Reprodução Humana


O sistema reprodutor masculino compreende testículos, bolsa escrotal, epidídimo, canais deferentes, vesículas seminais, canais ejaculadores, próstata, glândulas de cowper, uretra e pênis.

O sistema reprodutor feminino compõe-se de ovários, trompas de falópio, útero, vagina e vulva.

A produção de gametas pelas gônodas constitui a gametogênese . Tanto a espermatogênese como a oogênese compreendem 3 fases básicas: fases de multiplicação, fases de crescimento e fases de maturação.

Na espermatogênese, a fase de multiplicação se caracteriza pela proliferação das espermatogênias . Na fase de crescimento, surgem os espermatócitos de 1 ª. ordem . Na fase de maturação , ocorre meioses, com aparecimento dos espermatócitos de 2ª. Ordem e das espermátides, as quais se transformam em espermatozóides (fenômeno chamado espermiogênese).Cada espermatócitos de 1ª ordem dá origem a quatro espermatozóides.

Na oogênese, a fase de multiplicação leva á formação das oogônias .Na fase de crescimento, elas se transfomam em oócitos de 1ª ordem. Na fase de maturação, cada oócito de 1ª ordem passa por meiose e origina os glóbulos polares e um óvulo apenas. A cada ciclo ovariano, forma-se apenas um óvulo.

O espermatozóide humano compõe-se de cabeça, parte intermediária e cauda. Na cabeça, encontram-se o núcleo e o acrossomo ( proveniente do complexo de golgi da espermatide). Na peça intermediária, estão os centríolos , boa parte do citoplasma e as numerosas mitocôndrias. A cauda ou flagelo é uma peça longa e fina, cujos movimentos promovem o deslocamento do espermatozóide em meio úmido.

O óvulo humano é do tipo metalécito (desprovido de vitelo, mas dotado de zona pelúcida e corona radiata ).
Existem, contudo, outros tipos de óvulo, característicos de diferentes espécies, tipo como: alécito ( simples sem vitelo e sem zona pelúcida e corona radiata - comum a poríferos e equinodermos), heterolécito ( com vitelo no pólo vegetativo apenas - comum aos anfíbios ), telolécito ( com abundante vitelo, ficando citoplasma e o núcleo reduzido à cicatrícula - encontrado nas aves e répteis) e centrolécito ( com o vitelo na região mais central - observado nos artrópodos em geral ).

A fecundação é a penetração do espermatozóide no óvulo seguida da fusão dos núcleos de ambos os gametas. Ela pode ser externa ( na água) ou interna ( no interior do organismo da fêmea ). Na espécie humana, ela ocorre mais comumente no terço externo de uma das trompas. Os espermatozóides devem vencer o pH ácido da vagina, o muco do colo uterino, o trajeto pelo interior do útero e os movimentos peristálticos da trompa, bem como o movimento ciliar metacrônico do epitélio tubário . Quando alcançam o óvulo ( que ainda é um oócito II ), passam a eliminar a hialuronidase (para desfazer o ácido hialurônico, que organiza as células da corona radiata ). Depois que penetra o primeiro espermatozóide no óvulo, a membrana deste ultimo sofre alterações e impede a entrada de outros. Isso é a monospermia. Pode ocorrer a polispermia, mas os outros espermatozóides que entrarem degenerarão. Apenas o núcleo de um espermatozóide , o pronúcleo masculino, se junta ao pronúcleo feminino (núcleo do óvulo ), caracterizando a anfimixia, etapa final e mais importante do fenômeno da fecundação. Resulta então uma célula diplóide, que é a célula-ovo ou zigoto.
Quando há fecundação, o zigoto origina um ovo, que vai se implantar na mucosa uterina, dando início a uma gestação. Quando não há a fecundação, o óvulo se desintegra e, quase duas semanas depois, sobrevêm a menstruação. Mas aí já não há mais vestígios do óvulo.


Embriologia

Após a fecundação, a célula-ovo ou zigoto entra em segmentação.

