TECIDO EPITELIAL

Escola: CEM – Setor Leste
Nome: Monicelly de Matos Lopes
Série: 1º N nº 26
Professor: João Couto

INTRODUÇÃO

Neste trabalho discutiremos o conceito geral de um tecido epitelial, como ele é, os seus tipos e como funcionam.

TECIDO EPITELIAL

O tecido epitelial é um tecido de revestimento não apenas externo, mas também interno, revestindo vários órgãos. Tem três origens embriológicas: ectodérmica, mesodérmica e endodérmica.
O tecido epitelial que reveste externamente o corpo tem origem ectodérmica. É o caso da nossa epiderme. O epitelial do nariz e da boca também são de origem ectodérmica.
O epitélio que está em contato com órgãos internos pode ter duas origens: mesodérmica e endodérmica.
O nosso tubo digestivo originou-se de um intestino primitivo, denominado arquêntero, que é revestido pela endoderme. O epitélio do tubo digestivo e as glândulas ligadas a ele, como por exemplo, o fígado, é de origem endodérmica.
A mesoderme diferencia os vasos sangüíneos. O epitélio que reveste esses vasos recebe um nome especial de endotélio.
O endotélio, o epitélio do sistema geniturinário e o epitélio de revestimento de membranas que envolvem órgãos internos (pleura, peritônio e pericárdio) são de origem mesodérmica.

Classificação dos epitélios

Os epitélios podem ser classificados de acordo com as camadas de células que os constituem.
O epitélio formado por uma camada de células é chamado epitélio simples. É o caso do endotélio dos vasos sangüíneos.
Existe outro tipo de epitélio que também uma só camada de células, só que estas têm tamanhos diferentes, dando a impressão de uma estratificação. Esse é o epitélio pseudo-estratificado. O prefixo pseudo quer dizer “falso”; portanto, é uma estratificação apenas aparente. É o epitélio da traquéia, fossas nasais e brônquios.
O epitélio formado por várias camadas de células é chamado epitélio estratificado. Todos os epitélios estão assentados sobre o tecido conjuntivo. Entre o tecido conjuntivo e as células epiteliais existe uma lâmina, chamada lâmina basal, secretada pelas células epiteliais.
A lâmina basal é constituída de colágeno associado a glicoproteínas e polissacarídeos e é de grande importância devido a suas características auto-imunitárias. Há circunstâncias, no entanto, em que o corpo produz anticorpos, destruindo a lâmina basal: isso provoca no indivíduo uma série de problemas, pois ela é também uma barreira contra os microorganismos.
Embora existam alças capilares em tecidos epiteliais de alguns invertebrados, como geral, esse tipo de tecido não tem vasos sangüíneos.
O epitélio alimenta-se por difusão de substâncias que provêm dos vasos existentes no tecido conjuntivo adjacente. Essa difusão se faz através da lâmina basal, que é permeável a determinadas substâncias.

Diferenciação da superfície livre das células epitelias

As principais diferenciações que podem surgir na superfície livre das células epiteliais são os cílios e os microvilos.
- Cílios são centríolos modificados. Seu batimento direciona o deslocamento de partículas: ocorre, por exemplo, no epitélio da traquéia, deslocando para o exterior do corpo micro bactérias e partículas de poeira, evitando, assim que os elementos estranhos penetrem os pulmões.
- Microvilos ou microvilosidades são projeções da célula com a função de aumentar a superfície. São encontrados revestindo órgãos que têm função de absorção como o intestino, por exemplo: aumentando a superfície, melhora a absorção.

Epitélio glandular

Certas células do nosso corpo são capazes de produzir substâncias que serão mandadas para outros lugares. Essas substâncias podem ser empregadas em outras partes do corpo ou eliminadas do organismo.
As células que têm essa capacidade são chamadas células glandulares (epitélio glandular) e as substâncias produzidas são chamadas secreções.
As glândulas podem ser unicelulares, como a glândula caliciforme, que ocorre no epitélio da traquéia e produz secreção mucosa, ou multicelulares, como as glândulas salivares.
As glândulas multicelulares podem apresentar ou não dutos que conduzem as secreções para o seu exterior.
Quando os dutos estão presentes, fala-se em glândulas exócrinas. É o caso das glândulas salivares, sudoríparas, sebáceas e mamárias.
Quando não há dutos, as glândulas recebem o nome de endócrinas. Neste caso, a secreção é lançada diretamente nos vasos sangüíneos ou linfáticos. São exemplos a hipófise, a tireóide, as paratireóides e as adrenais.

Membranas

O tecido epitelial está sempre associado ao tecido conjuntivo, pode formar membranas que envolvem os órgãos.
Quando essas membranas revestem cavidades fechadas são chamadas mucosas. Como por exemplo de mucosas temos a mucosa gástrica e mucosa bucal.
As serosas são poucas e têm nomes especiais:
- pleura: envolvendo os pulmões;
- pericárdio: envolvendo o coração; e
- peritônio: envolvendo o estômago e os intestinos.

Conclusão

O tecido epitelial é um tecido que não apenas é feito de revestimento externo, mas também interno revestindo vários órgãos. Os epitélios podem ser classificados de acordo com as camadas de células que os constituem.
As principais diferenciações que podem surgir na superfície livre das células epiteliais são os cílios e os microvilos.
Certas células do nosso corpo são capazes de produzir substâncias que serão mandadas para outros lugares. O tecido epitelial, está sempre associado ao tecido conjuntivo pode formar membranas que envolvem os órgãos.

B i b l i o g r a f i a

Sônia Lopes
Volume único
11ª edição revista – 2000
Editora Saraiva
Unidade 4 - Págs. 168 a 170