Componentes:
Jarhan Tasca
Dantas, Meridiane de Almeida Gonsalves, Michelle de Almeida Gonsalves, Vanessa
da Silva Cabral e Flavia Regina Guimarães Santos. 2ºM
Professor: João Couto
Introdução
O Reino Metaphyta,
vegetal ou Plantae, está formado por
organismos eucariontes, autótrofos,
pluricelulares que
realizam fotossíntese para elaborar o alimento de
que
precisam, transformando a energia da luz em energia
química.
O ser humano utiliza diretamente apenas
uma reduzida parcela das espécies
vegetais para obter
alimento, fibras para vestuário, medicamentos e
material de construção. A exemplo, estão o milho (Zea
mays) e abacaxí (Ananas sativus) como alimento e sisal
(Agave isalana
) muito utilizado na fabricação de
cordas, tapetes, etc.
Os
seres vivos incluídos no reino Plantae, Vegetalia,
ou ainda Metaphyta,
são os vegetais verdadeiros,
pluricelulares, autotróficos fotossintéticos,
com
cloroplastos e parede celular composta essencialmente
de celulose,
um polímero de glicose. A substância de
reserva característica
é o amido, outro polímero de
glicose.
Uma
classificação simplificada do reino vegetal que
facilita muito
o estudo é a seguinte:
Vegetais inferiores
Incluem
as algas pluricelulares, divididas em três
grandes grupos: clorófitas
(algas verdes), feófitas
(algas pardas) e rodófitas (algas vermelhas).
Vegetais
intermediários (Criptógamos)
Compreendem as briófitas
(musgos e hepáticas) e as
pteridófitas (samambaias e avencas).
São vegetais
criptógamos (do gr. krypton, 'oculto', 'escondido';
gamos, 'casamento'), isto é, suas estruturas
reprodutoras são
microscópicas. O gametófito feminino
denomina-se arquegônio,
por isso são plantas
arquegoniadas. Podem receber também a classificação
de
embriófitos assifonógamos, por não desenvolverem tubo
polínico (gametófito masculino dos vegetais superiores -
embriófitos sifonógamos). O tubo polínico é uma
estrutura
que lembra um sifão, daí a nomenclatura.
Tanto briófitas
como pteridófitas dependem da água para
a fecundação,
não tendo, pois, conquistado totalmente o
ambiente terrestre, por isso
são comparados com os
anfíbios. Essa dependência deve-se
ao fato do gameta
masculino, o anterozóide (uma célula biflagelada),
nadar em direção à oosfera, gameta feminino. Esse
movimento
do anterozóide em direção à oosfera é
direcionado
por substâncias químicas liberadas por
esta, sendo denominado
quimiotactismo positivo.
Vegetais superiores (Fanerógamos)
Este
grupo é formado pelas gimnospermas (pinheiros) e
angiospermas (a maioria
das plantas conhecidas). São
vegetais fanerógamos, pois produzem
flores, e
espermáfitos, porque produzem sementes. Também recebem
a classificação de embriófitos sifonógamos, pois
têm
como gametófito masculino o tubo polínico (que lembra
um sifão). Por terem tubo polínico, não dependem da
água
para a fecundação, o que é um grande avanço
evolutivo
na conquista do meio terrestre.
Classificação
de vegetais
Existem vários sistemas de classificação
dos vegetais. Aqui será adotado o de Eichler, proposto
em 1883.
Assim o reino plantae ou Metaphyta está
divivido em dois grandes grupos
ou filos: Cryptogamae,
que desenvolve as divisões Thallophyta (algas),
Briophyta e Pteridhophyta; e Phanearogamae, que envolve
a divisão
Spermatophyta (Gimmospermae e Angiospermae).
O estudo das algas chama-se
ficologia ou
algalogia. As algas verdes são plantas uni ou
multicelulares,
com clorofila a e b e vários pigmentos
carotenóides. São
principalmente aquáticas, podendo
ocorrer em locais úmido, sobre
rochas e troncos de
árvores. As algas vermelhas, possuem clorofila
a e, em
alguns casos d, além ficocinina e ficoeritrina,
responsável
pela coloração vermelha; são marinhas.
Algumas algas pardas,
possuem clorofila a e c e
funcunantina, responsável pela coloração
amarronzada.
As Briophytas caracterizam-se pela
alternância
de gerações ou a existência de duas ou mais
formas alternantes
no ciclo vital das plantas onde em
uma fase a planta produz gametas masculinos
(Anterozóides) e gametas femininos (Oosferas). Da
união,
surge o zigoto, que cresce sobre a planta
feminina formando o embrião.
Este se desenvolve
formando a fase assexuada formadora de esporos que caem
no chão úmido formando um musgo verde (Gametófito). As
briófitas dependem da água para se reproduzir pois os
anterozóides
dependem dela para alcançar a oosfera.
