HISTOLOGIA ANIMAL

Aluna: Daniela Valadão de Souza Lima
Série/Turma: 1ºN

Tecidos Nervosos

O tecido nervoso atua com uma estrutura sensível a varias tipos de estímulos que se originam de fora ou do interior do organismo. Ao ser estimulado, esse tecido torna-se capaz de conduzir os impulsos nervosos de maneira rápida e, ás vezes, por distâncias relativamente grandes. Trate-se, portanto, de um dos tecidos mais especializados do organismo animal.

O tecido nervoso tem origem no ectoderma do embrião. Nele, encontram-se dois tipos básicos de células: os neurônios e as células da neuróglia. Os primeiros representam o tipo atuante, responsável pela atividade do sistema nervoso. As células na neuroglia desempenham um papel secundário, qual seja o de sustentação dos neurônios e preenchimentos dos espaços entre eles no tecido nervoso.

O neurônio é uma célula que sofreu o mais alto grau de diferenciação. Por isso, já não tem mais a capacidade de reprodução. É uma célula permanente, não renovável e com precária aptidão para regenerar-se.

O neurônio compõe-se de: corpo celular ou precário (também chamado centro trófico do neurônio) e ramificações de dois tipos – os dendritos (ramificações curtas e numerosíssimas) e o axônio (um eixo longo e não ramificado, a não ser com pequenas terminações arborescentes na sua extremidade digital).

O impulso nervoso corre sempre no segundo sentido: dos dendritos para o corpo celular e deste para o axônio. Assim, os detritos têm ação centrípeta; o axônio tem atividade centrífuga.

No corpo do neurônio, ao redor do núcleo, o retículo endoplasmático rugoso é muito desenvolvido. Essa região, também chamada de ergastoplasma, quando submetida à ação de certos corantes, mostra um aspecto mosqueado, como a pele de uma onça, daí o nome que recebeu de substância tigróide ou corpúsculos de Nissi. O citoplasma é percorrido por grande número de neurofibrilas e possui muitas mitocôndrias.

Alguns neurônios revelam o axônio descoberto, porém a maioria dos neurônios tem o axônio envolto por bainhas. Assim, superpõem-se as bainhas de mielina, de Schwann e a bainha conjuntiva.

A bainha de mielina é um envoltório grosso de fosfolipídios representados pela esfingomielina. Ela é formada à custa do estiramento e enrolamento da membrana das células de Schwann em torno do axônio, à maneira de “rocambole”.

A parte mais volumosa das células de Schwann forma a bainha de Schwann, que é o segundo envoltório do axônio. Ela é também conhecida como neurilema. Por fora dela, há uma camada de tecido conjuntivo (a terceira bainha do axônio), que é a bainha conjuntiva ou endoneuro.

Entre uma célula de Schwann e outra, o neurilema sofre uma interrupção a que é um nódulo ou estrangulamento de Ranvier.

Ao longo de um nervo, encontram-se numerosamente ramificações dendríticas ou axônicas, mas não corpos celulares de neurônios. Os corpos dos neurônios localizam-se sempre no Sistema Nervoso Central (encéfalo ou medula raquiana) e nos gânglios nervosos, situados junto à medula raquiana. Por exceção, podemos encontrar neurônios completos na retina. Mas ao longo de um nervo nunca se encontram corpos de neurônios.

O impulso nervoso corre pelos neurônios passando de um para o outro através das sinapses nervosas. A sinapse é um ponto de contigüidade (não de continuidade) entre os terminais de um neurônio e as extremidades dendríticas do neurônio seguinte.

As terminações nervosas dentro de uma fibra muscular, que comandam as contrações dessa fibra, também constituem uma sinapse – é o que se chama placa motora ou sinapse neuromuscular. Também existem sinapses entre axônios e células glandulares, chamadas sinapses neuroglandulares.

Nas sinapses, ocorre a liberação de substâncias chamados mediadores químicos ou neurormônios (adrenalina, acetilcolina etc.) que propiciam a passagem do impulso nervoso de um neurônio para o seguinte. Sem o mediador químico, o impulso seria interrompido e não passaria adiante.

Entre os neurônios, no tecido nervoso, encontram-se as células da neuróglia. Essas células não conduzem impulsos nervosos. Distinguem-se, portanto, nitidamente dos neurônios por suas funções. Elas atuam na sustentação e proteção dos neurônios. São muito mais numerosas que os neurônios e menores do que eles. Algumas realizam a fagocitose, englobando partículas inúteis ou estranhas ao tecido. A neuróglia é também conhecida apenas por glia.

