Centro de Ensino Médio Setor Leste

Alunos: Hellen Santos de Brito

       Karla Gabriela Silva Araújo

              Nayara Inaba de Souza

   2o.P    Suellen Fernandes de Souza

          Thaysse G. S. Araújo

             Yuri Soares Franco

 

 

 

 

 

 

 

Reino Monera

Bactérias e Cianobactérias

 

 

 

Bsb, abril de2003

 

 

Biologia – João Couto *Scorpião*

 

 

 

 

 

 

 

 

 

*Cancer*

Índice:

 

Pág.:

 03 – Introdução

 04 – ☼Conhecendo a estrutura das bactérias

 05 – ☼ Morfologia e estrutura da célula bacteriana

 07 – ☼ Qual a importância das bactérias?

 08 – ☼ O metabolismo bacteriano

 09 – ☼ As bactérias também fazem fotossíntese        

         ☼ A quimiossíntese: uma alternativa

 10 – ☼ Um grupo à parte: Riquétsias, Clamídias e Micoplasmas

         ☼ A reprodução sexuada

                  ☺– Conjugação

 11 –      ☺– Transdução

                  ☺– A transformação

 12 – ☼ A reprodução assexuada

 13 – ☼ As cianobactérias ou Algas azuis (Cyanophyta)

 14 –      ☺A reprodução das cianobactérias                         

 15 – ☼ Defesa das bactérias

          ☼ Archaeobactérias e Eubactérias

 16 – ☼ Doenças causadas por bactérias

 18 – ☼ Fontes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Introdução:

 

      O Reino Monera é formado por bactérias e cianobactérias, seres unicelulares muito simples cuja característica mais marcante é o fato de não apresentarem um núcleo diferenciado.

      De grande importância para a saúde e a economia, o estudo das bactérias e cianobactérias revela que, sem elas, muitas espécies animais e vegetais não sobreviveriam.

      Se as bactérias deixassem de existir, talvez não houvesse mais doenças, mas as atividades vitais da terra “parariam”. Cadáveres se amontoariam, lixo seria acumulado...

      Será que as bactérias poderiam deixar de existir?

 

 

 

 

 

 

 

 
Conhecendo a estrutura das bactérias

 

      Doenças humanas seculares como tuberculose, sífilis, gonorréia, meningite meningocócia, cólera e outras, são provocadas por bactérias.

      Bactérias são microorganismos unicelulares, procariontes, podendo viver isoladamente ou constituir agrupamentos coloniais. A célula bacteriana é formada pelos quatro componentes fundamentais a qualquer célula: hialoplasma, ribossomos, cromatina (uma molécula de DNA formando uma alça ou anel) e membrana plasmática, além de possuir uma membrana esquelética de natureza não celulósica. É comum a ocorrência de material genético (DNA) não ligado ao cromossomo e que fica espalhado pelo hialoplasma constituindo os plasmídeos.

      Algumas espécies de bactérias possuem, externamente à membrana esquelética, outro envoltório, mucilaginoso, chamado de cápsula.

      É o caso dos pneumococos (bactérias causadoras da pneumonia). Descobriu-se que a periculosidade dessas bactérias reside na cápsula: em um experimento, ratos infectados com pneumococos sem cápsula tiveram a doença, porém não morreram, enquanto os com  cápsulas causaram pneumonia letal.

 

 

 

 

Morfologia e estrutura da célula bacteriana

As bactérias podem ser classificadas, quanto a sua fórmula, em três grupos básicos:



Esta é uma eletromicrografia eletrônica de um gram-negativo, o Campylobacter que é um importante patógeno intestinal

quando dispostos em fileiras são chamados streptococos  

quando aparecem como cachos de uvas, denominam-se estafilococos

 

 

      A parede da célula bacteriana, também conhecida como membrana esquelética, reveste extremamente a membrana plasmática, e é constituída de uma substância química exclusiva das bactérias conhecida como mureína (ácido n-acetil murâmico).

      Fato notável é que o antibiótico penicilina, produzido pelo fungo Penicilium, impede a síntese de parede celular em bactérias, e – sem parede – elas não conseguem sobreviver, pois água penetra por osmose até arrebentar a célula.                                          As bactérias são divididas em 2 grandes grupos, segundo às propriedades de suas paredes: 

 

Gram (-) Aparecem com cor avermelhada ao microscópio óptico quando tingidas por um corante (HE). Coloração por hematoxilina e eosina (HE)

                                  

 Gram (+)    Aparecem com cor arroxeada ao microscópio óptico quando tingidas por um corante (HE). Coloração por hematoxilina e eosina (HE).