Abrange três classes:
Hepáticas, Musgos e
antocerotáceas. Acredita-se que na passagem
evolutiva
das plantas aquáticas (algas verdes) para o ambiente
terrestre,
as briófitas foram as primeiras a apresentar
algumas características
que permitiram às plantas
invadir este tipo de ambiente.
As
Pteridophytas, foram as primeiras
plantas vasculares, e a apresentar tecidos
de
sustentação, permitindo que se mantivesse eretas.
A
reprodução das pteridófitas se dá por
meio de
água como nas briófitas. Apresentam uma fase
sexuada (gametófito),
produtora de gametas e outra
assexuada (esporófito) produtora de esporos.
Quando os
esporos caem no solo úmido, podem germinar e originar
um
protalo, que é uma plantinha muito pequena e sexuada
formadora de anterozóides
e oosfera. Que ao se
encontrarem forma o zigoto que se desenvolve e forma
uma nova planta que quando adulta forma esporo,
iniciando um novo ciclo
de reprodução.
Os principais grupos das pteridófitas,
são: Filecíneas
( Salvínea, Azolla e Marsileia) e Licopdíneas
(Licopodium e Selaginella).. possuem representantes
aquáticas e
terrestres. A exemplo as samambaias,
xaxins, avencas.
Gimnospermae,
nome que recebe as plantas
vasculares que formam sementes, mas não
possuem flores.
Compreendem vários grupos: cicadófitas, ginkgos,
conífera e gnetófitas. Diferenciam-se das angiospermas
pelo
fato de que as sementes não estão encerradas em
carpelos, mas
sim dispostas sobre escarmas organizadas
em cones. São as plantas com
sementes mais antigas e,
ao parece, procedem de fetos de devoniano. As
gimnospermas
são abundantes nos climas temperados e
raras no Brasil. As gimnospermas
possuem dois tipos de
órgãos reprodutores denominados de estróbilos.
Os
femininos óvulos e os estróbilos masculinos produzem
grãos
de pólen. Os grãos de pólen são levados pelo
vento
até o estróbilo feminino onde encontram os
óvulos. As
gimnospermas estão organizadas em 4 grupos:
Cycadophyta, Ginkgophyta,
Pinophyta e Gnetophyta.
Angiospermae, nome comum às plantas que
contem flor. Constituem a forma de vida vegetal
dominante. Pertencem a
esse grupo quase todas as
plantas mais especializadas, como suculentas, epífitas
e aquáticas. O elemento mais característico das
angiospermas
é a flor, cuja função é assegurar a
reprodução
da planta mediante a formação de sementes.
Estas são
formadas a partir de um óvulo envolvido por
um ovário que, conforme
cresce a semente fecundada, se
desenvolve até converter em fruto. As
Angiospermas
dividem-se em duas classes: Magnoliopisida e
liliopsida,
conhecidas como dicotiledônea e
monocotiledônea.
Órgãos
vegetais das angiospermas
O corpo das angiospermas está geralmente
organizado em quatro tipos de órgãos: raízes, caule,
folhas e frutos. Estes, por sua vez contém os três
tipos
de tecidos que se diferenciam na forma como as
células se especializam
para desempenhar as diferentes
funções. Raiz, órgão
das plantas superiores, quase
sempre subterrâneo, que desempenha varias
funções,
entre elas, absorver e conduzir água e minerais
dissolvidos, acumular nutrientes e fixar a planta ao
solo. Diferencia-se
do caule por sua estrutura, pelo
modo como se forma e pela falta de apêndices,
como
gemas e folhas. A primeira raiz das plantas, chamada de
radícula,
se alonga quando germina a semente, e forma a
raiz primária. As raízes
que se ramificam a partir da
primária chamam-se secundárias.
Em muitas plantas, a
raiz primária é chamada de pivotante, é
muito maior que
as secundárias e alcança maior profundidade
no solo. As
raízes que brotam dos caules são chamadas adventícias;
quando brotam de pontos mais altos, as raízes
adventícias
são chamadas de aéreas. Caule, porção das
plantas
vasculares que sustenta as folhas e gema.
Costuma ser aéreo, ereto
e alongado, ainda que em
algumas plantas apresente uma estrutura muito
modificada.
Suas principais funções são formar e manter
as folhas
e as estruturas de reprodução, conduzir água
e nutrientes
e armazenar substâncias alimentícias.
Os tecidos condutores do
interior do caule se
organizam em colunas chamadas vasos vasculares. Estes
vasos são formados por xilema e floema. Os vasos
vasculares se
prolongam pelas folhas, nas quais recebem
o nome de nervuras.