As drogas psicotrópicas e o sistema nervoso central

As drogas psicotrópicas, também chamadas de psicoativas, atuam sobre o sistema nervoso central (SNC). O cérebro é um dos órgãos deste sistema. Juntamente com o bulbo e o cerebelo, o cérebro faz parte do encéfalo, que é a massa nervosa situada no interior da caixa craniana. E o conjunto formado pelo encéfalo mais a medula espinhal o que se chama de sistema nervoso central (SNC). Assim, temos:

Sistema nervoso central = encéfalo (cérebro + bulbo + cerebelo) + medula espinhal.

Algumas drogas psicotrópicas atuam deprimido, isto é, diminuindo a atividade das células nervosas. O indivíduo fica então “desligado”, ou seja, alheio ao que acontece a seu redor. Essas drogas são chamadas de depressoras das atividades do SNC.

Outras drogas psicotrópicas, ao contrário, atuam estimulando, isto é, aumentando muito além do normal a atividade das cédulas nervosas. O indivíduo fica “ligado”, “elétrico”. Essas drogas são chamadas de estimulantes da atividade do SNC.

E existem as drogas que perturbam ou desgovernam a atividade das células nervosas, fazendo com que a pessoa perceba as coisas de maneira distorcida ou deformada. Essas drogas, responsáveis pelas “viagens” de seus usuários, são chamadas de perturbadoras da atividade do SNC.

Assim, genericamente, as drogas psicotrópicas podem ser classificadas em três grandes grupos: depressoras, estimuladoras e perturbadoras do SNC. Abaixo, exemplos de cada tipo de droga psicotrópica:

DEPRESSORAS: álcool; solvente ou inalante; sedativos ou calmantes; opiláceos.

ESTIMULANTES: cocaína; anfetaminas; nicotina.

PERTUBADORAS: mescalina; maconha; LSD; cogumelos; plantas alucinógenas.

Muitas drogas psicotrópicas foram e ainda são indicadas pelos médicos com a finalidade terapêutica. É o caso da cocaína, que já foi usada como anestésico, e da morfina, ainda hoje indicada como analgésico para casos graves, como as dores do câncer. Mas um organismo submetido periódico continuamente a certas drogas passa a criar dependência física ou psicológica, ou seja, passa a necessitar de seu uso.

Quando a dependência física existe, o organismo precisa da droga tanto quanto, por exemplo, de água ou de vitaminas. Nesse caso, a retirada brusca da droga a chamada síndrome de abstinência, situação em que a pessoa, independente de sua vontade, sofre graves alterações no funcionamento do organismo, que podem até levar à morte.

Quando a pessoa passa a sentir falta do prazer que a droga lhe proporciona, torna-se insatisfeita, ansiosa e frustrada, estabelecendo-se a chamada dependência psíquica. Essa dependência aparece quando o indivíduo é dominado por uma vontade quase incontrolável de obter a droga à qual se habituou. Sem ela a ansiedade aumenta e a pessoa normalmente tem uma forte sensação de mal-estar.

Quando existe dependência psíquica sem dependência física, como ocorre com a maconha, a síndrome de abstinência é menos grave e não surgem problemas no organismo. No entanto, a dependência psíquica é considerada sempre mais difícil de tratar, pois envolve aspectos psicológicos que "prendem" o indivíduo aos fatores levaram ao consumo da droga. De fato,é comum um indivíduo passar por tratamento e, depois de desintoxicado e livre da dependência física, voltar a procurar a droga por não ter conseguido se livrar da dependência psíquica

CONCLUSÃO

As células dos tecidos nervosos e musculares perderam a capacidade de se dividir. Assim, se houver lesão de uma ou mais células desses tecidos, as células mortas ou lesadas não são substituídas por divisão de outra célula do tecido. Isso porque as células chegaram o máximo de sua diferenciação.

O tecido nervoso tem origem no ectoderma do embrião. Suas células são os neurônios (conduzem impulsos nervosos) e células da neuróglia (sustentação e proteção dos neurônios). A estrutura do neurônio é o corpo celular (pericário) e ramificações (dentritos e axônio). Alguns axônios possuem bainha de mielina, bainha de Schwann e bainha conjuntiva ou endoneuro. O sentido do impulso nervoso é dos detritos para corpo celular e deste para o axônio. A sinapse nervosa é ponto de contigüidade entre dois neurônios, de um axônio com uma fibra muscular ou de um axônio com uma célula glandular. Local de formação do mediador químico.

BIBLIOGRAFIA

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