Escola: Centro de Ensino Médio Setor Leste

Alunas: Luana, Andrielly e Thayara e Flávia

Professor: João Couto  Série: 1° F

Disciplina: Biologia

 

 

 

Citologia
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Brasília, Março de 2005

 

  

                                                                                                                                               

A CÉLULA: HISTÓRICO E CONCEITO

A parte da Biologia que estuda a célula recebe o nome de Citologia. O termo célula é na verdade, impróprio para caracterizá-la. Isso porque esse termo foi usado pela primeira vez por Robert Hooke, em 1665; quando ele observava em um microscópio rudimentar um fragmento de cortiça (tecido vegetal da casca de caules velhos). Neste fragmento, viu uma grande quantidade de pequeninos espaços vazios, que assim resolveu-se chamar de células. Hooke mostrou também que a estrutura celular não era restrita à cortiça, pois a encontrou em muitos outros vegetais.                                                                                            Só muito tempo depois, que outros cientistas conseguiram, com equipamentos mais avançados, ver a célula viva e descobrir que ela não era um espaço vazio, mas um corpo cheio de conteúdo e com funções muito importantes. Mas mesmo assim, o nome CÉLULA nunca foi mudado... 

 

DIVERSIDADE CELULAR

As células podem diferir muito uma das outra, pois cada função específica exige uma forma adequada. Os organismos unicelulares, por exemplo, apresentam uma enorme variedade quanto à forma e seu tipo de vida. Também nos organismos pluricelulares, as formas das células variam.

 

DIMENSÕES DA CÉLULA

Medidas usadas em microscopia:

1mm (um micrometro) = 0,001 mm

1nm (um nanômetro) = 0,000001 mm

1A (um angstrom) = 0,0000001 mm

A maioria das células tem dimensões microscópicas, medidas em micrometros; como é o caso das bactérias que são as menores células que se encontram, com cerca de 0,2 mm e 0,3 mm. Mas existem também, células macroscópicas, como a gema do ovo, a fibra de algodão.

Algumas células são teoricamente macroscópicas. É o caso das fibras dos músculos das coxas que seu comprimento é medido em centímetros, e os neurônios, que seu comprimento é medido em metros; mas as suas espessuras estão medidas em micrômetros.

 

DIVISÃO CELULAR

A divisão celular é um processo importante para a multiplicação, regeneração, crescimento dos tecidos e reprodução. Existem dois tipos básicos de divisão:

 

Mitose

A célula-mãe divide-se, originando duas filhas com o mesmo número de cromossomos da mãe, em cada. A mitose é realizada na reprodução de organismos unicelulares e no crescimento e reparação dos pluricelulares.

Meiose Participa na reprodução de gametas, reduzindo o número de cromossomos à metade. A célula-mãe diplóides gera células filhas haplóides. A meiose ocorre por duas divisões celulares sucessivas, gerando quatro células.

 

CÉLULA EUCARIOTA E PROCARIOTA

Procariota>>

Em alguns organismos inferiores, podemos observar que a célula não possui um núcleo visível e individualizado, onde dentro se encontra o material genético. Pelo contrário, falta-lhe a membrana celular. Assim tem se a impressão de que a célula não possui núcleo, mas na verdade, ele apenas não está dividido, e sim, está disperso pelo citoplasma. As células com estas características são chamadas de células procariotas, e os organismos compostos por esses tipos de células, são os procariontes. Como exemplo, as bactérias.

Eucariota>>

Todos os demais seres possuem células com núcleo bem individualizado. Tais seres são chamados eucariontes, e suas células visivelmente nucleadas, são chamados células eucariotas.

 

COMPONENTES QUÍMICOS DA CÉLULA

Substâncias e reações químicas se apresentam semelhantemente nas células dos mais variados organismos vivos. Mas que substâncias são essas que permitem que ocorram reações químicas das quais depende a vida?

Os componentes químicos das células podem ser divididos em dois grupos:

Orgânicos:

- glicídios

- lipídios

- protídios

- vitaminas

- ácidos nucléicos

Inorgânicos:

- água

- sais minerais

Os compostos orgânicos possuem obrigatoriamente em suas moléculas, o elemento CARBONO, ao contrário dos compostos inorgânicos. Mas há substâncias como o MONÓXIDO e o DIÓXIDO DE CARBONO, cujas propriedades são típicas dos compostos inorgânicos, embora apresentem CARBONO em suas moléculas. Por isso, alguns bioquímicos consideram tais substâncias como COMPOSTOS DE TRANSIÇÃO.

