesma informação genética.
  - Telófase: Ocorre praticamente o inverso do que ocorreu na prófase: 
  a carioteca se reorganiza, os cromossomos se descondensam, o cinetócoro 
  e as fibras cinetocóricas desaparecem e o nucléolo se reorganiza. 
  Os dois núcleos-filhos adquirem ao final da telófase o mesmo aspecto 
  de um núcleo interfásico. As fibras polares não desaparecem 
  nessa etapa, ficando restritas ao citoplasma.
MEIOSE
  Processo de divisão celular no qual células diplóides, 
  ou seja, com dois lotes de cromossomos, dão origem a quatro células 
  haplóides, com apenas um lote de cromossomos. Essa forma de divisão 
  possibilita a formação dos gametas (células sexuais). Nas 
  células humanas diplóides existem 46 cromossomos. Através 
  da meiose, elas passam a ter 23 cromossomos. No processo de fecundação 
  humana, ocorre a união de dois gametas dos pais, resultando em um ovo 
  com 46 cromossomos. A meiose é responsável pela diversificação 
  do material genético nas espécies. A reprodução 
  sexuada permite a mistura de genes de dois indivíduos diferentes da mesma 
  espécie para produzir descendentes que diferem entre si e de seus pais 
  em uma série de características. A meiose ocorre em duas etapas 
  que, por sua vez, se subdividem em prófase, prómetafase, metáfase, 
  anáfase e telófase. A fase que antecede a meiose é conhecida 
  como interfase, quando os cromossomos da célula se duplicam e se apresentam 
  como filamentos duplos, as cromátides. Dividimos em duas etapas: Meiose 
  I e Meiose II.
Resumidamente, a meiose é um mecanismo destinado à distribuição 
  das unidades hereditárias ou genes, permitindo sua recombinação 
  independente e ao acaso. Com a distribuição aleatória dos 
  homólogos maternos e paternos entre as células-filhas na divisão 
  meiótica I, cada gameta recebe uma mistura diferente de cromossomos maternos 
  e paternos.
  Deste processo, um indivíduo poderia, a princípio, produzir 2n 
  gametas diferentes, onde n é o número de haplóide de cromossomos. 
  Em seres humanos, por exemplo, cada indivíduo pode produzir, no mínimo, 
  223 = 8,4 x 106 gametas geneticamente diferentes.
  Porém, o número de variantes é muito maior, devido ao crossing-over, 
  fenômeno que ocorre durante a longa prófase da divisão meiótica 
  I. Este processo proporciona uma mistura da constituição genética 
  de cada um dos cromossomos nos gametas.
  A recombinação genética que decorre do crossing-over pode, 
  eventualmente, traduzir-se numa vantagem evolutiva a uma espécie, ao 
  longo dos anos.
  A prófase I da meiose I foi dividida em 5 subfases consecutivas: Leptóteno, 
  Zigóteno, Paquíteno, Diplóteno e Diacinese.
  As fases da Meiose I
  Prófase I:
  - Leptóteno: Cada cromossomo é formado por duas cromátides. 
  No leptóteno, os cromossomos duplicados iniciam a sua condensação, 
  podendo-se notar a presença de regiões mais condensadas, chamadas 
  cromômeros.
  - Zigóteno: A condensação dos cromossomos progride e os 
  homólogos pareiam-se num processo denominado Sinapse. O início 
  do pareamento ocorre no zigóteno e se completa no paquíteno. Na 
  mitose não há pareamento de homólogos.
  - Paquíteno: Os cromossomos homólogos já estão perfeitamente 
  emparelhados, sendo possível visualizá-los melhor. Cada par de 
  cromossomos homólogos possui 4 cromátides, constituindo uma tétrade 
  ou bivalente, formada por : 
  • - Cromátides- irmãs: Originam de um mesmo cromossomo; 
  
  • - Cromátides- homólogas: Originam de cromossomos homólogos. 
  