Nas monocotiledôneas,
o tecido vascular
forma numerosos vasos dispersos no plano transversal do
caule. Nos dicotiledôneas, os vasos se agrupam num anel
cilíndrico;
o resto de caule é formado pelo tecido
fundamental e costuma dividir-se
em córtex, situando na
superfície exterior do cilindro vascular,
e medula,
situada no interior.
Aplica-se o nome ''caule'' quando se trata
de plantas superiores. Dá-se o nome de ''talo'' ao
corpo vegetativo
das plantas inferiores, como algas,
fungos e liquens. Folha, principal órgão
sintetizador
de alimentos dos vegetais; é um expansão laminar
do
caule e dos ramos. As folhas têm três partes. É chamada
de peciolada quando apenas tem pecíolo e limbo;
invaginante, quando
só tem bainha e limbo; e séssil ou
rente; quando exibe apenas
o limbo. A cor verde do
limbo se deve à presença de clorofila.
A coloração
amarronzada ou avermelhada que as folhas adquirem
no
outono deve-se quase sempre à decomposição da
clorofila,
que deixa descobertos outros pigmentos.
Frutos, nas plantas com flores, é
o conjunto formado
pelo ovário maduro e todas as demais peças
da flor
inseparáveis dele. Ao amadurecerem, as paredes do
ovário
se desenvolvem o formam o pericarpo, constituído
por três camadas
(exocarpo, mesocarpo e a interna, ou
endocarpo). A principal função
do fruto é proteger as
sementes durante seu desenvolvimento.
O
fruto de uma planta é o ovário maduro e
engrossado. O grão
de pólen (gameta masculino,
transportado da antera de uma flor para
o estigma de
outra, geralmente por um inseto) germina o estigma,
cresce
ao longo do estilo e penetra no óvulo, onde pode
ser fecundado. Se
a fecundação ocorre, o óvulo se
transforma em semente
e o receptáculo que protege o
ovário se avoluma e forma a carne
ou polpa do fruto.
As sementes e reprodução de vegetais
A semente é o óvulo da planta fecundado
pelo grão de
pólen, antes da germinação. As sementes
das angiospermas,
ou plantas com flores, se diferenciam
das formadas pelas gimnospermas por
estarem encerradas
no interior de um ovário que, ao amadurecer, se
transforma em fruto; as sementes das gimnospermas ficam
expostas, pois
o fruto dessas plantas de estrutura mais
primitiva é formado por carpelos
que não se fecham.
Durante a fecundação, o tubo polínico
(um
tubo longo e delgado formado pelo grão de pólen e que
conduz
os núcleos espermáticos que darão origem aos
gametas
masculinos) penetra no óvulo através de um
orifício chamado
micrópila. Um dos núcleos espermáticos
se une a uma célula
chamada oosfera (célula feminina
das plantas) e forma um zigoto, que,
por sua vez, dá
lugar ao embrião (este é a planta em
miniatura). A
nucela é o tecido que forma a maior parte do óvulo
e é
digerido em parte durante o desenvolvimento dos tecidos
do
embrião e do endosperma, uma reserva de substâncias
destinadas
ao desenvolvimento do embrião durante a
germinação. A
semente é envolvida por uma capa dura e
resistente derivada da cobertura
do óvulo e chama testa
ou envoltório.
Em quase toda as plantas,
a diferenciação em raiz,
gema, caule, e folha tem lugar antes
da dispersão das
sementes; a raiz embrionária chamada plúmula
ou gêmula,
forma-se na extremidade do embrião oposta à
radícula; o
caule embrionário (também chamado caulículo
ou
hipocótilo) conecta a radícula com os cotilédones.
Muitas sementes precisam passar por uma
fase de descanso após terem-se
desprendido da planta
mãe, antes de estarem em condições
de germinar e
transformar-se em nova planta. A germinação é
o
processo pelo qual o crescimento embrionário continua
depois
da fase de descanso.
A radícula e o primeiro elemento
embrionário
a brotar através da semente. Forma pêlos
radicais que absorvem
água e sustentam o embrião no
solo. Em seguida, começa
a alargar-se o hipocótilo, que
empurra a plúmula até
a superfície do solo. Os
cotilédones que saem da luz executam
a fotossíntese até
que se desenvolvam as folhas verdadeiras
a partir da
plúmula.
A semente tem três partes principais:
o
embrião, os cotilédones e a testa. O embrião é
formado
por células que darão lugar às estruturas da
planta
adulta (raiz, gemas, caules, e folhas). Os cotilédones,
um
nas monocotiledôneas, são órgãos de absorção
que
tiram nutrientes das reservas da semente. Nas
monocotiledôneas,
o cotilédone é chamado de endosperma;
nas dicotiledôneas,
os cotilédones atuam como tecido de
armazenamento. A testa é
uma camada que protege essas
estruturas e evita a perda de água. No
embrião das
gimnospermas, existem, com freqüência, vários
cotilédones.