A tabela abaixo demonstra os percentuais médios com que se apresentam os principais elementos químicos das células:

PRINCIPAIS ELEMENTOS:

Água

65%

Protídeos

14%

Lipídios

8%

Glicídios

5%

Sais Minerais

4%

Ácidos Nucleicos

3%

Outros Compostos

1%

Total

100 %

 

 

  1) COMPONENTES INORGÂNICOS DA CÉLULA

ÁGUA

De todas as substâncias componentes da célula, a água é a que se encontra em proporção maior. Tal proporção varia com a espécie. Por exemplo, nos cnidários sua proporção pode chegar a 98%, nos moluscos é um pouco menor do que 80%, na espécie humana varia entre 60 e 70%. Dentro da mesma espécie, a proporção de água varia nos diferentes tecidos. Assim, nos tecidos musculares e nervosos sua proporção é de 70 a 80%, enquanto que no tecido ósseo é de cerca de 25%.
 Como nas reações metabólicas a água pode funcionar como reagente ou formar-se como produto, em células co-intensa atividade metabólica a proporção de água é elevada. A proporção de água varia, ainda, com a idade do organismo. Nos embriões, a quantidade de água é maior do que nos adultos que é maior de que nos velhos e assim por diante.
 Na molécula de água, os átomos de hidrogênio unem-se aos átomos de oxigênio por ligações covalentes, formando um ângulo de aproximadamente 105º. Portanto, a molécula de água não é linear. Devido a essa estrutura molecular, surge uma polaridade na molécula, que se torna fortemente eletronegativa na região do oxigênio; e eletropositivo no pólo contrário, devido aos prótons dos átomos de hidrogênio. Graças a essa polaridade, cada molécula de água em seu estado natural encontra-se rodeada de outras quatro moléculas de água. Nesses conjuntos, os átomos de oxigênio de uma molécula, polarizados negativamente, são atraídos por prótons dos átomos de outras moléculas.
 A atração entre o átomo de oxigênio de uma molécula e o átomo de hidrogênio de outra molécula denomina-se ponte de hidrogênio. É devido às pontes de hidrogênio que a água é bastante resistente a mudanças de temperatura. Entre todas as substâncias conhecidas, a água é a que apresenta um dos maiores calores específicos (1cal/gºC).
 

 Enquanto que, por exemplo, para aumentar de 1ºC a temperatura de uma 1g de álcool é necessária apenas 0,5cal, para causar esse mesmo aumento de temperatura em 1g de água é necessário o dobro desse valor. Devido ao elevado calor específico, a água contida nos organismos vivos conserva praticamente constante a sua temperatura em relação ao meio ambiente. Deve-se provavelmente a tal propriedade o fato de terem sido os oceanos o meio ideal para a origem da vida e para a evolução das formas mais primitivas dos seres vivos.
A Água Como Solvente - Grande número de substâncias nos seres vivos é encontrado em solução. A polaridade das moléculas de água é a responsável pela capacidade que ela tem de dissolver as substâncias iônicas e as substâncias polares. Quando a substância é de natureza iônica, as moléculas polares da água tendem a separar os íons da substância. A figura abaixo mostra como isso ocorre.

 Em muitos casos, além de dissolver as substâncias, a água toma parte com reagente. Isto acontece, por exemplo, nas reações da digestão.

 

SAIS MINERAIS

Fundamentais para a matéria viva, os sais minerais são encontrados nos organismos sob duas formas básicas: insolúvel e solúvel.

- Insolúvel: acham-se imobilizados como componentes na estrutura esquelética.

- Solúvel: acham-se dissolvidos na água em forma de íons.

Fósforo

Funções:

Atua no sistema de tampão, faz parte da estrutura das membranas celulares, é componente essencial dos ácidos nucléicos.

Fontes:

queijos, gema de ovo, leite, carnes, peixes, aves, cereais de trigo integral, legumes, castanhas.

Deficiência:

manifestações neuromusculares, esqueléticas, hematológicas e renais.

Excesso:

Não conhecido.

Magnésio

Funções:

síntese protéica, contratilidade muscular, excitação dos nervos.

