Sexualidade e Vida

Alunos: Lidiane Moraes de Lima, Renato Lins Trajano Vieira, Tatiane Elen Aparecida Marçal e Tiago Meneses Ruiz - 1º K

Objetivo Geral:

· Informar aos adolescentes, jovens e adultos quanto à importância da prevenção da Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), métodos contraceptivos e gravidez precoce.

Objetivos Específicos:
· Orientar quanto ao funcionamento dos aparelhos reprodutores masculino e feminino;
· Explicar reprodução sexuada e assexuada.
· Informar como os hormônios controlam o organismo;
· Informar os diferentes métodos contraceptivos, e os riscos de uma gravidez precoce;
· Orientar quanto a prevenção das DSTs.

Metodologia

A coleta de dados foi feita através de pesquisa bibliográfica e entrevistas. Após a escolha dos livros a serem pesquisados, a equipe se reuniu para a leitura e seleção do material.
Depois de feita a leitura, foi elaborado um questionário para ser aplicado nas entrevistas aos adolescentes.

Modos de reprodução

Os animais, como quaisquer outros seres vi-vos, reproduzem-se para garantir a sobrevivência de sua espécie. Através da reprodução são gerados novos indivíduos para substituir os que morrem.
Há dois tipos fundamentais de reprodução:
assexuada e sexuada. A reprodução assexuada leva à produção de indivíduos geneticamente idênticos aos pais, enquanto a reprodução sexuada possibilita o aparecimento de descendentes diferentes entre si, por meio da mistura de genes provenientes dos genitores.

Reprodução assexuada

Na reprodução assexuada o novo ser surge a partir de urna ou mais células do indivíduo genitor. Nos animais, as formas mais comuns de reprodução assexuada são o brotamento, a frag-mentação e a partenogênese.

Brotoamento
O brotamento ocorre em esponjas e celen-terados. Nesse processo, formam-se brotos no indivíduo genitor, os quais se diferenciam e posteriormente se destacam, passando a ter vida independente.
A fragmentação é um processo de reprodução que ocorre em alguns platelmintos, anelídeos e equinodermos. Nesse processo, fragmentos destacados de um animal regeneram indivíduos completos.

Partenogênese
A partenogênese é um caso particular de re-produção assexuada em que há desenvolvimento de óvulos sem que ocorra fecundação. A partenogênese ocorre em diversos grupos de animais, entre eles alguns vermes, insetos (abelhas, formigas, cupins) e vertebrados (peixes, anfíbios e répteis). Em muitas espécies a partenogênese é o único mecanismo de reprodução e as populações são constituídas exclusivamente por fêmeas.Nas abelhas do gênero Apis, a partenogênese atua como um mecanismo de determinação do sexo. A abelha-rainha põe tanto ovos (fecundados) como óvulos (não-fecundados). Os ovos se desenvolvem em fêmeas (rainhas e operárias), enquanto os óvulos se desenvolvem partenogeneticarnente. originando machos, os zangões.


Reprodução sexuada
A reprodução sexuada é o modo mais comum de reprodução dos animais. Nesse processo, duas células chamadas gametas unem-se para formar a primeira célula do novo indivíduo, a célula-ovo ou zigoto. A união dos gametas e denominada fecundação ou fertilização.
Nos animais, o gameta feminino - o óvu-lo- é uma célula grande, rica em substâncias nu-tritivas, que não possui movimento próprio. O gameta masculino - o espermatozóide - é uma célula pequena que se movimenta ativamente graças ao batimento de um longo flagelo.

Animais dióticos e monóicos
A maioria das espécies animais é dióica, isto é, apresenta sexos separados; os machos produ-zem espermatozóides e as fêmeas produzem óvulos. Há também espécies monóicas, ou her-mafroditas, em que um mesmo indivíduo produz tanto gametas masculinos quanto femininos. O termo "dióico" provém do prefixo grego di (dois) e da palavra grega oikos, que significa "casa". Assim, dióico se refere a duas "casas" (indivíduos), uma para cada sexo. Já o termo "monóico" (do grego mono) refere-se a uma úni-ca "casa" (indivíduo) para os dois sexos. O ter-mo "hermafrodita", sinônimo de "monóico", ori-gina-se da união do nome dos deuses gregos. Hermes e Afrodite, que personificam, respectivamente, os sexos masculino e feminino.

Fecundação cruzada e autofecundação
Nas espécies dióicas, os gametas que se fun-dem são provenientes, obrigatoriamente, de indivíduos diferentes. Fala-se, então, em fecundação cruzada.
A maioria das espécies monóicas também apresenta fecundação cruzada. Poucas espécies reproduzem-se por autofecundação, isto é, em que os gametas que se fundem provêm do mesmo indivíduo.

Nos animais, o encontro dos gametas masculino e feminino pode ocorrer no ambiente externo ou no interior do corpo da fêmea. No primeiro caso fala-se em fecundação externa e, no segundo, em fecundação interna.
A fecundação externa, apesar de ocorrer em muitos grupos de animais, apresenta algumas desvantagens em relação à fecundação interna. Uma das desvantagens é que a fecundação externa tem de ocorrer necessariamente na água, uma vez que os espermatozóides precisam de meio líquido para nadar até o óvulo. Além disso, é dispendiosa, pois exige a produção de grande quantidade de gametas masculinos e femininos para aumentar as chances de ela ocorrer.
Certos animais com fecundação externa apresentam mecanismos que facilitam a encontro do óvulo com os espermatozóides. Nos sapos e rãs, por exemplo, ocorre o chamado amplexo (abraço) nupcial, em que o macho abraça a fêmea e lanço os espermatozóides sobre os óvulos assim que estes são postos.

A fecundação interna está presente tanto em animais invertebrados como em vertebrados e garante maior eficiência na fecundação. Em mui-tas espécies que apresentam fecundação interna há um órgão copulador, o pênis, que facilita a colocação dos espermatozóides no interior do corpo da fêmea.

SISTEMA GENITAL FEMININO

O sistema genital feminino compõe-se de órgãos externos (o pudendo feminino ou vulva) e internos (vagina, útero, um par de tubas uterinas e um par de ovários),

Pudendo feminino e clitóris

O pudendo feminino, localizado na região baixa do ventre entre as coxas, é constituído por: lábios maiores, lábios menores, clitóris, abertura da uretra e vestíbulo da vagina. Os lábios maiores (ou grandes lábios) são duas dobras grossas de pele que se estendem paralelamente desde a região inferior do púbis até as proximidades do ânus. Internamente aos lábios maiores há duas pregas de pele pequenas e mais delicadas, os lábios menores (ou pequenos lábios), que delimitam o vestíbulo da vagina.
Na região anterior do pudendo feminino, perto da junção dos lábios menores, localiza-se o clitóris, um órgão com cerca de 2,5 centímetros de comprimento, constituído por um tecido que se enche de sangue e fica intumescido durante a excitação sexual, O clitóris é considerado um órgão homólogo ao pênis, mas, diferentemente deste, não contém a uretra.
A uretra feminina abre-se no vestíbulo da vagina, entre o clitóris e a abertura vaginal. No vestíbulo, dos lados da abertura vaginal, desembocam os condutos de glândulas produtoras de uma secreção que lubrifica a vagina durante a excitação sexual, Nas mulheres que nunca tiveram relação sexual vaginal, o orifício da vagina é parcialmente recoberto pelo hímen, uma membrana que, em geral, se rompe no primeiro ato sexual.

Vagina

A vagina é um tubo de paredes musculares, com cerca de 10 centímetros de comprimento, que se comunica com o colo do útero. As paredes da vagina dilatam-se durante a excitação sexual e glândulas ali presentes pro-duzem substâncias lubrificantes que facilitam a penetração do pênis.

Útero

O útero é um órgão muscular e oco, de tamanho e for-ma parecidos ao de uma pêra. Em mulheres que nunca engravidaram, o útero mede cerca de 7,5 centímetros de comprimento por 5 centímetros de largura. A porção mais afilada do útero, conhecida como colo uterino, é rica em tecido conjuntivo fibroso e tem consistência mais firme que o restante do órgão. A parede uterina, com cerca 2,5 centímetros de espessura, é constituída por músculos e permite grande expansão do órgão durante a gravidez. O colo uterino projeta-se para a base da vagina, comunicando-se com ela por meio de urna pequena abertura, que se dilata muito durante o parto e permite a saída do bebê. A porção superior do útero conecta-se a dois canais, as tubas uterinas, cujas extremidades terminam perto dos ovários, as gônadas femininas.
O Interior do útero é revestido pelo endométrio, um tecido rico em glândulas e em vasos sangüíneos. A partir da puberdade, o endométrio torna-se, periodicamente (a cada 28 dias, aproximadamente), mais espesso e mais rico em vasos sangüíneos, preparando o organismo para uma possível gravidez. Se esta não ocorrer, parte do endométrio que se desenvolveu será eliminada, juntamente com sangue resultante do rompimento dos vasos sangüíneos, em um processo chamado menstruação.

Tubas uterinas (ovidutos)

As tubas uterinas (ou ovidutos) são dois tubos curvos
cada um com cerca de 10 centímetros, ligados à parte Superior do útero. A extremidade livre de cada tuba uterina é alargada e franjada, situando-se perto de cada um dos ovários. O interior das tubas é revestido por células dotadas de cílios, cujos batimentos criam uma corrente de sucção que atrai o óvulo liberado pelo ovário.

Ovários

As gônadas femininas (ovários) são duas estruturas ovéides com cerca de 3 a 5 centímetros de comprimento, localizadas na cavidade abdominal, na região das virilhas. Na porção ovariana mais externa, chamada córtex do ovário, localizam-se as células que darão origem aos óvulos.

OvuIogênese

A ovulogênese, processo de formação dos gametas femininos, tem início antes do nascimento da mulher, em torno do terceiro mês de sua vida intra-uterina. As células precursoras dos gametas femininos, as ovogônias, multiplicam-se por mitose durante o início da fase letal. Por volta do terceiro mês de vida, elas param de se dividir, crescem, duplicam os cromossomos e entram em meiose, passando então a ser chamadas de ovócitos primários ou ovócitos 1. Essas células permanecerão estacionadas em prófase 1 da meiose até ser estimuladas pelo hormônio folículo-estimulante (FSH), produzido pela hipófise, como veremos mais adiante.

Ovulação
O acúmulo de líquor no interior do folículo acaba por sua ruptura e a libertação do ovócito secundário, fenômeno denominado ovulação. O ovócito libertado energia coberto por uma película gelatinosa e por células foliculares. Na espécie humana, portanto, o que chamamos óvulo é, de fato, um ovócito secundário cuja meio-se se completará se acorrer fecundação.
Se o ovócito secundário não for fecundado, ele degenerará aproximadamente 24 horas após sua liberação, sem concluir a meiose. Já se a fecundação ocorrer, o ovócito secundário terminará a segunda divisão meiótica, com formação do segundo glóbulo polar; este, como o glóbulo primário, geralmente degenera logo após sua formação.


SISTEMA GENITAL MASCULINO

O sistema genital masculino humano compõe-se de órgãos externos, o pênis e o escroto, e internos, entre os quais se destacam os testículos, os ductos deferentes, as glândulas seminais e a próstata.

Pênis

O pênis é o órgão de cópula no sexo masculino. Em seu interior há três cilindros de tecido esponjoso, os corpos cavernosos, constituídos por pequenos espaços se-parados por músculos e por tecido fibroso. Os corpos cavernosos constituem um tecido erétil, isto é, que se torna intumescido durante a excitação sexual devido ao acúmulo de sangue em seu interior. Ao se encherem de sangue, os corpos cavernosos levam à ereção do pênis, possibilitando o ato sexual.
A região anterior do pênis, a glande, apresenta grande sensibilidade à estimulação sexual e é protegida por uma prega de pele, o prepúcio, que em certos casos é removido cirurgicamente por meio da circuncisão.
O pênis é percorrido longitudinalmente pela uretra, um canal comum ao sistema urinário e ao sistema genital, uma vez que serve tanto para eliminar urina como esperma.