                     

 

A parede das células das bactérias Gram (+) é simples, formada por uma espessa camada de peptidoglicana. A parede das células das bactérias Gram (-) é mais complexa, pois além da camada de peptidoglicana ser mais fina que as Gram (+), apresenta uma camada de lipoproteínas e outra de lipossacarídeos.

 

 

A parede celular pode conter outros elementos estruturais, que conjuntamente com o tipo de parede celular, ajuda os microbiologista a identificar as bactérias.                                   *Nome dado em homenagem a Hans Gram, um médico dinamarquês
que desenvolveu uma técnica de coloração para diferenciar as bactérias.

Qual a importância das bactérias?

 

      As bactérias são encontradas em praticamente qualquer tipo de ambiente: mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no interior de muitos seres vivos.

      Muitas são utilizadas economicamente em processos industriais, como, por exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria de transformação do leite em coalhada.

       A decomposição de matéria orgânica morta é outro papel importante das bactérias. Esse processo é efetuado tanto aeróbica com anaerobiamente.

      Outra atividade ecológica das bactérias é a participação de algumas espécies no chamado ciclo do nitrogênio. O nitrogênio atmosférico, antes de fazer parte de aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos, precisa ser transformado em substâncias aproveitáveis pelas plantas.

      No processo de fixação biológica, bactérias (principalmente do gênero Rhizobium que vivem associadas a raízes de plantas do  grupo do feijoeiro) efetuam a transformação de nitrogênio em amônia, matéria-prima para a planta produzir aminoácidos e proteínas. Se for produzida em excesso, ela também enriquece o solo.

      Outras bactérias, que vivem livres no solo, transformam a amônia em nitrato, em um processo conhecido como nitrificação. Os nitratos assim produzidos também são utilizados pelas plantas. Outro grupo de bactérias do solo atua nos nitratos e na amônia, desmanchando-os e devolvendo  o nitrogênio para a atmosfera, fechando assim o ciclo.

 

 

O metabolismo bacteriano

 

      Se há um grupo entre seres vivos que apresenta grande diversidade metabólica entre as espécies que o compõem, é o das bactérias.

      Entre as heterótrofas, as anaeróbias obrigatórias, como o bacilo tetânico, morrem na presença de oxigênio. Nesse caso, a energia dos compostos orgânicos é obtida através da fermentação.

      As anaeróbias facultativas, por outro lado, vivem tanto na presença como na ausência de oxigênio. Outras só sobrevivem na presença de oxigênio. Um curioso grupo de bactérias é o que realiza a respiração anaeróbia. Nessa modalidade de  metabolismo energético existem todas as etapas típicas da respiração celular. Muda apenas o aceptor final de elétrons na cadeia respiratória. No lugar do oxigênio, essas bactérias utilizam nitrato, nitrito ou sulfato obtendo, no final, praticamente o mesmo rendimento energético verificado na respiração aeróbia.

      É preciso citar, ainda, um grupo extremamente primitivo de bactérias produtoras de metano, a partir de dióxido de carbono e hidrogênio. Essas bactérias, conhecidas como metanogênicas, habitam charcos de água estagnada e são comuns no tubo digestivo de seres humanos e outros animais.

      Vemos, assim, que a maioria das bactérias é heterótrofa. Algumas espécies, no entanto, são capazes de fabricar seu próprio alimento, através da fotossíntese ou da quimiossíntese.

Obtenção de energia

 

 

 

 

 

 

 

 

As bactérias também fazem fotossíntese

 

            Nas bactérias que realizam fotossíntese, a captação da energia solar fica a cargo de uma clorofila conhecida como bacterioclorofila.

            A partir da utilização de substâncias simples do meio, ocorre a síntese do combustível biológico. De maneira geral, não há liberação de oxigênio. Como por exemplo, podemos citar as bactérias sulfurosas do gênero Chlorobium, que efetuam esse processo com a utilização de H²S e CO², segundo a equação:

 

2H²S + CO² + luz → (CH²O) + 2S + H²O

            Note que é o gás sulfídrico, e não a água, que atua como fornecedor dos hidrogênios que servirão para a redução do gás carbônico. Não há liberação de oxigênio. O enxofre permanece no interior das células bacterianas sendo, posteriormente, eliminado para o meio em que vivem esses microrganismos, em geral fontes sulfurosas. Nesse processo, CH²O representa a matéria orgânica produzida.

