Divisão Celular


Existem basicamente dois tipos de divisão celular: a mitose e a meiose. Uma célula, dividindo-se por mitose, dá origem a duas novas células com o mesmo número de cromossomos da célula inicial. A mitose é importante no crescimento dos organismos multicelulares e nos processos de regeneração de tecidos do corpo.
Na meiose, uma célula dá origem a quatro novas células com a metade do numero de cromossomos da célula inicial. A meiose é importante para a variabilidade gênica, sendo um tipo de divisão que ocorre no processo de formação do gametas nos indivíduos que apresentam reprodução sexual.
A reprodução é uma propriedade fundamental das células. As células se reproduzem através da duplicação de seus conteúdos e posterior divisão em duas células filhas, este processo é a garantia de uma sucessão contínua de células identicamente dotadas. Em organismos unicelulares, existe uma pressão seletiva para que cada célula cresça e se divida o mais rápido possível, porque a reprodução celular é responsável pelo aumento do número de indivíduos. Nos organismos multicelulares, a produção de novas células através da duplicação permite a divisão do trabalho, no qual grupos de células tornam-se especializados em determinada função. Essa multiplicação celular porém, tem que ser regulada porque a formação de novas células tem que compensar a perda de células pelos tecidos adultos. Um indivíduo adulto possui 10 x10 13 , todas derivadas de uma única célula, o óvulo fecundado. Mesmo em um organismo adulto, a multiplicação celular é um processo contínuo. O homem possui 2,5x10 13 eritrócitos, cujo tempo de vida médio e de 10 7 segundos ( 120 dias ) para manter esses níveis constantes são necessárias 2, 5 milhões de novas células pôr segundo. Apesar de inúmeras variações existentes, os diferentes tipos celulares apresentam um nível de divisão tal que é ótimo para o organismo como um todo, porque o que interessa é a sobrevivência do organismo como um todo e não de uma célula individual. Como resultado as células de um organismo dividem -se em níveis diferentes. Algumas, como os neurônios nunca se dividem. Outras, como as epiteliais, dividem-se rápida e continuamente.

Ciclo Celular
O ciclo é dividido em duas etapas básicas: a intérfase e a mitose. Tanto a intérfase como a mitose apresentam-se subdivididas em períodos ou fases. Os períodos da interfase são: G1, S e G2. As Fases da mitose são: prófase, metáfase, anáfase e telófase. A intérfase é sempre a fase mais demorada do que a mitose, correspondendo a 90% a 95% do tempo total gasto por uma célula durante o seu ciclo.
O ciclo celular compreende os processos que ocorrem desde a formação de uma célula até sua própria divisão em duas células filhas. A principal característica é sua natureza cíclica. O estudo clássico da divisão celular estabelece duas etapas no ciclo celular; de um lado aquela em que a célula se divide originando duas células descendentes e que é caracterizada pela divisão do núcleo ( mitose ) e a divisão do citoplasma ( citocinese ). A etapa seguinte, em que a célula não apresenta mudanças morfológicas, é compreendida no espaço entre duas divisões celulares sucessivas e foi denominada de intérfase. Pôr muito tempo os citologistas preocuparam-se com o período de divisão, e a interfase era considerada como uma fase de repouso. Mais tarde observou-se, no entanto, que a interfase era uma fase de atividade biossintética intensa, durante a qual a célula duplica seu DNA e dobra de tamanho. O estudo do ciclo celular sofreu uma revolução nos últimos anos. No passado o ciclo era monitorado através de M.O e o foco de atenção era a segregação dos cromossomos que é a parte microscopicamente visível. Técnicas especiais de estudo como a radiautografia permitiram demonstrar que a duplicação do DNA ocorre em determinado período da interfase o que permitiu a divisão da interfase em 3 estágios sucessivos, G1, S e G2, o que compreende em geral cerca de 90% do tempo do ciclo celular. Onde G1 compreende o tempo decorrido entre o final da mitose e inicio da síntese. O período S corresponde ao período de duplicação do DNA e o período G2, o período entre o final da síntese e o inicio da mitose.