Fontes:

cereais de trigo integral, castanhas, carnes, leite, vegetais verdes, legumes.

Deficiência:

anorexia, falta de crescimento, alterações eletrocardiográficas e neuromusculares, tetania.

Excesso:

Não há referências.

Sódio

Funções:

regulação do fluído extracelular e do volume plasmático, condução do impulso nervoso e controle da contração muscular.

Fontes:

sais de cozinha, alimentos do mar, alimentos de origem animal, leite, ovos.

Deficiência:

normalmente não há.

Excesso:

hipertensão arterial.

 

 

 

Potássio

Funções:

manutenção do equilíbrio hídrico normal, equilíbrio osmótico e equilíbrio ácido-básico normais, regulação da atividade neuromuscular, crescimento celular.

Fontes:

frutas, leite, carnes, cereais, vegetais, legumes.

Deficiência:

fraqueza muscular, apatia mental, insuficiência cardíaca.

Excesso:

confusão mental, dormência nas extremidades, respiração fraca e enfraquecimento da ação cardíaca.

Cálcio

Funções:

crescimento, gestação, lactação, construção e manutenção dos ossos e dentes, formação do coágulo, transporte nas membranas celulares, transmissão nervosa e regulação dos batimentos cardíacos.

Fontes:

leite e derivados, sardinha, mariscos, ostras, repolho crespo, folhas de nabo, folhas de mostarda, brócolis.

Deficiência:

raquitismo, osteomalácia, osteoporose, escorbuto, tetania.

Excesso:

hipercalcemia, calcificação intensa nos tecidos delicados (rins, pulmões).

Ferro

Funções:

componente da hemoglobina e mioglobina, importante na transferência de O2.

Fontes:

fígado, carnes, gema de ovo, legumes, grãos integrais ou enriquecidos, vegetais verde-escuros, melaço escuro, camarão, ostras.

Deficiência:

anemia ferropriva, perdas sangüíneas não habituais, parasitas e má absorção.

Excesso:

lesão tecidual, ulceração de mucosas, acidose metabólica, dano hepático e alveolar e insuficiência renal (doses de 3 a 10g/dia).

Zinco

Funções:

constituinte de diversas enzimas e insulina, importante no metabolismo dos ácidos nucleicos.

Fontes:

leite, fígado, moluscos, arenque, farelo de trigo.

Deficiência:

alterações na gustação, diarréia, depressão mental, paranóias, dermatites oral e perioral, alopecia.

Excesso:

irritação gastrointestinal ou vômitos, deficiência de cobre.

Cobre

Funções:

constituinte de enzimas de ceruroplasmina e ritrocupreína no sangue; pode ser parte integral da molécula de DNA e RNA.

Fontes:

fígado, moluscos, grãos integrais, cerejas, legumes, rins, aves, ostras, chocolates, castanhas, cereais, frutas secas, mariscos, tecidos animais.

Deficiência:

não há ocorrência.

Excesso:

doença de Wilson.

 

Iodo

Funções:

integrante dos hormônios da tireódie.

Fontes:

sal de cozinha iodado, alimentos do mar, água e vegetais de regiões não bociogênicas.

Deficiência:

bócio simples ou endêmico.

Excesso:

não há referências.

Manganês

Funções:

ativador de diversas enzimas.

Fontes:

folha de beterraba, amora, grãos integrais, castanhas, legumes, frutas, chá.

Deficiência:

esterilidade, anomalias esqueléticas e ataxia de prole de mães deficientes.

Excesso:

sintomas semelhantes às doenças de Parkinson e Wilson.

Flúor

Funções:

reduz cáries dentárias e pode minimizar a perda óssea.

Fontes:

água potável, chá, café, arroz, soja, espinafre, gelatina, cebola, alface.

Deficiência:

aumento da incidência de cáries dentárias.

Excesso:

hipocalcemia e possível hiperparatireoidismo secundário.

Selênio

Funções:

antioxidante, associado ao metabolismo de gorduras e de vitamina E.

Fontes:

grãos, cebola, carne, leite.

Deficiência:

músculos flácidos, miopatia cardíaca, aumento de fragilidade das células vermelhas sangüíneas e degeneração proteica.

Excesso:

aumento da incidência de cáries dentárias.