Escroto e testículos

O escroto, situado entre a coxas, embaixo do pênis, é um saco de pele e tecido conjuntivo, dividido em duas bolsas - direita e esquerda -; em seu interior alojam-se os testículos, as gônadas masculinas. A temperatura no saco escrotal é cerca de 2 0C menor do que na cavidade abdominal uma condição necessária para a formação normal dos espermatozóides.
Um testículo é constituído por milhares de tubos finos e enovelados, os túbulos seminíferos, e por camadas envoltórias de tecido conjuntivo. Na parede dos túbulos seminíferos são produzidos os espermatozóides, os gametas masculinos. Entre os túbulos seminíferos situam-se as células intersticiais, responsáveis pela produção de testosterona, o hormônio sexual masculino.
Espermatogênese
À espermatogênese é o processo de formação de espermatozóides a partir de células precursoras, as espermatogônias, localizadas nas paredes dos túbulos seminíferos.
Às espermatogônias multiplicam-se lentamente por mitose até a puberdade. A partir dessa fase, elas passam a se multiplicar intensamente, fenômeno que continuará a ocorrer praticamente até o fim da vida do homem, embora diminua de intensidade em idades avançadas. Enquanto parte das espermatogônias se multiplica, outras crescem, duplicam seus cromossomos e se transformam em espermatócitos primários, ou espermatócitos I. Cada espermatócito I sofre a primeira divisão meótica completa (meiose I), originando dois espermatócitos secundários, ou espermatócitos II. Estes sofrem a segunda divisão meiótica (meiose II) e originam, cada um, duas espermátides. Cada espermátide transforma-se em um espermatozóide.
Epidídimo e ductos deferentes

Os espermatozóides recém-formados atingem o canal dos túbulos seminíferos e deslocam-se para o epidídimo, que é um tubo enovelado, com cerca de 6 metros de comprimento, localizado sobre cada testículo. Aí, os espermatozóides terminam de amadurecer, ganhando mobilidade, e ficam armazenados até ser eliminados na ejaculação. Dos epidídimos de cada testículo os espermatozóides passam para os ductos deferentes (ou canais deferentes), dois tubos musculosos que sobem pelo abdome, contornando a bexiga urinária. Embaixo da bexiga, os vasos deferentes provenientes de cada testículo fundem-se em um tubo único, o ducto ejaculador, que desemboca na uretra.

Glândulas seminais e próstata

Às glândulas seminal localizam-se atrás da bexiga urinária e produzem um líquido cuja função é nutrir os espermatozóides. A secreção das glândulas seminais é lançada no ducto ejaculador e constitui cerca de 60% do volume total do esperma, ou sêmen, como é chamado o líquido constituído por espermatozóides e por fluidos nutritivos que o homem elimina no clímax da excitação sexual.
A próstata, localizada embaixo da bexiga urinária, é uma glândula com cerca de 4 centímetros de diâmetro que envolve a porção inicial da uretra e secreta um líquido nutritivo para os espermatozóides. À secreção prostática é lançada na uretra e no ducto ejaculador através de uma série de pequenos canais e constitui entre 15 e 30% do esperma.
Embaixo da próstata e desembocando na uretra há um par de glândulas bulbo-uretrais. Durante a excitação sexual, essas glândulas liberam um líquido que contribui para a limpeza do canal uretral, antes da passagem do esperma.

Ejaculação

No clímax da excitação sexual masculina, o esperma é expulso do corpo através da uretra. A eliminação do esperma é denominada ejaculação e ocorre em duas fases. Inicialmente, os espermatozóides vão dos epidídimos até o começo da uretra; nesse trajeto, eles são impelidos por contrações rítmicas dos músculos que envolvem os epidídimos e os ductos deferentes. Em um segundo momento, que é a ejaculação propriamente dita, o esperma é impelido até a extremidade da uretra e eliminado. A expulsão do esperma dá-se por contrações espasmódicas dos músculos que envolvem um corpo esponjoso em torno da uretra. O volume de esperma eliminado em cada ejaculação varia entre 2 e 5 mililitros, sendo que cada mililitro contém, normalmente, entre 50 e 130 milhões de espermatozóides.


Gravidez e parto

Gravidez
Durante o cicio sexual feminino, existem os períodos férteis, quando é possível engravidar, e os períodos não férteis, quando não se pode engravidar.
O período fértil compreende os dias em que a ovulação é possível. Como ela ocorre por volta do décimo quarto dia do cicio, o período fértil normalmente está entre o nono e o décimo sétimo dia após o primeiro dia da menstruação. Nesse período, o óvulo é liberado pelo ovário e segue pelas trompas em direção ao útero. Se durante a passagem do óvulo pelas trompas ocorrer uma relação sexual, um espermatozóide pode penetrar no óvulo, ocorrendo o fenômeno conhecido como fecundação. A fecundação é, portanto, a união da "semente masculina", o espermatozóide, com a "semente feminina", o óvulo, resultando na formação da célula ovo.
Quando esta célula ovo consegue se firmar na parede do útero, começa o período chamado gravidez. É importante lembrar que o espermatozóide pode durar até dois dias dentro do corpo da mulher. Assim, a fecundação pode ocorrer alguns dias depois da relação sexual.

Como ter certeza de que está grávida?
O primeiro sintoma da gravidez é, justamente, a ausência de menstruação. Como já foi explicado, a menstruação acontecia quando o organismo da mulher se preparava para uma gravidez e ela não acontecia. Mas, quando o óvulo é fecundado por um espermatozóide, a atividade hormonal permanece, cessando o aparecimento da menstruação. Então, podemos entender porque as regras menstruais não acontecem na mulher grávida. Muitas vezes, a mulher desconfia que está grávida porque sua menstruação está atrasada. Mas, também há outros sinais importantes, que podem ajudar a mulher a descobrir uma gravidez. Normalmente, os seios aumentam de tamanho e se tornam doloridos a partir da oitava semana depois da fecundação. Na décima semana, os seios podem começar a secretar colostro (líquido amarelado que é formado antes do leite materno começar a ser produzido).
Os mamilos e suas auréolas se tomam mais escuros e com veias superficiais bastante visíveis. Mas, só isso não nos dá a certeza de uma gravidez. É preciso confirmar este diagnóstico com exames.
Os testes de gravidez vendidos nas farmácias podem ser realizados facilmente em casa. Esse teste utiliza apenas uma pequena quantidade de urina, de preferência a primeira urina da manhã. A mulher fica sabendo do resultado de acordo com a cor apresentada no tubo onde é colocada a urina.
Esse teste pode falhar, principalmente se ela está tomando algum medicamento ou se ela apresenta irregularidades no ciclo menstrual. Então, sempre que o resultado for negativo, é necessário confirmar o diagnóstico por outros métodos. Outro tipo de exame bastante utilizado são os testes imunológicos, como o "B-HCG", um exame de sangue feito apenas no laboratório, não sendo encontrado nas farmácias.

O que saber quando se espera um bebê?

O pensamento de algumas mulheres de que a gravidez é uma doença é errado e deve ser afastado. A gestação deve ser um complemento em sua vida e, para isso, os conselhos médicos são no sentido de manter a vida com todas as atividades regulares, incluindo o sexo. Hoje em dia, a mulher não passa toda a sua gravidez parada, simplesmente esperando o filho nascer. Desde que a gravidez esteja se desenvolvendo de forma normal e tranqüila, quanto menos restrições, melhor. Trabalhar fora de casa ou no lar, sair de dia ou de noite, a pé, de ônibus ou dirigindo carro, dançar ou ir à praia, nadar ou fazer ginástica, tudo é inofensivo e benéfico. Entretanto, algumas dicas são importantes: obedecer a uma dieta. Manter uma dieta rica e balanceada é uma das principais regras a ser mantida por uma mulher grávida, já que agora grande parte do que a gestante come vai para o neném. Mas, comer bem não significa comer muito. Não é verdade que a gestante precisa comer em dobro porque está alimentado duas pessoas! O ganho de peso permitido à gestante é de dez a 12 quilos, resultantes do peso do feto, da placenta. do líquido amniótico e do útero além do peso decorrente do aumento dos seios. Tudo que ultrapassar significa retenção de água nociva, ou mesmo de gordura, trazendo diversas complicações e prejuízos.
A gestante deve escolher os alimentos mais úteis como carne, ovos, peixe, leite, verduras, legumes e frutas, evitando aqueles alimentos de pouco valor proteico e que fornecem muitas calorias como massas, pão, doces e gorduras. Além disso, deve-se evitar o consumo de sal e alimentos muito salgados, principalmente nos dois últimos meses.
Trabalho:
A gravidez, assim como o casamento, não pode nunca servir de causa para que a mulher seja despedida de seu emprego.
A Lei garante à gestante 16 semanas de repouso, sendo quatro semanas antes e 12 após o parto. Na verdade, esta divisão fica a critério do entendimento entre a gestante e o seu médico: se uma gestante leva uma vida profissional violenta, talvez seja necessário parar antes; se, pelo contrário, ela se sente bem trabalhando, nada a impede de trabalhar até bem próximo do parto. Durante este período de afastamento, a mulher terá direito a salário integral.

o Férias:
Se você está grávida e pretende viajar, deverá tomar certas precauções antes de programar o passeio. Por exemplo: se costuma enjoar nas viagens, consulte seu médico sobre a possibilidade de você usar um medicamento apropriado contra enjôos. Mas, nunca utilize qualquer medicamento sem a orientação médica. A ingestão indiscriminada de remédios é perigosa, especialmente na gravidez.

Relações renais:
No caso de uma gravidez tranqüila, a atividade sexual pode se manter normal, embora alguns cuidados devam ser tomados. Na verdade, tudo vai depender de entendimento entre o casal. Para algumas gestantes, a gravidez é um estímulo, e elas se tomam mais desejosas. Outras, já.diminuem o desejo sexual. Mas, quase sempre, o desejo volta ao final da gravidez. No último mês de gravidez é preferível que as relações sexuais sejam de lado. Assim, além de mais conforto, a penetração não será tão profunda, diminuindo o risco de um trabalho de parto prematuro. Agora, nos casos de uma gravidez de risco, com possibilidades de um aborto espontâneo, é aconselhável suspender as atividades sexuais entre o terceiro e o quarto mês.

Superstições:
Existem algumas superstições envolvendo a gestante, que devem ser completamente abandonadas. É preciso desfazer a idéia de que a mãe não deve olhar para certas figuras, não deve ver ratinhos ou aranhas, não deve ficar muito tempo olhando para uma rosa vermelha, etc. Nada disso vai afetar a criança.

Cuidados com o corpo:
Uma das preocupações da maioria das mulheres quando engravidam é, sem dúvida, o quadro de mudanças no seu corpo. Existe a idéia errada de que, após a gravidez, a mulher tem o seu corpo deformado. Na gestação bem conduzida e orientada, isto pode ser evitado.

Para isto, algumas dicas são úteis:
- não engordar além da conta é fundamental na prevenção de estrias, celulites e flacidez, de uma forma geral.
- prevenir o surgimento de varizes, usando-se meias elásticas.
(Estes dois itens serão melhor abordados mais à frente.)
No que concerne às mamas, os cuidados específicos têm um papel que vai além da estética, já que estes órgãos serão primordiais após o parto para a amamentação. Alguns conselhos para manter a saúde destes órgãos:
- usar sutiã firme, o maior tempo possível para sustentá-los, pois os hormônios da gravidez fazem com que aumentem muito de volume e conseqüentemente de peso.
- evitar o uso excessivo de sabonetes, preferindo os neutros.
- prevenir a formação de fissuras que podem ser um problema sério, atrapalhando a amamentação. Algumas medidas simples podem ser bastante úteis:
- expor as mamas ao sol durante dez minutos, se possível todos os dias.
- para mulheres que tenham o bico do peito plano ou invertido ("pra dentro") é muito útil fazer exercícios apropriados para reverter esta situação. Estes exercícios (manobra de Hoffman) são muito fáceis de serem realizados e devem ser iniciados o mais precocemente possível, numa freqüência de duas a três vezes ao dia, durante no mínimo três meses.
A manobra de Hoffman consiste em: com os dois polegares, puxar a pele da auréola para os lados (direito e esquerdo) e depois para cima e para baixo, repetidas vezes, como está representado na figura abaixo.