  Duas cromátides homólogas podem sofrer uma ruptura na mesma altura 
  e os dois pedaços podem trocar de lugar, realizando assim, uma Permutação 
  ou Crossing-Over. Em virtude do crossing-over, ocorre recombinação 
  gênica, processo importante no aumento da variabilidade gênica da 
  espécie.
  - Diplóteno: Cromossomos homólogos começam a se afastar, 
  mas permanecem ligados por regiões onde ocorreu crossing-over. Tais regiões 
  constituem os quiasmas. O número de quiasmas fornece, então, o 
  número de permutações ocorridas.
  - Diacinese: Continua a ocorrer condensação dos cromossomos e 
  a separação dos homólogos. Com isso, os quiasmas vão 
  escorregando para as pontas das cromátides, processo denominado Terminalização 
  dos Quiasmas.
  Metáfase I:
  Os cromossomos duplicados e pareados permanecem dispostos no equador da célula. 
  Os cromossomos atingem o máximo de condensação e os quiasmas 
  mantêm os cromossomos homólogos unidos.
  Anáfase I:
  Caracteriza-se pelo deslocamento dos cromossomos para os pólos. O par 
  de cromossomos homólogos separa-se, indo um cromossomo duplicado de cada 
  par para um pólo da célula.
  Não ocorre divisão do centrômero. Essa é uma importante 
  diferença entre a anáfase da mitose e da meiose. Encontram-se 
  2n cromossomos não duplicados em cada pólo da célula e 
  na meiose I encontram-se n cromossomos duplicados a esses cromossomos duplos 
  da meiose I, isto é, às duas cromátides ligadas pelo centrômero 
  dá-se o nome de Díades.
  Telófase I:
  Com a chegada das díades aos pólos, termina a anáfase I 
  e tem início a telófase I. O que ocorre na telófase I da 
  meiose é bastante semelhante ao que acontece na telófase da mitose: 
  os cromossomos desespiralizam-se, a carioteca e o nucléolo reorganizam-se 
  e ocorre a citocinese.
  As Fases da Meiose II:
  É extremamente semelhante à mitose. A formação de 
  células haplóides a partir de outras haplóides só 
  é possível porque ocorre, durante a meiose II, a separação 
  das cromátides que formam as díades. Cada cromátide de 
  uma díade dirige-se para um pólo diferente e já pode ser 
  chamada cromossomo-irmão
  Fonte: http://www.biomania.com.br/citologia/divisaocelular.php
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  DIVISÃO CELULAR
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  Utilize-o para chegar onde você quiser, se quiser e quando quiser. 
  Se você não utilizá-lo não há problema pois 
  a página possui uma seqüência lógica.
  INTRO :
  Vamos fazer uma agradável viagem pelos meandros da divisão celular. 
  Se você não sabe sobre o que estamos falando tudo bem. Vamos descobrir 
  juntos e perceber que aprender biologia não precisa (e nem deve) ser 
  tedioso. 
  O objetivo desta página é mostrar a divisão celular de 
  uma maneira acessível e lógica para 
  alunos de graduação que precisarão entender alguns conceitos 
  e mecanismos para seus cursos 
  universitários. 
  Vamos ver que o nosso dia-a-dia está intimamente relacionado à 
  divisão celular, e àquelas 
  novidades científicas que aparecem todos os dias na televisão 
  também. 
  Não é preciso decorar nada porque tudo faz sentido aqui. 
  PRA COMEÇO DE CONVERSA...
  O que é e como é uma célula ? 
  Qual sua forma? Qual seu conteúdo ? Como são suas organelas ? 
  
  As células são iguais em todos os tecidos ? 
  A CÉLULA
  O que somos nós? 
  Somos seres vivos e todo ser vivo é constituído por células. 
  
  Mas o que é uma célula? Uma célula é a menor unidade 
  viva de um ser vivo. Nós só conseguimos viver por que nossas células 
  formam um conjunto que trabalha como tal. 
  Todas as suas células em conjunto formam o que você vê quando 
  se olha no espelho. 
  Existem células que constituem a sua pele, outras que formam o seu cabelo, 
  outras que captam o oxigênio que você retira do ar, outras que captam 
  a luz que você enxerga e outras ainda que transformam essa luz num sinal 
  químico e passam esse sinal para outras células. Esse sinal é 
  o que indica o que outras células precisam fazer. Nós só 
  entendemos o que se passa ao nosso redor por que tudo que chega até nós 
  através dos 5 sentidos é transformado em sinais químicos 
  por células que se comunicam pela linguagem química. 
  Para você entender melhor... 
Veja aqui uma célula em perspectiva: 
  ( Se quiser mais detalhes de suas estruturas clique na imagem) 
  celula.htmcelula.htm
As células sozinhas não têm inteligência. Quem tem 
  inteligência é o organismo como um todo, ou seja, você. O 
  seu pensamento na verdade é um monte de reações químicas 
  acontecendo no seu cérebro, fazendo com que suas células se comuniquem, 
  formando um conjunto de sinais que faz sentido para você lidar com o ambiente 
  ao seu redor. 
  Quando um bebê nasce, ele não sabe onde começa e termina 
  o próprio corpo. Conforme ele vai crescendo, suas células vão 
  se comunicando através da linguagem química de modo que ele possa 
  lidar com o ambiente e interpretá-lo através dessa mesma linguagem. 
  