 

 

 

A quimiossíntese:  uma alternativa

 

            A quimiossíntese é um processo efetuado por um pequeno número de espécies de bactérias, que se utilizando do gás carbônico para a produção do seu combustível biológico. A energia necessária para a síntese da matéria orgânica é proveniente de reações químicas inorgânicas liberadoras de energia. Como exemplo, podemos citar as bactérias do gênero Nitrosomas e que oxidam a amônia segundo a equação:

 

2 NH³ + 3 O² → 2 HNO² + 2 H²O + energia

             A energia liberada é canalizada para a produção de compostos orgânicos, que atuarão como combustíveis biológicos.

            Veja, portanto, que o nome quimiossíntese é aplicado para a síntese de matéria orgânica com utilização da energia proveniente de uma reação química inorgânica (quimio sugere a fonte de energia utilizada; síntese, fabricação ou produção).

 

 

 

 

 

 

Um grupo à parte: Riquétsias, Clamídias e Micoplasmas

 

            Existem microrganismos que podem ser considerados os limiares entre as bactérias e os vírus. Muitos são causadores de sérias doenças no homem.

Resumo das características desses microrganismos, enfatizando o seu tamanho e as doenças que provocam na espécie humana:

 

GRUPO

CARACTERÍSTICAS

Riquétsias

Parasitas intracelulares muito pequenos: 1μm de comprimento por 0,3μm de diâmetro. Possuem parede celular. Não crescem em meios de culturas artificiais, somente no interior de células. Provocam tifo e são transmitidas por piolhos. Prováveis causadoras das “pestes” do passado

Clamídias

Parasitas intracelulares obrigatórios. Possuem parede celular e o diâmetro não passa de 0,5μm. Causadoras de tracoma (doença que afeta os olhos, podendo provocar cegueira) e pneumonias. Por provocarem doenças venéreas, são consideradas sexualmente transmissíveis. A Chlamydia foi descrita por Prowasek em l907, como grânulos no interior das células conjuntivas trachomatosas.  As clamídias são ATP-parasitas, sendo impossível a cultura 

extracelular. A incidência é maior que a gonorréia.  É a mais comum DST. 

 

Micoplasma (também conhecidas como PPLO, do inglês Pleuropneumonia Like Organisms)

As menores células atualmente conhecidas. Os micoplasmos foram descobertos a partir da análise de casos de pleuropneumonia bovina. Não ultrapassam 0,2μm de diâmetro. Não possuem parede celular. Possuem menos da metade de todo o DNA existente em outros procariontos. O DNA desses seres é capaz de codificar apenas a síntese de substâncias absolutamente essenciais para a sobrevivência. Atuam como parasitas intracelulares obrigatórios de plantas e animais. No homem, são causadores de pneumonias. Por não possuírem parede celular, não são atacados pela penicilina.

 

A reprodução sexuada

 

            Em bactérias, esse tipo de reprodução é relativamente comum. Há três processos conhecidos: conjugação, transdução, e transformação.

 

☺– Conjugação

         Na conjugação, ocorre a passagem de um pedaço de DNA de uma bactéria para outra, através de um canal de comunicação que se forma entre elas por fusão de suas parede em um determinado ponto.

            O DNA transferido incorpora-se ao cromossomo da bactéria receptora.  Essa bactéria, agora com novos genes, divide-se e origina uma população com novas características.

Reprodução

☺– Transdução

 

Essa é a modalidade de reprodução sexuada que depende da “ajuda” de um vírus. Quando novos bacteriófagos estão sendo montados no interior de uma bactéria, pode acontecer que um pedaço de DNA da bactéria seja montado juntamente com  o DNA viral. Esse vírus, parasitando posteriormente outra bactéria, poderá efetuar transferência do DNA estranho para a nova bactéria. Esse DNA estranho incorpora-se ao cromossomo  bacteriano e assim pode ser gerada uma nova população de bactérias com características genéticas novas.