Pequenos distúrbios comuns na gravidez;
Durante todo o período de gestação (aproximadamente 9 meses), a mulher grávida apresenta algumas alterações típicas. Veremos, agora, como se preparar para enfrentá-los, ou até mesmo, evitá-los.

o Enjôos e vômitos:

Sem dúvidas, é o problema mais comum que atormenta as mulheres, logo no princípio da manhã, logo após acordar As náuseas e vômitos também apresentam-se durante o dia, principalmente depois de grandes esforços ou quando há intervalos muito grandes entre as refeições.
Apesar de bastante desagradáveis para as gestantes, os vômitos costumam desaparecer a partir do quarto ou quinto mês de gestação, e não é necessário qualquer tipo de tratamento mais específico.
Se os vômitos aparecerem, evite alimentos gordurosos e não fique muito tempo sem comer. Prefira refeições leves e em curtos espaços de tempo. Torradas e biscoitos de água e sal consumidos entre as refeições podem aliviar estes problemas. Mas, se os enjôos e vômitos tornarem-se muito freqüentes e intensos, é necessário procurar auxílio médico imediatamente. Não tome remédios sem orientação médica!

o Azia:
Algumas mulheres também apresentam azia ou 'queimação", isto é, uma ardência no peito e no abdômen superior, freqüentemente, seguida de mau hálito.
Quanto mais adiantado o estágio da gravidez, maiores serão as chances de aparecerem as azias. Entretanto, a azia não provoca maiores problemas e, certamente, desaparecerá após o nascimento do bebê. Nesse caso, é bom que a mulher faça pequenas refeições, várias vezes ao dia, para que sempre haja alimentos no estômago, neutralizando o ácido.

o Anemia:
A anemia é normal na gravidez, porque na gestação o sangue torna-se mais diluído e seu volume aumenta. Geralmente, a anemia é cansada por uma deficiência de ferro ou ácido fólico. Muitas vezes, o cansaço, a palidez. a fraqueza e a dificuldade de respirar são sinais de anemia. A anemia deixa a toma o organismo da mulher mais debilitado no caso de uma hemorragia. Caso seja uma anemia intensa, há perigo eminente do bebê passar por um período de falta de oxigênio no útero.
Por isso, durante a gravidez, é recomendada a ingestão de alimentos ricos em ferro, como fígado e pão integral. Além disso, deve-se aumentar o consumo de frutas ricas em vitamina C, para facilitar ao organismo a absorção de ferro, ou só de remédios com ferro ou vitaminas deve ser usado apenas quando indicado pelo médico, sendo apenas o complemento da alimentação.

o Prisão de ventre: O aparecimento da prisão de ventre é bastante comum, principalmente ao final da gestação. Isto acontece devido à ação dos
hormônios sobre os músculos do aparelho digestivo e devido à pressão acentuada do útero nos intestinos. Nesses casos, a mulher grávida deve manter uma alimentação equilibrada com grande quantidade de alimentos fibrosos (vegetais verdes, por exemplo) e tomando muito líquido.
o Varizes: Com o aumento do útero, o movimento do sangue das veias das pernas em direção ao coração fica prejudicado. Então, algumas veias da perna incham e provocam dores, caracterizando varizes. A gestante que apresenta varizes, deve permanecer o maior tempo possível sentada e com seus pés elevados. Além disso, o uso de meias elásticas, diariamente, também provocam alívio dos sintomas e previnem o surgimento das varizes.
o Dores nas costas: Essas dores acontecem porque a mulher grávida modifica sua postura de acordo com o desenvolvimento da gravidez e o aumento da barriga.

Perigos durante a gravidez
a Idade:
A mulher já nasce com todas as suas células reprodutoras prontas. Por isso, a mulher não renova seu estoque de óvulos e eles têm sempre a idade da própria mulher Quanto mais velhos, maior o risco de apresentarem anomalias,
Daí a maior freqüência de fetos com anormal idades, principalmente o mongolismo, no caso de mulheres que engravidam com mais de 35 anos.

o Fumo:
Fumar durante a gravidez pode alterar o desenvolvimento do feto, levando a uma diminuição do peso ao nascer, ao aumento do risco de abortamento, além de prejudicar o desenvolvimento físico e mental da criança.
Além disso, está comprovado que a nicotina se infiltra no leite materno, causando lesões graves no bebê. até havendo casos de morte.
o Álcool: O álcool ingerido pela mulher grávida atravessa a placenta e pode causar sérios problemas ao feto, como retardo do crescimento, distúrbios mentais e lesões cardíacas.
o Drogas e medicamentos: Muitas drogas e/ou medicamentos conseguem atravessar a placenta, atingem o feto e causam vários problemas que atrapalham o seu desenvolvimento normal. Isto acontece principalmente se essas drogas forem tomadas nos três primeiros meses de gestação. Apesar de existirem exceções. como os complementos vitamínicos, a gestante jamais deverá usar qualquer tipo de droga ou ingerir um medicamento sem orientação médica.


o DST- Doenças sexualmente transmitidas:
As DST, assim como qualquer infecção. devem ser tratadas rapidamente durante a gravidez, pois existe risco de contaminação do feto ou até mesmo de provocar um aborto. Dentre as DST. merecem destaque a sífilis, a gonorréia e o herpes.

o Sífilis:
A sífilis, se for descoberta e tratada nos primeiros três meses da gravidez, não causa mal algum Daí a importância do acompanhamento pré-natal desde o momento da descoberta da gravidez. A falta de tratamento ou a aquisição de sífilis depois do terceiro mês de gravidez pode levar ao aborto ou à sífilis congênita, onde o bebê apresentará sérios problemas, que podem levá-lo a morte.

o Gonorréia e Herpes:

Essas doenças têm pouca influência no feto durante a gestação. O perigo é a contaminação na hora do parto. o que pode levar a problemas sérios como, por exemplo, a conjuntivite gonocócica no recém -nascido.

o Rubéola:

Essa é uma das doenças que mais problemas trazem ao feto. Quando a mulher grávida contrai a rubéola no início da gestação (até o 30 mês), o risco é bem maior, e o bebê pode nascer com várias deformidades. Depois do 30 mês, os riscos vão diminuindo e tudo dependerá da fase em que a grávida tiver o contato com a doença e o grau de formação em que se encontra o feto. As malformações podem ser dc grande importância, já que o vírus pode atingir órgãos delicados que estão em formação no
feto: coração. olhos e ouvidos. Em alguns casos, provoca malformação do Sistema Nervoso Central. Para prevenir a rubéola durante a gravidez, a mulher pode tornar uma vacina antes da gravidez e esperar até 3 meses para engravidar.

o Diabetes, pressão alta e problemas cardíacos:
A mulher que apresenta qualquer um desses problemas deve ter a consciência de que sua gravidez necessita de atenção especial e de acompanhamento médico durante todos os 9 meses de gestação, pois essas doenças podem se agravar e causar prejuízos à mãe e ao feto. Mas, se a gestante estiver sendo tratada e seguindo as orientações médicas, existirão grandes chances de urna gravidez tranqüila, sem maiores problemas.

Complicações sérias na gravidez: veja capítulo de urgências obstétricas.

O Parto
Parto é o fenômeno que obriga a criança a sair do útero, isto é, é o mecanismo de expulsão do feto (e de seus anexos) do útero materno. O parto produz-se de maneira espontânea a partir dos nove meses de gestação, mas, em algumas situações, se faz o uso de intervenção cirúrgica, provocando artificialmente a saída do feto.

O parto pode ser dividido em quatro períodos:
o prodrômnico, o de dilatação, o de expulsão, e o de secundamento.
O período prodrômnico se caracteriza pelo aparecimento de contrações uterinas de curta duração (15 a 20 segundos), produzidas em intervalos de 15 a 20 minutos.
Durante a dilatação, as contrações duram mais (20 a 30 segundos) e são mais freqüentes (a cada 10 minutos). O feto se desloca em direção ao canal de parto, rompe-se a bolsa d'água e, agora, a pressão produzida pelas contrações do útero exercem influência direta no feto.
O parto de expulsão é caracterizado por contrações mais duradouras (40 segundos) e mais freqüentes (cada 2a 3 minutos). Nesta fase, o feto já aparece no canal de parto. Na grande maioria das vezes, o feto percorre este canal em posição cefálica. ou seja. sai primeiro a cabeça. depois o tronco, a seguir. o cordão umbilical e por fim os membros. Com menor freqüência. o teto apresenta primeiro as costas. os pés. os joelhos ou as nádegas. dificultando a realização de um parto normal e. algumas vezes! sendo necessária a utilização de diversas técnicas obstétricas como manobras específicas, fórceps, que permitem reduzir bastante estas dificuldades, Outras causas que se opõem à evolução normal do parto são a inércia uterina. a placenta prévia, os defeitos pélvicos, o tamanho pequeno do cordão umbilical e as malformações fetais.


O período de secundamento caracteriza-se pela separação da placenta. que é expulsamento com outros anexos do feto, como o cordão umbilical.
Além disso, quando a cesárea é feita várias vezes, o útero pode se tomar debilitado para um futuro parto normal, levando a mulher a sempre ter que utilizá-la corno método de extração da criança. A cesareana deve ser realizada apenas quando há indicações precisas, pois o parto normal é, sem dúvida, a melhor forma de dar à luz.
Existem ainda o parto normal dentro d'água e o parto de cócoras. Mas, esses dois tipos de panos não são muito utilizados pelas mulheres de nossa sociedade.

Complicações do parto:

o Parto prematuro:

Alguns problemas durante a gravidez, como a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia, a placenta prévia, a hemorragia acidental, ou até mesmo, a ruptura prematura das membranas que envolvem o feto ("rompimento da bolsa d'água") podem levar ao início do trabalho de parto antes do prazo previsto. Isso acaba levando ao nascimento da criança antes da fase ideal, caracterizando um caso de parto prematuro.
Toda vez que a mulher desconfiar que está entrando em trabalho de parto, é necessário procurar auxilio médico. O obstetra decidirá se continua o trabalho de parto ou se aplica um medicamento para o relaxamento do útero, interrompendo o trabalho.
Quanto mais cedo o bebê nascer, maiores são os problemas que pode apresentar e, conseqüentemente, menores suas chances de sobrevida. A dificuldade respiratória é o problema mais comum entre os recém-nascidos prematuros.

o Parto prolongado:
Existem dois fatores que podem provocar o parto prolongado. A causa mais comum é o "útero preguiçoso", os músculos do útero não de contraem o suficiente. Outra causa está relacionada a uma obstrução do parto normal, quando a criança tem a cabeça muito grande em relação à estrutura do canal de parto da mãe ou porque o feto não está na posição correta. Este fator, conhecido como desproporção, também pode se apresentar quando a posição do feto no útero dificulta o trabalho de parto.
Geralmente, o parto prolongado acaba desencadeando uma cirurgia cesariana.

o Retenção placentária:
Geralmente, ao fim do parto, a placenta separa-se da parede do útero e é expelida pela vagina com a ajuda do obstetra que, suavemente, puxa o cordão umbilical. Mas, em alguns casos, a placenta fica enrolada no útero e se não for expelida meia hora após o parto, está acontecendo a retenção placentária. Quando isto acontece, a placenta é extraída manualmente pelo médico especialista, com a paciente sob anestesia geral. Algumas vezes, isso não resolve, sendo necessária uma curetagem pós-parto.

o Hemorragia pós-parto:
E a perda excessiva de sangue do útero ou da vagina após o parto. A causa mais comum é o útero não conseguir se contrair o suficiente para controlar a hemorragia provocada pela separação da placenta. A perda de sangue também pode acontecer quando partes da placenta ficam no interior do útero, impedindo que haja o fechamento completo deste órgão.
Além disso, algumas vezes, o sangramento é decorrente do ferimento da vagina durante o parto. Nesses casos, o corte será suturado após o parto.

Dificuldades pós-natais:
Muitas mulheres encaram a gravidez como uma preparação para o parto e "esquecem" de se preocupar, de se adaptar à nova situação que irão enfrentar depois que o neném nascer. Por isso, podem surgir alguns problemas no período pós-natal, isto é, depois do nascimento do neném.

o Infecção puerperal:
Ocorre quando a mãe apresenta uma infecção do trato genital nas duas semanas depois do parto.
Com o uso de antibióticos e anti-sépticos, esse tipo de infecção tornou-se bastante rara. Embora seja difícil de acontecer, se essa infecção não for descoberta e tratada a tempo, existe chance de atingir a corrente sangüínea, causando infertilidade.

o Depressão pós-parto:
Com o parto, há uma grande mudança de hormônios no organismo feminino, que pode acabar provocando uma forte depressão. Muitas mulheres aumentam a depressão por terem a sensação de não estarem conseguindo atender ao filho nem a si próprias.
Quando surge essa depressão, as mães mudam seu temperamento, sentem-se cansadas e fracassadas.
A participação dos amigos e parentes no seu dia-a-dia ajuda bastante a recuperação da mãe neste processo depressivo. E importante que a mulher quando sentir-se deprimida, partilhe as causas com seu companheiro, com alguém que goste de conversar ou até mesmo com a mãe de outro bebê, que, certamente, saberá lhe compreender.


Orientações gerais pós-parto:

o Relações sexuais:

Existe uma diferença entre os casais.
Muitos iniciam as relações poucos dias após o parto, outros preferem esperar algumas semanas.
Na verdade, após um parto normal e sem complicações, não há razão para que a mulher não volte à sua vida sexual regular, logo que se sinta em forma.

Ciclo menstrual e fertilidade:

A amamentação integral, bem orientada e assistida, tem efeito contraceptivo (impede nova gravidez) uma vez que os hormônios envolvidos na lactação são capazes de suspender a ovulação e conseqüentemente a mulher fica amenorréica (sem menstruação), o que pode ocorrer por três a seis meses após o parto. Dar o seio é um método anticoncepcional natural e eficaz, contudo a segurança não é total (aliás, como em qualquer método), ou seja, entre 3 e 10% das mulheres podem ficar grávidas mesmo amamentando integralmente.