  As células funcionam com respostas estereotipadas a estímulos 
  químicos. Por exemplo: Para você mexer o dedinho do pé, 
  um monte de células recebem estímulos químicos. Cada uma 
  responde a este estímulo da mesma maneira sempre, então, seu dedo 
  se mexe. Existem muitos estímulos chegando a toda hora a cada célula. 
  O conjunto dos estímulos é que vai ocasionar uma dada ação. 
  O conjunto de estímulos para mexer o dedinho para a direita ou para a 
  esquerda são diferentes, então, o resultado é diferente. 
GAMETAS E FERTILIZAÇÃO
  Um dia, todos nós fomos bebês e crescemos desde então. Esse 
  crescimento como você deve imaginar é devido ao aumento do número 
  de células no corpo e isso se deve ao mecanismo de divisão celular, 
  mais especificamente à Mitose. 
  Na Mitose uma célula se divide e dá origem a outra célula 
  igual a ela. 
  Um dia, antes de sermos bebês foi nescessário que um espermatozóide 
  de nosso pai fecundasse um óvulo de nossa mãe para que um zigoto 
  fosse formado. 
  Tudo começou com... 
  espermatozóides tentando fecundar um óvulo. 
  detalhe da figura ao lado.
  E resultou em... 
Na espécie humana há um padrão de 23 pares de cromossomos 
  (46 cromossomos), os quais metade (23 cromossomos) são de herança 
  paterna trazidos pelo espermatozóide e a outra metade é de origem 
  materna que já estavam no óvulo. 
  Nós costumamos falar em pares de cromossomos porque os cromossomos que 
  vêm do nosso pai e da nossa mãe possuem a mesma função 
  na célula. Se um cromossomo número 1 do pai tem um gene que vai 
  ser responsável pela cor do olho, o da mãe também vai ter, 
  só que a cor do olho vai ser dada pela ação dos 2 genes, 
  um de cada um dos pais, funcionando juntos. 
  O cromossomo 1 de seu pai é diferente do cromossomo 2 dele mesmo, por 
  que eles possuem genes diferentes e funções diferentes também. 
  O mesmo se dá com sua mãe, com você e seu irmão e 
  com todo mundo no planeta. 
Você que tem 23 pares de cromossomos vai contribuir para seu filho com 23 cromossomos apenas e a outra metade virá de seu conjuge. Para que isso ocorra é necessário que ocorra o mecanismo de divisão celular chamado Meiose, onde a célula germinativa (célula que forma os gametas) irá formar 4 células com apenas 23 cromossomos cada uma.
CONTINUANDO EM NOSSA BUSCA PELO CONHECIMENTO... 
  Lembra-se que falamos sobre o crescimento do bebê? Então, vamos 
  ver como se dá a divisão das células do corpo do bebê. 
  
  MITOSE: 
Esta é um esquema geral de uma mitose:
Esta é a mitose observada pela técnica de imunofluorescência. em azul temos os cromossomos e em verde as fibras do fuso.
Esta é a mitose vista através de 
  uma técnica histológica de contraste. 
 Porque a Mitose ocorre desta forma ? 
  O que acontece em cada uma destas fases ? 
  Vamos acompanhar pausadamente cada etapa.
INTÉRFASE (Pré-Divisão Celular) 
  -estágio em que a maioria das células está. Todas as células 
  que não estão se dividindo, estão 
  em Intérfase. 
  -É subdividida em 3 subestágios: G1 (crescimento inicial) S (duplicação 
  de cromossomos) G2 
  (crescimento final). 
  -há duplicação de DNA menos na região do centrômero. 
  
  -fase de maior metabolismo celular. 
  
  PRÓFASE (Início da Divisão Celular) 
  -mobilização para a ação. 
  -condensação de cromatina. 
  Nucléolo e carioteca começam a desaparecer. 
  -centríolos migram para os pólos da célula (célula 
  vegetal não tem centríolo). 
  -aparecem as fibras do fuso (célula vegetal também tem). 
  
  METÁFASE 
  -cromossomos presos às fibras do fuso provenientes dos 2 centríolos. 
  
  -cromossomos no equador da célula. 
  -máxima condensação dos cromossomos. 
  -no final há duplicação dos centrômeros. 
  