Período G1: Este período se caracteriza por uma intensa síntese de RNA e proteínas, ocorrendo um marcante aumento do citoplasma da célula - filha recém formada. É nesta fase que se refaz o citoplasma, dividido durante a mitose. No período G1 a cromatina esta esticada e não distinguível como cromossomos individualizados ao MO. Este é o estágio mais variável em termos de tempo. Pode durar horas, meses ou anos. Nos tecidos de rápida renovação, cujas células estão constantemente em divisão, o período G1 é curto; como exemplo temos o epitélio que reveste o intestino delgado, que se renova a cada 3 dias. Outro tecido com proliferação intensa é a medula óssea, onde se formam hemácias e certos glóbulos brancos do sangue. Todos estes tecidos são extremamente sensíveis aos tratamentos que afetam a replicação do DNA (drogas e radiações ), razão pela qual são os primeiros a lesados nos tratamentos pela quimioterapia do câncer ou na radioterapia em geral. Outros tecidos não manifestam tão rapidamente lesões por apresentarem proliferação mais lenta, tal como ocorre na epiderme ( 20 dias ) e no testículo (64 dias ). Tecidos cujas células se reproduzem muito raramente, como a fibra muscular, ou que nunca se dividem, como os neurônios do tecido nervoso, o ciclo celular esta interrompido em G1 em um ponto específico denominado G0.

Período S: Este é o período de síntese. Inicialmente a célula aumenta a quantidade de DNA polimerase e RNA e duplica seu DNA. As duas cadeias que constituem a dupla hélice separam-se e cada nucleotídeo serve de molde para a síntese de uma nova molécula de DNA devido a polimerização de desoxinucleotídeos sobre o molde da cadeia inicial, graças a atividade da DNA polimerase. Esta duplicação obedece o pareamento de bases onde A pareia com T e C com G e como resultado teremos uma molécula filha que é a replica da molécula original. A célula agora possui o dobro de quantidade de DNA. O estudo das alterações provocadas no DNA por radiações ultravioletas ou raio X, demonstrou que nem sempre o efeito dessas radiações era letal. A analise deste fenômeno levou ao conhecimento de vários tipos de mecanismos de reparação do DNA das células. Nas células normais as alterações produzidas por radiações são reparadas antes de terem tempo de se transmitirem as células - filhas. Este sistema possui grande importância na seleção evolutiva das espécies, pois teriam uma condição essencial para o desenvolvimento de organismos com quantidades cada vez maiores de DNA e com maior número de células.

Período G2: O período G2 representa um tempo adicional para o crescimento celular, de maneira que a célula possa assegurar uma completa replicação do DNA antes da mitose. Neste período ocorre uma discreta síntese de RNA e proteínas essenciais para o inicio da mitose. É considerado o segundo período de crescimento. Apesar desta divisão nos períodos de crescimento, atualmente sabe-se que ele é um processo continuo, sendo interrompido apenas brevemente no período de mitose. A célula agora esta preparada para a mitose, que é a fase final e microscopicamente visível do ciclo celular.

CONTROLE DO CICLO CELULAR

O ciclo celular é regulado pela interação de proteínas. Essas proteínas compõem o Sistema de Controle que conduz e coordena o desenvolvimento do ciclo celular. Essas proteínas surgiram a bilhões de anos e tem sido conservadas e transferidas de célula para célula ao longo da evolução O ciclo celular em organismos multicelulares, é controlado por proteínas altamente específicas, denominadas de fatores de crescimento. Os fatores de crescimento regulam a proliferação celular através de uma rede complexa de cascatas bioquímicas que por sua vez regulam a transcrição gênica e a montagem e desmontagem de um sistema de controle. São conhecidas cerca de 50 proteínas que atuam como fatores de crescimento, liberados por várias tipos celulares. Para cada tipo de fator de crescimento, há um receptor específico, os quais algumas células expressam na sua superfície e outras não. Os fatores de crescimento podem ser divididos em duas grandes classes: 1) Os fatores de crescimento de ampla especificidade, que afetam muitas classes de células, como por exemplo o PDGF ( fator de crescimento derivado das plaquetas) e o EGF ( fator de crescimento epidérmico ). A segunda classe de fatores de crescimento são os Estreita especificidade, que afetam células específicas. A proliferação celular depende, de uma combinação específica de fatores de crescimento. Alguns FC estão presentes na circulação, porém a maioria dos FC é originada das células da vizinhança da célula afetada e agem como mediadores locais. Os FC além de serem responsáveis pela regulação do crescimento e da divisão celular estão também envolvidos em outras funções como: sobrevivência, diferenciação e migração celular.