Para evitar ficar grávida novamente logo após o parto (o intervalo mínimo ideal entre duas gestações é de dois anos), usar um outro método contraceptivo associado à amamentação, de preferência um não hormonal como o DIU, diafragma ou camisinha é uma opção segura (veja o capítulo de planejamento familiar).
Já os anticoncepcionais orais (pílula), que são hormonais, devem ser evitados durante a amamentação, já que podem inibir a produção do leite. Quando, apesar disto, se opta pelo uso do anticoncepcional oral, deve-se usar as pílulas.
As mulheres que amamentam por curto período ou que não amamentam devem prevenir-se de nova gestação buscando proteção anticoncepcional cerca de 30 a 40 dias após o parto. Vale lembrar que independente de amamentar ou não, se a mulher menstruar, precisa iniciar imediatamente um método contraceptivo, caso deseje engravidar.
o Amamentação:
Segundo a UNICEF, "nada mais que leite materno é necessário para manter o crescimento e a boa nutrição durante os seis primeiros meses de vida". O leite materno é o alimento ideal para o bebê; quando ele mama bem, não é necessário dar nem água. Além de nutritivo, o leite do peito evita infecções e diarréias, é prático, pois não exige preparo e ainda é gratuito. Outro ponto positivo é o fato de que o ato de sugar o seio é importante para o desenvolvimento adequado da musculatura oro-facial do bebê e conseqüentemente importante no surgimento dos dentes e da fala. Mas amamentar não é só bom para o bebê. A mãe que dá o seio sente enorme prazer no ato de amamentar, desenvolvendo uma profunda relação afetiva com seu filho, o que é muito importante para ambos.


Menopausa
Entre os 40 e 50 anos de idade, os ciclos sexuais geralmente se tornam irregulares e a ovulação deixa de ocorrer em muitos desses ciclos, devido a um fenômeno de diminuição funcional dos órgãos sexuais femininos.

A função sexual humana

de alguns meses. esses ciclos acabam por completo, não havendo mais a menstruação. Esse período, onde acabam os ciclos e os hormônios sexuais femininos diminuem até quase zero, é chamado de menopausa. A menopausa marca o final da função reprodutora dos ovários.
É normal que o apetite sexual diminua devido a mudanças psicológicas e orgânicas que acontecem neste período. Além disso, a falta de hormônios sexuais, algumas vezes, pode provocar uma certa atrofia das paredes vaginais, ocasionando dor durante a relação sexual. Entretanto, essas manifestações são diferentes para cada mulher e não impedem que as relações sexuais continuem, mesmo após a menopausa. Na verdade, a menopausa significa o final da vida reprodutiva da mulher e não o final de sua vida sexual.
A menopausa faz parte da evolução normal do organismo feminino, porém, muitas vezes, apresentam-se transtornos físicos e psíquicos, caracterizando este período como patológico. Freqüentemente, a diminuição dos níveis hormonais femininos provocam alterações características desse período como "ondas de calor", falta de ar, palpitações, cansaço, ansiedade, depressão, dores ósseas. tendência à obesidade ou magreza excessiva e formigamento.
Algumas mulheres não conseguem suportar esses sintomas, sendo necessário o início de um tratamento. Assim, esses sintomas podem ser controlados e diminuídos através do uso de analgésicos e sedativos. Com freqüência, o ginecologista também utiliza preparados hormonais. que buscam substituir aqueles hormônios que não estão sendo mais produzidos.


Nódulo mamário
Os nódulos mamários, também chamados tumores da mama, são como uma "bola" localizada na mama. Como todo tumor, é uma massa de tecido anormal que cresce independente dos tecidos em volta.
Muitos desses tumores crescem devagar, não invadem outros órgãos e são chamados de benignos. Mas, uma grande parte desses tumores são malignos, chamados normalmente de câncer de mama. O câncer de mama tem um desenvolvimento rápido, invade os tecidos próximos e cria novos focos de crescimento à certa distância do foco primitivo (metástase).
O câncer de mama é bastante freqüente, principalmente em mulheres que nunca tiveram filhos ou que nunca amamentaram. Acredita-se, também, que as mulheres que têm menopausa tardia apresentam maior risco de câncer de mama.
Geralmente, esses canceres não provocam dor até estágios bem avançados, dificultando sua percepção. Daí a grande importância do auto-exame (que deve ser feito todo o mês, de preferência no primeiro dia depois do final da menstruação) e dos exames ginecológicos preventivos de 6 em 6 meses. Entretanto, nem sempre este tumor é palpável, pois não apresenta tamanho suficiente para isto. Nesses casos, utilizam-se outros exames, como a mamografia.
A cura do câncer de mama está diretamente relacionada ao tempo que se leva para descobri-lo. Quando o diagnóstico é feito rapidamente e a cirurgia é realizada com o tumor ainda numa fase inicial, há grandes chances de cura.


Esterilidade e infertilidade feminina
o Esterilidade é a incapacidade permanente de conceber filhos. Chamamos de esterilidade primária quando a mulher mantém relações sexuais regulares durante dois anos sem ficar grávida. A esterilidade secundária se apresenta quando a mulher já teve um filho e não consegue engravidar novamente no prazo de dois anos, utilizando os meios para isso e produzida por estímulos mecânicos e psicológicos. representados pelos carinhos e pela intimidade que antecedem a relação sexual.
A formação de todos esses órgãos começa ainda durante o desenvolvimento embrionário (na barriga da mãe), continua durante todo o desenvolvimento da criança e acaba com a maturação sexual e hormonal. característica da puberdade. O estímulo hormonal. principalmente da testosterona, também é essencial ao processo de formação dos caracteres sexuais secundários, isto é, as outras diferenças existentes entre o homem e a mulher, que não os órgãos sexuais. O hormônio sexual masculino exerce as seguintes ações: a criança cresce, seus ossos se fortalecem, os ombros crescem mais que o quadril, a voz fica mais profunda e aparecem pêlos no corpo todo (peito, pernas e rosto).
Qualquer alteração numa dessas fases ou nos níveis hormonais pode gerar problemas futuros. Então, agora vamos explicar alguns desses principais problemas.


Criptorquidismo
O (riptorquidismo é a ausência de um, ou dos dois testículos, na bolsa escrotal e, geralmente, acontece com a ausência do testículo direito.
Durante o desenvolvimento embrionário, os testículos são formados na região abdominal (na altura da barriga do bebê). Normalmente, nas fases finais da gestação, os testículos descem pelos canais inguinais, atingindo sua posição definitiva na bolsa escrotal. Entretanto, se na ocasião do nascimento os testículos ainda não tiverem descido, eles costumam descer nas seis primeiras semanas de vida, ou até o terceiro mês, no caso de meninos prematuros Algumas vezes, essa descida não ocorre ou acontece de forma incompleta, e os testículos podem permanecer no abdômen, ou em qualquer ponto do trajeto de descida, caracterizando um caso de
criptorquidismo.
A falta de um testículo nem sempre é sinal de criptorquidismo. Esta anomalia ocorre também no caso do chamado testículo retrátil,
que abandona momentaneamente sua posição escrotal, puxado pelo músculo que o rodeia. Neste caso, não há necessidade de tratamento, pois com o tempo esse musculo perderá a força e o testículo retornará definitivamente à sua posição correta
O criptorquidismo pode acontecer devido àfalta de ação hormonal, à existência de alterações testiculares ou até mesmo devido à presença de um obstáculo no seu trajeto, como uma hérnia. É difícil os pais notarem que um dos testículos ou os dois não desceram para a bolsa escrotal. Por isso é muito importante que se procure o médico logo que o problema for detectado, pois essa alteração pode impedir o desenvolvimento total dos testículos.
O testículo que não desceu fica impedido de se desenvolver normalmente e pode se tornar incapaz de produzir espermatozóides (o que, futuramente, pode levar à esterilidade), além de criar uma grande variedade de problemas psicológicos para o menino e aumentar o risco de câncer testicular.
O tratamento é feito, inicialmente, com o uso de hormônios. Caso não se obtenha bons resultados e o testículo permaneça na posição anormal, é necessária uma cirurgia, de preferência entre os 5 e 10 anos de idade (embora alguns médicos recomendem a abordagem cirúrgica mais precoce). O mais importante é que seja corrigido antes da puberdade, para que o testículo não perca sua capacidade reprodutora.


Ginecomastia
A ginecomastia ou o desenvolvimento de mamas no indivíduo do sexo masculino, é uma condição bastante comum. Isso ocorre na maioria dos recém-nascidos do sexo masculino, devido ao estímulo dos hormônios da mãe, e desaparece cm algumas semanas. Pode acontecer também durante a puberdade quando é comum ocorrer um desequilíbrio hormonal que pode favorecer o aparecimento de "peitos" em meninos.
Nesses casos, o tratamento consiste principalmente na reafirmação ao menino da natureza transitória desse processo. Em casos emocionais graves. pode-se. até mesmo, indicar a retirada da mama.

Mas, será que existe
algum caso que não seja normal?

Algumas vezes esse aumento das mamas é marcante parecido com peitos de uma mulher). Esses casos normalmente não regridem sozinhos e podem estar relacionados a distúrbios da glândula supra-renal, a tumores testiculares ou a algumas doenças como cirrose ou insuficiência cardíaca.


Fimose
Em termos gerais a fimose é uma alteração congênita que consiste em uma diminuição da pele que cobre a cabeça do pênis (prepúcio). Geralmente acontece com os bebés, pois o desenvolvimento ainda não se completou, mas, por volta dos dois anos de idade, tende a se normalizar. Também existe uma fimose adquirida que afeta adultos, sendo o resultado de infecções ou traumatismos diretos.
A fimose ocasiona uma aderência da pele sobre a cabeça do pênis, dificultando a micção (ato de urinar) e a ereção; se não for tratada, pode interferir no ato sexual provocando fortes dores. Em muitos casos não é necessária a intervenção do médico, se os pais tivessem a precaução de subir e descer, com cuidado, o prepúcio do bebé com fimose, aproveitando, por exemplo, o momento do banho. Mas, muitos pais não conhecem esta prática ou têm medo, e a maioria das crianças são submetidas à cirurgia de correção posteriormente.
Entretanto, é importante realçar que não se deve forçar a retração da pele, pois isto pode determinar traumatismos, ocasionando cicatrização com fimose persistente. Além disso, quando se força essa pele para trás com violência, pode haver formação de uma área de grande compressão em torno da cabeça do pênis, surgindo o estado de estrangulamento, chamado parafimose. Nesse caso, a dor e o inchaço local são muito intensos.

Hipertrofia e Câncer de Próstata
A próstata permanece pequena durante toda a puberdade, atingindo seu tamanho definitivo por volta dos 20 anos de idade e assim permanecendo pela maior parte da vida do adulto, até aproximadamente os 50 anos de idade. A partir desta idade, em alguns homens, a próstata começa a diminuir de tamanho porque os testículos do homem não produzem mais hormônios em quantidades suficientes. Mas, na grande maioria das vezes isso não acontece. Em aproximadamente 70% dos homens com mais de 60 anos, ocorre a chamada hipertrofia da próstata, que nada mais é do que um aumento de tamanho da glândula.

A função sexual humana
Crescimento de células anormais, responsáveis pela formação de tumores malignos (câncer). Nestes casos, temos o desenvolvimento de um tumor maligno ou câncer de próstata, que pode se espalhar para outros órgãos, se não for tratado logo. Os tumores malignos ou o câncer de próstata são mais comuns em homens a partir dos 70 anos e, se tratados a tempo, pode-se obter a cura completa.
Os dois casos precisam ser descobertos e tratados o quanto antes possível, para não terem outras conseqüências como uma insuficiência renal ou um processo de incontinência urinária (o paciente não controla mais sua vontade de urinar e molha continuamente suas roupas), além da redução das atividades sexuais, ou até mesmo, a suspensão das relações sexuais nos casos mais avançados.


Câncer testicular e
hípergonadismo masculino
Os testículos são os órgãos masculinos responsáveis pela produção dos hormônios sexuais. Quando um tumor maligno se desenvolve nesses órgãos, ocasionando um cancer testicular, a quantidade de hormônios produzida pode ser até 100 vezes maior que os valores normais.
Na maior parte das vezes, a impotência é conseqüência de desenvolvimento de um adulto mais baixo do que ele seria se não tivesse esse cancer.
Existe outro tipo de tumor que pode acontecer nos testículos mas que não influencia os níveis hormonais.

Impotência sexual
De uma forma bem simplificada, a impotência corresponde a uma falha na ereção,

A função sexual masculina
O homem impotente é aquele que não consegue completar o ato sexual. O homem com problemas na função sexual tem vários sintomas que podem se apresentar
o sozinhos ou combinados: perda do desejo sexual, dificuldade em iniciar ou manter a ereção, falhas na ejaculação, ejaculação precoce e incapacidade de atingir o orgasmo.
É fundamental dividirmos os casos de impotência em dois grandes grupos. O primeiro grupo é aquele causado por alterações orgânicas como uma doença do sistema nervoso ou dificuldades na circulação ou por problemas gerados pelo uso de medicamentos, pela ingestão de álcool em grandes quantidades ou pelo uso de drogas como a cocaína. O segundo grupo é formado por aqueles casos onde a impotência acontece puramente devido a problemas psicológicos. Os fatores psicológicos mais comuns são a ansiedade e a depressão, mas outros fatores emocionais como o desinteresse sexual pela parceira, o medo de não ser 'competente", uma discussão no casamento, preocupações e o stress podem ajudar a diminuir o impulso sexual.
É importante ressaltar que a grande maioria dos casos de impotência se deve, exclusivamente, a desequilíbrios emocionais, sendo, portanto, essencial que o homem procure auxílio médico antes de iniciar qualquer tipo de tratamento.