 

2) COMPONENTES ORGÂNICOS DA CÉLULA

GLICÍDIOS

Os carboidratos são compostos orgânicos cujas moléculas são formadas de CARBONO, HIDROGÊNIO e OXIGÊNIO. Subdividem-se em vários grupos, sendo os mais importantes, os: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos.      Carboidratos ou hidratos de carbono, ou glúcides ou glicídios, são compostos formados à base do carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O). São conhecidos vulgarmente como açúcares e representam compostos mistos - aldeídicos ou cetônicos - de poliálcoois.                                                                                Nesses compostos, para cada átomo de carbono há 2 átomos de hidrogênio e 1 átomo de oxigênio, na proporção da molécula de água. Daí o nome hidrato de carbono, podendo-se representar cada uma dessas unidades por C(H2O). genericamente, os açúcares podem ser representados pela fórmula Cn(H2O)m onde n pode ou não ser igual a m.                                                                          Os carboidratos são elaborados pelas células vegetais através do processo da fotossíntese, e por certas bactérias, através da quimiosasíntese. Como reagentes são utilizados o bióxido de carbono (CO2) e a água (H2O). como fonte de energia é empregada a luz ou a energia proveniente de reações químicas. por isso os açúcares são compostos de alto teor energético. Podemos representar o processo pela equação simplificada:
Observa que como produto secundário da reação forma-se o oxigênio. Nesse processo, a energia foi incorporada nas moléculas do açúcar. Então, você deduz que, o processo sendo inverso, a energia seria liberada. É o que acontece nos seres vivos através da respiração.

Uma Classificação dos Carboidratos - Sob o aspecto biológico, os açúcares podem ser classificados em três categorias: monossacarídeos, dissacarídeos, polissacarídeos.
Monossacarídeos ou oses são açúcares que não sofrem hidrólise. Os que apresentam moléculas menores possuem nelas 3 átomos de carbono, e os de molécula maior, 7 átomos. Podem ser chamados trioses, tetroses, pentoses, hexoses e eptoses. Apresentam interesse biológico as pentoses e as hexoses.

A glicose é encontrada principalmente no mel e em muitas outras frutas (uvas, tamarindo, etc.) No sangue humano é encontrada na proporção de 70 a 110mg por 100ml de sangue. É o açúcar mais utilizado pelos seres vivos para fornecer-lhes energia.
A frutose é encontrada nas frutas e entra na composição do mel de abelhas. A galactose é um dos componentes do açúcar do leite. A ribose um dos componentes da molécula de RNA, e a desoxirribose, do DNA.
Dissacarídeos são açúcares que, por hidrólise, fornecem duas moléculas de monossacarídeos. São três os principais: maltose, sacarose e galactose.
* Maltose + H2O - Glicose + Glicose
* Sacarose + H2O - Glicose + Frutose
* Lactose + H2O - Glicose + Galactose

A sacarose é encontrada na cana-de-açúcar e na beterraba; a lactose no leite; a maltose forma-se por hidrólize do amido.
Polissacarídeos são açúcares constituídos de grande número de moléculas de monossacarídeos (1000 a 6000). Como exemplos de polissacarídeos citam-se o amido, o glicogênio e a celulose. O amido é produto de reserva das células vegetais. Pode ser encontrado em grande quantidade em certas raízes (mandioca, batata-doce), caules (batatinha) e sementes (trigo, arroz e milho). tem também, como os demais açúcares, um papel energético.
O glicogênio é o açúcar de reserva dos animais e dos fungos. Nos animais, acumula-se principalmente no fígado e nos músculos. A celulose forma a parede das células vegetais. Seu papel é a proteção e a sustentação dessas células. Há um polissacarídeo que, além do carbono, hidrogênio e oxigênio, apresenta na molécula o nitrogênio. Trata-se da quitina, encontrada na parede celular dos fungos e no exoesqueleto de animais artrópodes (insetos, aracnídeos, crustáceos, quilópodes e diplópodes).


LIPÍDIOS

Os lipídios são moléculas orgânicas que resultam da associação entre ácidos graxos e álcool. Insolúveis em água; são, no entanto, solúveis em solventes orgânicos. Os lipídios podem ser classificados em simples e complexos:

- Simples: possui em sua constituição apenas átomos de CARBONO, HIDROGÊNIO e OXIGÊNIO.

- Complexos: apresentam, além dos elementos contidos nos lipídios simples, átomos de FÓSFORO e HIDROGÊNIO.