☺– A transformação

 

         Pedaços de DNA estranhos, existentes no meio, entram nas bactérias e se incorporam à cromatina. Esse processo ocorre espontaneamente na natureza, podendo ser constatado de forma experimental: no meio de cultivo em que estão crescendo bactérias, são adicionados aos pedaços de DNA estranhos. Esses fragmentos de DNA penetram nas bactérias, incorpora-se aos cromossomos e condicionam novas características genéticas à população bacteriana.

 

A reprodução assexuada

 

            As bactérias reproduzem-se assexuadamente por divisão binária: por esse processo, a célula bacteriana dividi-se em duas, por amitose. É um processo extremamente rápido: em condições favoráveis, uma bactéria produz duas em cerca de20 minutos. A ocorrência de possíveis mutações no material genético poderá levar a diferenças entre os descendentes.

 

 

As cianobactérias ou Algas azuis (Cyanophyta)

As algas azuis também estão dentro do Reino Monera e, apesar de serem denominadas azuis, podem se apresentar com as colorações: vermelha, parda e verde-azulada. Suas características são semelhantes a das bactérias, são também procariontes, porém as algas possuem clorofila (substância necessária para a realização da fotossíntese) dispersa no hialoplasma, mas suas células não possuem cloroplastos. Além da clorofila, possuem outros pigmentos acessórios, como os carotenóides (pigmentos semelhantes ao caroteno da cenoura), ficoeritrina (um pigmento de cor vermelha típico das cianofíceas encontradas no Mar Vermelho) e a ficocianina (um pigmento de cor azulada que originou o nome desse grupo de algas).                                                                                                       Essas algas têm a forma de um vegetal sem flor e vive na superfície da água (plâncton). Elas constituem um elo importante na corrente da vida aquática, pois constituem uma fonte de alimentação básica dos animais aquáticos, além de produzir oxigênio para a atmosfera. Andam sempre agrupadas, formando diversas colônias. Por apresentarem clorofila, são autótrofas (produzem seu próprio alimento com base da energia solar). As algas azuis não se reproduzem sexualmente. Ela solta na água células masculinas e femininas; essa reprodução pode ser feita por hormônio, que é um fragmento do filamento, ou por acineto, que é um tipo especial de esporo.                                                                       Essas algas flutuam sobre o plâncton das águas e se locomovem através de flagelos, que funcionam como chicotes dando impulsão para a planta. As algas azuis não tem nenhum tipo de defesa contra ataques de predadores em seu corpo. Elas vivem no mar, na água doce e em meio terrestre úmido.

              Colônia de cianobactérias

 

algas azuis

 

☺– A reprodução das cianobactérias

 

            Nas cianobactérias unicelulares, a reprodução assexuada dá-se por divisão binárias da célula. Nas espécies filamentosas, é comum a ocorrência de fragmentação do talo, produzindo-se vários descendentes semelhantes geneticamente uns aos outros. A esses fragmentos contendo muitas células dá-se o nome de hormogônios. Desconhece-se, atualmente, a ocorrência de reprodução sexuada entre as cianobactérias.

 

Defesas das bactérias

As bactérias possuem dois tipos de defesa:

Esporos: certas bactérias são capazes de produzir, em condições desfavoráveis, células resistente ao calor, à dessecação e aos agentes químicos chamados esporos.

Cápsula: para se defender de um organismo, certas bactérias parasitas produzem uma cápsula que as protege.

As Archaeobactérias e Eubactérias

Na natureza, as bactérias vivem em uma enorme variedade de nichos ecológicos e mostram uma riqueza correspondente na sua composição bioquímica básica. Dois grupos de bactérias distantemente relacionados são reconhecidos:

As archaeobactérias

As Archaeobactérias são bactérias primitivas (as suas membranas são constituídas por moléculas ramificadas de lipídios, ao contrário da cadeia linear de ácidos gordos das outras células; o seu metabolismo utiliza enzimas diferentes).                                                            As características deste grupo são o resultado das poucas modificações que sofreram os procariontes primitivos que originaram este tipo de bactérias. Atualmente, há poucas espécies de archaeobactérias. Estas são heterotróficas anaeróbicas e vivem em locais restritos, onde as condições ambientais são inadequadas para outros seres vivos. Há as archaeobactérias halófilas (do grego halos, "sal" e philos "amigo") que vivem em ambientes muito salinos como o Mar Morto, as termoacidófilas, que habitam fontes termais ácidas onde a temperatura varia de 60o a 80o C. Como exemplo de termoacidófilas temos as sulfobactérias que obtêm energia oxidando o enxofre. Existem ainda as archaeobactérias metanogênicas que vivem em regiões alagadas (pântanos) e no interior do tubo digestivo de insetos como cupins, e também no trato digestivo de animais herbívoros. Estas bactérias produzem o gás metano por redução do CO2 a CH4. As bactérias metanogênicas são estritamente anaeróbicas, - o oxigênio é venenoso para elas.