Distinguimos, de acordo com o tipo de óvulo que originou o zigoto, os seguintes tipos de segmentação:
Segmentação total igual. Ex: anfioxo.
Segmentação total desigual. Ex: anfíbios.
Segmentação parcial discoidal. Ex: aves.
Segmentação parcial superficial. Ex: insetos.

Os blastômeros resultantes da segmentação do zigoto acabam por formar a mórula. As células desta se arrumam na sua periferia, e disso resulta o aparecimento da blástula ou sblatocito. O blastocito deve evoluir para gástrula. No anfioxo, esse fenômeno ocorre por embolia. Nos animais mais desenvolvidos é mais comum a epibolia.
A gástrula inicial é dotada de dois folhetos embrionários - o ectoderrma e o endoderma. Animais cujos embriões não vão além disto são chamados diblásticos. Nos animais triblásticos, surge um terceiro folheto - o mesoderma. A partir do ectoderma dorsal da gástrula, surge o tubo neural. O mesoderma formará o celoma, e o endoderma a notocorda. A gástula com tubo neural recebe o nome de nêurula.

Os animais podem ser classificados em acelomados, pseudocelomados e celomados. Nos primeiros, o mesoderma não existe ou não se divide em dois folhetos ; nos pesudocelomados, o mesoderma fica afastado do endoderma, guardando com ele um espaço vazio que é o pseudoceloma; nos celomados, o mesoderma se divide em dois folhetos que se separam: um aplicado ao ectoderma, e outro, ao endoderma. O espaço totalmente revestido pelo mesoderma constitui-se no celoma.

Chamam-se protostômios os animais cuja boca tem origem no blastóporo da gástrula. Deuterostômios são aqueles em cujo embrião o blastóporo deixa de ter a função de boca, pois surge uma nova abertura na outra extremidade do arquêntero, que assume essa função.

Na espécie humana, o blastocito desce ao útero e faz a sua nidação no endométrio. Ele possui o trofoblasto e o embrioblasto. O primeiro formará a placenta. o segundo originará o embrião e seus anexos.

A diferenciação celular a partir dos folhetos embrionários determina a histogênese ( formação dos tecidos ). Depois, os tecidos se organizam e formam os órgãos ( organogênese ).
A diferenciação celular é desencadeada pela ação de indutores. Nos animais mais inferiores, parece já existirem no próprio ovo regiões predeterminadas para a formação de certas estruturas ou órgãos. Diz-se que esses animais possuem ovos em mosaico. Nos animais mais evoluídos, a diferenciação só ocorre bem mais tarde, quando os folhetos embrionários da gástrula já estão definidos. Parece que uma área de um folheto estimula a diferenciação celular numa área de outro folheto: diz-se, então, que esses animais têm ovos de regulação.

Nos vertebrados, os anexos embrionários são:

Vesícula vitelina: função nutridora ( todos os vertebrados ).
Âmnion ou bolsa amniótica: função protetora ( apenas répteis, aves e mamíferos ). Ausente em peixes e anfíbios;
Alantóides: função respiratória, excretora e transportadora de cálcio ( desenvolvida em aves e répteis e atrofiada nos mamíferos). Também ausente em peixes e anfíbios;
Córion; função protetora ( ovíparos e vivíparos );
Placenta: função de troca gasosas e metabólicas, imunização fetal e atividade hormonal ( apenas mamíferos);
Cordão umbilical: comunicação entre o embrião e a placenta ( apenas mamíferos );
Decídua: função protetora ( apenas mamíferos).

Os gêmeos podem ser: univitelinos ou bivitelinos. Os univitelinos formam-se a partir de um mesmo zigoto. Têm constituições genéticas idênticas. Os bivitelinos decorrem de óvulos distintos fecundados pôr espermatozóides igualmente distintos, o que significa dizer que são provenientes de zigotos diversos. Naturalmente, têm constituições genéticas diferentes.
A formação de gêmeos univitelinos pode ser decorrente de uma divisão inicial dos blastômeros, na mórula, ou de uma divisão do embrioblasto, no blastocisto. No segundo caso, recebe o nome de blastodiérese.