Lipídios são misturas de substâncias orgânicas com predomínio de ésteres. Os lipídios apresentam as seguintes características físicas:
* são insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos (benzina, clorofórmio, éter e álcool);
* são untuosos ao tato;
* deixam manchas translúcidas no papel.
Sob o aspecto biológico, os lipídios são substâncias importantes porque, juntamente com a proteína, formam a membrana viva da célula (membrana plasmática, membrana nuclear) e as paredes de muitos orgânulos celulares (reticulo endoplasmático, mitocôndrias, complexo de Golgi, etc.). Na forma livre, são fornecedores de energia e podem acumular-se para constituir reserva energética e funcionar como isolante térmico (no tecido adiposo).
Os lipídios podem ser: simples, complexos e esteróides.
Os lipídios são simples quando, por hidrólise, fornecem ácidos graxos e álcoois. compreendem os glicerídeos e os cerídeos.

Nos glicerídeos, o álcool é a glicerina (álcool de 3 carbonos), enquanto que, nos cerídeos, álcool tem cadeia longa. Os glicerídeos Compreendem os óleos e as gorduras. Os óleos são derivados de ácidos graxos insaturados (com dupla ligação entre carbono) e são líquidos. As gorduras são derivados de ácidos graxos saturados (com ligações simples entre os carbonos) e são sólidos.

Como exemplos de cerídeos citam-se a cera de abelha e a cera de carnaúba.
Os lipídios complexos, por hidrólise, fornecem, além de ácidos graxos e álcoois, outras substâncias da natureza química diferente. Compreendem os fosfolipídios e os glicolipídios. Os fosfolipídios são misturas de éteres de ácidos graxos, álcoois nitrogenados e ácido fosfórico. Como exemplo citam-se a lecitina (componente da gema dos ovos) e a cefalina (encontrada no cerébro). Os glicolipídios são misturas de éteres de ácidos graxos, galactose e álcoois nitrogenados. Como exemplo citam-se os cerebrósides, encontrados no sistema nervoso.
Os esteróides são misturas de éteres de ácidos graxos e álcoois formados de várias cadeias carbônicas cíclicas (fechadas). Como exemplos citam-se o colesterol, o hormônio sexual masculino (testosterona), o hormônio sexual feminino (progesterona), o ergosterol, substância abundante no centeio que, em nosso organismo, por ação de radiações solares, transforma-se em vitamina D. Os vegetais possuem, na superfície das folhas, lipídios como cutina e a cera que impermeabilizam a superfície contra a evaporação excessiva da água.
 

 

VITAMINAS

As vitaminas são substâncias orgânicas especiais que atuam a nível celular como desencadeadoras da atividade de muitas enzimas fundamentais no processo metabólico dos seres vivos. O curioso é que elas são exigidas pelo organismo em doses mínimas. Cada vitamina possui um papel biológico diferente, por isso, não pode ser substituída por outra.                                                                             Elas são produzidas habitualmente nas estruturas das plantas e por organismos unicelulares. Os seres mais desenvolvidos necessitam obtê-las da alimentação. As vitaminas podem ser divididas em hidrossolúveis (solúveis em água) e lipossolúveis (solúveis em gordura).

Vitaminas

Principais Fontes

Doenças de Carência

A (Retinol ou Axerftol)

Vegetais verdes e amarelos; óleo de fígado de peixes; gema de ovo; leite.

Hemeralopia (cegueira noturna), xeroftalmia (cegueira total por ressecamento da córnea), pele seca e escamosa, diminuição da resistência a infecções.

D (Calciferol).

Óleo de fígado de peixes; gema de ovo; produzida na pele pela ação de raios solares.

Raquitismo (encurvamento de ossos por deficiência de cálcio).

E (Alfatocoferol)

Vegetais verdes; óleos vegetais; cereais; fígado bovino.

Anemia (diminuição de glóbulos vermelhos no sangue)

K (Naftoquinona)

Vegetais verdes; produzida por bactérias no intestino.

Enfraquecimento do processo de coagulação sanguínea, levando à hemorragia.

 

B¹ (Tiamina)

 

Cereais; legumes; nozes, fígado bovino.

 

Beribéri (fraqueza e inflamação dos nervos)

B² (Riboflavina)

Leite; hortaliças; ovo; queijo.