As Eubactérias

As Eubactérias são bactérias verdadeiras, todas estas bactérias possuem paredes celulares grossas e rígidas; a forma é uma das características utilizadas para identificar as eubactérias.                                                                                                                               Este grupo de procariontes tem uma grande diversidade metabólica. Ocorrem diferentes formas de células e tipos de colônias celulares. Nestas colônias não há divisão de trabalho entre as células. As eubactérias mais comuns e melhor estudadas são as da espécie Escherichia coli (pronúncia: "esqueríquia cóli").

Comparando:

 

Archaea

Eukarya

Temperatura ideal de crescimento

2oC - >100oC

20oC - 40oC

pH ideal de crescimento

1 - 12

7

Capacidade de suportar altas pressões atmosféricas

sim

não

Capacidade de suportar altas salinidades

sim

não

 

Doenças provocadas por bactérias

Tuberculose: é causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, ataca geralmente os pulmões. Há tosse persistente, emagrecimento, febre, fadiga e, nos casos mais avançados, hemoptise. O tratamento é feito com antibióticos e as medidas preventivas incluem vacinação das crianças - a vacina é a BCG (Bacilo de Calmet-Guérin) - radiografias e melhorias dos padrões de vida das populações mas pobres.

Hanseníase (lepra): transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium lepra), causa lesões na pele, nas mucosas e nos nervos. O doente fica com falta de sensibilidade na pele. Quando o tratamento é feito a tempo, a recuperação é total.

Difteria (crupe): muitas vezes fatal, é causada pelo bacilo diftérico, atacando principalmente crianças. Produz uma membrana na garganta acompanhada de dor e febre, dificuldade de falar e engolir. O tratamento deve ser feito o mais rápido possível. A vacina antidiftérica está associada à antitetânica e a antipertussis (essa última com a coqueluche) na forma de vacina tríplice.

Coqueluche: doença típica de crianças produzindo uma tosse característica, causada pela bactéria Bordetella pertussis. O tratamento consiste em repouso, boa alimentação e, se o médico achar necessário, antibióticos e sedativos para a tosse.

Pneumonia bacteriana: embora algumas formas de pneumonia sejam causadas por vírus, a maioria é provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que ataca o pulmão. Começa com febre alta, dor no peito ou nas costas e tosse com expectoração. O médico deve ser chamado para iniciar o tratamento com antibióticos e o doente deve ficar em repouso.

Escarlatina: provocada pelo Streptococcus pyogenes. Causa dor de garganta, febre, dores musculares, náuseas e vômitos. As amígdalas ficam inflamadas, com pus, e a língua apresenta pequenas saliências ("língua de framboesa"). Depois disso surgem erupções na pele e manchas vermelho-escarlates. O médico deve ser consultado e o doente tem que ficar em repouso. De modo geral, a evolução é benigna, mas pode haver complicações causadas pela disseminação da infecção para outros órgãos do corpo.

Tétano: produzido pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), pode penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo cordão umbilical do recém-nascido quando este é cortado por instrumentos não esterilizados. Há dor de cabeça, febre e contrações musculares, provocando rigidez na nuca e mandíbula. Há casos de morte por asfixia. A vacinação e os cuidados médicos (é aplicado o soro antitetânico em caso de ferimento suspeito) são essenciais.

Leptospirose: causada pela Leptospira interrogans, é transmitida pela água, alimentos e objetos contaminados por urina de ratos, cães e outros animais portadores da bactéria. Há febre alta, calafrios, dores de cabeça e dores musculares e articulares. É necessário atendimento médico para evitar complicações renais e hepáticas.

Tracoma: inflamação da conjuntiva e da córnea que pode levar à cegueira, é causada pela Chlamydia trachomatis. Surgem bolhas nos olhos e granulações nas pálpebras. É necessário pronto atendimento médico. A prevenção inclui uma boa higiene pessoal e o tratamento é feito com sulfas e antibióticos.