  ANÁFASE 
  -cromátides irmãs afastam-se, uma para cada polo da célula. 
  
  -fibras do fuso encurtam, puchando os cromossomos (quando estavam juntos eram 
  cromátides 
  irmãs). 
  
  TELÓFASE 
  -cromossomos chegam aos pólos e se agregam 
  -ocorre o inverso da prófase: cromossomos se descondensam, 2 novas cariotecas 
  são 
  reconstruídas (uma por pólo), desaparecem fibras do fuso, distribuição 
  das organelas e 
  divisão do citoplasma. (NA FIGURA A CÉLULA ESTÁ NO INÍCIO 
  DA TELÓFASE). A 
  divisão do citoplasma é chamada de citocinese. 
  INTÉRFASE (Pré-Divisão Celular) 
  -estágio em que a maioria das células está. Todas as células 
  que não estão se dividindo, estão em Intérfase. 
  
  -É subdividida em 3 subestágios: G1 (crescimento inicial) S (duplicação 
  de cromossomos) G2 (crescimento final). 
  -há duplicação de DNA menos na região do centrômero. 
  
  -fase de maior metabolismo celular.
MEIOSE: 
  PRÓFASE I (Início da Divisão Celular) 
  -os mesmos fenômenos da mitose também ocorrem aqui, mas, há 
  aspectos diferenciado em relação aos cromossomos: 
  -os cromossomos homólogos se pareiam (isso chama-se sinapse), cada par 
  de homólogos corresponde à uma tétrade ou bivalente. 
  -ocorre o fenômeno de. crossing-over(permutação). 
  aqui está um esquema de crosing-over 
  entre dois cromossomos homólogos 
  . METÁFASE I 
  -os cromossomos homólgos movem-se juntos para a região do equador. 
  
  -cada cromossomo homólogo liga-se a uma fibra do fuso pelo centrômero, 
  enquanto que na mitose o centrômero ligava-se as fibras de ambos os pólos.	
  ANÁFASE I 
  -os cromossomos homólogos vão cada um para um pólo da célula 
  pelo encurtamento das fibra do fuso. TELÓFASE I 
  -cromossomos chegam aos pólos e se agregam. 
  -ocorre o inverso da prófase: cromossomos se descondensam, 2 novas cariotecas 
  são reconstruídas (uma por pólo), desaparecem fibras do 
  fuso, distribuição das organelas e divisão do citoplasma.	
  SEGUNDA DIVISÃO MEIÓTICA: 
  -tudo se passa simultaneamente nas duas células filhas, cada uma vai 
  gerar mais uma célula filha que ao final totalizarão 4 células. 
  Os esquemas de divisão são iguais o da MITOSE. Portanto, é 
  só na segunda divisão da MEIOSE que ocorre a duplicação 
  e separação dos centrômeros.
DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS ENTRE MITOSE E MEIOSE: 
  - A MITOSE é chamada de divisão equacional, por que mantém 
  o número de cromossomos da célula e a célula filha é 
  igual a célula mãe. Uma célula 2n dá origem à 
  duas células 2n. Ela ocorre em todas as células somáticas 
  do corpo (células somáticas são as que não formam 
  gametas). Não há permutação (crossing-over). 
  A MEIOSE é chamada de divisão reducional, por que há diminuição 
  no número de cromossomos das células filhas ao final do processo, 
  a célula filha é diferente da célula mãe, tanto 
  por que de uma célula 2n formam-se 4 células n como por que ocorrem 
  fenômenos de permutação e separação de homólogos. 
  Ocorre apenas nas células germinativas (que dão origem aos gametas 
  como testículos e ovário).
SUPERCURIOSO 
  A seguir você encontrará alguns assuntos relacionados com divisão 
  celular que têm muito a ver com nosso dia-a-dia e que são aborados 
  nos jornais e revistas. 
  CÂNCER ou NEOPLASIA
  Neoplasia significa literalmente "novo crescimento". Uma definição 
  atual diz que Neoplasia é uma massa anormal de tecido cuja divisão 
  celular é excessiva e descoordenada com o dos tecidos normais. Esse crescimento 
  persiste mesmo depois da cessação do estímulo que levou 
  a essa mudança. 
  O termo "tumor" foi originalmente aplicado ao inchaço causado 
  pela inflamação. Neoplasias também induzem inchaço 
  e o antigo sentido que era atribuído ao tumor (= inchaço) perdeu-se, 
  havendo hoje a equivalência entre esse e neoplasia. Oncologia (do grego 
  "oncos" = tumor) é o estudo de tumores e neoplasias. Câncer 
  é o termo comum para todos os tumores malignos. Embora a origem antiga 
  do termo seja um tanto incerta, este provavelmente deriva do latim para caranguejo, 
  "câncer" - talvez porque um câncer 'adere obstinadamente 
  a qualquer parte da qual ele possa aproveitar-se, tal como um caranguejo. 
  Classicamente costuma-se dividir a neoplasia em dois tipos: a benigna e a maligna. 
  Neoplasia benigna é aquela que não sofre metástase. Este 
  tipo só produz efeitos deletérios ao paciente caso bloqueie alguma 
  passagem natural ou o suprimento de sangue a algum órgão vital, 
  podendo tornar-se fatal quando se desenvolve na cavidade craniana ou intravertebral 
  (por efeitos mecânicos), ou mesmo quando ocorre ulceração 
  através da pele ou mucosa intestinal, levando à hemorragia e infecções 
  secundárias. Em geral, os tumores benignos podem ser removidos cirurgicamente 
  levando à cura do paciente. A neoplasia maligna caracteriza-se por: 1) 
  crescimento rápido e descontrolado da massa tumoral que pode vir a obstruir 
  passagens naturais ou o suprimento sangüíneo a outros tecidos; 2) 
  propriedade de se difundir e invadir outros tecidos (metástase). Essa 
  difusão das células tumorais pode dar-se via sistema linfático, 
  sangüíneo ou por implante. Portanto, a metástase transporta 
  os efeitos destrutivos da neoplasia maligna aos tecidos normais mesmo que distantes 
  porque o implante metastático tem a mesma propriedade invasiva, a mesma 
  habilidade para seqüestrar o suprimento sangüíneo e o mesmo 
  crescimento descontrolado do tumor primário. 
 VARIABILIDADE
  Vocês já perceberam como os irmãos podem ser bem diferentes 
  uns dos outros? Até os irmãos gêmeos dizigóticos 
  também podem. 
  A propósito, os irmãos gêmeos dizigóticos são 
  derivados da fecundação de 2 óvulos diferentes por 2 espermatozóides 
  diferentes, ou seja, com patrimônios genéticos diferentes. 
  Os gêmeos unizigóticos já são derivados a partir 
  de um mesmo óvulo fecundado apenas por 1 espermatozóide, então 
  o que ocorre é que logo nos primeiros momentos da embriogênese, 
  o embrião se divide em 2 e cada uma dessas 2 partes dará origem 
  a um indivíduo. Os 2 indivíduos formados são idênticos 
  genéticamente, ao contrário dos gêmeos dizigóticos 
  que são apenas irmãos diferentes que conviveram juntos na gestação. 
  