Rachamento da pele; deficiência visual.

PP (Niacina ou nicotinamida)

Carne; cereais; peixes; levedura.

Pelagra (diarréia e lesões cutâneas)

B6 (Piridoxina)

Cereais; gema de ovo; fígado bovino.

Anemia; convulsões (contrações musculares agitadas e desordenadas independentes da vontade).

B¹² (Cianocobalamina)

Fígado bovino; ovos; leite; carnes; peixes; ostras.

Anemia; lesões do sistema nervoso.

C (Ácido ascórbico)

Frutos cítricos e outros (tomate, acerola, kani-kama); batata; hortaliças.

Escorbuto (hemorragias internas e edemas articulares); gengivite; hemorragias nasais.

Biotina

Fígado bovino; leite; cereais; levedura; produzidas por bactérias intestinais.

Fadiga; depressão; náuseas; lesões cutâneas.

Ácido fólico

Hortaliças; germe de trigo; frutos; levedura; fígado bovino.

Anemia

Ácido pantotênico

Carne; cereais; ovos; legumes; levedura; nozes.

Lesões do sistema nervoso e digestivo.

 

ÁCIDOS NUCLEICOS

São moléculas muito complexas que produzem as células vivas e os vírus. Transmitem as características hereditárias de uma geração para a seguinte e regulam a síntese de proteínas.

 Os ácidos nucléicos são formados por subunidades chamadas nucleotídeos, que consistem em uma base nitrogenada, um açúcar de 5 carbonos e ácido fosfórico. Há duas classes de ácidos nucléicos, o ácido desoxirribonucléico (ADN), com uma estrutura em forma de dupla hélice e o ácido ribonucléico (ARN), formado por uma única cadeia helicoidal. O ADN tem a pentose desoxirribose e as bases nitrogenadas adenina, guanina, citosina e timina, e o ARN contém a pentose ribose e uracila em vez de timina.

 A especificidade do ácido nucléico reside na seqüência dos quatro tipos de bases nitrogenadas. Este código indica à célula como reproduzir uma cópia de si mesma ou as proteínas que necessita para sua sobrevivência. Nos mamíferos, as cadeias de ADN estão agrupadas formando cromossomos.

Os ácidos nucléicos são moléculas complexas produzidas pelas células, essenciais a todos os organismos vivos. Estas moléculas governam o desenvolvimento do corpo e suas características específicas, fornecendo a informação hereditária e dirigindo a síntese de proteínas. Este modelo gerado por computador mostra duas cadeias de ácido desoxirribonucléico (ADN) e sua estrutura em dupla hélice.

 

PROTÍDIOS

Mais de três aminoácidos até 100, unidos entre si, formam um polipeptídio. Mais que 100 aminoácidos, unidos entre si, formam uma proteína. Por exemplo, a hemoglobina, pigmento vermelho do sangue, é constituída de 574 aminoácidos. Faz exceção a insulina, uma proteína relativamente pequena que contém 51 ligações peptídicas.

As proteínas são as substâncias fundamentais dos seres vivos. Toam parte nas estruturas membranosas, tubulares, filamentares e granulares de todas as células. São constituintes dos ossos (osseína), dos músculos (actina, miosina, mioglobina), do sangue (albumina, globulina, protrombina, fibrinogênio), da pele (queratina), dos tendões, dos nervos, dos hormônios, dos anticorpos e das enzimas. O radical -NH2 das proteínas funciona como base e o radical -COOH funciona como ácido. Conforme a igualdade do número desses radicais ou o predomínio de um sobre o outro, as proteínas podem ser neutras, básicas ou ácidas. Daí a importância do pH das soluções onde elas se encontram.
Entre os alimentos ricos em proteínas podemos mencionar o leite e derivados (queijo, requeijão, iogurte, coalhada), a carne, os ovos, os legumes (feijão, vagem, soja, ervilha, lentilha, tremoço, amendoim, grão-de-bico, etc.).