Partos


Artificialmente são classificados da seguinte forma:
.parto normal
.parto vaginal
.parto natural
.parto fórceps
.parto cócoras
.parto na água
.parto humanizado
.parto sem dor
.parto leboyer
.cesariana

A separação dos partos por tipos aconteceu em decorrência do nosso sistema obstétrico. Desde que o atendimento passou a ser hospitalar, feito exclusivamente pelos médicos, em
macas horizontais, com as mulheres em posição ginecológica, a classificação ficou óbvia: "parto normal" ou "cesariana".
Não havia alternativa. se mulher não conseguia dar à luz nessas condições padronizadas, ia para a cesária.

A condições padronizadas sob as quais as mulheres deviam tentar o "parto normal" eram: separação do companheiro ou qualquer acompanhante, salas de pré-partos coletivas sem qualquer privacidade, impossibilidade de livre movimentação, soro com hormônio para acelerar as contracões e, portanto, encurtar o trabalho de parto,período expulsivo com a mulher deitada de costas, perna amarradas a suporte, comandos para fazer força, enfermeiras empurrando a barriga da mulher, entre outras situações que variam de serviço para serviços.
Convém lembrar que em muitos hospitais do brasil essa ainda é a regra, infelizmente, indo contra todas as recomendações da organização mundial de saúde.

Eventualmente o parto ficava difícil e havia a aplicação do fórceps alto ( um instrumento que consiste de um par de colhgeres metálicas ), que buscava a cabeça do bebê no canal de parto para puxá-lo para fora. Essa experiência eram traumáticas para a mãe e com frequência lesavam irreversivelmente o bebê. Era o "Parto Forceps" ou ainda " parto a ferro". Hoje em dia caiu em desuso e os médicos agora usam o "forceps de alívio", quando o bebê já está mais baixo no canal para acelerar o período expulsivo em casos de emergência ou sofrimento fetal, lembrando que estas são ocorrências extremamente raras em partos de baixo risco. O uso rotineiro é desconselhado, o que vale para qualquer intervenção médica em um processo natural e fisiológico.

A partir da década de 70 o mundo inteiro testemunhou inúmeros movimentos pelo resgate do parto como um evento social, afetivo e familiar. Aqui e oali surgiram obstetras preocupados com o excesso de medicalização e grupos de oconsumidoras que lutavam por melhores condições para darem à luz seus bebês.

Na França, Leboyer foi um dos expoentes desse movimento e advogou uma forma mais amena de se nascer: pouca luz, silêncio, sem violência, banho do bebê perto da mãe, amamentação precoce. No entanto seu foco era o bebê, não a mulher. Geralmente esta estava deitada de costas, pernas em estribos e o uso da oepisiotomia era rotina. De qualquer forma, por seu pioneirismo, pela qualidade de nascimento oferecida ao bebê - mais do que pela qualidade de experiência de parto oferecida à mãe - no mundo inteiro esses partos ficaram conhecidos por "Parto Leboyer".

Ainda na frança, na cidade de Pithiviers, Michel Odent, entre várias inovações dignas de mérito, começou a usar banheira com água quente para o conforto das parturientes. De lá para cá, o "Parto na água" tem sido utilizado no mundo inteiro, em banheiras especiais ou improvisadas. Nas maternidades européias as banheiras são oferecidas às parturientes tanto para o alívio das dores do trabalho de parto, como para o parto em si. Estudos científicos comprovam que o uso da água quente no trabalho de parto é um excelente coadjuvante no combate à tensão e à dor. No Brasil pouquissimas clínicas e médicos oferecem esse conforto às pacientes, infelizmente.

Onde havia liberdade para movimentação das mulheres, o "Parto de Cócoras" ganhou terreno, por ser mais rápido, mais cômodo para a mulher e mais saudável para o bebê, pois não se produzia mais a comprssão de importantes vasos sanguíneos, o que acontece com a mulhe deitada de costas. No Brasil o Dr. Moysés Paciornik estudou comunidades indígenas e resgatou o parto verticalizado. Criou com seu filho Dr. Claúdio Paciornik uma cadeira para ser usada em hospitais, que permitia várias posições para a mãe, sem comprometer o conforto do médico. Embora não haja necessidade de cadeiras especiais para que a mulher assuma essa posição, muitos profissionais afirmam que não fazem partos de cócoras porque no hospital não existe "a cadeira para parto de cócoras" à disposição.