FATORES DE CRESCIMENTO E CONTROLE DO CICLO CELULAR

Os fatores de crescimento liberados ligam-se a receptores de membrana das células alvo. A formação do complexo receptor - ligante, dispara a produção de moléculas de sinalização intracelular. Essas moléculas são responsáveis pela ativação de uma cascata de fosforilação intracelular, que induz a expressão de genes. O produto da expressão destes genes são os componentes essenciais do Sistema de Controle do Ciclo celular, que é composto pricipalmente por duas famílias de proteínas: 1. CdK ( cyclin - dependent protein Kinase ) que induz a continuidade do processo através da fosforilação de proteinas selecionadas 2. Cyclins que são proteínas especializadas na ativação de proteínas. Essas proteínas se ligam a CdK e controlam a fosforilação de proteínas alvo. São reconhecidas duas familias de Cyclins: Cyclins G1 e Cyclins G2 O ciclo de montagem, ativação e desmontagem do complexo cyclin-CdK são os eventos bases que dirigem o ciclo celular. O ciclo é regulado para parar em pontos específicos. Esses pontos permitem que o sistema de controle sofra influência do meio. Nesses pontos de parada são realizados check up. São reconhecidos dois pontos de Check point:
- Em G1 - antes da célula entrar na fase S do ciclo
- Em G2 antes da célula entrar em mitose. Nestes pontos são checados as condições do meio extracelular e da própria célula.
O controle do ciclo nesses pontos é realizado por duas famílias de proteínas: No período G1 ocorre a montagem do complexo Cyclin-CdK que fosforiliza proteínas especificas induzindo a célula a entrar no período S. O complexo se desfaz com a desintegração da cyclin. No período G2 as cyclins mitóticas ligam-se a proteínas CdK formando um complexo denominado de MPF (M.phase Promiting Factor ) que é ativado por enzimas e desencadeiam eventos que levam a célula a entrar em mitose. O complexo é desfeito pela degradação da cyclin mitótica quando a célula esta entre a metáfase e anáfase induzindo a célula a sair da mitose. Assim cada passo da ativação ou desativação marca uma transição no ciclo celular. Essa transição por sua vez iniciam reações que servem de gatilhos para a continuidade do processo. Existem duas preposições para explicar a atuação do sistema de controle: Cada bloco indica um processo essencial no ciclo ( Replicação do DNA, síntese de proteínas, formação do fuso..) Na hipótese A. cada processo ativa o processo seguinte, num efeito dominó. A hipótese B ajusta-se melhor ao ciclo celular onde os sistemas de controle do ciclo ativam a continuidade do processo.