Disenterias bacilares: constituem a principal causa de mortalidade infantil nos países subdesenvolvidos, onde as casses mais pobres vivem em péssimas condições sanitárias e de moradia. São doenças causadas por diversas bactérias, como a Shigella e a Salmonella, e pelos colibacilos patogênicos. Transmitidas pela ingestão de água e alimentos contaminados, exigem pronto atendimento médico. A profilaxia só pode ser feita através de medidas de saneamento e melhoria das condições socioeconômicas da população.

Gonorréia ou blenorragia: causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae), transmite-se por contato sexual. Provoca dor, ardência e pus urinar. O tratamento deve ser feito sob orientação médica, pois exige o emprego de antibióticos.

Sífilis: provocada pela bactéria Treponema pallidum, é transmitida, geralmente, por contato sexual (pode passar também da mãe para o feto pela placenta). Um sinal característico da doença é o aparecimento, próximo aos órgãos sexuais, de uma ferida de bordas endurecidas, indolor (o "cancro duro"), que regride mesmo sem tratamento. Entretanto, essa regressão não significa que o indivíduo esteja curado, sendo absolutamente necessários diagnóstico e tratamento médicos. Sem tratamento, a doença tem sérias conseqüências, atacando diversos órgãos do corpo, inclusive o sistema nervoso, e provocando paralisia progressiva e morte.

Meningite meningocócica: infecção das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula). Pode ser provocada por vírus, mas a forma mais comum de meningite é causada por uma bactéria - o meningococo. Os sintomas iniciais são febre alta, náuseas, vômitos e rigidez dos músculos da nuca. O doente não consegue encostar o queixo no peito e deve ser hospitalizado imediatamente, sendo submetido a tratamento por antibióticos, pois a doença pode ser fatal. Como é transmitida por espirro, tosse ou fala, é importante a notificação à escola caso uma criança a contraia.

Cólera: doença causada pela bactéria Vibrio cholerae (vibrião colérico), que se instala e se multiplica na parede do intestino delgado, produzindo substâncias tóxicas e provocando uma forte diarréia. As fezes são aquosas e esbranquiçadas (parecendo água de arroz), sem muco ou sangue. Ocorrem também cólicas abdominais, dores no corpo, náuseas e vômitos.            Mais de 90% das pessoas que contraem o cólera permanecem assintomáticos, isto é, não chegam a adoecer, podendo sofrer apenas uma diarréia branda (embora possam transmitir a doença por mais de trinta dias). A doença é contraída através da ingestão de água ou alimentos contaminados, crus ou mal cozidos (a bactéria morre em água fervida e em alimentos cozidos). Embora haja vacinas contra o cólera, sua eficácia é apenas parcial (em geral, cerca de 50%) e dura poucos meses. Por isso, a doença somente pode ser erradicada através de medidas de higiene e saneamento básico.

Febre tifóide: causada pela Salmonella typhi, provoca úlceras no intestino, diarréia, cólica e febre. O tratamento é feito com antibióticos. A prevenção inclui vacinas e melhoria das condições sanitárias da população.

Tracoma- É uma inflamação da conjuntiva e da córnea que pode levar à cegueira. A doença é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, de estrutura muito simples, cuja transmissão se dá por contato com objetos contaminados. A profilaxia inclui uma boa higiene pessoal e o tratamento é feito com sulfas e antibióticos.

 

Gonorréia ou blenorragia- É causada por uma bactéria, o Gonococo (Neisseria gonorrheage), transmitida por contato sexual. Provoca ardência, corrimentos pela uretra. Seu tratamento deve ser feito sob orientação médica pois exige o emprego de antibióticos.

 

 

Fontes:

 

http://www.bionline.net/bio_indicem_monera.htm

http://www.terravista.pt/bilene/5547/biologia/Celula/Bact24.htm

http://www.microbiologianainternet.hpg.ig.com.br/index.htm

http://www.universitario.com.br/celo/topicos/topicos.html

http://estudmed.com.sapo.pt/microbiologia/metabolismo_bacteriano.htm

http://www.escolavesper.com.br/bacterias.htm

http://bioem.8k.com.br/1bim/bacterias_reproducao.htm

http://www.biomania.com.br/monera/doencasbacterianas.php

http://homepage.oninet.pt/520mar/index.htm

 

UZUINIAN, Armênio

BIRNER, Ernesto

    Biologia, volume único

    Editora HARBRA