Esterilidade masculino
Esterilidade é a incapacidade permanente de gerar filhos. Quando um casal não consegue ter filhos. Em cerca de 40% dos casos em que um casal não consegue ter filhos, o problema está no homem.
Quando esta incapacidade é transitória, chamamos infertilidade A impotência pode ser uma causa de infertilidade ou mesmo de esterilidade, devido à impossibilidade de
concretizar o ato sexual; entretanto, a recíproca não é verdadeira, ou seja, o indivíduo estéril ou infértil pode ter sua potência sexual (ereção e ejaculação) normal, contudo, pode apresentar problemas com seus espermatozóides, não sendo, assim, capaz de engravidar uma mulher.
Há dois problemas principais que tornam um homem estéril: o homem produz poucos espermatozóides ou espermatozóides anormais.
Alguns exames simples podem ser realizados para a detecção do problema, entre os quais o mais importante é o espermograma, que faz a análise quantitativa e qualitativa dos espermatozóides.


Vasectomia
A vasectomia é uma cirurgia que resulta na esterilidade do homem. Essa cirurgia consiste no corte dos canais deferentes, isto é, dos canais que levam os espermatozóides dos testículos até os outros canais responsáveis pela passagem do sêmen na ejaculação.
Assim, os espermatozóides são produzidos, mas não estarão no sêmen, tomando o homem estéril, isto é, incapaz de engravidar qualquer mulher. A capacidade reprodutiva do homem não acaba logo após a vasectomia, pois ainda existem espermatozóides armazenados. São necessárias cerca de 20 ejaculações e a confirmação através de um exame (espermograma), para que o médico possa garantir, com certeza, que o sêmen não contém mais espermatozóides.
É muito importante que fique claro que esta cirurgia não afeta, de maneira alguma, o desempenho sexual do homem. A vasectomia não altera a ereção nem a ejaculação e, portanto, o homem não fica impotente depois de sofrer uma vasectomia.
É possível reverter a vasectomia? Em alguns casos, isso pode ser feito, desde que não tenham se passado muitos anos.

O jovem e o sexo: uma relação difícil

genital em desenho de triângulo invertido e mais tarde em axilas.

o Corpo - Além do aumento da estatura, há modelação do corpo com crescimento dos quadris e afinação da cintura.

Os órgãos internos também amadurecem, até que ocorra a primeira menstruação (menarca).
A menstruação é um sangramento vaginal que se repete a intervalos regulares, a partir da puberdade, durante toda a vida fecunda da mulher, até a menopausa, quando a mulher não mais menstrua.
O primeiro dia do sangramento é o primeiro dia do ciclo menstrual. Em geral, a menstruação dura de 3 a 5 dias e se repete a cada 28 dias, mas isto pode variar de mulher para mulher, com doenças ou condições emocionais.
O ciclo menstrual representa o preparo progressivo do aparelho genital feminino para a gravidez. como parte deste preparo, o útero vai aumentar seu revestimento interno, que é o endométrio, rico em sangue, para receber o ovo resultado da união do óvulo com o espermatozóide (fecundação), que irá se transformar em embrião, feto e finalmente um bebê.
Quando não há fecundação, este revestimento do útero descama. dando origem à menstruação.
Tudo isto é regulado por um complexo equilíbrio entre hormônios sexuais, hipofisários e hipotalâmicos.
A menstruação traduz a capacidade reprodutora da menina, sendo o marco inicial de sua vida fértil.


Desejo: a descoberta da sexualidade
Os novos equilíbrios hormonais trazidos pela puberdade, além de produzir todas as mudanças físicas que já citamos, também são responsáveis por despertar no adolescente um novo, forte e complexo sentimento: o desejo sexual, conhecido como libido.
Toda uma gama de sentimentos, emoções e atrações nunca experimentadas antes começam a fazer parte da vida do adolescente.
A descoberta da sexualidade é expressa não só pelo "tesão pelo sexo oposto", mas é também
perfeitamente natural que a curiosidade pelo próprio corpo, o desejo de conhecer a própria sexualidade. A masturbação é uma forma natural de explorar a sexualidade, de conhecer seu corpo.


Conflito: marca registrada da adolescência
Na adolescência ocorrem muitas mudanças rápidas e radicais que podem deixar o adolescente em conflito, sentindo-se um estranho diante de si mesmo. De repente, ele se vê uma nova pessoa, e não pode prever como terminará e quanto durará este processo de mudança.
Conflito é a marca registrada de uma fase de transição, onde não se é mais criança, mais ainda também não se é adulto. O adolescente está sempre diante de atitudes conflitantes por parte dos mais velhos. Ora ouve:

Jovem e o sexo: uma relação difícil

Mas esta duplicidade também está estampada nas própria atitudes do adolescente:
ora enfrenta os mais velhos querendo autonomia e liberdade, rejeitando veementemente intromissões, expressando toda rebeldia e sentimento de auto-suficiência característicos da idade; e, ao mesmo tempo, se mostrando dócil e dependente como criança, frente à menor dificuldade.
Isto poderá gerar um sentimento de incompreensão no adolescente e tornar difícil o relacionamento com os pais. Afetivamente também a relação com os pais pode ser dificultada. O adolescente quer e precisa das manifestações de carinho, mas estas podem deixá-lo envergonhado, principalmente as intimidades físicas, mesmo as mais superficiais antes encaradas com naturalidade.
É preciso que os pais compreendam que este conflito é natural e que a privacidade do adolescente precisa ser respeitada, pois nesta fase é necessário que se tenha amigos e segredos em que os adultos não interfiram. A confiança e companhia dos amigos passa a ser 'mais importante" que a dos pais (aparentemente).
Formam-se então os "clubes do Bolinha" e "da Luluzinha", onde o grupo de amigos do mesmo sexo confere aos adolescentes um sentimento de semelhança, proteção e compreensão; onde eles discutem e descobrem os novos sentimentos e sensações das transformações que estão atravessando.
É compreensível que os pais tenham um sentimento de perda e sintam dificuldades em encarar que a sua criança está crescendo e precisa caminhar com mais independência, mas se isto não for contornado, a harmonia familiar poderá ser comprometida.


o Você está bem grandinho para isto, já não é mais uma criança, precisa ter mais responsabilidade!

Você ainda é muito criança para isto, tá pensando que já é responsável por si, é?
Os medos trazidos pelas mudanças
As mudanças que caracterizam a adolescência ocorrem em todas as áreas da vida do menino e da menina e trazem

Adolescência, esta fase complicada

consigo ansiedade e medo. Isto é muito natural, pois o novo, o desconhecido, sempre geram dúvida e insegurança.

Logicamente, os medos e dúvidas não são os mesmos para meninos e meninas. Vejamos então separadamente:


Meninos

o pênis - um dos medos mais comuns dos adolescentes está relacionado ao pênis. mais especificamente ao seu tamanho e a possibilidade de alguma anormalidade. Este medo se deve à difundida idéia de que "um homem se mede pelo tamanho de seu pênis", o qual é o símbolo por excelência da masculinidade e do poder masculino. Ao tamanho do pênis estaria associada a capacidade sexual do homem, quanto maior o pênis maior a possibilidade de sucesso com as mulheres. Daí nasce a preocupação séria com o tamanho do pênis do menino que pode ser inclusive iniciada pelos próprios pais. ainda na infância, e que será do adolescente após a puberdade. O menino sentirá necessidade de estar à altura do modelo social de masculinidade e vai sofrer se achar que seu pênis é pequeno. Não há tamanho ideal de pênis e nem tempo preciso em que o desenvolvimento ocorra. O tamanho do pênis vai variar de um homem para outro, assim como a espessura. A verdade é que a ciência mostra que o tamanho do pênis nada tem a ver com a capacidade sexual do indivíduo e muito menos com a sua aceitação pelas mulheres. O sucesso na relação sexual está diretamente ligado à sensibilidade, disponibilidade e afetuosidade recíproca entre homem e mulher, e não a uns centímetros a mais ou a menos.

o Manifestações de excitação - no início da adolescência, a estimulação sexual provocando excitação ocorre espontânea e freqüentemente, independendo da vontade do menino. Como resultado desta estimulação, temos na seqüência: ereção e ejaculação. A ereção (pênis fica "duro") é provocada por uma série de acontecimentos de caráter físico, psíquico e sensorial, que vão ao sistema nervoso e provocam um fluxo de grande quantidade de sangue para os corpos cavernosos do pênis. que aumenta de tamanho e fica rígido. Os adolescentes freqüentemente têm ereções nos momentos mais inoportunos, como no ônibus, por causa do trepidar, na praia ou piscina, etc. Isto causa, além do constrangimento, preocupação pela sensação de descontrole. É natural ficar envergonhado, mas não há nada de anormal nisto. Com o tempo o rapaz vai aprendendo a controlar e a lidar com estas situações.

o Masturbação - é o ato de ter prazer sexual sozinho, sem um parceiro ou parceira, e pode ser praticada tanto pelo homem quanto pela mulher. Sobre a masturbação muitos folclores há a cerca dos prejuízos que ela traria a quem a praticasse. Diz-se que pode provocar tuberculose, cegueira, loucura, acne, pêlos nas mãos, etc., e por isso seria um "ato proibido" e "vergonhoso". Tudo isto não tem o menor fundamento. Não há qualquer prejuízo ã saúde de quem se masturba, nem física e nem psíquica. Atualmente, a preocupação que têm os pais, educadores e psicólogos, é outra: teme-se que quem se masturbe excessivamente possa se tomar prisioneiro deste hábito individual e conseqüentemente perder o interesse pelo conhecimento do sexo a dois e pela conquista de um parceiro ou parceira. Isto não é comprovado, mas é uma questão as ser pensada.

o Velocidade do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários - Outra preocupação freqüente após a puberdade é o surgimento das comparações feitas com os colegas da mesma idade. A velocidade de surgimento dos caracteres sexuais em geral, como pêlos, voz, crescimento, etc., assim como a intensidade destes, vai variar

O que é DST?
É uma doença transmitida através da relação sexual. A Organização Mundial de Saúde (OMS) catalogou mais de 25 DSTs e aqui vamos estudar somente as principais.

O que preciso saber sobre as DSTs?

E muito importante que a população leiga (não médica) tenha conhecimentos básicos fundamentais sobre estas moléstias.
o Saber que, na maioria das vezes, são de fácil tratamento, mas que podem se tornar graves e ter sérias conseqüências se não forem tratadas.
o Conhecer suas formas de transmissão e, conseqüentemente, como preveni-las.
o Identificar sintomas que indiquem a presença de uma doença e a necessidade de busca precoce do auxilio médico.
Quais são as DSTs de transmissão essencialmente sexual?

Este grupo de doenças é aquele em que a via não sexual de contágio é desprezível, ou seja, praticamente inexistente.
São elas: sífilis, gonorréia, cancro mole e linfogranuloma venéreo.

Quais são as DSTs de transmissão freqüentemente sexual?

Este grupo é formado pelas doenças cuja transmissão sexual é a mais importante, mas existe a possibilidade de outras vias de contágio serem eficientes.
As principais são: uretrite não gonocócica, herpes genital, condilomas, candidíase, tricomoníase e AIDS.

Uretrites
Fungos ("bolor") como e a Torulopsis glabrata.
O que são?

Chama-se de uretrite a doença inflamatória da uretra. Ocorre tanto no homem quanto na mulher, embora muito mais freqüente no sexo masculino.
As uretrites podem ser:
o Não infecciosas (agentes físicos ou químicos)
o Infecciosas (agentes microbianos):
- gonoccócecas
- não gonocócicas
De longe, a uretrite gonocócica, ou seja, a causada pela Neisseria gonorrhoeae é a mais freqüente, contudo não podemos desprezar as genericamente denominadas não gonocócicas, que têm diversos agentes causais possíveis (germes causadores) e que estão em franco aumento de incidência.
O agente Etiológico da Gonorréia

A gonorréia é causada pela Neisseria gonorrhoeae, comumente denominada de gonococos. As células são cocos aeróbios Gram-negativos, imóveis, aos pares, com seus lados adjacentes achatados como um par de grãos de café. Em preparações microscópicas feitas a partir de espécimes clínicos, os gonococos muitas vezes são observados dentro dos neutrófilos, que ingerem as bactérias por fagocitose.