  A variabilidade entre irmãos tem origem logo na Meiose de seus pais. 
  Já na Prófase I quando os cromossomos homólogos pareiam-se, 
  ocorre o fenômeno do crossing-over (permutação) onde o material 
  genético existente nos cromossomos homólogos partenos e maternos 
  misturam-se. 
  Esta mistura promove a variabilidade genética, pois, os cromossomos que 
  serão passados aos filhos possuem combinações diferentes 
  das provenientes dos pais, o que significa que novas combinações 
  de produtos gênicos e interações gênicas serão 
  testados pela interação com o ambiente e por conseguinte pela 
  seleção natural. 
  Na Anáfase I, estes cromossomos homólogos recombinados migrarão 
  cada um para um pólo da célula que ao final da Meiose I formarão 
  2 células com 23 cromossomos duplicados diferentes da célula mãe. 
  
  Na Metáfase II cada cromátide irmã, que já não 
  são idênticas entre si, devido a recombinação na 
  Prófase I, irá para um polo da célula formando mais 2 células 
  filhas, totalizando 4 células filhas derivadas de 1 célula mãe. 
  Esta fase aumenta ainda mais a variabilidade genética, pois, os gametas 
  aqui formados são praticamente todos diferentes entre si e unir-se-ão 
  a outro gameta derivado de um indivíduo de outro sexo que passou pelo 
  mesmo processo gerador de combinações aleatórias. 
  É bom lembrar que o crossing-over é um mecanismo essencial na 
  Meiose, pois além de promover a recombinação entre cromátides 
  irmãs, o crossing-over mantêm os cromossomos homólogos unidos 
  fisicamente, pareados e organizados para que as fibras do fuso puxem cada cromátide 
  irmã para um polo da célula. 
  Mas, o que mantêm os cromossomos homólogos pareados corretamente? 
  