MITOSE

A mitose ( do grego: mitos = filamento ) é um processo de divisão celular, característico de todas as células somática vegetais e animais. É um processo continuo que é dividido didaticamente em 5 fases: Profáse, metáfase, anáfase, telófase, nas quais ocorrem grande modificações no núcleo e no citoplasma. O desenvolvimento das sucessivas fases da mitose são dependentes dos componentes do aparelho mitótico.
Aparelho Mitótico
O aparelho mitótico é constituído pelos fusos, centríolos, ásteres e cromossomos. O áster é um grupo de microtúbulos irradiados que convergem em direção do centríolo. As fibras do fuso são constituídas por:
1. Microtúbulos polares que se originam no polo.
2. Microtúbulos cinetecóricos, que se originam nos cinetecóro
3. Microtúbulos livres.
Cada cromossomo é composto por duas estruturas simétricas: as cromátides, cada uma delas contém uma única molécula de DNA. As cromátides estão ligadas entre si através do centrômero, que é uma região do cromossomo que se liga ao fuso mitótico, e se localiza num segmento mais fino denominado de constrição primária.
Intérfase:
Na intérfase o núcleo das células apresenta: Carioteca, nucleoplasma, nucléolo e cromatina, característicos. Nesse período há intensa atividade celular e síntese de RNA. Quando a célula inicia divisão, observa-se alterações no núcleo que vão caracterizar as fases da mitose.
É na intérfase que ocorre a duplicação dos cromossomos, antes de iniciar a divisão. A intérfase é caracterizada pelos períodos: G1 (quantidade de DNA constante), S (duplicação do DNA) e G2 (inicia-se a mitose, quantidade de DNA retorna à quantidade inicial).
Mitose
Processo pelo qual as células de animais se dividem, produzindo, cada uma, duas células idênticas à original. A reprodução de células-filhas iguais à original tem como finalidade repor as células mortas no organismo, ou possibilitar o aumento do número delas nos processos de crescimento. Outro processo de divisão celular é a meiose, que produz quatro células com metade dos cromossomos da célula-mãe. No período que antecede a mitose, ocorre a duplicação dos cromossomos, numa fase denominada de interfase. Então, os filamentos simples de cromossomos passam a ser duplos, recebendo o nome de cromátides. Nas células humanas, os 23 cromossomos passam a ser 23 pares, unidos por um ponto denominado centrômero. A divisão da célula realiza-se em quatro diferentes fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
- Prófase: Fase inicial da mitose, nota-se alterações no núcleo e no citoplasma, os cromossomos já duplicados começam a se condensar, tornando-se visíveis. Enquanto os cromossomos estão se condensando, o nucléolo começa a se tornar menos evidente, desaparecendo ao final da prófase. No citoplasma ocorre modificações no centro celular e nos microtúbulos do citoesqueleto. No início da prófase, os microtúbulos do citoesqueleto se desorganizam e as moléculas de tubulina que os compõem ficam livres no citosol, que irão compor o fuso mitótico. As fibras do áster dispõem-se radialmente apartir de cada centro celular. Essas fibras mais longas, agora formadas, partem de cada áster em direção à região equatorial da célula e recebe o nome de fibras polares. Ao final da prófase, surgem no centrômero de cada cromossomo duplicado duas estruturas especializadas, denominadas cinetócoros.
- Metáfase: Os cromossomos encontram-se alinhados em um mesmo plano na região equatorial da célula, denominado placa metafásica ou equatorial. Enquanto os cromossomos permanecem estacionários, verifica-se no citoplasma intensa movimentação de partículas e organelas, que se dirigem eqüitativamente para pólos opostos da célula.
- Anáfase: Inicia-se no momento em que o centrômero de cada cromossomo duplicado divide-se longitudinalmente, separando as cromátides-filhas. Assim que se separam, passam a ser chamados cromossomos-filhos e são puxados para os pólos opostos da célula, orientados pela fibra do fuso. Quando os cromossomos-filhos atingem os pólos das células, termina a anáfase. Assim, cada pólo recebe o mesmo material cromossômico, uma vez que cada cromossomo-filho possui a mesma informação genética.
- Telófase: Ocorre praticamente o inverso do que ocorreu na prófase: a carioteca se reorganiza, os cromossomos se descondensam, o cinetócoro e as fibras cinetocóricas desaparecem e o nucléolo se reorganiza. Os dois núcleos-filhos adquirem ao final da telófase o mesmo aspecto de um núcleo interfásico. As fibras polares não desaparecem nessa etapa, ficando restritas ao citoplasma.