Diagnóstico
Um diagnóstico presuntivo da gonorréia pode ser feito pela presença de diplococos Gram-negativos dentro dos neutrófilos quando os espécimes clínicos são examinados microscopicamente. Um diagnóstico definitivo requer o isolamento e a identificação dos gonococos por meio de testes laboratoriais. Os gonococos são isolados em ágar chocolate contendo antibióticos para suprir o crescimento de bactérias da flora normal.


Uretrites náo-gonocóciccs

Quais são então os germes que podem causar uretrites não gonocócicas?

Atualmente, sabe-se que um número bastante grande de germes podem causar esta DST. Entre as bactérias encontramos:
Bactérias intestinais: Escherichia coli, Proteus, Enterobacter etc.
Outras bactérias como: Siaphylococcus aureus e epidermidis, Neisseria rneningitidis. Chlamydia trachomatis. Gardnerella vaginalis etc.
Protozoários como o Trichomonas vaginalis.
E até vírus, como no caso de herpes ou condiloma acuminado, que estejam na uretra.


Como se "pega" esta doença?

Esta é a primeira DST de transmissão freqüentemente sexual, onde vias de contaminação não pelo ato sexual em si são pouco mais aceitáveis que no caso das DSTs anteriormente estudadas.
No caso particular das uretrites não gonocócicas (UNGs) isto é melhor visto face à multiplicidade de agentes causais que facilita a infecção.
A via sexual, no entanto, é sem dúvida a forma mais importante de transmissão, e aí está muito presente a importância do comportamento sexual atual com a prática dos coito oral e anal.
Pelo coito anal, se entra em contato com microrganismos da flora intestinal que poderão causar uma UNG e, pelo oral, com germes da garganta, gengivas, dentes, amígdalas etc, que podem estar infeccionados.
O coito vaginal, obviamente, também é meio de transmissão da doença.

É preciso chamar a atenção para a auto contaminação que as mulheres (mais que homens pela anatomia de sua genitália) podem sofrer através do uso inadequado do papel higiênico após a defecação.

A via sexual, no entanto, é sem dúvida a forma mais importante de transmissão, e aí está muito presente a importância do comportamento sexual atual com a prática dos coito oral (felação) e anal.
Pelo coito anal, se entra em contato com microrganismos da flora intestinal que poderão causar uma UNG e. pelo oral, com germes da garganta, gengivas, dentes, amígdalas etc, que podem estar infeccionados.
O coito vaginal, obviamente, também é meio de transmissão da doença.
É preciso chamar a atenção para a autocontaminação que as mulheres (mais que homens pela anatomia de sua genitália) podem sofrer através do uso inadequado do papel higiênico após a defecação, limpado-se de trás para frente ou puxando (como fazem os homens), trazendo assim, microrganismos das fezes para a vagina. A maneira correta é limpar-se de frente para trás.
Outro meio comum é o uso de peças íntimas contaminadas.
Estas práticas podem ser causa de UNGs:
contudo, mais facilmente causam vulvovaginites (infecção da vulva e vagina) pela maior facilidade de o microrganismo infectar estas, do que a uretra.


Quais os sintomas das UNGs?

O quadro clínico destas doenças possui particularidades relacionadas ao germe que a está causando; no entanto, de uma forma geral, a sintomatologia é semelhante, apesar da diversidade dos germes causadores.
Os sintomas costumam aparecer após 10 a 21 dias (período de incubação) do contato com o agente causador e na maior parte dos casos se limitam a uma secreção que sai da uretra. Esta secreção uretral é geralmente discreta (não abundante), serosa (sem pus, descrita como "agüinha" ou "gosminha" pelos pacientes) e pouco incomodativa, não gerando muita dor ou ardência ao urinar (disúria). Não é freqüente a presença de sintomas gerais.
Na uretrite por estafilococos o corrimento pode ser branco ou amarelado.
Na uretrite causada por bactérias intestinais pode ser do tipo "água suja" e ter, por vezes, odor fétido.

Como surgem as uretrites não
infecciosas?

Através de agentes químicos, como medicamentos ou substâncias de uso local, capazes de irritar a mucosa que responde com produção de secreção, podendo haver dor ou ardência. A manipulação da uretra (causa mecânica) pelo próprio paciente ou por procedimentos médicos pode também irritar a mucosa uretral.


Como se faz o diagnóstico?

Pelo exame da secreção um tal pata evidenciar o microrganismo por bacterioscopia (pelo método de gram) e, quando necessário, a cultura.

E o tratamento?

Sempre se observando a tríade paciente, parceiro e médico, a antibioticoterapia adequada é um sucesso.
Esta moléstia, porém, é daquelas que não levam o paciente prontamente ao médico, especialmente baseado na teoria equivocada de que pouco corrimento é normal.


O tratamento inadequado ou a ausência de tratamento podem causar complicações?

Sim, num prazo mais longo pode haver ascenção da infecção que pode chegar à bexiga ou até aos rins.
Pode também haver passagem do germe para a vagina, causando vaginites e infecções
genitais altas (útero, trompas e ovário). Isto. porém, é bastante comum e grave na blenorragia pelo caráter mais agressivo do gonococo.


Sífilis
O Agente Etiológico da Sífilis. A sífilis é causada pelo espiroqueta microaerófilo chamado Treponema pallidum, subespécie pallidum. As células deste espiroqueta são finas e helicoidais e são mais bem observadas pela microscopia de campo escuro. Este organismo não é cultivado em meios de cultura de laboratório e pode cres-cer - com dificuldade - somente em testículos de coelhos ou em culturas de células da epiderme de coelhos, Os espiroquetas aderem à superfície das células hospedeiras e apresentam capacidade para invadir a membrana mucosa intacta ou a pele lesada. A aderência inicial às células do hospedeiro é facilitada quando os espiroquetas são cober-tos pela fibronectina, uma glicoproteína (proteína com açúcares ligados) encontrada no soro e na superfície de várias células de mamíferos.

Transmissão do Espiroqueta. A sífilis é adquirida por meio do contato sexual. Ela também pode ser uma infecção congênita - adquirida pelo feto enquanto ele se encon-tra no útero da mãe. Os espiroquetas passam da corrente sanguínea da mãe para o feto por meio da placenta, o órgão que liga o feto ao útero e permite a troca de nutrientes e produtos de degradação entre a mãe e o feto. Em muitos casos de sífilis congênita, a criança nasce normal, mas desenvolve os sintomas da sífilis muitas semanas ou meses depois, aproximadamente 35% morrem de sífilis terciária. Pessoas que se recuperam da sífilis podem ser reinfectadas median-te contato sexual subseqüente com um indivíduo infectado.

Diagnóstico Laboratorial da Sífilis
O método mais rá-pido e mais direto de diagnóstico laboratorial da sífilis, utiliza a microscopia de campo escuro para mostrar a pre-sença de numerosos treponemas móveis no fluido do can-cro ou das lesões de pele. Na ausência de cancro ou de lesões de pele, a sífilis é diagnosticada pela demonstração da presença de anticorpos, no soro do paciente, que foram formados em resposta à infecção. Testes sorológicos simples são usados para este propósito, como o teste rápido da reagina plasmática (RPR - rapid plasma reagin test). O teste RPR é barato e de fácil execução, mas não é um teste para treponemas, pois não detecta anticorpos con-tra T pallidum. Este teste detecta anticorpos contra um antígeno chamado cardiolipina - um componente da membrana citoplasmática de células humanas e de outros mamíferos. Por razões desconhecidas, anticorpos contra cardiolipina são formados no sangue de pacientes sifilíti-cos; esses anticorpos são chamados reaginas. Quando o soro de um paciente sifilítico é adicionado a uma suspen-são de partículas de lipídeos contendo cardiolipina, a reagina causa a aglutinação dessas partículas.
Herpes Genital

O que é o herpes?

É uma das DSTs mais difundidas atualmente e que infelizmente se encontra em grande expansão.
E causada por um vírus, o Herpes simplex.


Qual a diferença entre o herpes labial e o genital?

Existem dois tipos de vírus Herpes simplex, os tipos I e II . e ambos podem causar herpes genital ou labial (boca, face etc); todavia, o tipo I é o principal responsável pela doença não genital, enquanto que mais de 80% dos casos da doença genital são causadas pelo tipo II.


Como se "pega" herpes?

Esta moléstia é freqüentemente transmitida pelo ato sexual (inclusive coito anal), mas pode ser transmitida pelo contato direto, como pelas mãos ou pela saliva (coito oral). É desta forma que o vírus LI da doença genital pode se instalar em outros territórios preferidos pelo tipo 1 e vice-versa.
Pela imensa difusão da doença, é muito fácil entrar em contato com o vírus, mas isto nem sempre significa que se tem a doença.


Por que é possível entrar em contato com o vírus e não ter a doença?

Geralmente quando o vírus entra em contato com um indivíduo, este produz anticorpos, ficando imune à doença. Quando "situações desfavoráveis" acontecem, enfraquecendo esta defesa, podem-se manifestar sintomas da doença.


Logo. diz-se que o herpes é uma doença cujo quadro clínico depende muito da imunidade do hospedeiro.

Que "situações
desfavoráveis" são essas?

São fatores capazes de desencadear os sintomas da doença e são muito variados, chamados genericamente de fatores estressantes , ou que representam stress ao paciente.
As principais situações que favorecem essa quebra imunológica são: questões emocionais (dificuldades financeiras, sexuais, profissionais e nos estudos etc), cansaço físico e mental, traumatismos da região genital, exposição prolongada ao sol (raios ultra-violetas), doenças debilitantes de um modo geral (gripe, infecções, anemias etc), etilismo (hábito de bebida alcoólica), medicamentos imunodepressores etc.


E como são os
sintomas do herpes genital?

Cerca de seis dias após o contágio, inicia-se o quadro que geralmente é aberto por coceira e vermelhidão no local afetado, que pode ser: pênis, vulva, vagina, colo do útero, ânus, períneo, coxas, nádegas, gengivas, faringe, nariz, couro cabeludo, púbis (entre os pelos pubianos) etc.
Após, surgem pequenas elevações na pele (pápulas que coçam e doem) as quais se transformam em pequenas bolhas (vesículas) cheias de líquido, que se rompem (em mais ou menos 24 horas), formando feridas (aftas herpéticas) apresentando dor, tipo queimação ou ardência que piora com o contato com água, geralmente circundadas (as aftas) por um halo vermelho.
Estas aftas podem unir-se, formando uma grande ferida, e pela ardência ao contato com a água, a higiêne das lesões é mal feita, o que pode gerar infecção secundária (outros germes se instalam e provocam a infecção).
De uma a duas semanas após o início do quadro, as aftas herpéticas desaparecem espontaneamente, podendo, ou não, ao "secar", deixar cicatrizes ou marcas no local onde estavam.
No momento em que desaparecem da superfície do corpo, os vírus vão para os gânglios nervosos onde se "escondem" esperando uma situação de debilidade do indivíduo que lhes favoreça reaparecer
Algum tempo mais tarde (semanas, meses ou anos) começa tudo de novo, ao que chamamos de surtos da doença, uma de suas principais características.

Note-se que o primeiro surto da doença é quase sempre o mais intenso, sendo as recidivas (surtos posteriores) mais amenas.

Como é o tratamento desta moléstia?

Infelizmente não se possui tratamento eficaz para o herpes. Hoje, vários medicamentos são usados na tentativa de diminuir o período de manifestação da doença e aumentar o intervalo entre os surtos. Por isso é muito importante tentar manter-se tranqüilo, procurando resolver os possíveis fatores que levam ao "stress".

Condiloma Acuminado

O que é condiloma?

Existem duas formas diferentes de condiloma: o plano e o acuminado. O primeiro é parte da sintomatologia da sífilis, aparecendo geralmente na fase secundária ou tardia da doença, e já foi estudado anteriormente.
Neste capítulo trataremos do acuminado, também conhecido como verruga venérea, crista de galo ou couve-flor.
Esta moléstia é causada por um vírus, o Papova vírus (HPV). o mesmo causador da verruga comum, e no contexto das DSTs também tem sua incidência aumentando dia a dia.

Como é transmitido?

Como uma doença de transmissão frequentemente sexual, este tipo de contato é a principal forma de transmissão, sendo ele: anal, oral ou vaginal. Entretanto, o contato com superfícies contaminadas (como unhas, por exemplo) é capaz de transmitir a doença.


Quais os sintomas?

Caracteriza-se pelo surgimento de verrugas cutâneas nos órgãos genitais, sendo no homem (sulco balano-prepucial e glande) mais facilmente identificável que na mulher, onde as formações verrucosas se dispõe preferencialmente no intróito vaginal e vestíbulo, podendo surgir em outros locais como até no colo do útero.
Estas lesões costumam surgir por volta de três a quatro semanas após o contágio e há a tendência de surgirem cada vez mais verrugas que podem se unir e assumir o aspecto de "couve-flor". Isto é favorecido pela umidade do local e pela falta de higiene, podendo inclusive apresentar cheiro desagradável.
Geralmente não são dolorosas e, quando muito, causam coceira e incômodo.