Desde os anos 80, com a popularização das questões ecológicas, e com os movimentos de resgate de uma vida mais saudável, natural e espiritualizada, muitas mulheres passaram a optar pelo "Parto Natural", sem intervenções, sem anestesias e domiciliar em muitos casos. No entanto o termo "Parto Natural" nem sempre é verdadeiro. Um "parto vaginal", com epiisiotomia, rompimento artificial da bolsa d'água, aceleração com soro, anestesia, raspagem dos pêlos, entre outras intervenções, não pode ser classificado com o nome de "Parto Natural".

O termo "Parto Sem Dor" tem várias conotações. Os métodos psicoprofiláticos desenvolvidos especialmente nos Estados Unidos propunham uma espédie de treinamento às gestantes, baseado mem técnicas respiratórias, de relaxamento, de concentração, entre outras. A idéia geral é que uma mulher bem preparada para o parto e bem acompanhada durante todo o processo terá muito muito menos dor do que uma mulher assustado e tensa. A idéia faz sentido, mas convém lembrar que a dor do parto continua existindo, agora sem sofrimento causado por medo e tensão. Os métados mais conheciodos são Bradley, Lamaze e Hipnobirth.

No Brasil "Parto Sem Dor" é comumente com fundido com Parto sob anestesia. Obviamente a anestsia bloqueia a dor, mas também diminui as sensações das pernas e do assoalho pélvico. Essas sensações são responsáveis pela força que a mulher faz na hora de "empurrar" o bebê para fora. Portanto, embora haja o bloqueio da dor, alguns efeitos indesejáveis como a perda do controle sobre o processo do parto, entre outros, podem ocorrer. Em muitos serviços médicos a anestesia é aplicada no final do trabalho de parto, já no período expulsivo, de modo que o período de dilatação não se passa sob efeito das drogas anestésicas. De qualquer modo, as formas naturais de se lidar com a dor deveriam ser largamente oferecidos e utilizados antes de serem aplicados os métodos farmacológicos de bloqueio da dor.

Atualmente um novo termo tem sido utilizado: "Parto Humanizado". Como não houve uma formal definição do termo, ele é usado em todo tipo de circunstância. Para o Ministério da Saúde, parto humanizado significa o direito que toda gestante tem de passar por pelo menos 6 consultas de pré-natal e Ter sua vaga garantida em um hospital na hora do parto. Para um grupo de médicos, significa permitir que o bebê fique sobre a barriga da mãe alguns minutos após o parto, antes de ser levado para o berçário. Em alguns hospitais públicos significa salas de partos individuais, a presença de um acompanhante, alojamento conjunto, incentivo à amamentação, entre outros benefícios.

No mundo inteiro, no entanto, o que está se discutindo é: "O atendimento centrado na mulher". Isso deveria ser o correto significado de parto humanizado. Se a mulher vai escolher dar à luz de cócoras ou na água, quanto tempo ela vai querer ficar com o bebê no colo após seu nascimento, quem vai estar em sua copanhia, se ela vai querer se alimentar e beber líquidos, todas essas decisões deverão ser tomadas por ela, protagonistas de seu próprio parto e dona de seu corpo. São as decisões informadas e baseadas em evidências científicas.
Enquanto nós mulheres não reivindicarmos nossos direitos, enquanto as decisões couberem aos proficionais prestadores de serviços médicos, aos hospitais que elas escolheram, à diretoria que cria as condições de atentimen6to, enfim, enquanto deixarmos que os outros cuidem do que é nosso, os "tipos de parto" fazem sentido. É a classificação dos partos que nos serão permitidos ou oferecidos de acordo com as necessidades, conveniências e crenças dos outros.

Grupo:

Jaqueline
Liane
Valéria
Lorena
Elone

1º O