  A grande afinidade química existente entre os cromossomos homólogos, 
  pois a sequência de DNA destes é muito semelhante. 
CLONAGEM
  Clonar é formar indivíduos idênticos geneticamente. 
  Antes de existir a ovelha Dolly, ou mesmo antes dos botânicos clonarem 
  plantas (o que veio muito antes da Dolly), a natureza já fazia clones 
  naturalmente. Se você tem um irmão gêmeo unizigótico, 
  sua mãe já havia feito clones muito antes dos cientistas fazerem 
  a Dolly. 
  Para um clone ser realmente um clone ele tem que ter também as mitocôndrias 
  idênticas ao seu originador. Não vamos esquecer que as mitocôndrias 
  também têm DNA, não é? E se for uma planta os cloroplastos 
  tem que ser os mesmos também. 
  No caso, a ovelha Dolly não pode ser chamada de clone quanto ao censo 
  estrito da palavra, pois no processo de sua clonagem as mitocôndrias de 
  sua mãe doadora do núcleo celular não foram utilizadas. 
  Na verdade, todas as mitocôndrias e o citoplasma original do organismo 
  da Dolly não são de origem da mãe que doou o núcleo 
  a ela, são da mãe que a gestou. 
  Qual é o pocesso de divisão celular que gera um clone? 
  Isso mesmo, é a MITOSE ! 
  Lembrando que a mitose origina 2 células filhas idênticas à 
  célula mãe. 
  Os gêmeos idênticos (ou gêmeos unizigóticos) são 
  formados quando as células que sofrem mitose em um zigoto se separam 
  e cada uma origina um indivíduo, assim o conteúdo genético 
  e citoplasmático de ambos é igual. 
  E como são formados os gêmeos não idênticos (ou gêmeos 
  dizigóticos)? 
  São formados através da fecundação de óvulos 
  diferentes por espermatozóides diferentes. Os gêmeos dizigóticos 
  são então iguais a dois irmãos, que possuem constituição 
  genética distintas, mas que foram originados em uma mesma gestação. 
Test-Drive
BIBLIOGRAFIA 
  COTRAN, R.S.; KUMAR, V.W.; ROBBINS, S. inflammation and repair. In: pathologic 
  basis of disease. 5a. edição . W.B.Saunders Company, p. 53-64, 
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  Otto PG, Otto PA, Frota-Pessoa O. Genética Humana e Médica.1998. 
  Ed. Roca LTDA. 
  Suzuki DT, Griffiths AJF, Miller JH, Lewontin RC. Introdução à 
  Genética. 1992. 4o Ed. Guanabara Koogan. 
  Lehninger AL,Nelson DL,Cox MM. Princípios de Bioquímica.1995. 
  2 o ed. Sarvier ed. 
  Fonte: http://www.ib.usp.br/~crebs/divisao_celular/
Introdução:
Em estudos de genética a preocupação básica é o entendimento de como as características são repassadas entre as gerações. De uma forma geral, podemos imaginar vários indivíduos de uma população que se intercruzam formando novos descendentes, que manifestarão fenótipos resultantes da ação e interação dos genes recebidos.
O processo de origem de novos indivíduos se inicia pela formação de gametas dos genitores e subsequente união entre os mesmos. Da fecundação forma-se a célula ovo, ou zigoto, que reconstitui o número de cromossomo da espécie. Esta célula inicial se desenvolve gerando o indivíduo adulto, formados por mais de um trilhão de células, a partir da célula original, como no caso da espécie humana. Verifica-se, portanto, que os processos reducionais e conservativos são fundamentais na transmissão das características hereditárias.
  Mitose
   Conceito
É o processo pelo qual é construído uma cópia exata 
  de cada cromossomo, a informação genética é replicada 
  e distribuída eqüitativamente aos 2 produtos finais. As características 
  básicas da mitose são: 
  a) Distribuição eqüitativa e conservativa do número 
  de cromossomos. 
  b) Distribuição eqüitativa e conservativa da informação 
  genética. 
Descrição das Fases
A - Intérfase 
  Na intérfase o núcleo apresenta um contorno nítido pela 
  presença da membrana nuclear. Os cromossomos estão invisíveis 
  devido ao índice de refração ser igual a da cariolinfa 
  (suco nuclear) e a problemas tinturiais. Os cromossomos começam a se 
  diferenciar engrossando-se e tornando-se mais visível. O engrossamento 
  se dá em parte pela espiralização e em parte pelo acúmulo 
  de uma substância protéica denominada matriz (O cromossomo aumenta 
  o diâmetro e diminui o tamanho). Ocorre a divisão longitudinal 