Como se faz o diagnóstico?

A presença de verrugas na genitália é característico de condiloma acuminado, sendo o achado clínico, diagnóstico da presença do Papovavirus. A ausência, no entanto, não exclui o paciente de portar o HPV, sendo necessária a realização de exames para confirmar a presença do vírus.
Os principais exames usados são:
o Citopatologia;
o Vulvoscospia, Colposcopia;
o Histopatologia;
o Métodos de detecção viral (microscopia eletrônica, imunoquímica, hibridização molecular) etc.

No homem, usa-se apenioscopia de rotina para parceiro de mulheres com a doença, para que ele se trate também e não tome inútil o tratamento da mulher que pode se reinfectar por meio dele.


Como é o tratamento?

O tratamento é feito por cauterização elétrica (queima da lesão) ou mediante substâncias químicas que, em hipótese alguma, devem ser manuseados pelo paciente, mas sim por médicos, uma vez que o uso inadequado pode gerar consequências gravíssimas.


Granuloma inguinal

O que é?
Também chamada Donovanose ou granuloma venéreo, é uma DST causada por uma bactéria, a Donovania granulomatis. Ao contrário das demais DSTs, a donovanose é uma doença bem rara atualmente e que predomina em pessoas de raça negra.

Corrimentos Vaginais
O que são os corrimentos vaginais?
Chama-se corrimento vaginal a secreção que flui pela vagina, que pode ter características as mais variadas (cor, odor, volume etc), assim como os mais diversos significados, do ponto de vista médico.


Corrimento é o
mesmo que leucorréia?

A palavra Ieucorréia quer dizer corrimento branco (esbranquiçado). Comojá mencionamos, nem todo corrimento é branco e por isso leucorréia não deve ser usado como sinônimo de corrimento vaginal, embora isto já esteja popularizado.
Como se "pega"?

A donovanose é uma DST de transmissão freqüentemente sexual e sua contagiosidade não é grande.
Pode ser contraída não só pelo coito vaginal, mas pelo anal e pela relação sexual oral, instalando-se o genne na boca e faringe.


Como se manifesta a doença?

Cerca de um mês após a inoculação da bactéria surge, no local, uma pequena elevação da pele ou mucosa (papula), não dolorosa, que vai se transformar em uma ulceração avermelhada, semelhante à "couve-flor" e que geralmente não dói.
A lesão pode ser mais de uma e, quando vizinhas, podem se unir formando úlceras maiores.
É característico surgir mal cheiro no local.
Que complicações podem ocorrer?

A evolução das lesões é muito lenta mas, mesmo assim, é comum ver-se pessoas que so procuram auxílio médico após anos de evolução da doença, isso por causa da pouca informação e do baixo nível sócio-econômico dos doentes.
A donovanose não adequadamente tratada pode gerar infecção secundária e elefantíase (aumento exagerado) da vulva, pênis ou saco escrotal. Pode haver estreitamento do ânus (estenose) e, em alguns casos mais graves, com evoluções mais arrastadas, pode se tomar um câncer.


Como se faz o diagnóstico?

É feito pela história e aspectos clínicos da lesão, podendo-se usar recursos laboratoriais, por muito tempo, convertendo situações tratáveis com facilidade em doenças graves. de tratamento mais longo ou difícil, e até mesmo com conseqüências seríssimas, como a esterilidade.

Todo corrimento significa doença?

Não, existem corrimentos sem estado patológico (doença), que significam flutuações da fisiologia hormonal feminina. Assim sendo, pode-se classificar os corrimentos da seguinte forma:
O corrimento fisiológico é igual ao patológico?
De uma forma geral são bem diferentes. O corrimento por hipersecreção mucosa (fisiológico) é geralmente pouco abundante, de transparente a esbranquiçado sem outro sintoma (coceira, ardência, dor etc), mas eventualmente pode ser diferente, confundindo o diagnóstico.
É preciso citar que um estado emocional tenso e continuado pode contribuir para isso e que a persistência longa do corrimento de hipersecreção pode predispor ao surgimento de doença.
1) Processos Fisiológicos
2) Processos Patológicos

- Infecções
- Infestações
- Neoplasias (câncer)
- Outros (corpos estranhos, diabetes, alterações do meio vaginal etc)


Quais os principais microrganismos geradores de corrimentos vaginais?

Vários tipos de germes podem causar corrimento. Os condilomas (já estudados), tricomoníase e candidíase, que estudaremos a seguir, os estafilococos, a Escherichia, a elamídia e outras bactérias como a Gardnerella.
O corrimento provocado por este microrganismo pode-se assemelhar ao produzido pela tricomoníase, inclusive quanto ao aspecto espumoso com odor fétido.
Como esta bactéria não invade a parede vaginal, pode, por vezes, apresentar sintomas tão leves (coceira, mau cheiro e corrimento) que as mulheres infectadas não lhes dão atenção. Muitos casos de corrimentos vaginais resistentes a tratamento têm como causa esta bactéria (ou um pólipo cervical não visível ao exame ginecológico normalmente efetuado).
a) Tricomoníose
É uma parasitose vaginal, causada pelo protozoário Trichomonas vagina/is, que representa cerca de 20% das infecções vaginais.
A contaminação é via de regra pelo sexo, mas pode acontecer a transmissão pelo contato com a secreção, de outras formas nas mulheres (uso de peças íntimas contaminadas, por exemplo).
O principal sintoma desta doença é o corrimento vaginal amarelado, com odor ativo, viscoso e por vezes espumoso, que surge em média duas semanas após a contaminação. Algumas pacientes podem ser assintomáticas.
No homem geralmente a doença éassintomática ou bem leve e autolimitada (desaparece espontaneamente em mais ou menos três semanas); contudo, se isso não ocorrer, pode haver a longo prazo lesão testieular e conseqüente esterilidade.
O diagnóstico é feito pela história clínica e pela identificação laboratorial do parasita.
O tratamento deve ser feito pela paciente e seu parceiro sexual, para evitar recontaminação. Com esta mesma finalidade, durante o tratamento, as roupas íntimas devem ser lavadas com água sanitâria, passadas à quente ou fervidas antes de usar.

b) Candidías
Esta doença provocada por um fungo (cogumelo), a Candida aibicans, é sem dúvida a mais freqüente causa de corrimento vaginal.
Geralmente este fungo existe na flora vaginal como saprófita (sem causar doença) e mudanças dessa flora ou motivos outros diversos podem levar a Candida a agredir a vagina, gerando um corrimento esbranquiçado, com grumos tipo "leite coalhado", acompanhado de intenso prurido (coceira).

O homem em geral é portador assintomático.
Outros fatores para o incremento desta afecção podem ser encontrados na gravidez, no tratamento com eorticosteróides e drogas imuno-supressoras, no diabetes melito. no hipertireoidismo, nas enfermidades malignas (especialmente nas leucemias), nos estados de desnutrição, na anemia ferropriva e nas síndromes de má absorção. além de outras causas menos freqüentes.
De todas as causas apontadas, as mais comuns são: gravidez, diabetes, antibioticoterapia prolongada e uso de contraceptivos orais (anovulatórios, popularmente conhecidos pelo nome de "pílulas").
Mas deve-se notar que a mulher e o homem podem reinfestar-se mutuamente. Basta que um dos parceiros se trate e o outro não.
Estabelece-se então o que se convencionou chamar de "contaminação em pingue-pongue" (um se cura, mas, como passou para o outro e este não se tratou, pega" de novo a candidiase em outra relação sexual).
Deve-se avisar às mulheres, também, que elas podem contaminar-se novamente a partir delas mesmas, com uso de peças íntimas
contaminadas ou a partir de higiene defeituosamente executada após a defecação (mulheres que usam o papel higiênico como fazem os homens, isto é, limpando-se de trás para diante), já que esta levedura é freqüente nas fezes.

São duas as principais: Escabiose (sarna) e Fitiríase (chato).


Escabiose
Produzida pelo Sarcoptes scabiei, a sarna é uma doença altamente contagiosa. É transmitida pelo contato pessoal íntimo, daí a eventual transmissibilidade sexual da doença.
A lesão típica encontrada na pele é o túnel, pequena elevação de cor acizentada, sinuosa, com uma vesícula na extremidade, mas outros tipos de lesão menos freqüentes podem surgir. As principais localizações da lesão são espaços interdigitais, punhos, cotovelos, axilas, região peri-umbilical, nádegas, seios, pênis e bolsa escrotal. A principal característica é o prurido (coceira) que fica mais intenso à noite, quando o paciente está aquecido.
Com a lesão típica, o diagnóstico é clínico. Caso contrário, a demonstração laboratorial do ácaro à lente de aumento ou ao microscópio édecisiva.
Esta doença, por sua contagiosidade,
iniciar o tratamento, é preciso averiguar quais os membros da família (e parceiros sexuais não familiares) estão de fato contaminados e, em dúvida, é melhor tratar todos, sempre com a orientação sobre hábitos de higiene, fervendo roupas, principalmente as íntimas, roupas de cama e banho, evitando assim a reinfestação.


Fitiríase
Produzida pelo Phitirus pubis, éeventualmente transmitida pelo ato sexual, sendo o contato intimo com roupas e lençóis contaminados a principal forma de contágio.
Caracteriza-se pelo intenso prurido em região peniana e perineal, eventualmente noutras localizações.
O parasita, ou suas lêndeas, pode ser visto a olho nú, o que toma o diagnóstico eminentemente clínico
O tratamento é semelhante ao da escabiose, observando-se os mesmos cuidados com a família e roupas pessoais de cama e banho.
Não há necessidade de que os pêlos sejam
acomete famílias inteiras. Por isso, antes de raspados pois as medicações são bem eficazes.

Doença Sexualmente Transmissível (DST) é o mesmo que doença
venérea?

O nome doença venérea vem da deusa grega Vênus, deusa do amor, e amor não é o mesmo que sexo, por isso o nome mais adequado é doença sexualmente transmissível.
Contudo, o nome doença venérea se consagrou pelo uso popular e refere-se ao que os médicos chamam DST.
DST só se pega pelo sexo, mesmo?

De uma forma geral pode-se dizer que as outras formas de contágio são raras, e que o ato sexual é a via preferencial de transmissão das DSTs. Entretanto, isto acontece diferenciadamente entre as diversas DSTs e por isso elas são divididas em três grandes grupos:
A) Transmitidas essencialmente pelo ato sexual;
B) Transmitidas freqüentemente pelo ato sexual;
C) Transmitidas eventualmente pelo ato sexual.


AIDS
História e origem da doença

Em 1981, o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos registrou os primeiros casos de uma nova e fatal doença, que tomou-se conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA AIDS). Suas vítimas eram, na maioria, homossexuais masculinos sem nenhuma doença anterior, que morriam de infecções e doenças malignas raras, que até então acometiam apenas pessoas que haviam nascido com deficiências do sistema de defesa do organismo, ou que tinham este sistema enfraquecido pelo uso de remédios, como os corticóides.


De onde vem a AIDS?

Uma vez estabelecida a causa infecciosa da AIDS, como sendo o HIV, começaram a ser formuladas várias hipóteses sobre as possíveis causas de seu aparecimento. As mais convincentes foram as que acreditavam que a AIDS era restrita a uma determinada população, que se encontrava isolada até então, ou que a AIDS ocorria em uma outra espécie que teria introduzido o vírus nos seres humanos, sem que os mesmos jamais tivessem tido contato com o agente infeccioso. A hipótese de uma outra espécie ser o carreador do vírus que infectou os seres humanos, nos parece mais provável, após os resultados dos estudos realizados em macacos africanos.
O HIV-1 e o HIV-2 são os vírus causadores da AIDS. Eles apresentam uma semelhança acentuada com o vírus de nome SIV (vírus da imunodeficiência em símios), encontrado originariamente na população de primatas africanos. Existem evidências de que a população dos macacos verdes africanos abriga, há longo tempo, o SIV, sem que este lhe cause doença, certamente devido à capacidade de defesa, adquirida pelo contato com o vírus, durante um longo período de tempo.
Os macacos verdes africanos, apesar de infectados pelo 51 V, nascem, crescem e se reproduzem. Como servem de alimentação para os africanos, é possível que alguns seres humanos tenham sido contaminados pelo 51 V, que hoje sabemos ser, também, causador da AIDS para o homem. Também é possível que este vírus tenha sofrido mudanças que o diferenciaram de sua forma inicial, o que permitiu identificá-lo como um novo vírus, que chamamos de HIV.
As tribos ou pequenos contingentes populacionais que eram os portadores do vírus, migraram para as principais cidades africanas e, a partir daí, o vírus se disseminou por estas populações e para as populações dos outros continentes, através do movimento migratório.


O HIV pode ter sido feito em laboratório?