MEIOSE

Processo de divisão celular no qual células diplóides, ou seja, com dois lotes de cromossomos, dão origem a quatro células haplóides, com apenas um lote de cromossomos. Essa forma de divisão possibilita a formação dos gametas (células sexuais). Nas células humanas diplóides existem 46 cromossomos. Através da meiose, elas passam a ter 23 cromossomos. No processo de fecundação humana, ocorre a união de dois gametas dos pais, resultando em um ovo com 46 cromossomos. A meiose é responsável pela diversificação do material genético nas espécies. A reprodução sexuada permite a mistura de genes de dois indivíduos diferentes da mesma espécie para produzir descendentes que diferem entre si e de seus pais em uma série de características. A meiose ocorre em duas etapas que, por sua vez, se subdividem em prófase, prómetafase, metáfase, anáfase e telófase. A fase que antecede a meiose é conhecida como interfase, quando os cromossomos da célula se duplicam e se apresentam como filamentos duplos, as cromátides. Dividimos em duas etapas: Meiose I e Meiose II.
Resumidamente, a meiose é um mecanismo destinado à distribuição das unidades hereditárias ou genes, permitindo sua recombinação independente e ao acaso. Com a distribuição aleatória dos homólogos maternos e paternos entre as células-filhas na divisão meiótica I, cada gameta recebe uma mistura diferente de cromossomos maternos e paternos.
Deste processo, um indivíduo poderia, a princípio, produzir 2n gametas diferentes, onde n é o número de haplóide de cromossomos. Em seres humanos, por exemplo, cada indivíduo pode produzir, no mínimo, 223 = 8,4 x 106 gametas geneticamente diferentes.
Porém, o número de variantes é muito maior, devido ao crossing-over, fenômeno que ocorre durante a longa prófase da divisão meiótica I. Este processo proporciona uma mistura da constituição genética de cada um dos cromossomos nos gametas.
A recombinação genética que decorre do crossing-over pode, eventualmente, traduzir-se numa vantagem evolutiva a uma espécie, ao longo dos anos.
A prófase I da meiose I foi dividida em 5 subfases consecutivas: Leptóteno, Zigóteno, Paquíteno, Diplóteno e Diacinese.
As fases da Meiose I
Prófase I:
- Leptóteno: Cada cromossomo é formado por duas cromátides. No leptóteno, os cromossomos duplicados iniciam a sua condensação, podendo-se notar a presença de regiões mais condensadas, chamadas cromômeros.
- Zigóteno: A condensação dos cromossomos progride e os homólogos pareiam-se num processo denominado Sinapse. O início do pareamento ocorre no zigóteno e se completa no paquíteno. Na mitose não há pareamento de homólogos.
- Paquíteno: Os cromossomos homólogos já estão perfeitamente emparelhados, sendo possível visualizá-los melhor. Cada par de cromossomos homólogos possui 4 cromátides, constituindo uma tétrade ou bivalente, formada por :
• - Cromátides- irmãs: Originam de um mesmo cromossomo;
• - Cromátides- homólogas: Originam de cromossomos homólogos.
Duas cromátides homólogas podem sofrer uma ruptura na mesma altura e os dois pedaços podem trocar de lugar, realizando assim, uma Permutação ou Crossing-Over. Em virtude do crossing-over, ocorre recombinação gênica, processo importante no aumento da variabilidade gênica da espécie.
- Diplóteno: Cromossomos homólogos começam a se afastar, mas permanecem ligados por regiões onde ocorreu crossing-over. Tais regiões constituem os quiasmas. O número de quiasmas fornece, então, o número de permutações ocorridas.
- Diacinese: Continua a ocorrer condensação dos cromossomos e a separação dos homólogos. Com isso, os quiasmas vão escorregando para as pontas das cromátides, processo denominado Terminalização dos Quiasmas.
Metáfase I:
Os cromossomos duplicados e pareados permanecem dispostos no equador da célula. Os cromossomos atingem o máximo de condensação e os quiasmas mantêm os cromossomos homólogos unidos.
Anáfase I:
Caracteriza-se pelo deslocamento dos cromossomos para os pólos. O par de cromossomos homólogos separa-se, indo um cromossomo duplicado de cada par para um pólo da célula.
Não ocorre divisão do centrômero. Essa é uma importante diferença entre a anáfase da mitose e da meiose. Encontram-se 2n cromossomos não duplicados em cada pólo da célula e na meiose I encontram-se n cromossomos duplicados a esses cromossomos duplos da meiose I, isto é, às duas cromátides ligadas pelo centrômero dá-se o nome de Díades.
Telófase I:
Com a chegada das díades aos pólos, termina a anáfase I e tem início a telófase I. O que ocorre na telófase I da meiose é bastante semelhante ao que acontece na telófase da mitose: os cromossomos desespiralizam-se, a carioteca e o nucléolo reorganizam-se e ocorre a citocinese.
As Fases da Meiose II:
É extremamente semelhante à mitose. A formação de células haplóides a partir de outras haplóides só é possível porque ocorre, durante a meiose II, a separação das cromátides que formam as díades. Cada cromátide de uma díade dirige-se para um pólo diferente e já pode ser chamada cromossomo-irmão.