  do cromossomo e replicação semi-conservativa da informação 
  genética (DNA). 
B - Prófase
  Na prófase os cromossomos tornam-se mais espiralados, encurtando-se, 
  aumentando o diâmetro e individualizando-se. Em preparações 
  fixadas e coradas o cromossomo parece ser sólido e oval ou assemelha-se 
  a um bastão. As cromátides já podem ser observadas no final 
  da prófase. Elas mantêm-se unidas pelo centrômero, o qual 
  se liga às fibras do fuso cromático. A membrana nuclear desaparece 
  e os centríolos migram para os pólos. 
C - Metáfase
  Há formação da placa equatorial, ou seja os cromossomos 
  se dispõe na posição mediana da célula, possibilitanto 
  a distribuição equitativa da informação genética. 
  Os cromossomos estão bem individualizados e fortemente condensados. Essa 
  fase é adequada para se fazer contagem de cromossomos e verificação 
  dealterações estruturais grosseiras. As linhas do fuso surgem 
  em forma de linhas centrais (ou contínuas) ou de linhas cromossomais. 
D- Anáfase
  Ocorre a separação das cromátides que se dá inicialmente 
  pelo centrômero e posteriormente ao longo de todo cromossomo. Cada unidade 
  tem seu próprio centrômero. Esta é a fase mais adequada 
  para visualizar a posição do centrômero . 
E - Telófase
  A membrana nuclear é reconstituída em torno de cada núcleo-filho 
  e os nucléolos reaparecem. A citocinese ocorre. 
Meiose
  Conceito
  A meiose é o processo que se verifica tanto nos órgãos 
  sexuais masculinos quanto femininos. Através da meiose os gametas ficam 
  com o número de cromossomos reduzidos à metade, ao estado denominado 
  haplóide. Quando o gameta de origem materna se une ao gameta de origem 
  paterna o número de cromossomos característico da espécie 
  é restabelecido. 
  A meiose é um processo divisional, que, a partir de uma célula 
  inicial com 2n cromossomos, leva à formação de células 
  filhas com metade desse número. Também é definida como 
  o processo que envolve duas divisões sucessivas do núcleo, acompanhada 
  de uma só redução no número de cromossomos. 
  A divisão meiótica compreende 2 fases: a reducional (meiose I) 
  e a equacional (meiose II). 
Descrição das Fases
A - Intérfase
  Na intérfase o núcleo apresenta-se bem individualizado pela presença 
  da membrana nuclear. Os cromossomos começam a se diferenciar, engrossando-se 
  e tornando-se mais visível. Ocorre a divisão longitudinal do cromossomo 
  e replicação da informação genética, no modelo 
  semi-consevativo. 
  B - Prófase I
  A prófase I é estudada através de seus vários estágios 
  dados a seguir. 
  B.1 - Leptóteno (filamentos finos)
  É a fase inicial da prófase da primeira divisão meiótica. 
  Os cromossomos aparecem unifilamentares (apesar da replicação 
  já ter ocorrido) e as cromátides são invisíveis. 
  A invisibilidade das cromátides permanece até a sub-fase de paquíteno. 
  B.2. Zigóteno
  Durante o estágio de zigóteno cada cromossomo parece atrair o 
  outro para um contato íntimo, à semelhança de um ziper. 
  Este pareamento, denominado sinapse, é altamente específico e 
  ocorre entre todas as seções homólogas dos cromossomos, 
  mesmo se essas seções estão presentes em outros cromossomos 
  não homólogos. 
  Sabemos que para cada cromossomo contribuído por um pai, existe um que 
  lhe e homólogo, contribuído pelo outro progenitor. São 
  esses os cromossomos que se pareiam. 
  B.3. Paquíteno
  O paquíteno é um estágio de progressivo encurtamento e 
  enrolamento dos cromossomos que ocorre após o pareamento no zigóteno 
  ter sido completado. No paquíteno as duas cromátides irmãs 
  de um cromossomo homólogo estão associados às duas cromátides 
  irmãs de seus homólogos. Esse grupo de 4 cromátides é 
  conhecido como bivalente ou tétrades e uma série de troca de material 
  genético ocorre entre cromátides não irmãs de homólogos 
  (Crossing-over) 
  O paquíteno é também o estágio em que uma estrutura 
  chamada de complexo sinaptonêmico pode ser observada entre os cromossomos 
  através de microscópios eletrônicos. Ele aparece como faixas 