Não há o menor fundamento científico para esta hipótese. O prejuízo causado pela doença na força de trabalho mundial é muito grande. Nos países ricos, os sistemas de saúde, antes eficientes, começaram a dar sinais de esgotamento, com falta de leitos, quebra de orçamentos governamentais, aparecimento de doenças, como a tuberculose, antes totalmente erradicada. Por último, o suposto inventor do vírus teria as informações necessárias para anulá-lo e destruí-lo, o que, até agora, não se sabe como fazer.

Conceitos básicos

O que é a AIDS?

A sigla AIDS representa as iniciais da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AJDS). Em português, seria SIDA.
Então, a AIDS é uma doença infecciosa do sistema de defesa (imunológico), provocada por um vírus (HIV). A doença não se transmite através dos genes, portanto não tem caráter hereditário, e sim, adquirido. A ação deste vírus sobre as células de defesa que fazem parte do corpo humano provoca uma falha na vigilância do organismo.
Trata-se de um vírus cujo código genético é transmitido por uma molécula do tipo RNA, ou seja, transporta seu código genético em moléculas de RNA. Normalmente, estas moléculas não são capazes de se inserir no código genético das células humanas, pois este código se encontra em moléculas do tipo DNA. Para que possa haver essa infecção, faz-se necessária a transformação do código viral de RNA para DNA, que é feita através de uma enzima, chamada transcriptase reversa, característica deste tipo de vírus. Após a transformação, a inclusão do material genético do vírus nas células humanas, toma-se possível. Desta forma, o vírus permanecerá definitivamente no interior do núcleo celular, local onde se encontram os cromossomos, e utilizará todas as enzimas e outras proteínas produzidas pela célula, como matéria-prima para a produção das proteínas necessárias à sua sobrevivência. Assim, se multiplicará com a duplicação da própria célula que o hospeda e, por isto, ele é chamado de retrovírus.
Transmissão

Como se adquire a doença?

O HIV está presente em certas substâncias naturais do corpo humano, como: sangue, sêmem (secreção sexual masculina), secreção vaginal, saliva, leite materno, líquido céfalorraquidiano (líquido da "espinha"), urina e fezes. No entanto, o contato com saliva, urina e fezes não transmite o HIV, pois estas secreções não contém uma carga viral suficiente para romper as barreiras imunológicas.
Não há relato de qualquer caso de contaminação através do contato social.
Podemos, então, identificar três mecanismos básicos de transmissão do vírus da AIDS:
o através do sangue e seus derivados
o através do sexo
o da mãe para o filho


A contaminação pelo
sangue e derivados
A tecnologia médica moderna permite o fracionamento do sangue, ou seja, que separemos seus componentes para usar separadamente. Por exemplo, podemos ter apenas plasma, concentrado de células vermelhas ou apenas plaquetas. A isto chamamos derivados do sangue.
São duas formas principais de se ter contato com sangue, suficientes para haver contaminação:

Transfusão sangüínea

No início da doença, esta foi uma importante via de contaminação, especialmente em doentes que faziam transfusões freqüentes, como os hemofílicos. A contaminação ocorre quando uma pessoa, por razões médicas, necessita de uma transfusão e o sangue transfundido não foi devidamente testado, na unidade coletora, que chamamos de banco de sangue. Deve-se levar em conta que existe, entre a infecção e a produção de anticorpos que são detectados no exame anti-HIV, um período que chamamos de 'janela imunológica", no qual a pessoa está contaminada e não apresenta o exame positivo. Nesse caso, ocorre falha da testagem e o sangue, se infundido numa pessoa, irá contaminá-la.
Uma vez que o material para a coleta de sangue seja descartável e estéril, não há como contaminar um doador que não seja portador do vírus. Até hoje, não existe nenhum caso documentado; este temor é, portanto, injustificável, já que não há nenhuma base científica que o comprove.

Uso de drogas endovenosas

Não é ouso da droga em si que transmite a AIDS, mas atitudes comuns de quem a usa. De uma forma geral, o uso de drogas é praticado em grupo, onde todos usam a mesma seringa e a mesma agulha (uso compartilhado) para injetar a droga na veia. Logo, a agulha que teve contato com o sangue de um, terá com o dos outros. Isto piora ainda mais porque como a droga precisa ser diluída (já que ela não é líquida), nem sempre há água para fazê-lo, aí cada um dilui a sua dose com seu próprio sangue, entrando em contato com o sangue dos usuários (aumentando a quantidade de sangue que o próximo a tomar o pico entrará em contato e, é claro, aumentando as chances de contaminação). Caso um dos componentes do grupo já tenha sido infectado por qualquer uma das maneiras já citadas, este contaminará todo aquele que injetar a droga, depois dele. Ocorre, com freqüência, recontaminação, quando mais de um elemento do grupo está contaminado, ocorrendo a troca de vírus de tipos diferentes, entre os usuários da droga. A recontaminação é uma condição sabidamente agravante da doença.


As vacinas utilizadas, hoje em dia,
podem transmitir a AIDS?

Havia uma preocupação com as vacinas para a Hepatite B, que eram fabricadas a partir de plasma de doadores de sangue, podendo, portanto, ter sido contaminadas. No entanto, os processos de desativação, utilizados na fabricação de uma vacina, destroem o vírus XIV. Essas vacinas foram testadas, anteriormente, em chimpanzés, não causando o aparecimento da doença, o que vem provar que não havia o vírus

Os mosquitos entram em contato com o sangue de quem picam. Pode haver transmissão do HIV assim?

Não. É totalmente infundada a hipótese de o mosquito sugar um sangue contaminado e, logo após, ao sugar uma outra pessoa, inocular este sangue que a contaminaria. Também infundada é a hipótese de contaminação pelo contato com materiais e utensílios de portadores do vírus. Estas formas de transmissão já foram cogitadas várias vezes e, até agora, os estudos epidemiológicos não revelaram tal possibilidade, uma vez que os contatos domiciliares, nos quais não houve relações sexuais com a pessoa contaminada, não transmitiram o HIV.

Há transmissão através de materiais de dentistas, cabelereiros e manicures?
O mecanismo seria o mesmo do acidente com o profissional da saúde, só que a probabilidade de ocorrer seria ainda menor Tendo em mente os fatores já citados na questão anterior, seria necessário que o dentista, cabelereiro ou manicure ferisse um cliente contaminado, de tal forma que ele sangrasse e contaminasse o instrumento usado e que num curtíssimo intervalo de tempo ocorresse um outro acidente semelhante com o mesmo instrumento, sem que este tenha sido esterilizado em outro cliente não contaminado, o que é muito pouco provável.
Houve nos Estados Unidos da América um caso de contaminação de uma jovem, através de instrumentos odontológicos. No estudo da transmissão do XIV, até o presente momento, não existe nenhum caso descrito por esta via, com exceção do caso da jovem americana. Esperava-se que aqui, também, acontecessem casos semelhantes, o que até agora não nenhum risco de contaminação. Estes dados foram comprovados por estudos epidemiológicos.


O HIV é transmissível aos animais
domésticos?

Não. O retrovírus da AIDS tem uma grande seletividade pelo homem e pelo chimpanzé. Este último suporta bem a infecção e não apresenta a doença. Não existe nenhum risco da doença ser transmitida a gatos, cachorros e pássaros domésticos, O XIV pertence a uma família de vírus que compreende variedades capazes de infectar o cavalo, a ovelha e a cabra. Essas variedades de vírus não possuem a capacidade de infectar os seres humanos, com exceção do vírus que infecta os macacos que, recentemente, contaminou um laboratorista.


O que é grupo de risco?
Em 1981, nos Estados Unidos da América, a AIDS foi descrita, exclusivamente. em homossexuais masculinos, mas, rapidamente, disseminou-se entre outros grupos sexualmente ativos. Posteriormente, verificou-se que alguns grupos sociais, com hábitos específicos, foram também contaminados. Hoje, sabemos que a AIOS não está mais restrita aos homossexuais, toxicômanos, hemofílicos, parceiros sexuais de indivíduos infectados e hemotransfundidos.
Esta denominação de "grupo de risco" não é mais usada, devido ao preconceito que ela gerava contra as pessoas que a eles pertenciam c porque se achava que só se pegava AIDS se pertencesse a um grupo de risco, o que não é verdade.
Hoje, dizemos existir atitudes de risco, ou seja, comportamentos sociais que qualquer indivíduo pode terem um momento de sua vida, que aumentam os riscos de contaminação. Logo, todo indivíduo corre o risco de se contaminar quando assume unia atitude de risco sem se prevenir.
As atitudes de risco
o Relações homossexuais:
Entende-se por relações homossexuais toda relação com um ser do mesmo sexo. Este comportamento coloca a pessoa em risco. Geralmente, mas não obrigatoriamente, essas pessoas, quando se relacionam sexualmente, não se envolvem emocionalmente com o parceiro que, às vezes, mal conhecem. Mesmo quando há envolvimento afetivo, muitas vezes, não se conhece sua história sexual dos últimos 5 anos e pode ter ocorrido, em algum momento de sua história sexual, uma rápida relação que poderia tê-lo contaminado, o que não elevado em conta, diante de um novo relacionamento, colocando em risco o novo parceiro. E importante salientar que tanto a relação ativa quanto a passiva permitem a contaminação, desde que um dos parceiros esteja infectado.

Patogenicidade do HIV
Indivíduos que são infectados com o vírus da AIDS usualmente não desenvolvem os sintomas da doença imediatamente. Portanto, não são diag-nosticados por um longo período de tempo após terem sido infectados. Isto ocorre porque, logo após a infecção, o vírus multiplica-se e o sistema imune do hospedeiro pro-duz anticorpos. Estes anticorpos podem controlar outras multiplicações virais por algum período de tempo, às vezes por vários anos. Entretanto, Eles não eliminam completamente o vírus, pois muitos deles existem como parte do genoma de linfócitos T4 do hospedeiro. O mais intrigante aspecto da infecção por HIV é que, quando uma célula T 4 é estimulada durante uma resposta imune, o HIV é ativado, replica e mata a célula T4

Tratamento da AIDS
Até o momento, não há cura para a infecção pelo XIV, mas já existe tratamento, de forma a permitir que a pessoa contaminada se sinta bem e possa continuar o seu desenvolvimento pessoal, próximo do habitual. O trabalho de ir ao médico, fazer exames e tomar remédios serão as modificações que ocorrerão.


Que tipo de remédios
serão empregados?

A medicação anti-HIV é chamada de anti-viral. Existem basicamente dois tipos de drogas anti-virais:

o as que atuam inibindo a enzima transcriptase reversa, mais antigos e famosos, como o AZT, DDI e o DDC.

o as que atuam inibindo a enzima protease, bem recentes.


Qual o benefício do uso destas medicações?
Ocorre uma reversão dos sintomas de apresentação da síndrome: ganho de peso, aumento da atividade física, melhora do apetite, maior participação do indivíduo na vida cotidiana, enfim, todo o quadro sindrômico se reverte, inclusive as alterações imunológicas avaliadas laboratorialmente.


QUESTIONÁRIO

SEXUALIDADE E VIDA
1 ) QUAL É O PRINCIPAL PAPEL DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS?

2) POR QUE AS PESSOAS FALAM QUE FAZER SEXO COM CAMISINHA,É O MESMO QUE CHUPAR BALA COM PAPEL?

3) QUAL A IMPORTANCIA DE IR SEMPRE A UM GINECOLOGISTA?

4) QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA AIDS?

5) QUAL É O ESTADO MAIS GRAVE DE UM PACIENTE COM GONORRÉIA?

6) COMO SE DESCOBRE QUE UM PACIENTE ESTA COM AIDS?

7) COMO FAZER DO SEXO ,UMA COISA SAUDÁVEL E PRAZEIROSA?

8) QUAL É O PERÍODO EM QUE REALMENTE,A MULHER ESTÁ PRONTA PARA TER FILHOS?

9) QUAL É A MELHOR FORMA PARA PREVENIR O CANCER DO COLO DO ÚTERO?

10) O QUE É IMPOTENCIA SEXUAL E COMO ELA É CAUSADA?

11) O QUE É ORGASMO?

12) EM QUE MOMENTO A RELAÇÃO PODE NÃO SER PRAZEIRPSA?

13) QUAL É O ESTADO MAIS GRAVE DE UM PACIENTE COM AIDS?

14) QUAIS SÃO AS CÉLULAS QUE PRODUZEM OS HORMONEOS FEMININOS?

15) QUAL É O ESTADO MAIS GRAVE DE ALGUÉM QUE ESTÁ COM SÍFLIS?

16) QUAIS SÃO AS CÉLULAS QUE PRODUZEM OS HORMONEOS MASCULINOS?

17) QUAL É O PERÍODO EM QUE A MULHER PODE TER RELAÇÃO SEXUAL, SEM RISCOS DE ENGRAVIDAR ?


Conclusão

Este trabalho nos ensinou a saber mais sobre o corpo humano, conhecer doenças que nós não conhecíamos e nos informa que devemos tomar certos cuidados quando nós nos relacionarmos com outras pessoas.