 

As células vegetais sintetizam os 20 tipos de aminoácidos componentes das proteínas de que nós necessitamos, enquanto que os animais conseguem sintetizar apenas alguns deles. É por isso que é aconselhável termos uma alimentação variada para podermos receber todos os aminoácidos de que necessitamos.
Quanto à forma, as proteínas podem ser simples e compostas (conjugadas).
Proteínas simples são aquelas que, por hidrólise, fornecem apenas moléculas de aminoácidos. Ex: albumina, globulina, etc. Uma proteína simples difere de outra pelos tipos, pelo número e pela seqüência dos aminoácidos na molécula.
As proteínas que, por hidrólise, fornecem, além de aminoácidos, substância de composição diferente, chamadas grupos prostéticos, denominam-se proteínas compostas ou conjugadas. Destas, citam-se as glicoproteínas, as nucleoproteínas e as cromoproteínas.
As glicoproteínas possuem como grupo prostético um carboidrato. Exemplos: mucina (proteína do muco), osseína (proteína dos ossos), tendomucóides (proteína dos tendões e ligamentos).
As nucleoproteínas possuem um ácido núcleico como grupo prostético. Exemplos: caseína (encontrada no leite), ovovitelina (da gema dos ovos).
As cromoproteínas possuem como grupo prostético a porfirina, apresentando sempre uma coloração. Possuem no centro das moléculas um elemento metálico (Magnésio, na clorofila; Ferro, na hemoglobina).
As propriedades das proteínas estão muito ligadas à sua estrutura. Assim, há estruturas primária, secundária, terciária e quaternária. A estrutura se diz primária quando os aminoácidos estão unidos entre si numa seqüência linear. Quando a molécula tem a estrutura do tipo espiral em torno de um eixo, denomina-se estrutura secundária. Por dobramento da molécula de proteína em sua estrutura secundária, surge a estrutura terciária.
Pode, ainda, ocorrer uma estrutura quaternária como acontece com a hemoglobina. Quando, por razão qualquer, por exemplo, temperatura elevada, a forma de uma proteína se altera, suas propriedades ficam modificadas. É um fenômeno comum que você já deve ter presenciado. Basta lembrar-se da clara do ovo crua que é mole, translúcida e viscosa; quando aquecida, endurece e torna-se opaca. Isso aconteceu porque a albumina, sua proteína constituinte, sofreu o que se denomina desnaturação.

ENZIMAS: As enzimas são proteínas especiais que têm ação catalisadora, estimulando ou desencadeando reações químicas importantíssimas para a vida, que dificilmente se realizariam sem a presença delas. São sempre produzidas pelas células, mas podem evidenciar a sua atividade intra ou extra celularmente. Sem a ação catalítica das enzimas nas reações que comandam o metabolismo celular, seguramente não existiria a vida na face da terra.
As enzimas são biocatalizadores orgânicos produzidos pelas células e que atuam acelerando de 100 milhões a 100 bilhões de vezes a velocidade das reações químicas que se processam no metabolismo celular e orgânico, criando assim uma condição compatível com a dinâmica da vida.
De modo geral, as enzimas as enzimas apresentam as seguintes características:
* São consideradas como "substratos" as substâncias sobre as quais agem as enzimas. Cada enzima atua exclusivamente sobre determinado ou determinados substratos, não tendo qualquer efeito sobre outros. É notável a especificidade da ação enzimática. Admiti-se que isso se justifica em função do contorno que a superfície da molécula enzimática assume, sobre o qual se encaixam as moléculas dos substratos. Esse "encaixe" proporcionaria uma maior aproximação entre os "pontos relativos" das moléculas reagentes, acelerando, portanto, a velocidade da reação. Todavia, realizada a sua ação, a enzima se mostra intacta. Ela acelera a reação, mas não participa dela;

* A atividade das enzimas é reversível, pois podem ocorrer nos dois sentidos da reação. A mesma enzima que acelera a produção do composto C pela combinação dos reagentes A e B, pode, em circunstância diversa, ativar a decomposição de C em A e B. Observe esse aspecto revendo a figura anterior;
* Dentro de certos limites, a intensidade de ação enzimática duplica ou triplica a cada 10ºC que se eleva na temperatura do ambiente. Da mesma forma, a cada 10ºC que se abaixa na temperatura ambiental, a atividade enzimática se reduz à metade ou à terça parte. Mas, o ponto ótimo de ação de diversas enzimas nem sempre é igual. É claro que num mesmo organismo, todas as suas enzimas têm o mesmo ponto ótimo. A partir da temperatura ideal, qualquer elevação térmica levará a enzima a diminuir sua ação, até se desnaturar. Na desnaturação, a molécula protéica da enzima se desenrola, perde o seu contorno característico e deixa, portanto, de exercer a sua função.

