Autora: Williane Ezequiel de Moura 1° “D”
Objetivo
Existem algumas Teorias para o surgimento da vida na Terra, um delas é a Biogênese que diz que um ser vivo só surge pela reprodução da sua espécie; a Heterotrófica que diz que as moléculas orgânicas formadas na atmosfera e acumuladas em poças de água salina e lamacenta não apenas formaram os seres vivos mas também foram, durante muito tempo, sua única fonte de alimento e a Abiogênese que seria a geração espontânea dos seres. Neste trabalho nos aprofundaremos melhor na teoria da Abiogênese.
Material e Método
Os matérias usados como fonte de pesquisa para esse trabalho foram
livros e >a Internet.
Abiogênese
Até meados do século XIX a explicação mais aceitável para a origem da vida na Terra era a hipótese da geração espontânea, também conhecida com abiogênese. Essa hipótese admitia que os seres vivos pudessem surgir espontaneamente a partir da matéria sem vida. Acreditava- se, por exemplo, que anfíbios e répteis aparecessem pela transformação espontânea do lodo orgânico do fundo dos lagos; que vermes surgissem espontaneamente do corpo de cadáveres em decomposição.
Discussões mais aprofundadas a respeito da origem da vida na Terra ocorreram somente quando a hipótese da geração espontânea revelou-se inconsistente, principalmente devido aos experimentos de dois cientistas: Francesco Redi e Louis Pasteur.
As experiências de Redi
Redi, intrigado com a inúmera produção de germes que se verificava cotidianamente em cadáveres e vegetais em decomposição, e convicto da não-existência da Geração Espontânea, pressupôs que esses germes seriam gerados por inseminação (reprodução sexuada), e que o material em decomposição serviria apenas para a deposição dos ovos à época da reprodução e para a nutrição dos germes recém-formados. Deu início, então, a uma série de experiências, com o intuito de comprovar esta hipótese as quais relatamos a seguir.
Primeira experiência - Redi, no começo do mês de junho, mandou matar três cobras (enguias de Esculápio) e colocou-as numa caixa aberta para que apodrecessem. Pouco tempo depois, observou que estavam cobertas por germes de forma cônica e sem patas que devoravam a carne apodrecida, aumentando progressivamente em tamanho mas mantendo a mesma forma; além disso, os germes aumentavam em número, dia a dia, diferindo em tamanho já que tinham nascido em dias diferentes. Uma vez consumida toda a carne, restando apenas os ossos, todos os germes, independentemente do tamanho, abandonaram a caixa sem que Redi tivesse tido oportunidade de observar seu esconderijo.
Segunda experiência - Redi, curioso em
saber o destino dos germes, resolveu fazer uma nova experiência. Mandou
matar outras três cobras e procedeu como na experiência anterior:
em três dias, as cobras estavam totalmente cobertas por germes que aumentavam
progressivamente em número e tamanho, mantendo a forma mas não
a cor; os menores tinham coloração rosada, enquanto os maiores
tinham coloração esbranquiçada. Quando toda a carne foi
consumida, antes que os germes abandonassem a caixa, Redi fechou-a ao notar
que eles procuravam ativamente uma saída. Pôde verificar então,
pouco depois, que eles se tornaram imóveis como se estivessem dormindo
e pareciam diminuir gradualmente de tamanho, tomando pouco a pouco forma semelhante
à de um ovo. Um dia depois todos os germes apresentavam a forma oval
e coloração branco-dourada, evoluindo uns para a cor vermelha
e outros para a cor preta; ambos foram endurecendo, tomando uma consistência
igual à das crisálidas formadas pelos bichos-da-seda, lagartos
e outros insetos semelhantes, podendo se perceber uma diferença de
forma entre os dois.
Os ovos foram então colocados em vidros recobertos por papel, quebrando-se
os vermelhos ao fim de oito dias, deles saindo moscas cinzentas; dos pretos,
ao fim de 14 dias, saíram grandes moscas pretas com listas brancas
e cerdas no abdome, iguais àquelas comumente encontradas nos açougues.
Com os resultados desta experiência, Redi começou realmente a acreditar que os germes eram originados dos ovos depositados pelas moscas e não da putrefação da carne das cobras antes que se tornasse bichada.