  de 3 componentes longitudinais organizados em 2 camadas laterais de elementos 
  densos e a central constituída basicamente de proteínas. O complexo 
  permite que os cromossomos estejam em um contato mais íntimo e mais preciso. 
  B.4. Diplóteno
  No estágio de diplóteno cada cromossomo age como se repelisse 
  o pareamento íntimo estabelecido entre os homólogos, especialmente 
  próximo ao centrômero. Talvez isso ocorra devido ao desaparecimento 
  da força de atração existente no paquíteno ou devido 
  a uma nova força de repulsão que se manifesta. 
  A separação é impedida em algumas regiões, em lugares 
  onde os filamentos se cruzam. Essas regiões ou pontos de intercâmbios 
  genéticos, são conhecidas por quiasmas. Uma tétrade pode 
  apresentar vários quiasmas dando figuras em configuração 
  de V, X, O ou de correntes. Em muitos organismos suas posições 
  e número parecem ser constantes para um particular cromossomo. 
  B.5. Diacinese
  Na diacinese a espiralização e contração dos cromossomos 
  continua até eles se apresentarem como corpúsculos grossos e compactos. 
  Durante a fase final desse estágio ou início da metáfase 
  I, a membrana nuclear dissolve e os bivalentes acoplam-se, através de 
  seus centrômeros, às fibras do fuso cromático. O nucleolo 
  desaparece. O número de quiasma é reduzido devido a terminalização. 
  A terminalização é um processo pelo qual, dado o encurtamento 
  dos filamentos e a força de repulsão existente entre homólogos, 
  os quiasmas vão sendo empurrados para alguns se escaparem por completo. 
  C - Metáfase I
  Nessa fase os bivalentes orientam-se aleatoriamente sobre a placa equatorial. 
  Em geral os cromosssomos estão mais compactos que aqueles da fase correspondente 
  da mitose e permitem uma contagem das unidades que estão presentes na 
  parte mediana da célula. 
  D - Anáfase I
  Nessa fase inicia a movimentação das díades para pólos 
  opostos, mas não há rompimento dos centrômeros. Nesse caso 
  há movimento de cromossomos inteiros para pólos opostos e, consequentemente, 
  essa fase reduz o número de cromossomos a metade. 
  Essa fase é adequada ao estudo da posição dos centrômeros, 
  pois as cromátides se abrem permanecendo unidas apenas pelos centrômeros 
  e assim apresentando especiais. Nessa fase ainda ocorre algumas quebras de quiasmas 
  que ainda restaram. 
  E - Telófase I
  Como na mitose os dois grupos formados ou aglomerados nos pólos passam 
  por uma série de transformações: A identidade das díades 
  começa a desaparecer, os filamentos tornam-se a desespiralizar (perda 
  de visibilidade). Os núcleos não chegam ao repouso total, pois 
  logo após começa a se preparar para a segunda divisão meiótica. 
  Variando de acordo com o organismo, uma divisão do citoplasma pode ou 
  não se verificar imediatamente após a separação 
  dos dois núcleos. 
  F - Intercinese
  Fase que vai desde o final da primeira divisão até o início 
  da segunda divisão. Essa fase difere da intérfase por não 
  ocorrer a replicação da informação genética, 
  tal como ocorre na intérfase. 
  G - Prófase II
  Essa fase é muito mais simples que a prófase I, pois os cromossomos 
  não passam por profundas modificações na intercinese. Ocorre 
  os seguintes fenômenos: desaparecimento da membrana nuclear; formação 
  do fuso cromático e movimentação das díades para 
  a placa equatorial. 
  H - Metáfase II
  Os cromossomos, agora em número reduzido à metade, alinham-se 
  na placa equatorial da célula. 
  I- Anáfase II
  Os centrômeros se dividem permitindo a separação das cromátides 
  irmãs migrarem para pólos opostos. Essas cromátides poderão 
  carregar informação genética diferente caso tenha ocorrido 
  permuta durante a prófase I (paquíteno). 
  J - Telófase II
  - Os cromossomos atingindo os pólos se aglomeram e as novas células 
  são reconstituídas. Após a citocinese forma-se um grupo 
  de 4 células haplóides denominadas de tétrades. Cada célula 
  dessa meiose irá conter um grupo de cromossomos não homólogos. 
  
  Fonte: http://www.ufv.br/dbg/labgen/divcel.html
  SITE NAO COPIADO: http://www.escolavesper.com.br/divisao_celular.htm