* Algumas enzimas só agem em pH ácido; outras, somente em pH alcalino (básico). Ainda dentro dessas preferências, algumas exigem pH muito ácido, outras atuam em pH menos ácido, o mesmo se dando com as que preferem pH pouco alcalino ou muito alcalino


 

Conclusão

 

Os componentes químicos da célula são divididos em dois grupos: Orgânicos (glicídios, lipídios, vitaminas, ácidos nucleicos e protídios) e Inorgânicos (água e sais minerais).

Componentes Inorgânicos da célula:

Água: de todas as substância componentes da célula, a água é a mais abundante. Mas a proporção varia com a espécie, e dentro da mesma espécie, varia com os tecidos. A proporção de água varia ainda com a idade do organismo e com o metabolismo. Resumidamente, podemos enumerar as seguintes funções da água no organismo:

- solvente dos líquidos corpóreos

- meio de transporte de moléculas

- regulação térmica

- ação lubrificante

- atuação nas reações de hidrólise

- matéria-prima para a realização de fotossíntese.

Sais minerais: encontram-se no organismo em duas formas (solúveis e insolúveis) e suas funções são:

- formam a estrutura de tecidos

- fornecem elementos para o sangue, para hormônios, para atividades celulares

- na sua relação com a água, determinam a permeabilidade seletiva da célula.

Componentes Orgânicos da célula:

Glicídios: Os glicídios são compostos orgânicos cujas moléculas são formadas de CARBONO, HIDROGÊNIO e OXIGÊNIO. Subdividem-se em vários grupos, sendo os mais importantes, os: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos.

Lipídios: Os lipídios são moléculas orgânicas que resultam da associação entre ácidos graxos e álcool. Insolúveis em água; são, no entanto, solúveis em solventes orgânicos. Os lipídios podem ser classificados em simples e complexos:

- Simples: possui em sua constituição apenas átomos de CARBONO, HIDROGÊNIO e OXIGÊNIO.

- Complexos: apresentam, além dos elementos contidos nos lipídios simples, átomos de FÓSFORO e HIDROGÊNIO.

Vitaminas: As vitaminas são substâncias orgânicas especiais que atuam a nível celular como desencadeadoras da atividade de muitas enzimas fundamentais no processo metabólico dos seres vivos. O curioso é que elas são exigidas pelo organismo em doses mínima. Cada vitamina possui um papel biológico diferente, por isso, não pode ser substituída por outra.

Elas são produzidas habitualmente nas estruturas das plantas e por organismos unicelulares. Os seres mais desenvolvidos necessitam obtê-las da alimentação. As vitaminas podem ser divididas em hidrossolúveis (solúveis em água) e lipossolúveis (solúveis em gordura).

Ácidos Nucleicos: são substâncias orgânicas da maior importância para os seres vivos. Eles desempenham nas células, duas das mais relevantes funções: coordenar a síntese de todas as proteínas celulares e transmitir as informações genéticas, em todas as categorias de organismos. As unidades estruturais de um ácido nucléico de uma bactéria são as mesmas de um mamífero. Numa molécula de ácido nucléico, centenas e às vezes, milhares de partículas menores (NUCLEOTÍDEOS) se encadeiam formando um longo filamento simples, o RNA; ou um filamento duplo, o DNA.

Protídios:

Proteínas: constituem o componente orgânico mais abundante da célula, e são elas as principais substâncias sólidas que formam quase todas as estruturas celulares. As proteínas são muito mais componentes plásticos do que energéticos. Revelam sempre elevado peso molecular, por serem formadas pela junção dezenas de aminoácidos encadeados. Elas desempenham as mais cariadas funções no organismo. Submetidas ao calor e aos ácidos, desnaturam-se e se inativam.

Enzimas: são proteínas especiais que têm função de estimular (ou desencadear) reações químicas que dificilmente seriam realizadas sem elas. As enzimas são sempre produzidas pelas células, mas podem evidenciar sua atividade intra ou extracelularmente.

 

 

 

Bibliografia

 

·        www.google.com.br/citologia

 

 

Objetivos

 

·        Passar para as pessoas uma idéia básica sobre a citologia, informando-lhes os seus componentes químicos.

 

 

Matérias e Métodos

 

 

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