Terceira experiência - A hipótese resultante da experiência anterior precisava ser testada para ter valor, o que levou Redi e esta nova experiência: colocou diversos tipos de carne em outro frasco grandes, de boca larga, deixando quatro abertos e fechados os restantes, tendo o cuidado de selá-los. Nos primeiros, a carne ficou cheia de germes e foram vistas moscas entrando e saindo à vontade; nos últimos, mesmo após muitos dias, não foram vistos germes a não ser nos papéis que os cobriam, e estes tentavam penetrar nos frascos provavelmente na tentativa de obter alimento da carne que já encontrava em putrefação em todos eles (abertos e fechados)
Quarta experiência - A experiência anterior foi quase que conclusiva. Entretanto, Redi ainda não estava satisfeito, uma vez que poderia ser a impossibilidade da penetração e circulação do ar nos frascos fechados que impedisse a Geração Espontânea. Para que não fosse suscitada qualquer dúvida, repetiu a experiência anterior cobrindo os frascos não com papel, mas com uma fina gaze que impedia a penetração das moscas e permitia a entrada e circulação do ar. Os resultados obtidos foram idênticos aos da experiência anterior, isto é, foram vistos germes sobre a cobertura da gaze atraídos pelo cheiro da carne e tentando penetrar ativamente, mas não foi encontrado nenhum germe na carne.
Com estas experiências, cujos resultados nos parecem insofismáveis, e que além de bem planejadas foram excepcionalmente conduzidas, Redi conseguiu favorecer a hipótese de que "a vida só pode ser originada a partir de vida preexistente, isto é, por Biogênese", fazendo com que os partidários da Geração Espontânea se curvassem por algum tempo ante os argumentos apresentados.
As experiências de Pasteur
Pasteur colocou em vários frascos de vidro diversos líquidos facilmente alteráveis em contato com o ar, tais como: suspensão de lêvedo de cerveja em água e açúcar, urina, suco de beterraba, água de pimenta, etc. Em seguida, aqueceu e puxou os gargalos dos frascos, moldando-os de forma a que ficassem semelhantes a um S, deixando que seus conteúdos fervessem por vários minutos, até que os vapores saíssem livremente pelas estreitas aberturas existentes nas partes superiores dos gargalos. Sem tomar nenhuma outra precaução, esperou que os frascos esfriassem.
Observou, então, que nos primeiros momentos do resfriamento o ar penetrava com muita força e num estado de completa impureza, mas encontrava nos frascos os líquidos a uma temperatura próxima à ebulição, o que matava os microrganismos que porventura penetrassem com o ar. À medida que os líquidos iam esfriando, o ar penetrava mais lentamente, e quando a temperatura não mais era suficiente para matar os germes, a velocidade de penetração era tão diminuída que estes ficavam depositados ao longo das curvaturas dos gargalos, não conseguindo chegar nem agir nas infusões. Assim, os líquidos permaneceram imutáveis por muito tempo, até que, depois de vários meses, Pasteur foi removendo os gargalos dos frascos a golpe de ferramenta, de tal modo que nada, a não ser esta os tocasse. Verificou que após 24 a 48 horas, bolores e infusórios se tornavam visíveis tal como os frascos tivessem permanecido abertos e inoculados com a poeira do ar, sem nenhum artifício especial.
Estas experiências, assim como toda a obra de Pasteur, foram sempre cercadas de um indisfarçável ceticismo por parte de seus opositores. Assim de posse dos resultados, não os poupou jamais o grande cientista, atacando-os de frente, chegando a bradar, numa reunião em que se encontravam os mais eminentes cientistas e intelectuais de Paris: "A doutrina da Geração Espontânea jamais se reerguerá do golpe mortal que acaba de receber com esta simples experiência."
De fato, Pasteur conseguiu fornecer respostas convincentes às objeções dos defensores da Geração Espontânea, provando que, apesar de os líquidos terem sido fervidos, não perdia a capacidade de manter vida, caso neles fossem introduzido um microrganismo; não havia nenhum impedimento à formação de vida por falta do princípio ativo, uma vez que o ar podia penetrar e sair livremente dos frascos.
Conclusão
A Teoria da Abiogênese parecia convencer a todos mais
foi derrubada pelos
cientistas Redi e Pasteur dando foco a uma nova Teoria a Biogênese.
Bibliografia
Fundamentos da Biologia Moderna - Amabis e Martho - Editora
Moderna
www.abel.com.br/
www.dbio.uevora.pt
www.moderna.com.br